domingo, 31 de agosto de 2008

Brasileiros perdem na gringa

John Anderson e Juliano Ramos são batidos em território estrangeiro

O brasileiro John Anderson (18-4, 11KO’s) e seu compatriota Juliano Ramos (15-2, 12 KO’s) sofreram revezes em suas aventuras internacionais. O primeiro caiu nos pontos após 12 rounds de luta contra o campeão inter-continental da Organização Mundial de Boxe Sebastian Zbik (24-0, 9KO’s) na Alemanha, sexta-feira.

Ramos teve um azar maior e acabou vítima de um nocaute no sexto giro para o estadunidense Mike Jones (15-0, 13KO’s). após forte golpe no fígado. A luta foi feita na terra natal de “Smokin’” Joe Frazier e Rocky Balboa, Filadélfia, Estados Unidos, também na sexta-feira.

Diferente de muitos pugilistas nacionais que saem do país para serem buchas de canhão principalmente em países da América Latina, Ramos e Anderson são dois atletas sérios, porém como tantos outros do nosso país sofrem com as condições parcas de equipamentos, patrocínios, sparrings e a história que os profissionais do meio e fãs conhecem.

Valuev supera Ruiz por cinturão


Gigante Russo derrota americano com jabs de esquerda

Pela segunda vez Nikolai Valuev supera John Ruiz, porém por decisão unânime. A conquista lhe rende o cinturão interino dos peso-pesados da Associação Mundial de Boxe. O combate ocorreu na madrugada de 31 agosto na Max Schmeling Arena em Berlim, Alemanha.

As papeletas no início indicavam decisão dividida, porém foram revertidas todas a favor do europeu. Tudo ocorreu por uma alteração na ordem dos nomes como informou para a ESPN o árbitro japonês Takeshi Shimakawa. A pontuação foi 116-113, 116-111 e 114-113.

A decisão não agradou Ruiz que alega: “Eu pensei ter ganho a luta. Não sei o que rolou com as papeletas”. Outros que não se mostraram satisfeitos com o resultado foram membros da platéia que vaiaram a decisão dos árbitros.

Valuev no combate colocou algumas direitas fortes, porém foi balançado pelo mesmo golpe do adversário no segundo round. O resto da luta optou na maior parte pelo jab de esquerda para manter distância. Seus 2,13m garantem um alcance mais que suficiente para isso. O russo estava mais seco e ágil, resultado de alterações nos seus treinos e dieta.

O campeão do cinturão Ruslan Chagaev era quem deveria ter encarado Valuev, porém está em recesso devido problemas com o tendão de Aquiles. O boxeador brasileiro Raphael Zumbano acompanhou o sofrimento do pugilista já que estava no seu quadro de sparrings.

Agora os fãs podem esperar um novo combate entre Chagaev e Valuev no futuro, no embate anterior em abril de 2007 o primeiro saiu vitorioso.

foto: Nikolai Valuev e cinturão da WBA / Reuters

domingo, 17 de agosto de 2008

Por que gostamos de Rocky?


O jeito dócil, a cara ingênua, a fala débil, o carisma e principalmente a obstinação fazem de Rocky Balboa um dos personagens mais queridos e memoráveis da cultura mundial. O atleta foi escolhido o sétimo melhor herói do cinema americano pela American Film Institute, dentro de 50 nomes, tendo superado personagens como o Superman.

Converso com competidores de vale-tudo, judô, wrestling, boxe e kickboxing e muitos citam o pugilista da Filadélfia como seu símbolo. Também revelam possuir em sua coleção de DVDs pelo menos um dos seis capítulos da saga.

No fundo, muitos querem se sentir como o Garanhão Italiano. Quando vão fazer exercícios, mesmo não sendo artes marciais, o tema "Gonna Fly Now!" toca em Ipods, MP3 e academias de ginástica.

Através de seus filmes, Stallone cria um conto de fadas no qual a perseverança ante o sofrimento faz emergir o herói, e os lutadores estão habituados a passar por essas surras da vida; como quando o técnico e figura paterna falece, quando perdemos a confiança em nós mesmos após um nocaute ou quando queremos provar para nós que somos capazes de ir até o final, independentemente de perder o vencer.

Enfim, o atleta do século XX nos cinemas é o bi-campeão mundial Rocky Balboa.

Gonna Fly Now