sábado, 27 de outubro de 2007

Entrevista com Maurício Alonso


Maurício Alonso é um lutador em ascensão no cenário nacional de MMA. Essa subida foi interrompida quando entrou em colisão com Flávio Álvaro, membro da equipe rival Macaco Gold Team.

Agora além de defender o emblema de Ryan Gracie o jovem gladiador luta pela bandeira da Tsunami na MTL. Em entrevista ao Corner do Leão revelou a assimilação de sua derrota para Álvaro e seus planos de carreira.

Após a derrota para Flávio Álvaro no Max Fight de Abril quais foram as mudanças em seu estilo de luta?

Eu estou mais confiante em pé e com isso vou mais pro combate, sou um atleta alto para minha categoria e isso é uma vantagem que eu tenho explorado muito e tem dado certo.

Meu condicionamento físico também melhorou 100 % desde que eu comecei a fazer preparação fisíca com o prof: Madison aqui em Curitiba, tenho consciência e confiança total no treinamento que ele me passa e os resultados tem sido claros, além disso eu tenho meu patrocinador, a X-9 suplementos que tem me dado um excelente suporte nessa necessidade que todo atleta tem , que é o consumo de produtos de qualidade, e a Vulkan que me apóia também.

Além disso os treinos aqui em Curitiba completam os de São Paulo, cada lugar tem um estilo diferente e isso completou meu jogo principalmente em pé, e no chão tá em casa.
Devido a esse esforço venho de duas vitórias nos maiores eventos do país, Predador e MTL.

Ela teve algum impacto psicológico?

Como toda derrota faz você enxergar mais os seus erros e treinar mais, e eu tenho feito isso, treinado com intensidade e foco em média 3 treinos por dia. Essa postura aumentou muito minha confiança, e eu tenho a certeza que estou condicionado para fazer uma luta em um ritmo muito intenso durante todo combate contra qualquer adversário.

Após essa luta o seu oponente integrou o Rio Heroes, evento polêmico com altos índices de audiência e com regras mais livres que o M.M.A. O que você acha dessa atitude?

Acho que cada um faz o que pensa que é melhor para si, não tenho nada contra quem organiza nem contra quem luta. Quem está lá está porquê quer e ganha para fazer aquilo.

Na MO' TEAM LEAGUE (MTL) você fez parte da Equipe Tsunami que tinha como técnico Pedro Rizzo. Como é ter no vale-tudo uma competição formal por equipes?

Com certeza absoluta está sendo um sucesso, ginásio cheio, lutas excelentes uma organização praticamente perfeita. Acredito que no ano que vem contará até com mais equipes.

Como é a vivência com Pedro Rizzo?

A gente teve pouco contato, apenas no dia da reunião do time no Rio de Janeiro e depois no hotel. É um cara bacana, conversamos bastante, me deu uns conselhos de vivência de ringue e luta que ele tem de sobra.

Os nomes da organização e da equipe são em inglês. Por que não o português?

Isso você tem que perguntar para os organizadores (risos)...

No predador você enfrentará Rafael Motta. O que espera dele?

Espero uma luta dura como todas e sair com cinturão que é o objetivo traçado.

Vê essa luta como mais um capítulo da rivalidade entre as academias de Macaco e Ryan Gracie?

Eu considero uma luta como qualquer outra, independente de quem ou onde treina, eu vou me dedicar ao máximo nos meus treinamentos como eu faço para todas as minhas lutas. Toda luta é a mais importante da minha vida e eu me dedicarei ao máximo para viver esse momento com muita intensidade.

O Congresso nacional votou a lei de fidelidade partidária para os políticos eleitos. Entre lutadores você considera que deve existir fidelidade com a equipe ou devem procurar a melhor oferta como fazem os jogadores de futebol?

Acho que cada um tem fazer o que julga melhor para si mesmo e tocar sua vida onde achar melhor para sua carreira.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Fedor assina com M-1


Emelianenko Fedor assina com M-1 e pode participar de outros eventos

Conforme publicado no site Na Luta o último campeão peso pesado do Pride Emelianenko Fedor assinou com a japonesa M-1 Global um contrato de 2 anos e seis lutas. Os promotores permitem que o gladiador participe de outros eventos e campeonatos de sambo, sua modalidade de base.

Fedor x Couture

Com a saída de Randy Couture do UFC mesmo sendo campeão dos pesados e a perca de fechar contrato com o russo a empresa estadunidense perdeu a chance de sediar um dos maiores combates de vale-tudo que poderá ser concretizado em uma arena da M-1, já que o Capitão América ainda não fechou com nenhuma organização e nega a aposentadoria.

Foto: Pride/Divulgação / Fonte: Na Luta

domingo, 21 de outubro de 2007

Esquecendo o Zé Carioca


Com a ascensão dos lutadores brasileiros os E.U.A começa a ter outra idéia do nosso povo

Para o americano o brasileiro era um malandro, excêntrico e espalhafatoso que vivia sambando e dançando com frutas na cabeça. Em alguns casos até dando pequenos golpes. Se forem vistos como personagens apenas Zé Carioca e os papéis de Carmem Miranda são interessantes e divertidos, mas não servem para definir toda uma cultura.

As vitórias de Anderson Silva no UFC (hoje o brasileiro de maior destaque no esporte) e de outros compatriotas em solo estadunidense mostram a ética e disciplina dos filhos do país do futebol, do samba, da cachaça e também das lutas.

Além da disciplina e da ética somos criativos, pois criamos a capoeira e o jiu-jítsu brasileiro. Sempre acrescentamos algo novo no jogo, uma característica pouco comum para europeus e asiáticos.

O UFC não é mais apenas uma disputa entre dois homens, é uma vitrine cultural para um mundo globalizado. E lutadores como Silva tem feito um belo papel pelo seu país e por seu mundo também, pois todos vivem nele.

Foto: UFC/Divulgação

sábado, 20 de outubro de 2007

Venâncio e Árias perdem chance de disputar por cinturão mundial

Dois dos principais nomes perdem oportunidade crucial em suas carreiras em solo estrangeiro



Considerados dois dos maiores expoentes do pugilismo nacional atual George Arias e Peter Venâncio sofreram derrotas em disputas por cinturões. O primeiro foi derrotado pelo ucraniano Taras Bidenko, quinto colocado da WBA e detentor do cinturão intercontinental. A peleja teve como palco a Alemanha, terra do lendário Max Schmeling.

Venâncio além de perder a disputa do título intercontinental para o italiano Silvio Branco ficou também sem o seu cinturão Latino. O resultado da Luta foi decisão unânime. O boxeador está com 41 anos o que diminui suas chances de ter outras disputas por títulos. A contenda também foi realizada em solo germânico.

Foto: George Arias / Fonte: Hora do Boxe

Seleção masculina de Boxe parte para o Pan 07

A esquadra brasileira segue neste sábado para o Pan-Americano de boxe de Chicago

A equipe brasileira de pugilismo masculino embarca neste sábado para Chicago nos E.U.A para o campeonato Pan-Americano de boxe. Lá poderá confirmar a boa campanha no Pan do Rio que resultou em 8 medalhas incluindo uma de ouro para a nação.

Infelizmente o esporte carece de recursos já que não obtém patrocinadores, mas com o bom resultado citado acima é de esperar que consiga um número de vitórias relativamente bom. Vale lembrar que lá participarão competidores do leste europeu, uma área que gera verdadeiras potências da nobre arte.

A seleção é composta por:

4 Kg – James Dean Pereira
57 Kg – Davi Souza
60 Kg – Everton Lopes
64 Kg – Myke Carvalho
69 Kg – Pedro Lima
81 Kg – Washington Silva
91 Kg – Rafael Lima
+91 Kg –Gidelson Oliveira

Técnicos: João Carlos Barros, Luiz Carlos Dórea e Otilio Toledo
Médico - Bernardino Santi
Árbitro - Mauro Silva
Chefe de Equipe - Rubens Costa

Fontes: Uol Esporte e Confederação Brasileira de Boxe/Foto: Pedro Lima

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Duas mortes


Os atletas tem duas mortes, uma na aposentadoria outra na vida

Para o esportista o pior momento é a aposentadoria, aceitar que os músculos não são mais fortes, que o pulmão perdeu o fôlego, que as pernas não correm tão rápido, que a esquiva não é mais hábil, que sua recuperação não é mais acelerada...

É como se Superman perdesse os poderes para sempre e tivesse de viver eternamente como Clark Kent. O herói kryptoniano não nasceu para ser jornalista esse é apenas o seu disfarce. O mesmo é com o competido que não nasceu para ser sedentário e tem de se adaptar à uma vida monótona em muitos casos é a tarefa mais difícil.

Muitos acreditam que aquele gladiador do passado se acostumou a ser técnico, comentarista e até mesmo qualquer outra ocupação, mas não há um momento que ele não pense em vestir seu uniforme e voltar à ativa. Como mostrado através do boxeador Billy Flynn no filme O Campeão (1979) de direção de Franco Zefirelli, todo lutador sonha com seu retorno.

Por isso entendemos porque Evander Holyfield e Dan Severn não deixam os ringues. Como disse Apollo em Rocky IV: “Eu não sou um rádio que você pode desligar”. E Mickey completa no quinto episódio afirmando que conforme envelhecemos perdemos mais e mais, mas a natureza é esperta e nós dá uma motivação para viver.

Foto: Dan Severn lutador de 49 anos e com o cartel de 79 – 15 - 7



Filme: Rocky V / United Artists

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Entrevista com Paulo Zorello



Paulo Zorello é um dos grandes nomes da luta no cenário mundial e deteve o maior título do kickboxing por uma década (91-01) com suas lutas sendo transmitidas ao vivo pela TV Bandeirantes.

Hoje longe dos ringues e atuando como presidente da Confederação Brasileira de Kickboxing e representando a WAKO (World Association of Kickboxing), o encontrei em seu escritório dentro do ginásio Mauro Pinheiro em São Paulo onde estava organizando um evento no Bar La Gara.

Esperei por uns 20 minutos e observando o local vi pôsteres de campeonatos pelas paredes, troféus e duas katanas em sua mesa de reuniões. Zorello mantinha-se apreensivo ao telefone e fazia pedidos para sua secretária com uma fala apressada. A mão direita muitas vezes encontrava a testa que começava a enrugar por razão das preocupações.

Paulo aceitou fazer a entrevistas mesmo sabendo que seria longa, recostou em sua cadeira negra, respirou fundo e começamos:

Como foi seu início nas artes marciais?

Comecei em 1975 no Kung Fu estilo Leopardo, modalidade muito importante em minha vida, pois me trouxe disciplina e ensinou hierarquia. Isso me ajudou nas lutas que fiz carreira que foi o boxe e o kickboxing.

O que o motivou a treinar?

A motivação de toda uma geração: Bruce Lee.

Sua família o apoiava?

Meu pai sempre apoiou meus treinos, mas desde que eu trabalhasse e estudasse. Minha mãe nunca gostou muito, mas é natural de toda mãe quando o filho pratica um esporte de contato.

Como foi sua passagem pelo boxe?

Eu fazia faculdade de Educação Física na época, a Fefisa (Faculdades Integradas de Santo André) e assistia aos treinos do Pirelli e tinha muita vontade de participar, já praticava o kickboxing na época. Acabei entrando e tive essa felicidade de ser aceito. Treinei com dois dos melhores técnicos que o Brasil já teve: Antonio Carollo que participou de cinco olimpíadas e cinco pan-americanos e com Servílio de Oliveira que tem a única medalha de boxe do Brasil que foi conquistada na olimpíada do México em 1968.
Tive essa felicidade e consegui me adaptar aos treinos e fiz uma carreira boa de 18 lutas amadoras no Brasil e não perdi nenhuma luta, fui campeão nos torneios que participei desde Jogos Abertos do Interior, Forja dos Campeões para estreantes, campeão paulista, bi campeão do Torneio dos Campeões e também participei de duas lutas como profissional vencendo uma por pontos e outra por nocaute. Foi uma carreira interessante.

Quais eram as condições do kickboxing naquele período?

Era outro mundo, não dá nem pra falar quais eram as condições que tínhamos, pois na verdade tínhamos condição nenhuma. Lembro que fiquei extremamente feliz na primeira competição que não tive que pagar para entrar, pois até então eu sempre pagava e naquela não paguei nada. Com isso comecei a profissionalizar, cresci, fui morar na Europa e entrei pro circuito europeu. Agora são dez anos passados e já parece outro esporte... Os atletas do Centro de Treinamento praticamente vivem exclusivamente do esporte e ganham bolsas para isso ou estão lecionando em academias, sem contar o apóio de médicos, nutricionistas, musculação, condicionamento físico, suplemento nutricional e logo começaremos com aulas de inglês.

Como era o seu treinamento para as lutas amadoras e profissionais?

Sempre treinei muito, mesmo como amador, pois eu treinava boxe e kickboxing. Quando me profissionalizei passei exclusivamente para o treinamento, apesar de manter uma profissão paralela para meu sustento. Eu tinha uma academia e organizava alguns eventos, mas não era nada perto do que faço atualmente, agora sou mais ativo nessa área. Mas eu sempre fiz coisas voltadas ao esporte.
Treinava de manhã aeróbio e força... corrida e musculação, nas tardes era técnico com ênfase em sparring. Duas horas de treino pelas manhãs e entre duas horas e meia à três horas a tarde.

Amizade entre rivais existe dentro das artes de combate?

Existe. Tenho muitos amigos que foram meus adversários. Sempre aprendi no Kung Fu que não temos inimigos e sim adversários. No final da luta acabou a tensão e mantenho bons relacionamentos com essas pessoas que hoje são técnicos, lideres de federações, organizadores de eventos.

Qual foi sua luta mais difícil?

Enquanto eu estava em atividade eu dizia “A luta mais difícil é a próxima, pois a que tinha feito já era passado”. Como não estou na ativa penso em atletas que foram duros e cito a conquista do título mundial na Itália contra o francês Phillipe Coutelas, já que eu vinha de uma condição totalmente desfavorável. Eu era a zebra e ele o campeão mundial, vinha de um país sem tradição no esporte. Outra no Brasil que foi contra o alemão Hubert Nurrich, o cara é muito grande de 1,98m e 126kg e hoje é amigo meu. Tive uma que foi dura contra o belga Girolando Fregapene em Bruxelas, na qual quebrei minha mão no primeiro round e lutei até o quarto.

Qual a sensação após nocautear o oponente?

Normal. Não é algo que me dê satisfação, lógico vencer por nocaute é bom pro ego do atleta que sente sua eficiência e que os treinos funcionaram, mas não era algo que me dava satisfação. Nunca pensei: “Vou nocautear ele, machucar ele!”. Eu lutava pra vencer e não pra nocautear.

Já sentiu remorso por algum dano infligido contra um oponente?

Também não, pois já sangrei e já fiz sangrar e é normal num esporte de contato. O cara que sobe lá está preparado e sabe do risco que corre.

Conte como foi sua última luta?

Foi bem legal. Lutei na Praia Grande em 2001, defesa do meu título mundial contra um belga que derrotei por nocaute no quinto round. Foi realmente a despedida e vinha pouco a pouco diminuindo o ritmo de defesas do cinturão. E decidi me retirar como campeão mundial.

Como o seu estilo se adaptou com a passagem dos anos?

Fui ficando mais experiente como qualquer atleta é normal isso. Você adapta o sistema de treinamento e observa que tipo de jogo que cai melhor. O atleta ganha muito com experiência. Eu fui um cara que nunca sofri ou me machuquei gravemente no ringue e isso preservou minha saúde, nunca tive uma seqüela articular que são as piores como as de ombro, joelho e cotovelo. O que sofri foram duas lesões por choque uma na mão outra no bíceps, mas foram por trauma. Isso tudo fez com que eu pudesse lutar até os 40 anos e adaptar o meu treinamento.

Como é conhecer a derrota?

Pra mim no primeiro momento foi muito ruim, minha única derrota como profissional e foi para o inglês Peterson Barrington, porém foi produtiva porque eu não escutava muito meus técnicos e não treinava como deveria, pois me achava invencível. Meu cartel era 30 lutas como profissional, 23 ou 24 por nocaute, invicto, campeão sulamericano, europeu, intercontinental, tri-campeão mundial. O atleta não pode ficar assim, porque quando fica ousado corre risco.
A derrota serviu como estilo, pois aumentou meu afinco nas sessões de treino, o meu respeito pela comissão técnica. Fiz mais 8 lutas e foram todas por nocaute e nenhuma depois do 4º round.

Qual a sensação de se aposentar com o cinturão mundial?

Se aposentar é muito duro, fui um ano complicado pra mim por causa da transição de campeão para ex-campeão, atleta para ex-atleta. Foi realmente complicado, pois você deixa os holofotes e o atleta se estimula com isso. Minha sorte foi o estimulo da família naquela decisão e continuar no esporte. Coitado daqueles que deixam de ser atletas para seguir outro rumo, me sinto bem nessa fase da vida.

No mesmo período no qual você detinha o cinturão mundial da WAKO, Sérgio Batarelli possuía a versão do mesmo pela WKF. Por que não ouve uma luta entre ambos?

Tivemos três oportunidades que quase lutamos. Quando iríamos fechar a luta ele sofreu um nocaute para um italiano de origem africana no Maksoud Plaza e foi hospitalizado. Teve de abandonar a carreira por ordem médica e por isso não houve a luta. Continuei lutando, mas não tivemos essa chance, talvez no passado tivéssemos essa luta, porém nunca acabou dando certo.

O que você acha da existência de mais de um campeão mundial por modalidade?

É uma praxe do boxe e o kickboxing tem muito a ver, pois dando uma definição rude é um pugilista que chuta. A grande vantagem da Wako que ela é a única reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional. A tendência é acontecer como a Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) do boxe que é a sigla amadora reconhecida pelo comitê. A Wako será a provavelmente a sigla mais reconhecida no mundo e no futuro a vida de seus atletas terá melhorias.

Algum brasileiro carregou a bandeira do Full Contact após sua aposentadoria?

Tivemos um campeão mundial que foi o baiano Joca Soares e não é mais detentor da coroa, mas foi na década de 90, porém se retirou. Hoje temos um campeão de low-kicks o Wagner Steve de Goiás e um de thai kick que é o Delcelio Rodrigues de Garopaba Paraná.

Muitos professores de kickboxing colocam uma faixa e se intitulam mestres de Muay Thai e começam a lecionar. O que tem achado disso?

Não vejo isso. O contato que tenho com profissionais que são filiados nossos e hoje estamos quase no Brasil todo fortalecidos. No campeonato compareceram 15 federações estaduais. O que existe é confusão de modalidades, Muay Thai é Muay Thai e Kickboxing é Kickboxing, um é tailandês e o outro estadunidense. Muay Thai é o esporte nacional assim como futebol brasileiro, existe toda uma cultura, o Kickboxing é um esporte de competição nascido nos anos 70, o praticante treina para competição pura e não como uma filosofia e defesa pessoal, é algo ocidental e apesar de ter hierarquia e respeito é muito diferente de artes marciais tradicionais. Dentro do Kickboxing temos três modalidades de ringue: full-contact, low kicks e o thai kick. O thai Kick é muito popular no mundo e muitas pessoas falam “Ah eu faço Muay Thai”, mas não fazem, porque o Muay Thai tradicional é na Tailândia e tivemos o mestre Pirojnoy morando conosco por 6 meses, para o qual perguntei como era o Muay Thai ao redor do mundo e ele simplesmente respondeu “Muay Thai é sempre Muay Thai”, não se luta o muay thai nesses pais e sim se ensina, pois tem um ritual e uso de cotovelo e não tem competição. E onde a competição não utiliza cotovelo não é muay thai.

Existem muitos centros de treinamento de kickboxing no Brasil?

Centro de Treinamento apenas este da Confederação Brasileira, centro de alto rendimento e qualidade no qual procuramos aprimorar o físico, a técnica e a cultura do atleta filiado. Pretendemos aumentar o trabalho trazendo atletas de outros estados, possuímos um trabalho social com crianças e adolescentes até 18 anos que treinam gratuitamente de segunda à sexta das 18 às 21 horas.

O que você tem feito como presidente da Confederação Brasileira de Kickboxing?

Trabalhado tempo integral para a modalidade, se você tiver oportunidade de entrar em nosso site são 17 eventos pelo Brasil e todos passam pela confederação, temos relatórios, rankings... trabalhamos para que o esporte cresça em na nação.

Você foi presidente da equipe Never Shake, quais foram os motivos para o seu fim?

Conflito de interesses. A Never Shake surgiu da idéia de se ter uma equipe profissional e mais que isso. Abrir as portas para os atletas filiados da federação para que participassem de uma equipe profissional, porém naquele momento não entendi que não era possível agregar atletas de todos os estados, pois queríamos ter a grande maioria de atletas da confederação brasileira nessa equipe. E entendi que o Presidente de uma confederação não pode ser líder de uma equipe, deve ser líder de todas as equipes e todos os atletas. Esse é meu dever como presidente e por isso encerrei as atividades da Never Shake, abri o centro de treinamento para todos os atletas, as federações ficaram muito contentes com minha decisão e participam, o kickboxing deu um salto fenomenal.

Enquanto você foi campeão mundial o vale-tudo começou a despontar no mundo, pensou em migrar para a modalidade?

Tive algumas propostas, mas sempre gostei muito de kickboxing e as propostas que recebi para o vale-tudo não valiam nem 10% do que eu recebia como campeão mundial de kickboxing. Eu sempre quis ser um kickboxer e me retirar como campeão mundial.

Você já teve um programa de lutas em TV aberta, o Super Fight, como foi essa experiência?

Muito interessante. Uma época legal, pois era um programa com entrevistas. Eu estive na Gazeta de 98 a 2002 e era a segunda audiência do canal, perdendo apenas para o Mesa Redonda e ganhando até do Mulheres e outros programas tradicionais da Gazeta e foi muito legal, pude conhecer gente de diversas modalidades. Hoje estou feliz, estou no Band Sport, transmitindo eventos do Brasil todo, é uma nova fase.

Por que ela foi cancelada?

Tive a proposta do Canal Bandeirantes para voltar a transmitir eventos esportivos e é mais minha praia.

Você era proprietário da revista Top Fight, qual era o enfoque dela?

Artes Marciais. Surgiu junto com o Super Fight que era uma revista eletrônica e a Top Fight a versão impressa.

Qual era o diferencial dela em relação as revistas atuais do meio?

A Top Fight enfocava todas as artes marciais, as atuais não falam de todas as artes como nós falávamos.

Acredita que jornalistas esportivos deveriam ser ex-atletas ou ao menos praticantes da modalidade?

Não, lógico que se for ex-atleta e formado em jornalismo ele terá mais experiência. Mas cito os apaixonados como Eduardo Ohata que foi meu atleta de boxe e hoje é colunista da Folha e comentarista da ESPN. Chegou a lutar como mosca no boxe nos jogos abertos do interior, fez uma pequena carreira como amador, mas é um estudioso e apaixonado pelo boxe e o que vale na carreira é o tanto que você se dedica para ela.

Você chegou a atuar em um filme de Kickboxing brasileiro, como foi filmá-lo?

O Gaiola da Morte foi bem legal. Te digo que atuar é muito mais difícil que lutar e treinar (risos), você deve incorporar e foi uma experiência muito interessante, porém me chateou por não ter tido continuidade e abrir portas para outros artistas marciais.

Qual foi a repercussão do mesmo?

Muito boa, lançado em diversas partes do Brasil, aqui em São Paulo no cinema Ipiranga e Marabá em 92 e tinha acabado de me tornar campeão mundial, eu começava a lutar na Bandeirantes ao vivo.

Você realiza palestras em escolas, qual o enfoque delas?

Até um ano atrás eu realizava as palestras em escolas, porém hoje trabalho mais com a modalidade e socialmente, visito mais as federações e passo a experiência... falo da capacidade que o esporte dá para os atletas se socializarem. Devolvo o que esse esporte me deu.

O que tem achado da educação no Brasil?

Hoje inclusive li uma notícia que me chateou como educador e professor de educação física que sou, o ensino médio estava dividido até hoje em dois ciclos de 4 anos, ou seja não podia ser renovado antes de um ciclo de 4 anos. Empurrão ele pra frente e largam o cara no mercado de trabalho sem condições nenhuma. Hoje a secretária de Educação e Cultura disse que será diminuído para 2 anos, menos mal pois o erro foi diminuído pela metade, mas ainda é muito, o ciclo deve ser anual e se não tiver condições deve ser reprovado. Os professores devem ser tratados com mais respeito e estimulados para preparar essa nova geração de trabalhadores no país.

Quais valores o principiante encontrara no Kickboxing e levará para sua vida?

Principalmente a inclusão social, dentro de uma arte marcial você não tem a diferença social. Quando dois atletas treinam não tem diferenças de religiões, etnias, socioeconômicas, portanto, vale o ensinamento e seu empenho, ou seja a cultura esportiva. Temos atletas de origens diferentes ensinando os mais novos e isso mostra para a criança que o que vale é o interior.

Foto: Paulo Zorello e Gabriel Leão / Arquivo Pessoal

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Expansão da Luta Olímpica

O esporte favorito dos espartanos cresce no Brasil

Antes do Pan era impossível pensar em três torneios importantes de luta olímpica no mês de novembro, agora com o incentivo de público e financeiro (este ainda é baixo, mais empresas além da CAIXA deveriam se mobilizar) o esporte apresenta um crescimento.

Claro há a possibilidade de disputar as olimpíadas de Pequim, então torço que façamos valer a pena e finalmente mostrar que o wrestling pode ser tão interessante quanto o judô. Este ano lutei o paulista e o beach wrestling de São Vicente e digo, o mais importante é manter a rotatividade de campeonatos e os wrestlers afiados.

Em uma matéria do site Portal das Lutas, o presidente da CBLA Pedro Gama Filho divulgou o interesse em fortalecer as categorias de base. Esses garotos e garotas não são apenas os lutadores do futuro, mas também os cidadãos e no esporte eles encontram uma forte base educacional para em muitos casos completar o que lhes falta na escola, instituição religiosa e lar.

Se tivessem campeonatos bimestrais seria uma ótima, o jovem mantém o seu interesse quando é desafiado.

This Is Sparta!!!

Fonte: Portal das Lutas

domingo, 14 de outubro de 2007

Couture sai do UFC


Capitão América abandona o cinturão do UFC

Conforme noticiado no Portal do Vale-Tudo no dia 12 de outubro, Randy Couture “The Natural” deixou a gaiola do UFC por discordâncias com o presidente Dana White. Os rumores apontam que a dissidência se deu em razão do tratamento privilegiado de Emelianenko Fedor, maior peso-pesado da atualidade que a organização estadunidense tenta contratar.

Couture sentiu seu orgulho ferido, por ser o campeão e não ter tido tanta atenção quanto o rival russo. Infelizmente a perda também afeta os fãs do vale-tudo que não poderão ver o duelo de ambos em breve.

Couture afirma que não se trata de uma aposentadoria, mas apenas o desligamento do Ultimate Fighting Championship. Seria prudente o K-1 contratá-lo e fechar também com Josh Barnett já famoso no Japão por suas participações no Pride e nas lutas de telecatch promovidas por Antonio Inoki, o “Baby Faced Assassin” não pode voltar à maior empresa do vale-tudo por ter se desentendido com White no passado.

Fonte: Portal do Vale-Tudo / Ilustração: Scott Blair

sábado, 13 de outubro de 2007

Holyfield superado por decisão unânime dos árbitros


Sultan Ibragimov reteve seu cinturão em combate contra ídolo americano

Evander Holyfield perdeu na noite deste sábado sua disputa pelo cinturão dos pesos-pesados versão WBO por decisão unânime dos árbitros para Sultan Ibragimov em Moscou, Rússia.

Os árbitros deram 118-110, 117-111 e 117-111. O estadunidense fez o russo sangrar, mas para os julgadores não foi de forma intencional. Agora Holyfield tem um cartel de 42 vitórias e 9 derrotas.

Com esse resultado acabam as esperanças de ter novamente um ícone do esporte detendo um cinturão de pesados para aumentar a popularidade do pugilismo como muitos fãs esperavam.

A carência na divisão dos peso-pesados

A divisão dos pesados sempre foi a mais notória do esporte nomes como George Foreman e Larry Holmes são mais lembrados que Marvin Hagler e Julio Cesar Chavez, porém a ESPN elegeu Sugar Ray Robinson, um peso-médio, como o maior pugilista de todos, até mesmo melhor que Muhammad Ali que ficou em segundo.

Na lista dos dez melhores boxeadores atuais da Ring Magazine nenhum é peso-pesado. É como se no automobilismo a Fórmula – 1 estivesse monótona.

O mundo precisa de um verdadeiro peso-pesado, pode ser um herói como foram Louis e Marciano, um anti-herói como foi Tyson ou até mesmo um vilão, mas que pelo menos leve o público aos ginásios.

O cinturão dos pesados já simbolizou que o seu dono era o homem mais poderoso do planeta, tanto que fora dos períodos de guerra era mais famoso que presidentes. Hoje os campeões não passam de nomes desconhecidos ao grande público.

Se a mordida canibal de Iron Mike simbolizou a morte do boxe como afirmei em um artigo anterior. A derrota de Holyfield para Ibragimov simboliza o aparelho de respiração sendo desligado de um corpo que vegeta na U.T.I.

Foto: Sultan Ibragimov

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A equipe feminina de boxe amador conquista medalhas no Pan do Equador


Boxe feminino brilha no Equador

No campeonato Pan-Americano de boxe amador realizado nesta semana em Guyaquil, Equador as meninas do boxe conquistaram 4 medalhas:

Erica Matos – 46kg – Ouro
Adriana Araújo – 60kg – Ouro
Andréia Bandeira – 70kg – Prata
Stela Soares – 50kg – Bronze

Fonte: Confederação Brasileira de Boxe

Análise dos Resultados

A Confederação Brasileira de Boxe está de parabéns pelos resultados obtidos no campeonato, pois tantos os fãs como os jornalistas sabem que poderia ter sido bem maior se existisse apoio de empresas patrocinadoras com alto investimento de capital, mas mesmo assim superou as expectativas.

Com ele fica a mensagem de que com poucos recursos o esporte se recusa a perecer e que um dia tanto a mídia quanto os governos voltem a prestar atenção nas modalidades individuais já que o judô sempre contou com patrocínio, público e praticantes.

Foto: Equipe Feminina de Boxe Amador Pan-Equador/Confederação Brasileira de Boxe

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fidelidade de equipe no Superior Tribunal dos Fãs


Uma das principais discussões no cenário nacional do M.M.A é a votação dos fãs nos portais sobre a condição de Wanderlei Silva poder ou não deixar a Chute Boxe

Enquanto a política brasileira debate se deputados federais podem ou não trocar de partidos durante os seus mandatos e se isso é uma traição para suas filiações e se seus eleitores, os fãs de M.M.A preparam sua mesa de debates para colocarem-se contra ou à favor à saída de Wanderlei Silva da Chute Boxe.

Para muitos ele é visto como “creonte”, sujeito que abandona seu mestre e irmãos de armas, para outros ele é um profissional do esporte que como os jogadores de futebol pode deixar um clube por outro.

Assim como os jogadores que partem dos times brasileiros para o exterior, mas jogam pela seleção, Wanderlei ainda representa o país em suas lutas independente de ser pela Chute Boxe, BTT ou pela Zezinho do Bar MMA Team.

Sua saída foi amistosa e foi um passo novo em sua carreira. Cada um deve fazer sua escolha entre ser um profissional do esporte ou ser um samurai e carregar a bandeira de seu clã. Ambas decisões tem seus pontos positivos e negativos e cabe ao lutador e apenas à ele julgar a mais adequada.

Foto: Sherdog

domingo, 7 de outubro de 2007

Samuel Peter confirma titulo mundial interino de boxe


Importante luta do cenário mundial de boxe confirma o status do nigeriano de futuro adversário de Oleg Maskaev

De acordo com o site Ringue.Net, o “Pesadelo Nigeriano” Samuel Peter venceu a luta válida pelo título interino do Conselho Mundial de Boxe contra o estadunidense Jameel McCline conforme decisão dos árbtiros em embate realizado no Madison Square Garden, Nova York, E.U.A.

Agora os fãs podem esperar uma luta de campeão contra campeão, pois Peter é o detentor temporário do cinturão até o retorno e a luta contra o europeu Oleg Maskaev.

Cadê a luta aqui?

Infelizmente o combate não foi transmitido na televisão brasileira, tanto a aberta como a paga. O quadro de boxe na programação televisiva é ridículo, pois além da falta de lutas de qualidades as poucas boas são levadas para os sistemas de pay-per-view e ressalto que o brasileiro em geral não possuí renda elevado.

Muitos são excluídos dos bons espetáculos de boxe e da chance de ver ídolos como Holyfield lutando. Caso não busquem uma real popularização do esporte os únicos combates que a maioria assistirá serão os do cinema Hollywoodiano na Tela Quente da TV Globo.

Foto: Samuel Peter calção branco e azul claro - EFE/ Fonte: Ringue.Net

sábado, 6 de outubro de 2007

Orgulho Ferido, Orgulho Morto


Irmãos Fertitta anunciam acabam com o Pride

Conforme matéria publicada no site GracieMag os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta anunciaram o encerramento das atividades do Pride, um dos mais intensos e valorosos eventos de vale-tudo.

Na sua história os fãs acompanharam a ascensão de nomes como Minotauro, Cro Cop, Fedor, Don Frye e também fomos espectadores de combates clássicos como os entre Wanderlei Silva e Kazushi Sakuraba.

O fim do Pride é como se metade dos jogadores de futebol do Brasil partissem para a Europa e ficássemos sem os principais clubes. É o fim de um capítulo vital na história das lutas.

Fonte: Gracie Mag / Foto: Pride/Divulgação

MMA chega na TV aberta


Após várias tentativas o MMA chega na tv aberta brasileira pelas mãos de Batarelli

A Rede TV exibirá sábado às 18 horas o K-1 MMA Brasil de 2003 conforme nota publicada na Gracie Mag.com essa é a porta inicial para trazer o UFC para a grade do canal Rede TV!.

Em entrevista ao Superfight Sergio Batarelli que comanda as lutas no canal pretendia levar a atração para um horário mais tarde para evitar qualquer tipo de censura. Mas vamos agradecer que mesmo estando num período do “politicamente correto”, a ditadura acabou e fica ao nosso critério o que devemos assistir. Cabe aos canais alertar a faixa etária que pode acompanhar os combates de vale-tudo.

Fonte: Gracie Mag.com / Foto: Rede TV! Divulgação

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

The Rock curte Vale-Tudo


Diferente de outros pro-wrestlers que criticam o vale-tudo por acreditar que o esporte tira deles o mercado, o astro de Hollywood e multi-campeão de telecatch The Rock assumiu que gosta de um bom M.M.A

Sua fama lhe rendeu conhecer pessoalmente Randy Couture e Chuck Lidell, dois lutadores que não precisam provar nada para ninguém e ainda tem muitas lutas boas pro futuro.

O boxe, o pro-wrestling e o M.M.A possuem a capacidade de atrair grandes platéias e podem sim coexistir, pois nos E.U.A eles tem uma grande diversidade de esportes rentáveis como baseball, basquete e futebol americano. São produtos diferentes direcionados ao mesmo público: homens de 18 à 40 anos em média.

E até deve ser lembrado que Ken Shamrock e Dan Severn membros do Hall da Fama do UFC possuem passagens pelos ringues da luta teatral e nem por isso sujaram suas carreiras no octógono também ressalto que Antonio Inoki um dos maiores promotores de combates no oriente tem uma extensa passagem pelos ringues de telecatch.

Fonte: Gracie Mag/Foto: WWE/Divulgação – The Rock

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O valor da idade


Faltam 6 anos para o patriarca dos Gracies chegar aos 100 e mostrar que luta também é qualidade de vida

Sempre que dizem que lutar encurta bons anos da vida ou que os praticantes envelhecem abobalhadas, peço que as pessoas pesquisem sobre Hélio Gracie. O maior mestre do jiu-jitsu com seu exemplo de vivência mostra que mesmo após passar por treinamentos e competições de vale-tudo continua vivo, ativo e esperto.

Outro fator que apresenta à sociedade com sua idade de 94 anos (completados dia 1º) é que não devemos esquecer dos idosos, pois com eles podemos aprender para não repetir seus erros e sim seus acertos e se possível aprimorá-los.

Cada ruga de um mestre ancião é marca cada uma dos seus inúmeros combates, seja na zona de batalha ou na vida que por si só é uma guerra. Envelhecer nesse jogo de bater e tomar é ser sábio e não só forte, é ser inteligente e não só ágil.

Agradeço à todos os grandes nomes do jiu-jitsu como Mestre Hélio Gracie e Mestre Osvaldo Carnivale, do boxe como professor Balthazar, da luta como Roberto Leitão e de outras artes marciais que nós ensinam não só com golpes, mas com palavras também.