sábado, 29 de setembro de 2007

Shane Mosley suspeito de dopping


Sugar Shane Mosley é investigado por suspeita de ser cliente da clínica Balco, fornecedora de esteroides para atletas de alto rendimento

Na sexta-feira o nome do boxeador Shane Mosley surgiu na investigação de atletas envolvidos com dopping apresentada na revista Sport Illustrated. Na mesma lista estão os pro-wrestlers Kurt Angle e Eddie Guerrero (falecido).

De acordo com a publicação o investigador do caso Jeff Novitzky revelou que o atleta utilizou THG antes da luta contra Oscar De La Hoya. O escândalo estourou em 2003 e o pugilista negou veemente as acusações.

Independente das acusações Mosley deverá lutar contra Miguel Cotto, atual campeão mundial meio-médio pela Associação Mundial de Boxe no dia 10 de novembro.

Foto: Everlast/Divulgação

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Entrevista com Éder Jofre


Entrevista com o ex-campeão mundial de Boxe Éder Jofre, na qual ele expõe sua visão sobre a situação do boxe atual, o crescimento do boxe feminino e fases de sua carreira.
Realizada em 15 de abril de 2006.

Como foi seu inicio no Boxe?

Eu iniciei desde garotinho, aos 8 anos eu fiz a primeira exibição. Eu sou de uma família de boxeadores. Meu pai era técnico de boxe, meus tios todos eram lutadores de boxe. Então eu vendo-os lutar e ouvindo pela rádio, pois naquele tempo não existia televisão, me entusiasmava e torcia também... Freqüentava a academia desde garotinho, os lutadores de boxe me pegavam no colo, para eu bater no pushing ball, bater no saco de areia e foi com essa vivência que me tornei em um boxeador.

Quais eram as condições do esporte naquela época?

As condições do esporte naquela época pelo que vejo não eram como hoje, que se ganha bem mais dinheiro, tem mais apoio de firmas e empresas. Antigamente não existia esse tipo de coisa, o lutador era bom de verdade, se dedicava, se sacrificava nos treinamentos sem ganhar dinheiro e saia um lutador de boxe durão. Era mais dedicação, força de vontade e aptidão de cada um que apoio externo.

Como era o seu treinamento para as lutas?


Quando eu era amador eu pulava 3 rounds de corda, cada round eram 3 minutos como se fosse de uma luta, com um de descanso, então pulava 3 vezes dava 9 minutos, depois de aquecer com a corda fazia ginástica, depois saco de areia, pushing ball, luva, uns 3 ou 4 rounds com um outro adversário e no final fazia um round só de sombra sozinho em cima do ringue, fingindo que tinha um adversário e batendo em diversas direções, esse era o treinamento como amador.
Como profissional, mudou muito, na parte da manhã ás 6:30 – 7 horas, eu me levantava, me agasalhava bem e saia pra correr no jardim São Bento na zona norte (São Paulo) no parque Peruche, corria nas ruas de terra. Dava soco no ar como se tivesse um adversário, depois vinha pra casa, tomava banho, tomava café, me alimentava bem e descansava. No início eu trabalhava no chaveiro dos meus tios e do meu pai.
Ás 6:30 – 7 horas da noite, eu ia pra academia do meu pai treinar, pulava corda, ginástica, fazia plancha, batia no saco de areia, luva e sombra.

E como era sua recuperação após as lutas?

Muito boa, porque eu já estava física e tecnicamente bem preparado e felizmente, graças ao soco forte que eu tinha com ambas as mãos, pouquíssimas foram as lutas que eu fiz até o 10º round ou 15º round. Foram quatro ou cinco lutas que eu fiz assim. Eu me sentia muito bem, eu treinava direitinho, obedecia meu pai e fazia tudo que ele mandava.

Qual foi sua luta mais difícil?

Eu tive uma luta que foi terrível... E essa é uma oportunidade que eu vou ter agora de falar pra vocês todos que vão ler. Foi uma luta que eu fiz com Joey Mendel, pela eliminatória pro título mundial, em Los Angeles nos Estados Unidos. A luta demorou até o 9º round, ele me pegou um golpe no fígado eu abaixei ele me deu um upper, desviou o septo e eu fiquei sangrando, com o protetor na boca, foi terrível, cansei... Cansei... Cansei... Só não cai porque modéstia à parte eu tinha muita garra, muita força de vontade. Foi terrível. Quando bateu o gongo eu fui pro canto, falei bem cansado com meu pai: “Pai acho que não vai dar. Eu to muito cansado”. Ele me mandou sentar no banco e fez massagem no estomago pra que eu respirasse, me abanou com a toalha. Então ele disse: “Eder a sua mãe ta torcendo pra você, ta aí no canto torcendo pra você o povo brasileiro está torcendo por você, ele sentiu o golpe, vai que você derruba, vai que você ganha essa luta” e com essas palavras de incentivo eu sai determinado e falei: “Bom sou eu ou é ele, vou ganhar, vou ganhar, vou derrubar”. Com muita convicção, com muita fé, cerquei ele de um lado, cerquei ele do outro, ele saia pra cá, pra lá e aí peguei um golpe no fígado dele. Ele foi pras cordas, eu bati nele e foi indo pra trás, dei uma de esquerda, ele abriu a guarda, dei uma baita de direita e pegou bem na ponta do queixo dele, bem no finalzinho do round, ele caiu de cabeça no chão, e começou a contagem “1,2,3...”, pra mim parece que foi no quarto segundo bateu o gongo aí pensei “puxa vida agora vou ter de fazer tudo de novo”. Caramba eu tava esgotado, mas arranjei energia e pelo que meu pai me falou e a força que me deu, foram os incentivos para eu vencer a luta. Se meu pai falasse: “Eder vamos parar”, então eu pararia, e aí quem ganharia seria o outro adversário, seria o Joey Mendel, e eu não disputaria o título mundial.

Como é o apoio da família na vida de um lutador?

Quando você tem realmente tem uma família que te dá força você cresce, você vê que está indo bem, você se entusiasma mais, mesmo que for só com palavras, que já é muito importante.

Naquela época existia muito preconceito contra os lutadores?

Não, eu pelo menos não lembro de nenhum camarada preconceituoso, não lembro de ter essa passagem.

E as mulheres como elas viam essa profissão?

Elas viam sentadas na cadeira com os olhos (risos). As mulheres... Vamos ser francos, elas acham o boxe muito violento e é violento mesmo, eu também acho, mas foi boa a pergunta, pra eu poder falar em defesa do boxe. Vejam bem: duas pessoas que lutam boxe, em academias diferentes, com o mesmo peso, acertam uma luta, o cara vai lutar com um camarada com o mesmo peso que ele, com poucas lutas também, igual a ele, cada um tem um técnico no canto do ringue pra orientar o pugilista, tem um juiz dentro do ringue pra ver se o adversário da cabeçada, cotovelada ou segura demais. Então você está resguardado, se você estiver bem treinado e tecnicamente bem, não tem problema nenhum, a luta pode transcorrer. A luta é bater e apanhar. Agora se você não treina e apanha, você demora 1, 2 rounds e vai pro chão, agora estando bem preparado, e estando bem fisicamente e tecnicamente você agüenta 10, 15 rounds que nem a maioria agüenta, então tudo isso depende do pugilista de se dedicar e da orientação do técnico.

Mas o senhor era muito assediado pelas fãs?

Não fala isso não, a mulher de mim me bate (risos).

Tem alguma parte do seu corpo que foi prejudicada durante a sua carreira e que persiste até hoje?


Graças a Deus não. Já em 2 ou 3 oportunidades dentro da luta cheguei a quebrar a mão, já abri o supercílio e o nariz já foi prejudicado também. A orelha fica um pouquinho “repolhada”, um pouquinho dura, mas felizmente estou bem.

O esporte passou a ser mais divulgado após as suas conquistas?

O esporte foi porque eu lutava, muito fora do Brasil, e aqui dentro também. Lutei no Japão 2 vezes, Filipinas, E.U.A, Colômbia, Venezuela, e esses lugares a imprensa naturalmente divulgavam minhas luta e ás vezes televisionava, nunca teve uma ao vivo.
Naquela época não tinha patrocinadores, então eu lutava e o pessoal aplaudia muito também, e gostavam e eu sempre fui muito bem visto.

Como o senhor vê o boxe atualmente no Brasil?

Infelizmente com todas as letras, eu acho que o boxe não teve uma evolução como deveria ter onde teve, campeão mundial eu, Miguel de Oliveira e o Maguila divulgou bastante o boxe aqui no Brasil, mas não sei ainda não pegou ainda, todos esses anos de boxe de luta e tudo mais, infelizmente o boxe ainda não pegou no Brasil... Me fala quando vai ter uma luta de boxe? O grande público muitas vezes não sabe.
Pro boxe pegar realmente e ficar um esporte do povo tem que ter a cada 15 dias no mínimo, uma reunião do boxe como tínhamos antigamente.
Antigamente tínhamos Paulo Sacomã, Paulo Jesus, Milton Rosa, Pedro Galácia, Ralf Zombano, Cury alguns dos bons da época, agora me manda conta 7 ou 8 hoje.

O senhor acredita que dos campeões atuais algum honra o cinturão que tem?

Só de ganhar o cinturão já é pra ser honrado, você sabe quantos e quantos e quantos lutadores no mundo todo, estão aí tentando chegar ao título mundial e graças a Deus, graças a força de vontade de cada um desses lutadores nossos, nós temos 2 cinturões, já é uma grande coisa. Veja o contraste, parece que houve uma evolução grande, mas eu acho que não falam tanto quanto deveriam do Popó e do Sertão.

Qual a idade ideal para iniciar o treinamento?

Boa Pergunta, eu acho que com 12, 14 anos, já é uma boa idade pra se começar, porque o boxe você sabe tanto quanto eu que é um esporte difícil que requer muito do pugilista por ser um esporte individual.

Existem muitos centros de treinamento no Brasil?

Existem alguns, não o suficiente. Eu acho e tenho a certeza de que se os governos olhassem mais para o esporte boxe e se em cada bairro tivesse uma academia, mesmo que pequena, o boxe nosso subiria tanto quanto o futebol, porque é um esporte que chama muito a atenção do espectador e a pessoa acaba gostando realmente, pois muitos gostam de ver uma briga, uma disputa, mas com regras que é o boxe. Eu acho que se tivesse maior incentivo conseguiriamos e isso eu vou morrer falando, porém quase não aparece esse incentivo que faria o Brasil ser um pioneiro, um campeão em todas as modalidades, campeonatos Sul-americanos, Pan-Americano e Olímpico.


Qual sua posição quanto ao boxe feminino?

Em principio eu não gosto de ver mulher lutar boxe, vou ser franco e abrir o jogo, mulher tem os seios que são mais vulneráveis e pode provocar um câncer e tenho visto que algumas nem usam proteção e isso pra mim é um absurdo. Não tem cabimento, uma mulher levar um soco, uma porrada no seio e que pode criar um caroço lá e virar câncer.
Eu já sou contra, a única coisa que eu acho que a mulher poderia realmente fazer é treinar, treinar boxe tudo bem com capacete, luvas enormes, como defesa pessoal, pro físico e pra cabeça, falem o que quiserem. Se duvidarem que o boxe melhora a pessoa procurem treinar 2, 3 meses e vão ver como parecem pessoas diferentes. Porque? Porque vão estar sempre com disposição, desfrutando da vida melhor, porque vão estar com a cabeça tranqüila e deixam a agressividade dentro da academia de boxe e quando saem dali querem paz.

O senhor deixaria uma filha ou neta sua participar de uma luta de boxe?

Mas nem pra brincar (risos) só pra brincar, mas bem protegida com o capacete, usando nos seios um aparelho adequado pra proteger.

Qual a sensação de ser membro do Hall Internacional da Fama do Boxe?

Como Brasileiros que somos você pode imaginar como me sinto, pois eu já estou no Hall da fama há muitos anos. Isso é uma glória, uma alegria que levo dentro de mim que não tem como descrever, o negócio é mundial, ter sido o melhor do mundo, ponha-se no lugar e você vai falar “Melhor do mundo não é pra qualquer um”.

O senhor tem medo de ser esquecido um dia?

Agora você tocou num ponto bom, não que eu tenha medo, pois já fiz minha parte e gostaria que outros brasileiros fizessem como eu. Acho que quem viveu essa parte já se sente realizado, o que vou fazer agora com 70 anos?

E o que você tem para dizer para a garotada que está começando no boxe agora?

O que eu digo pra você garoto é que você se dedique, treine, procure aprender com todo mundo, com todos os outros profissionais e amadores, sempre tem alguém que mostra uma coisinha diferente. Se dedique bastante que o boxe é violento e você deve tomar cuidado, mas é muito agradável também.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Canibalismo marcou a morte do boxe


Quando Mike Tyson mordeu a orelha de Evander Holyfield o boxe teve sua morte simbólica

Mike Tyson e Evander Holyfield tinham um respeito mútuo durante os anos como amadores, pois poucos aceitavam enfrentar o primeiro numa sessão de treinos sem salário e o lutador evangélico aceitou, mesmo com a diferença de peso, para testar suas habilidades e provar sua superioridade. Então surgiu uma amizade gerada pela admiração entre rivais.

No profissionalismo sua primeira luta foi em 1996 a qual Holyfield venceu por nocaute técnico no 11º assalto. A equipe de Tyson alegou que o oponente fez uso excessivo de cabeçadas e relutaram em aceitar a perca do cinturão do “homem mais temido do mundo”.

No ano seguinte deu-se a segunda batalha entre os dois rivais que gerou uma receita de US$ 100 milhões dos quais 30 foram para Tyson e 35 para Holyfield, mas o espetáculo que o público tanto esperava foi interrompido por um dos atos mais polêmicos dos esportes: Mike Tyson mordeu a orelha de Evander Holyfield no 3º round.

Tyson pagou uma multa de US$ 3 milhões teve sua licença de boxear caçada, porém a mesma foi devolvida. Assim como a queda do Muro de Berlim simbolizou o fim das ideologias o canibalismo de Tyson simbolizou o fim do boxe como um dos esportes mais populares entre os homens.

Foto do pôster da luta

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Do tapete olímpico ao show do telecatch


A trajetória de Kurt Angle: campeão olímpico e de telecatch

Em 1996 Kurt Angle surpreendeu o mundo do wrestling ao superar uma grave lesão no pescoço e derrotar Abbas Jadidi na luta olímpica estilo livre mesmo sofrendo com a perda de seu técnico o lendário Dave Schultz que foi assassinado pelo seu patrocinador.

Após a vitória em solo olímpico Angle pretendia seguir a carreira de ator para filmes de TV. Relutou por um tempo em aceitar o convite para ingressar no telecatch, mas as ofertas foram tão tentadoras que não resistiu. Antes até participou como comentarista em um desses eventos, porém ao ver um dos participantes sendo crucificado com arame farpado desistiu, a companhia era a ECW (Extreme Championship Wrestling).

Em 1998 assinou com a WWE (World Wrestling Entertainment) e conquistou o sucesso financeiro e de público exclusivo de poucos nomes como Hulk Hogan, Bret Hart e Undertaker. Na atração os praticantes assumem personagens e o seu é o de um hipócrita patriota que prega valores que ele mesmo não segue.

O ano de 2006 fez Angle rumar para a NWA (National Wrestling Alliance) segunda no ramo nos E.U.A, os motivos de sua saída não foram revelados, porém ela não foi anunciada com antecedência.

Em 6 de março de 2007 a revista Sports Illustrated revelou o nome do pro-wrestler entre uma lista de atletas famosos que recorreram ao uso de esteróides para melhorar sua perfomance.

No vídeo você assiste Kurt Angle x Abbas Jadidi nas olimpíadas de 1996.





Foto: Capa do livro It’s True! It’s True!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

“Pesadelo Nigeriano” é o novo campeão interino do Conselho Mundial de Boxe


Samuel Peter da Nigéria é o campeão interino da CMB, após Oleg Maskaev sofrer contusão em treino

Oleg Maskaev e Samuel Peter se enfrentariam no próximo dia 16 quando o europeu defenderia seu cinturão de peso-pesado da CMB contra o africano, porém após se contundir nos treinos teve que abdicar temporariamente do título.

Por ser o 2º no ranking e ter vencido sua última disputa, o desafiante fica com o cinturão até o retorno de Maskaev quando os dois finalmente lutarão.

Peter na infância tinha mais contato com o futebol, porém quando descobriu a nobre arte deixou os gramados pelo quadrilátero e hoje é conhecido como o dono de uma das pegadas mais fortes na divisão dos pesados, fator que lhe rende o apelido de “Pesadelo Nigeriano”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Tyson é condenado por porte de drogas e pode retornar à prisão


O ex-campeão mundial de boxe Mike Tyson foi declarado culpado pela posse de cocaína em um tribunal do Arizona, nos E.U.A e pode ser condenado à três anos de prisão

Mike Tyson, 41, foi detido em dezembro do ano passado enquanto dirigia sob efeito de drogas, no carro foram encontradas cocaína, maconha e álcool. O “homem mais temido do mundo” já passou por clínicas de reabilitação no passado.

Em 1992 foi condenado à três anos por estupro, em 1999 passou três meses detido por agredir motoristas em uma briga de trânsito, em 2003 foi condenado à prestar três meses de serviços comunitários por razão de conduta escandalosa em uma briga num hotel de Nova York e em 2005 teve problemas com a polícia após saltar em cima de um capô de um carro na saída de uma casa noturna.

O Circo de Tyson

As idas e vindas de Myke Tyson com a justiça tornaram-se uma novela no horário nobre estadunidense, situação semelhante vive o também ex-atleta O.J Simpson, considerado uma das lendas do futebol americano.

Ambos são garantias de boa audiência mesmo após muitos anos passados de seu ápice esportivo. Isso se deve ao caráter do ser humano de apreciar ver a decadência de seus semelhantes e também à habilidade da mídia de construir e destruir heróis. No caso dos dois os noticiários apenas ajudam, já que a maior parte do serviço é feito por eles mesmos.

foto: EFE
fonte: EFE


domingo, 23 de setembro de 2007

A primeira faz Tum, a segunda faz Tei


 Irineu Beato Costa Jr. / (Foto: Gabriel Leão)

A violência do cárcere encontra paz dentro dos ringues

Os olhos são vivos como os de um grande felino, não assustados como o de uma lepre e nem raivosos como os de um pitbull, apenas sagazes, já o sorriso disfarça um período de sofrimento de alguém que ficou muito tempo em um navio negreiro ou numa senzala.

O corpo é de quem trabalha com os braços em uma lavoura ou construção, seu andar mistura firmeza e gingado o que denuncia seu tempo de malandragem e sua atividade atual. Quando ergue seu corpo do sofá velho embaixo do viaduto ele intimida até quem passa longe, mas finge não perceber.

Ele sabe que não é mais apenas um atleta, “a molecada que começou treinando comigo me tem como exemplo de fé e perseverança”. O Budismo entrou junto com o boxe em sua vida após uma série de erros como um assalto à mão armada que na sociedade brasileira condena uma pessoa mesmo após ela pagar seus débitos com a justiça.

Quando questionado sobre seu passado o sorriso some e o rosto vira para o outro lado, pois lembrar de uma “vida sofrida de quem tá preso e no meio de crime e droga” não é agradável. Uma passagem parecida também teve o campeão mundial Sonny Liston.

No palco envolto por três cordas ele é conhecido como Negro Tei. “Tei é o som do meu golpe e foi uma revelação que tive na cadeia”. No ringue ele se move e bate como Liston e pode acabar também conquistando um cinturão mundial, mas fora do ringue seu futuro está longe de uma agulha de heroína. Negro Tei mostra que o boxe também pode mudar vidas e não apenas nocauteá-las.

sábado, 22 de setembro de 2007

Maior palco do boxe é aposentado


O ringue do Madison Square Garden em Nova York é doado ao museu do boxe após 82 anos de uso

O tablado do MSG foi aposentado após mais de 8 décadas de uso e apenas o sino que anuncia o início e término dos combates continuará sendo utilizado. O quadrilátero agora integra o Hall da Fama do Boxe que possuí nomes como Éder Jofre, Carlos Monzon, Sugar Ray Robinson e outros grandes gladiadores.

Dois membros deste seleto grupo protagonizaram aquela que foi batizada no período como “A luta do Século” em 1971. Em um córner Muhammad Ali retornando de seu exílio da nobre arte e no outro Joe Frazier defendendo seu cinturão. Era uma luta de campeão contra campeão, já que o primeiro não havia perdido sua coroa no ringue e sim por determinações das comissões esportivas por não aceitar participar da guerra do Vietnã.

A peleja foi vencida por Frazier com uma queda no décimo quinto tempo e foi a primeira da melhor de três lutas entra ambos atletas. As duas últimas foram vencidas pelo “Maior de Todos”.

Apesar do ringue ser considerado “pequeno” para os padrões de hoje todo lutador inclusive os medíocres sonhavam em disputar uma contenda ali, mesmo com o crescimento de arenas localizadas em Las Vegas e Atlantic City. Em seu lugar será montado um de medidas maiores com 6 metros por 6 metros para cada lado ao invés de 5,56m para cada lado. A inclusão do palco maior do boxe ao seu museu mostra o respeito, a história e o legado deste que é considerado o mais viril dos esportes.

Na Foto Frazier consegue um knockdown contra Ali no 15º round

Livres para boxear

Meninas afegãs planejam montar a primeira equipe feminina de seu país da nobre arte para os jogos de 2012 em Londres

De acordo com o site Terra Esportes, meninas afegãs com idades entre 13 e 20 anos organizaram uma equipe de boxeadoras para os jogos olímpicos de 2012 à serem realizados em Londres na Inglaterra.

As garotas treinam sob um país de cultura machista (bem mais que os latinos) no qual os dogmas as fazem cobrir-se com burcas. Talvez entre as quatro cordas elas possam usar o uniforme normal do pugilismo.

Além de buscar um valor nobre como a liberdade, a arte tão divulgada no Brasil pelos Zumbano-Jofre aumenta o convívio entre etnias diferentes.

Confira a notícia no site: http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI1913691-EI2243,00.html

Fonte: Terra Esportes

sábado, 15 de setembro de 2007

Muhammad Ali é indicado ao prêmio Nobel da Paz 2007


“O Maior de todos” é o “desafiante” para humanitário do ano

De acordo com o site Ringue.net o lendário tri-campeão mundial de boxe Muhammad Ali foi indicado ao prêmio Nobel da Paz deste ano ao lado do seu antigo consultor Peter Georgi.

A indicação veio pelas ações desenvolvidas pelo bem-estar da criança e do desenvolvimento da Children’s General Assembly (Assembléia Geral das Crianças), uma nova organização que busca autorização da ONU com a premissa de promover:

-- a paz mundial
-- o restabelecimento ambiental
-- o desenvolvimento sustentável
-- a otimização da educação
-- o aprimoramento da saúde e o abastecimento de água salubre
-- maneiras de reduzir a taxa mundial de mortalidade infantil
-- soluções para os problemas de fome, desnutrição, AIDS e outras doenças, analfabetismo, abuso de drogas e muitos outros problemas urgentes que assolam um mundo cada vez mais perturbado.

A Children’s General Assembly de Los Angeles congrega mais de 100 embaixadores mirins do mundo todo e conta com o suporte de 179 governos que concordam com o conceito de dar para as crianças uma voz significativa nos negócios mundias das Nações Unidas.
Mais detalhes podem ser achados em: http://www.childrens-general-assembly.org


Muhammad Ali, mais que um herói americano


No livro de David Remnick, "O Maior de Todos” é chamado de “herói americano”, porém com sua luta pelas causas humanas por mais de 40 anos mostra que Ali é um herói de todos e realmente merece todas as homenagens recebidas, pois como disse o bi campeão peso-pesado mundial Floyd Patterson: "Muhammad Ali é mais que um campeão, é um personagem da história".

Foto: Rick Chapman

domingo, 9 de setembro de 2007

Jofre e Suplicy enviam carta à Fidel




Publicada na Folha, o lendário pugilista Éder Jofre e o senador Eduardo Suplicy pedem que Fidel seja razoável em seu julgamento dos pugilistas desertores no Pan 2007.
Ambos ex-boxeadores mostram que a nobre arte também pode ser defendida com palavras e que independente de filiações políticas acima está o caráter.


Abaixo segue a carta:

"Carta aberta a Fidel Castro Quem lhe escreve são dois brasileiros, ambos ex-pugilistas. Gostaríamos de fazer um apelo humanitário ao governo de Cuba EXMO SR. Presidente Fidel Castro Ruz: Queremos cumprimentá-lo por seu aniversário e expressar nossos votos de plena recuperação de sua saúde. Acompanhamos com atenção os 15º Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em especial o caso dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux Ortiz e Erislandy Lara Santoya. Quem lhe escreve são dois brasileiros, ambos ex-pugilistas. O primeiro é Eder Jofre, campeão mundial de boxe dos pesos-galo de 1960 a 1965 e dos pesos-pena em 1973, considerado o melhor peso-galo de todos os tempos pelo Conselho Mundial de Boxe e o nono melhor pugilista de todos os tempos por "The Ring", além de ter sido vereador de São Paulo de 1989 a 2002, pelo PSDB. O segundo é Eduardo Matarazzo Suplicy, que disputou em 1962 -como Eder Jofre em 1953- a "Forja dos Campeões", campeonato amador patrocinado pelo jornal "A Gazeta Esportiva", e atualmente é professor de economia na FGV e senador da República pelo PT, eleito pela terceira vez pelo povo do Estado de São Paulo. Vimos que os atletas cubanos tiveram um extraordinário desempenho no Pan do Rio, com 59 medalhas de ouro, superado só pelos dos EUA, com 97. O mérito de Cuba é impressionante -a população dos EUA é mais de 25 vezes maior que a cubana. Agradecemos pelo voto de pesar transmitido ao povo brasileiro pelo trágico acidente aéreo que causou a morte de 199 pessoas em meio ao Pan. Em relação aos dois pugilistas, sabemos que abandonaram a delegação de Cuba na Vila do Pan e acabaram aliciados por empresários que lhes ofereceram vantagens monetárias e diversões para que deixassem de cumprir a responsabilidade de representar sua nação. Lemos seus depoimentos à Polícia Federal, em que expressam arrependimento, amor a Cuba e vontade de voltar ao seu país de livre e espontânea vontade, segundo assegurou o representante do Ministério Público que os assistiu. Em virtude disso, o governo brasileiro, em coordenação com o cubano, tomou as medidas para que voltassem a Cuba. No artigo de 4/8 para "O Granma", V. Excia. afirmou que "esses cidadãos não sofrerão arresto de nenhum tipo e ainda menos serão vítimas de métodos como os praticados pelo governo dos Estados Unidos em Abu Ghraib e Guantánamo, jamais utilizados em nosso país. Estarão provisoriamente numa casa de visita e poderão ser visitados por seus familiares". Três dias depois, V. Ex.ª escreveu: "É chegado o momento de constituir a lista de pugilistas cubanos que participarão das Olimpíadas de Pequim, com quase um ano de antecipação. Primeiro eles devem viajar aos EUA para participar do campeonato mundial, um dos três eventos classificatórios dos Jogos Olímpicos". Em seguida, V. Ex.ª. adverte, depois de alertar com respeito a oferecer carne fresca aos tubarões da máfia, que "as autoridades desportivas estão analisando todas as variantes possíveis, incluindo trocar a lista dos boxeadores ou não enviar delegação alguma". Se isso significar que Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara não poderão representar Cuba no campeonato mundial e depois nas Olimpíadas de Pequim, gostaríamos de fazer um apelo humanitário ao governo de Cuba. Queremos ressaltar nosso respeito à decisão que vier a ser tomada, pois ambos sabemos que não devemos interferir nas decisões internas e soberanas de cada país, princípio estabelecido na Constituição brasileira. Considerando que Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara reconheceram o erro de abandonar a delegação às vésperas das lutas, qualificado em seu artigo como semelhante ao do soldado que abandona os companheiros em meio ao combate; que já estão de volta ao seio de suas famílias e que são campeões olímpicos com possibilidade de serem novamente vencedores, pedimos que Cuba possa lhes dar uma nova oportunidade, como merecem todos os seres humanos. Esse gesto de generosidade nos aproximará do que disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 5, no jornal "O Globo": "Em nosso continente não precisamos de muros... A verdadeira integração faz circular livremente não apenas mercadorias e serviços mas também pessoas e idéias". Quem lhe escreve tem recomendado aos EUA o final do bloqueio econômico imposto a Cuba há tantas décadas, como sabe V. Ex.ª. Permitir que Rigondeaux e Lara disputem a próxima Olimpíada representando Cuba contribui para o espírito universal do esporte. Amando Cuba, como declararam, certamente continuarão a viver em seu país.

Respeitosamente, EDER JOFRE, 71, bicampeão mundial de boxe, foi vereador pelo PSDB em São Paulo. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, 66, doutor em economia pela Universidade Estadual de Michigan (EUA), professor da FGV, é senador pelo PT-SP. É autor do livro "Renda de Cidadania - A Saída é pela Porta".

Fonte: Folha

sábado, 8 de setembro de 2007

Sobre meninos e cães


As crianças tem como exemplos seus pais, assim é com os cães e seus donos inclusive os pitbulls

Muitas matérias aparecem nos telejornais mostrando a ferocidade dos ataques de pitbulls contra outros cães e pessoas. Os animais atacam independente de serem idosos ou crianças e a maioria dos casos resultam em ferimentos graves e morte.

Mas de quem é a culpa?... Creio que seja dos donos e não do animal, todo mundo já ouviu falar de um péssimo proprietário ou viu alguém passeando com o cão sem a focinheira como manda a lei.

Os cães tem como espelho os seus donos e muitos desses pitbulls infelizmente tem como “pai” jovens anabolizados de camisetas justinhas com gravuras agressivas, inclusive de pitbulls.

Basta ver que nem todo lutador tem um cão agressivo. Um exemplo que a maioria conhece é Rocky e seu animal de estimação Butkus que era como o boxeador, um tanto bobo, mas de bom coração.

Foto: Total Rocky

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Odoricos do mundo da luta


Odorico Paraguaçu possui filhos dirigindo o mundo das lutas

Na novela O Bem Amado de 1973, Paulo Gracindo interpretou Odorico Paraguaçu, corrupto e ardiloso prefeito da fictícia Sucupira na Bahia. Pela maneira que as organizações de lutas esportivas são gerenciadas no Brasil creio que Odorico teve seus Odoriquinhos que vestiram quimonos, colocaram luvas de boxe e pregam seus discursos políticos como se profetizassem uma nova fé.

Com tanta corrupção e parcialidade na arbitragem fica visível o porque do não crescimento de tais esportes do país e explica o sucesso fugaz do vale-tudo na década de 90 e a constante decadência do boxe, sem contar com a difícil ascensão do wrestling no gosto popular, um esporte que tem tudo para cativar o público.

Cabe aos lutadores, fãs, jornalistas e a tão citada comunidade da luta limpar este quadro, quem sabe aparece um novo Zeca Diabo que acabe com esses "Bem Amados"

Foto: O Bem Amado (série 1980), Paulo Gracindo como Odorico Paraguaçu

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Supremacia Arias


George Arias domina o cenário nacional do boxe e tem poucos adversários disponíveis

O campeão brasileiro peso pesado de boxe George Arias derrubou com apenas 1 minuto e 11 segundos o desafiante Renílson dos Santos. Com esse tempo Santos foi apenas um figurante no ringue.

Cotados para desafia-lo estão Pedro Otas (12-0-0, 11 KOs) e Fábio Maldonado. (13-0-0, 12 KOs) que para o comentarista Reinaldo Carreira deveriam enfrentar mais oponentes gringos antes de se aventurar pelo cinturão. Opinião que concordo.

Arias, 33 (41-9-0, 29KOs), mantém o cinturão por dez anos, devido ao seu talento e também à escassa competição oriunda no país. Pois correndo por fora está o Raphael Zumbano, jovem boxeador com chances de conquistar o título nacional e sua versão sul-americana no futuro.

Para Arias está chegando mais uma vez o momento de desafiar por um cinturão internacional e tentar defende-lo até sua aposentadoria. Em 2001 desafiou pelo cinturão da IBF e perdeu por pontos para Johnny Nelson. Vale lembrar que o campeão brasileiro nunca perdeu para um conterrâneo.

Fonte: Ringue.Net e Reinaldo Carreira/ Foto:www.cajamar.sp.gov.br

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A AIBA estende a mão aos camaradas


A AIBA, Associação Internacional de Boxe, pediu explicações de Cuba pela ausência de sua federação no campeonato mundial amador de 2007 que será realizado em Chicago conforme informa o site da Confederação Brasileira de Boxe.

A Associação ofereceu sua ajuda para impedir as deserções dos cubanos. Assim acho que o Fidel vai. Pelo menos o cartaz deve ter o agradado já que parece com a arte produzida em regimes totalitaristas como o nazista e o comunista de Stalin.

Com o fim de Fidel Castro próximo a possibilidade de Cuba abrir suas portas cresce e com isso um maior intercâmbio entre os atletas daqui e os de lá.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cadê o Apollo??


O filme Rocky Balboa tem uma ausência que nem nas cenas de flashback do DVD foi suprida: Apollo Creed

No filme Rocky Balboa (2006), Sylvester Stallone volta a viver o “Garanhão Italiano” com 58 anos de idade e esquecido até pelo filho. Uma luta de computador o faz voltar aos ringues e desafiar um apático campeão mundial.

Adrian, sua esposa morreu, além dela ele já enterrou seu treinador e figura paterna Mickey Goodmill e no quarto episódio ele perde seu parceiro de treinos Apollo Creed.

No sexto filme, Balboa recebe treinamento Duke, o treinador do Doutrinador que em Rocky IV (1982) fala que o tinha como um filho. Na sexta película ninguém comenta ou sente saudades de Apollo.

Na cena em que Rocky enfrenta Mason Dixon, surgem flashbacks de Adrian e Mickey. Mas em nenhum momento apareceu O Doutrinador dizendo “There’s No Tomorrow!” como ele alerta o amigo nos treinos antes de sua luta com Clubber Lang.

A ausência de Apollo nos flashbacks foi uma pisada de bola, ele é tão popular que renderia um filme próprio. Uma sugestão é uma prequel sobre a conquista do seu cinturão até o desafio contra o azarão inspirado em Chuck Wepner.

Foto: United Artists/Total Rocky

domingo, 2 de setembro de 2007

A Coragem do brasileiro


No filme Tróia de 2004, Heitor aceita enfrentar Aquiles mesmo sabendo que será seu último duelo. A sua coragem perante a morte mostra que heróis estão dispostos à “conseguir ou morrer tentando” como dizem em filmes de ação e gibis.

Um brasileiro que teve uma noite parecida em 30 de março de 2003 foi Jefferson Tank que subiu no ringue do K-1 para enfrentar o maior nome da modalidade, Ernesto Hoost

Hoost conhecido como Mr. Perfect era maior, mais forte, mais experiente e mais famoso que seu adversário e nocauteou o latino no primeiro round. Se falar para um leigo ele pode responder “mais um brasileiro que foi perder no exterior”, mas aqueles que viram a luta podem ver no olhar de Tank o ‘coração’ de lutador que motiva e faz com que os azarões tenham uma superação proporcionalmente mais marcante que o favorito.

Tank lutou com a garra das seleções africanas nas Copas do Mundo, como aquele garoto magro do colégio que não agüenta mais as afrontas do gordo valentão da sala de aula, como o pobre que levanta todo dia cedo para garantir o pão de seu filho mesmo sabendo tudo que vai ter que agüentar para conseguir “pouco”.

Com essa “derrota” Tank abriu a porta para muitos brasileiros e para o Muay Thai. Lembro dele quando o conheci nos treinos do Kudo Wrestling Team e nem tinha noção do seu feito, anos depois o entrevistei e vi que afastado por uma lesão do mundo das lutas a alguns membros mídia especializada o tinham esquecido.

Na sua última luta de vale-tudo Tank sofreu um revez e perdeu para o sparring de Tito Ortiz, mas quem já treinou com ele ou mesmo lutou contra ele sabe que ainda não conseguiu mostrar todo seu potencial no vale-tudo. Os lutadores de sua categoria devem abrir seus olhos porque são poucos que possuem a coragem para enfrentar um verdadeiro Golias.

sábado, 1 de setembro de 2007

E com ele morre a obstinação


“Obstinação, seu nome é Pedro Galasso” com essa citação o escritor e historiador de boxe Henrique Matteucci define o primeiro brasileiro que conquistou um cinturão internacional (Sulamericano no ano de 1958). O atleta morreu na segunda-feira aos 73 anos.

Galasso amava tanto a nobre arte que após fraturar uma das mãos em combate seguiu no dia seguinte para a academia para exercitar-se no saco de pancadas com a mão boa. O boxeador até já foi homenageado pela escola de samba Vai-Vai em 2004.

São muitas as hitórias sobre Galasso que se perderam na fraca memória dos brasileiros e de seus cronistas esportivos.

Dois sites que mostram sua carreira:

http://esporte.uol.com.br/pan/2007/reportagens/historia/reportagem1951.jhtm

http://www.gazetaesportiva.net/porondeanda/outros/galasso.htm

Fonte: Cbboxe/ foto: Gazeta Press