quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pior lutador prepara aposentadoria


Após 299 lutas Peter Buckley se parte para a última de uma carreira conhecida por suas derrotas

Archie Moore começou a lutar em 1935 e foi até 1963, era um lutador de um período no qual era comum se fazer mais de 10 apresentações em um ano. Em 1937, o lendário campeão lutou 15 vezes. Ao todo seu cartel contém 220 apresentações sendo 185 vitórias, 131 por nocaute, 23 derrotas e 11 empates, mesmo com esse pedigree todo “perde” em vezes que subiu ao ringue para Peter Buckley que tem 299 no seu currículo.

Hozumi Hasegawa considerado o melhor galo da atualidade e dono do boldrié da WBC tem 25 vitórias com 9 nocautes, enquanto Steve Cunningham um dos principais nomes dos cruzadores e dono da coroa da IBF conta com 21 apresentações de saldo positivo sendo 11 pela via rápida, porém ambos perdem para o britânico Peter Buckley com suas 31 suadas conquistas.

Buckley de longe ganha no número de derrotas também afinal são 256 ao todo as quais soma-se 12 empates, entretanto, ele tem o orgulho de ter terminado 246 dessas perdas consciente, foram apenas 10 nocautes sofridos.

O super-pena se prepara para enfrentar em sua 300ª peleja Matin Mohammad (0-0-1) no dia 31, sexta-feira em Birmingham no seu país. O irônico dele lutar com um novato é seu apelido de “O Professor”.

Buckley espera ministrar uma aula e terminar a carreira com uma vitória algo que ele não vê desde 2003, mas pensa: “vencendo, empatando ou ganhando esta é definitivamente minha última luta”.

Em sua estrada já foi escada até de campeões mundiais como Prince Naseem Hamed, Duke Mckenzie, Scott Harrison e Colin Mcmillan. Muitos e muitos pugilistas devem seus primeiros aplausos a ele.

Assim como o piloto Rubens Barrichello fez questão de bater o número de provas disputadas completando mais de 258 provas disputadas, Buckley vê na sua 300º luta um número especial e o encerramento de um ciclo.

O rapaz está ansioso por se apresentar numa cidade na qual não luta há anos e feliz por ter a presença de seus amigos na platéia. Seus olhos são aqueles dos azarões que apesar de sofrem muito com o boxe não largam dele, como o namorado que se decepciona muito com sua amada, mas sempre sorri ao vê-la.

Buckley cheio de coragem conclui para o site da BBC:

“O boxe foi bom para mim durante anos. Eu fui um jovem com muitos problemas com a polícia, um verdadeiro garoto problema. Entretanto o esporte me deu um foco na vida e me manteve direito”.

“Eu não sei o que farei quando tudo estiver terminado na sexta-feira, mas eu gostaria de continuar de alguma forma no boxe. Eu tive alguns poucos pontos altos no esporte, mas o que mais me deixou orgulhoso foi quando fui a Áustria e enfrentei Harald Geler pelo título Intercontinental da WBA.”

“Ele nocauteou algumas pessoas, mas não ele não era nada demais e eu tinha ele de jeito no nono assalto, mas perdi por pontos quando terminou o 12º”.

“Eu também tive pontos baixos, mas definitivamente não me arrependo de ter sido esmurrado na cara para viver”.


Matéria da BBC com Peter Buckley (ínclui vídeo)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Prossegue Mundial Juvenil


Delegação Brasileira de Boxe



O segundo dia de competição em Guadalajara, México, confirmou a acirrada disputa que acontece no I Campeonato Mundial Juvenil que se realiza naquela cidade.

Como é do conhecimento de todos, muitos dos participantes no torneio estarão representando seus países nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Diversos paises da Europa e Asia enviaram boxeadores com experiencia internacional em torneios de relevância, muitos deles medalhistas em competição continentais.

Nas tarde e noite de domingo, na categoria 60 kg, Jefferson Silva foi derrotado por 21:2 por Raymond Moylett (DOM) e nos 75 kg Felipe Nunes saiu vencido por 10:0 por Oskar Lakomy (CZE). Na tarde desta segunda-feira, 27, Marcelo Silva, 54 kg, perdeu para Miguel de La Cruz por 12:3.

Membros da Delegação


A delegação brasileira no campeonato é a seguinte:

Atletas

48 kg – Rodrigo Bentes (DF)

51 kg – Adauto Santos (PA)

54 kg – Marcelo Santos (PA)

57 kg – Luis Santana (DF)

60 kg – Jeferson Silva (PA)

69 kg – Michel Borges (RJ)

75 kg – Felipe Nunes (SP)

Técnicos: Gabriel Oliveira (DF) e Leandro “Zulu” Braga (RJ)

Árbitro: Jones Kennedy

Chefe de Equipe: Otílio Olivé Toledo



Fonte: Confederação Brasileira de Boxe

domingo, 26 de outubro de 2008

UOL relembra única medalha olímpica brasileira no seu aniversário de 40 anos



Jornalista Maurício Dehó entrevista Servílio de Oliveira em especial de 3 matérias

Maurício Dehó formado pela Pontífice Universidade Católica (PUC) de São Paulo e autor do documentário Boxeduto lembrou que dia 24 completou 40 anos do bronze olímpico de Servílio de Oliveira, uma verdadeira personalidade do boxe da América Latina. Contribuiu com ele o video-repórter Renato Cury que entrevistou a lenda em seu projeto social na periferia paulistana.

Por uma interrupção abrupta à sua carreira Servílio não conquistou a coroa mundial como fizeram Éder Jofre, Miguel de Oliveira, Popó e seu ex-agenciado Sertão, por isso ele não é tão lembrado nos anais esportivos brasileiros, o que é um grave erro.

Para conferir as matérias acesse os seguintes links:

Única medalha do boxe brasileiro passa aniversário de 40 anos em branco

Ídolo no boxe, Éder Jofre marcou começo e despedida de Servílio

Vídeo: Único medalhista olímpico, Servílio quer 'fabricar' pupilos

Kessler mantém super médios da World Boxing Association



Kessler em luta na Alemanha nocauteia no 3º round

Mikkel Kessler (41-1, 31 KOs) da Dinamarca reteve seu título de super-médio da World Boxing Association ao nocautear o alemão Danilo Haeussler (29-4-1, 7 KOs) no terceiro round em seu país na cidade de Oldenburg na noite de sábado.

Kessler provocou um inchaço no olho esquerdo do adversário no segundo assalto. O campeão terminou a luta com uma esquerda no queixo de Haeussler aos 1 minuto e 8 segundos do terceiro giro, o alemão caiu duro na lona e não se levantou.

Kessler perdeu seus cinturões da WBA e da World Boxing Council em uma luta de unificação em novembro contra Joe Calzaghe, entretanto recuperou o título da primeira organização que estava vago com um nocaute sobre Dimitri Sartison (22-1, 14 KOs) em junho.

Fonte: Associated Press
Foto: Mikkel Kessler / Getty Images


Mikkel Kessler x Danilo Haussler 1ª parte



Mikkel Kessler x Danilo Haussler 2ª parte



Calzaghe rejeita revanche contra Hopkins

O americano Bernard Hopkins (49-5-1, 32 KOs) que perdeu por decisão divida para o gâles Joe Calzaghe (45-0, 32 KOs) em abril, terminou com o recorde de invicto de Kelly Pavlik (34-1, 30 KOs) em Atlantic City.

Agora o veterano de 43 anos quer uma segunda chance contra o invicto Calzaghe. Mas o galês fala: “(Roy) Jones Jr. vai ser meu ultimo definitivamente, pra mim é isso finalmente”. E completou: “Que se dane Hopkins, eu não vou lutar mais uma vez por qualquer que seja o pagamento. Eu estou nessa há muito tempo”.

“Hopkins ter derrotado Pavlik da maneira que fez só da para minha vitória sobre ele mais credibilidade. Quando bati ele falaram que eu só detonei um velho, a sombra de um lutador de anos atrás”.

“Mas ele aniquilou o então chamado de grande promessa do boxe numa luta que ele diz ter sido a da sua vida”.

Hopkins provou que ele ainda está em um nível competitivo mundial quando deu uma aula ao campeão dos médios da WBC e WBO Pavlik. O “Executor” afirmou que essa vitória foi a sua melhor entre todas as 55.

Agora Hopkins quer ir para o Reino Unido encarar Calzaghe, mas o gâles tem um encontro marcado com Jones Jr. (52-4, 38 KOs) no conceituado Madison Square Garden dia 8 de novembro.

“Eu iria até a Inglaterra para lutar com Calzaghe se ele superar Roy Jones Jr. no próximo mês”, falou B-Hop.

Mas Calzaghe recusa a oferta e conclui: “Hopkins bater Pavlik foi ótimo para mim porque assim as pessoas param de me encher para lutar com ele. Eu sempre achei Pavlik limitado, um bom lutador, mas não chega a ser grande. Então posso me aposentar sabendo que derrotei todos que valiam a pena”.

“Eu soube que Hopkins queria uma revanche comigo, mas não faço revanches. Não tenho nada pra provar pra ninguém. Eu provei tudo que eu precisava ao derrotar Hopkins em Las Vegas no início do ano”.

“Eu estou faminto por Roy Jones Jr, mas após isso minha motivação pelo boxe vai cessar, porque eu quando eu nocautear ele eu vou ter derrotado a única lenda que eu não bati ainda”.



Fonte: BBC
Foto: Calzaghe (esq.) x Hopkins / Getty Images

sábado, 25 de outubro de 2008

Bute retém cinturão e é salvo pelo gongo


Campeão dos super-médios IBF bate Librado Andrade sexta-feira

Lucian Bute (23-0, 18 KOs) quase caiu no último round, porém foi salvo pelo gongo e reteve seu título dos super-médios da International Boxing Federation com uma vitória unânime em 12 giros sobre Librado Andrade (27-2, 21 KOs) na noite de sexta em Montreal, Canadá.

Bute que lutou em casa dominou até o giro final, mas recebeu golpes pesados neste e pareceu grogue e exausto. Após ser derrubado na lona, ele mal podia se levantar no córner, enquanto o árbitro Marlon Wright lhe dava a contagem de 8, ele foi salvo pelo gongo e o término do combate.

Wright deu Bute um tempo extra enquanto pediu para Andrade se movimentar para o córner neutro.

Andrade apanhando muito continuava perseguindo Bute e este passou a maior parte do combate desviando e golpeando o seu oponente americano com combinações de direita e esquerda.

O desafiante luta pela Golden Boy Promotions de Oscar de la Hoya, mas treinou desde janeiro em Montreal sob a supervisão de Howard Grant.

Nas preliminares o filho do membro o Hall da Fama Thomas “Hitman” Hearns, Ronald Hearns (21-0, 17 KOs) dominou Paul Clavette (14-2-1, 2 KOs) e parou o lutador local no sexto assalto na sua contenda de pesos médios.

Com o pai lendário na platéia, o jovem Hearns de 25 anos que é alto e seco como seu antecessor, porém seu o soco devastador levou Clavette ao córner e o nocauteou no meio do giro. Clavette levantou, mas recebeu sua segunda contagem até 8 e o árbitro Richard Griffin decidiu encerrar a competição.

Fonte: Associated Press
Foto: Andrade (dir.) quase derruba Bute / Tom Casino - Showtime


Fragomeni aos 39 anos conquista cinturão de cruzador da WBC

Lutador italiano conquista título em casa

Em Milão, Itália Giacobbe Fragomeni (26-1, 10 KOs) competindo em frente aos seus fãs em sua cidade se tornou campeão cruzador da World Boxing Council aos 39 anos quando sua luta contra Rudolf Kraj (14-1, 10 KOs) pelo título vago foi interrompida no oitavo round.

Fragomeni tinha a pontuação de 77-74 pelas papeletas dos três juízes quando a luta foi parada em razão de um corte sobre seu olho causado por uma cabeçada ilegal no giro anterior.

Kraj que estava tentando se tornar o primeiro campeão mundial saído da República Tcheca perdeu pela primeira vez em suas quinze lutas. Fragomeni venceu seu primeiro cinturão mundial em frente à 3.500 fãs. Esta foi a primeira vez dentre 23 lutas valendo coroa disputada em Milão que um local teve a chance de conquistar o boldrié.

O título da WBC estava vago pelo britânico David Haye que subiu para a categoria dos pesados e foi o único que derrotou Fragomeni em luta ocorrida em 2006.

Fonte: Associated Press

Povetkin machuca o pé e não pode enfrentar Wladimir Klitschko

Wladimir Klistchko (51-3, 45 KOs) campeão dos pesados pela IBF e WBO, e irmão do dono da coroa da WBC Vitali Klistchko está a procura de um novo oponente após Alexander Povetkin (16-0, 12 KOs) desafiante obrigatório ter sofrido uma lesão no pé e ter de adiar sua luta.

Wladimir tinha uma luta marcada com Povetkin em 13 de dezembro na cidade de Mannheim, Alemanha. Enquanto treinava nas estradas de sua nativa Rússia, Povetin tropeçou na raiz de uma árvore e rompeu o ligamento do pé esquerdo. Seu médico pediu afastamento até o fim de novembro.

Povetkin de 29 anos e dono da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004 venceu duas lutas no torneio da IBF para se tornar o desafiante obrigatório passando por Chris Byrd (40-5-1, 21 KOs) e Eddie Chambers (32-1, 18 KOs). Em seu último embate nocauteou no quarto assalto Taurus Sykes (25-5-1, 7 KOs) e então assinou para enfrentar Klistchko.

Abaixo de Povetkin a IBF tem como desafiantes Alexander Dimitrenko (28-0, 18 KOs) e Cristobal Arreola (25-0, 22 KOs) e ambos possuem lutas marcadas com Luan Krasniqi (30-3-1, 14 KOs) e Travis Walker (28-1-1, 22 KOs) respectivamente. Então é incerto se eles desistirão do compromisso para encarar Klitschko.

Os ex-campeões Oleg Maskaev (35-6, 26 KOs) e Hasim Rahman (45-6-2, 36 KOs) sem disputas agendadas e podem ser candidatos.

Fonte: ESPN.com

Melhores momentos de Lucian Bute

Oscar De La Hoya lança hoje reality show The Next Boxing Generation


Renomado pugilista descobre novos talentos latino-americanos

Oscar De La Hoya estréia seu reality show de talentos da nobre arte na América Latina no dia 25 no canal à cabo HBO Plus às 23 horas aos sábados. “Quero criar oportunidades para que os jovens lutadores latinos mostrem o seu talento e ajudá-los a realizar seus sonhos, que pode até ser um título mundial” revela o multi-campeão mundial ao repórter da revista Monet, especializada na programação de canais pagos.

O Golden Boy explicou para Humberto Perón como será a seleção dos talentos: “Vou ouvir treinadores e ex-boxeadores para descobrir talentos em cada país. No Brasil, uma das pessoas que vou consultar é o Acelino ‘Popó’ Freitas, que é meu amigo e agora promove lutas”. E os gladiadores no elenco do programa terão conselhos de De La Hoya.

Na matéria da Monet de outubro, Oscar ainda fala das falhas do boxe olímpico e de suas visões políticas mostrando que o atleta pode ir além do ringue.

Dono de uma empresa promotora de lutas com 60 boxeadores em seu elenco, da mais conceituada revista do esporte – a The Ring -, sócio minoritário com 25% do Houston Dynamo time de futebol que disputa a Major League Soccer nos E.U.A e ainda por cima tem em seu currículo um álbum indicado ao Grammy de 2000.

No ano passado foi anunciado que o Staples Center Sports Arena de Los Angeles terá uma estátua do pugilista. Neste ano ele passou a integrar o Hall da Fama Olímpico Estadunidense sua trajetória é apresentada no livro American Son, My Story (2008) escrito em conjunto com o jornalista Steve Springer. Sua vida é um exemplo do sucesso do ‘chicano’ no Sonho Americano.

Next Boxing Generation - HBO Plus - Canal 72 NET - Sábados 23 horas

Foto: Arte - Golden Boy

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Chris John mantém cinturão dos penas da WBA


Campeão tira a invencibilidade de Enoki

O indonésio Chris John (42-0-1, 22 KOs) manteve seu cinturão dos penas da WBA (World Boxing Association) nesta sexta por decisão unânime ao bater o nipônico Hiroyuki Enoki (27-1-2, 19 KOs) em Tóquio.

John controlou a ação e recebeu a pontuação de 118-110, 118-110 e 117-111. Esta foi a primeira oportunidade do japonês à um título.

“Enoki foi um competidor duro, mas eu senti que peguei ele após o 5º round”, relatou John aos repórteres. “Eu estava em total controle da luta e os juízes concordaram”.

Enoki que perdeu sua invencibilidade em 30 lutas profissionais, respeita o vencedor: “Ele é um grande campeão. É forte, porém é muito cauteloso, me fez passar uma má impressão, mas eu dei o melhor de mim”.

Fontes: Associated Press / Reuters / ESPN.com


Foto: Chris John / Getty Images AFP

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Holyfield evita prisão por não pagar de pensão de filho


Das agências internacionais
Em Atlanta (EUA)



Ex-campeão mundial de boxe dos peso pesados, o norte-americano Evander Holyfield aceitou nesta quarta-feira, em um tribunal localizado no subúrbio de Atlanta (Estados Unidos), a cumprir com suas responsabilidades financeiras perante o seu filho de 10 anos - o lutador tem 11 filhos ao todo.

O lutador terá que depositar US$ 100 mil (cerca de R$ 238 mil) em uma conta bancária. O dinheiro servirá para pagar a faculdade do garoto no futuro.

Somado a isso, Holyfield consentiu a pagar outras despesas relacionadas aos estudos do menino. Ele também irá restabelecer o plano de saúde do filho e vai pagar US$ 4.500 (cerca de R$ 10,7 mil) para sanar os custos do advogado contratado pela mãe do jovem.

"A minha cliente ficou feliz porque não precisamos seguir a briga na Justiça", disse o advogado Randy Kessler. "Ela não queria em nenhum momento que ele fosse preso. Ela ficou feliz que o caso tenha sido resolvido", acrescentou Kessler, que ainda deu um puxão de orelha no boxeador.

"Enquanto Evander (Holyfield) e nós esperávamos sentados (pelo início da sessão), muitas pessoas foram condenadas a prisão por muito menos dinheiro do que ele deve", comentou.

Esta não é a primeira vez que o pugilista tem problema com a Justiça. Em julho, ele teve que pagar US$ 9 mil por atraso em outras pensões. Pai de 11 filhos, o atleta já sofreu com outras ex-esposas, tendo de ceder parte de suas economias após dois divórcios. Segundo o jornal norte-americano Atlanta Journal Constitution, o lutador desembolsa US$ 500 mil por ano em pensões para nove crianças.

Aos 46 anos, Evander Holyfield mora em uma mansão no Estado do Texas e somou mais de US$ 248 milhões em combate ao longo de sua carreira.

Fonte: UOL

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mexicano morre no ringue

Um pugilista mexicano morreu durante combate na última quarta-feira. Daniel Aguillón, de 24 anos, faleceu em conseqüência de golpes levados na cabeça na última quinta-feira, quando enfrentou o compatriota Alejandro Sanabria, na Cidade do México.

O combate foi válido pelo cinturão dos pesos super-penas da Federação Caribenha de Boxe. Segundo fontes do hospital em que foi internado após a luta, em que perdeu por nocaute no 12º e último assalto, o pugilista teve sua morte declarada, dias depois de já ter perdido a atividade cerebral.

Durante o combate, Aguillón recebeu um golpe no maxilar com força no 12º round que o levou à lona já inconsciente. O pugilista foi encaminhado de prontidão para um hospital próximo, e teve diagnosticado um edema cerebral. Apesar de passar por cirurgia, o mexicano não conseguiu superar a lesão.

O secretário geral Daniel Sulaiman do Conselho Mundial de Boxe afirma que o ocorrido foi um acidente e completa: "A disputa foi financiada pela WBC então é nossa responsabilidade que sua família não passe por necessidades. A WBC, promotores e outras pessoas envolvidas com o boxe doaram dinheiro para os familiares". Aguillón possuía 20 lutas em seu cartel, sendo que venceu 15 delas (nove nocautes), com três derrotas e dois empates.

Fonte: Associated Press - Cidade do México

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Juvenis viajam dia 24 para mundial em Guadalajara

Equipe juvenil busca medalhas no México

A seleção brasileira juvenil embarcará na sexta-feira, dia 24, para o Campeonato Mundial de Boxe Juvenil que se realizará em Guadalajara, México, de 25 de outubro a 1º de novembro.


Segundo a AIBA Associação Internacional de Boxe, 68 países enviaram inscrições indicando o nível de disputa da competição.


Delegação

A delegação brasileira no campeonato é a seguinte:

Atletas:

48 kg – Rodrigo Bentes (DF)

51 kg – Adauto Santos (PA)

54 kg – Marcelo Santos (PA)

57 kg – Luis Santana (DF)

60 kg – Jeferson Silva (PA)

69 kg – Michel Borges (RJ)

75 kg – Felipe Nunes (SP)

Técnicos: Gabriel Oliveira (DF) e Leandro “Zulu” Braga (RJ)

Árbitro: Jones Kennedy

Chefe de Equipe: Otílio Olivé Toledo

Fonte: CBboxe

domingo, 19 de outubro de 2008

Hopkins tratoriza Pavlik


Quarentão dá aula de boxe para oponente mais jovem e acaba com sua invencibilidade

“Eu acho que essa foi minha melhor performance, melhor que contra (Felix) Trinidad, melhor que conta (Antonio) Tarver, melhor que contra Oscar (De La Hoya), melhor que minhas 20 defesas consecutivas”, concluiu Bernard Hopkins para a ESPN estadunidense. Após sua vitória sobre Kelly Pavlik no Boardwalk Hall, em Atlantic City na madrugada de sábado.

E claro que ele “agradece” a mídia: “90% da mídia deu favoritismo à Pavlik. Eu sempre gostei de negativistas, me sinto motivado quando vão contra mim” concluiu o pugilista que abateu o oponente por decisão unânime. As papeletas apontaram 119-106, 118-108 e 117-109, sendo que B-Hop, como é conhecido o vencedor, teve um ponto reduzido por exceder nos clinches.

No quadrilátero o vitorioso fez jus ao seu outro apelido: “The Executioner” (O Executor), e não deu chances a Pavlik, o “Fantasma de Youngstown” – sua cidade natal- . Os golpes certeiros e velozes ditaram o ritmo do baile que só foi interrompido brevemente no 8º giro quando o lutador mais jovem decidiu empregar a estratégia de pressionar o agressor.

Hopkins acostumado a lutar entre os meio-pesados teve vantagem da pegada sobre um homem que é campeão dos médios (WBC e WBO), sua esquiva também estava apurada e o fez evitar ou diminuir os danos causados por muitos golpes.

O fator idade que era apontado como um ponto negativo não pesou nos 12 rounds, sua preparação física estava acima da média, qualquer uma não apenas a de sua idade, e a experiência contou muito no embate.

Hopkins neutralizou Pavlik de tal maneira que este não conseguiu impor seu jab para então usar sua mais eficiente arma, a combinação de dois golpes na seqüência. Com essa o veterano acaba com a invencibilidade de Pavlik que cai para 34-1, 30 KOs e sobe para 49-5, 32 KOs e também se redime da última apresentação, uma derrota para o britânico Joe Calzaghe (45-0, 32 KOs) campeão dos super-médios pela WBA, WBO e WBC.

“Eu acho que Hopkins fez uma grande luta. Estar com 43 anos e se movimentar no ringue daquele jeito... Ele boxeou melhor, foi mais rápido e pensou mais rápido que Pavlik a luta inteira. Ele parecia estar se divertindo lá. Em certo ponto esperava que ele fizesse a dança de Ali” avalia “Sugar” Shane Mosley (45-5, 38 KOs) à ESPN. O pugilista e colega de Hopkins na Golden Boy Promotions, empresa de Oscar de La Hoya que promove encontros da nobre arte.

No final do combate Hopkins foi para as cordas e gritou para a imprensa: “Estou cansado de provar meu valor”. Com esse desempenho o fã pode esperar mais uns 3 ou 4 anos de alta atividade para B-Hop.

Foto: Hopkins (esq) bate Pavlik – Jeff Zelevansky/Getty Images
Fonte: ESPN.COM – Tim Smith


Melhores momentos de Bernard Hopkins

sábado, 18 de outubro de 2008

Argentina acaba com sonho de Rosilete


Brasileira perde por decisão unânime


Em luta realizada ontem em Córdoba na Argentina válida pelo cinturão dos pesos pena (até 53 kg) da World Boxing Association, a pugilista local Marcela Carolina Gutierrez Gaite bateu por decisão unânime a brasileira Rosilete Santos. Gaite sobe para 15 vitórias, sendo 11 nocautes e apenas 1 derrota, enquanto a rival marca 4 revezes e 12 conquistas, 9 pela via rápida.

A lutadora do Paraná é a primeira mulher nascida no Brasil a conquistar um cinturão mundial, peso galo versão da World Boxing Commission e a segunda representando o país, a primeira é Duda Yankovich (11-0, 5 KOs) detentora do cinturão super leves da WIBA (Women's International Boxing Association, Associação Internacional de Boxe Feminino).

Em outra disputa por coroa em maio Rosilete também não obteve sucesso, foi batida pela bielo-russa e número um do ranking das super-moscas Alesia Graf em Stuttgart, Alemanha. O árbitro interrompeu o combate no 5º assalto por nocaute técnico, a previsão era de 10 giros.

Foto: Boxrec - Imagem de Arquivo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Brasileira busca 2º cinturão mundial hoje


Anônima no próprio país, Rosilete Santos faz luta contra argentina

Rosilete Santos luta hoje à noite pela coroa interina dos super moscas (até 52kg) da WBA (World Boxing Association) contra Carolina Marcela Gutierrez (14-1, 11 KOs) que luta em seu país, na cidade de Córdoba, Argentina. No mês passado Rosilete Santos, 33, adquiriu o cinturão dos galos (até 54kg) da WBC (World Boxing Comission - Comissão Mundial de Boxe) ao bater Paula Montero (6-1, 4 KOs) no Paraná, sua terra natal.

Rosilete e seu treinador e também seu marido, Macaris do Livramento, possuem pouca informação sobre a adversária, o que pode dificultar a sua atuação, porém a paranaense espera uma vitória por nocaute. Rosilete tem 9 conquistas pela via rápida em suas 12 vitórias e três derrotas. A perca de peso se foi feita de maneira errada pode atrapalhar a luta, entretanto, se conduzida corretamente a dará a vantagem de estar acostumada a bater em rivais mais pesadas.

Junto com ambos segue seu “amuleto da sorte”, a pequena Nicoly de apenas um ano. As despesas da viagem e do evento foram pagas pelos patrocinadores e é esperado o público de 8 mil fãs para prestigiar a pugilista local. Quando lutou em Curitiba contra Paula Monteiro no Ginásio Ney Braga em São José dos Pinhais a campeã dos galos da WBC chegou a desembolsar R$ 30 mil.

Em caso de vitória, Livramento que também é presidente da Federação Paranaense de Boxe (FPB) anuncia o desfile em carro aberto por Curitiba.

Pouca Mídia

Por culpa da pouca atenção dada pela mídia, inclusive o Córner do Leão, Rosilete quase passa desapercebida em território nacional com exceção do estado paranaense. Caso fosse fruto de um marketing e dona da aparência vista em revistas masculinas eu pergunto à você leitor:

Será que não teríamos ouvido falar da primeira boxeadora nascida no Brasil dona de um cinturão mundial?

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo


Rosilete se prepara para enfrentar Alesia Graf - Globo Esporte

Hazegawa defende cinturão pela 3º vez no ano


Campeão dos galos nocauteia rival mexicano

Lutando em Tóquio, o japonês Hozumi Hasegawa derrotou Alejandro Valdez do México por nocaute técnico no segundo round na quinta-feira dia 17 de outubro.

Foi a sétima defesa de cinturão do campeão dos galos da WBC que dominou desde o começo o oponente e o jogou na lona com um gancho de esquerda faltando um minuto para o intervalo.

Valdez se levantou, porém o árbitro Mike Griffin interrompeu o combate após Hasegawa desferir uma seqüência contra a cabeça do desafiante.

“Eu não esperava que fosse terminar com um nocaute”, falou Hasegawa. “Pensei que fosse para a decisão, então estou muito satisfeito”. Já é sua terceira defesa de título neste ano.

Hasegawa agora conta com um cartel de 25 vitórias, 9 nocautes e 2 derrotas e Valdez tem 21-3-1.

Nas preliminares o campeão peso pena da WBC (World Boxing Council) Oscar Larios do México reteve seu boldrié ao bater por decisão dividida o desafiante local Takahiro Aoh. 2 papeletas indicaram 115-111 e 114-112 por Larios, enquanto a terceira mostrou 114-112 pelo japonês.

Larios segue com 63-6-1 com 39 KOs) e Aoh baixa para 16-1-1.

Foto: Hozumi Hasegawa batendo o desafiante Simone Maludrottu em Janeiro de 2008 - Kyodo News / AP

Fonte: Associated Press


Hozumi Hasegawa (Campeão Galo WBC) X Gerardo Martinez - 25/09/2005

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O boxe é uma analogia da vida


Para a intelectual Joyce Carol Oates, autora do livro "O Boxe" e vencedora de diversos prêmios Pullitzer, o pugilismo é uma metáfora da vida, em seu texto ela também concluí que o esporte está mais próximo de um acidente de trânsito do que para o lúdico visto em jogos de vôlei e futebol.

No ringue são visíveis aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos e para comparar a relação do boxe como um espelho da sociedade usarei alguns atletas como exemplo:

Jack Johnson foi o primeiro campeão mundial de boxe negro, seu reinado foi de 1908 até 1915. Saia com garotas brancas, gostava de carros velozes e festas, era o tipo de negro que os E.U.A não queriam. O antigo detentor do cinturão, o canadense Tommy Burns passou a ser visto como uma anomalia pelos brancos, pois para eles o lutador desgraçou sua raça.

A sociedade prendeu Jack por transportar uma branca de um estado para o outro, o que era proibido por lei, mas na verdade moça era sua esposa. Anos mais tarde, em 1946 para ser exato, o atleta morreu em um acidente automobilístico.

A história de Johnson mostra a raiz do racismo estadunidense e sobre essa situação uma frase lhe é atribuída: "Eles nunca me deixaram esquecer que sou negro, agora eu nunca deixarei que eles esqueçam que sou negro."

Em 1929 a terra de George Washington sofreu com a Quinta-feira negra, dia que marcou o Crash da bolsa de valores em 1929, o que veio após foi uma pobreza que parecia prestes a subjugar aquela que se tornaria a nação mais potente do mundo. Nesse cenário de larga pobreza surgiu o herói da classe trabalhadora, James. J. Braddock, o “Homem-Cinderela”.

O apelido lhe foi dado por um jornalista da época em razão do conto de fadas vivido pelo descendente de irlandeses que contava com mais de 20 derrotas em seu cartel e estava no limbo do esporte, porém mesmo assim obteve sua chance e derrotou o campeão Max Baer.

Joe Louis, o "Bombardeiro Marrom", foi o segundo negro detentor do boldrié mundial (1935-1949). Após Johnson perder o título para Jess Willard em 1915, a comissão esportiva criou políticas para que um negro nunca colocasse as mãos no título. James J. Braddock, o "Homem Cinderela" aceitou lutar contra o jovem de Louisville e com cláusula se caso o desafiante o derrotasse ele ter uma porcentagem de sua bolsa em todas as lutas.

27 anos após o reinado de um negro o Bombardeiro tem o direito de mostrar que não existe diferença de raças. Louis tinha que ser sempre bonzinho em público e para isso tinha diversas regras de conduta estabelecidas pela sua assessoria, entre elas nunca sair em fotos com mulheres brancas. Seu comportamento "exemplar" o fez ser respeitado até entre os racistas do sul estadunidense, entretanto, seu fiel séquito sempre foram os negros ainda segregados pelas leis estadunidenses.

A década de 60 ficou conhecida pelas ideologias, um período de hippies, guerra fria, movimento dos direitos civis e foi nela que Muhammad Ali iniciou sua trajetória. Ali antes chamado Cassius Clay possuiu três reinados entre a década de 60 e a de 70. “O Maior de Todos” como gosta de ser chamado defendia não só a segregação racial, mas também a soberania dos negros e isso incomodou demais a sua sociedade, com os anos ele abandonaria essas idéias, mas ainda continua um ícone para a raça negra e um porta-voz da humanidade.
Seus adversários eram vistos pela sociedade como capitães do mato que caçavam o negro fujão, ou esperanças brancas prontas para devolver o título de homem mais forte para os brancos.

Ali deu expressão para os negros e com o tempo passou a ser respeitado como um verdadeiro herói americano sendo retratado em filmes, livros, músicas, artes plásticas... tornou-se um símbolo cultural e histórico.

Mike Tyson mostra as mudanças vividas nas décadas de 80 e 90, tudo passou a ser rápido, a cultura do "fast food" e o estilo estético da MTV que preza o imediatismo conquistou os meios de comunicação e depois o estilo de vida americano que influencia o de diversas nações no mundo.

Qual a relação de Tyson com o imediatismo? Bom os fãs de Tyson querem tudo rápido, e se tem algo que ele fazia bem era entregar um nocaute na hora certa para eles.

Com o final da guerra do Vietnã o mundo ficou menos romântico, a ingenuidade foi quebrada e os heróis perderam o apelo. Basta ver que Wolverine atraí muito mais fãs que o Capitão América. Todas essas mudanças refletem em como Tyson pode ser admirado, um anti-herói.

E hoje qual campeão é a cara do período no qual vivemos tão segmentado e desunido. O nosso período não tem um grande campeão, mas sim vários em algumas oportunidades até quatro e outros chamados de interinos. O mundo hoje é confuso e difuso assim como o “quem é quem” do esporte de luvas.

Foto: Muhammad Ali e Joe Louis

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Entrevista com diretores do documentário Boxeduto

"A intenção é mostrar como, apenas com um espaço, uma idéia na cabeça e um pouco de ajuda é possível proporcionar um pouco mais a quem quase nada tem."

O documentário Boxeduto apresenta o pugilismo como meio de inclusão social, o cenário é a já famosa academia de Nilson Garrido embaixo do Viaduto Do Café na Bela Vista, bairro da capital paulista. Os personagens apresentados variam desde a garota sem lar que encontra abrigo no local até o pugilista que sonha com uma coroa mundial.

Os realizadores são Maurício Dehò e Carolina Lomelino, ambos formados pela PUC de São Paulo no ano passado. A obra foi o trabalho de conclusão de curso da dupla. Em entrevista ao Córner do Leão eles relatam como foi filmar essa experiência.

Como surgiu a idéia de filmar na academia de Nilson Garrido?

Maurício: A escolha por um tema voltado a projetos e causas sociais já era uma certeza como objetivo para nosso Trabalho de Conclusão de Curso. Queríamos achar algo que mostrasse uma ação simples, porém efetiva, que realmente estivesse tentando melhorar a crítica situação do país.
No fim de 2006, uma idéia surgiu a partir de uma experiência profissional de Maurício, que trabalha no Diário Lance!. Ele conheceu o projeto de Nilson Garrido ao escrever – junto ao repórter Paulo Roberto Conde – uma matéria sobre a iniciativa, publicada pela Revista A+, do grupo Lance! (Número 325, de 2 a 8 de Dezembro de 2006 – ANEXO 1). Consideramos ser o tema ideal que procurávamos para ser retratado em nosso documentário.

Qual é a proposta do filme?

Maurício: A intenção é mostrar como, apenas com um espaço, uma idéia na cabeça e um pouco de ajuda é possível proporcionar um pouco mais a quem quase nada tem. Ou, aos que não passam por estas dificuldades, terem a oportunidade de buscar uma ligação com o outro, identificando-se nesse novo contexto com o qual, a princípio, teriam muito pouco em comum. É também uma chance de mostrar que é preciso pouco para que as pessoas possam superar suas dificuldades e como o apoio um nos outros consegue vencer os maiores obstáculos.

Como se deu a escolha dos personagens centrais?

Maurício: Desde o começo já possuíamos em mente que gostaríamos de mostrar por meio dos personagens essa grande diversidade que há no projeto. O Maurício ao fazer uma matéria para o Lance! conheceu o Carlos e Jack, que já demonstravam grande parte dessa variedade. Como também havia mulheres no local, tomamos como princípio que uma delas também deveria fazer parte. A Rebeca foi uma indicação do Garrido, que acatamos por causa de sua história que a obrigou morar em uma das sedes do Projeto.

Qual é a importância desse tipo de projeto?

Carolina: Acreditamos que sejam realmente muito importantes. Se não fosse por esses pequenos projetos que tomam em suas mãos as de nossos governadores, sem dúvida nenhuma, estaríamos em uma situação bem pior da qual nos encontramos.
São esses projetos que quebram as barreiras e conseguem aos poucos mudar essa visão individualista que possuímos atualmente, além, é claro, de ajudar de diferentes modos a população carente a se reestruturar e voltar a fazer parte da sociedade.

Qual é o panorama do boxe atual?

Maurício: O boxe atual vive um momento muito difícil. Além de nunca ter tido uma estrutura boa e um respeito perante a sociedade, a falta de campeões faz muita diferença. Desde que Popó deixou de ser campeão mundial e Sertão perdeu seu cinturão de uma maneira muito triste, com hepatite, ninguém mais se destacou e parece difícil que isso aconteça, a não ser que parta de talentos individuais apenas.

Qual seu filme de boxe predileto?

Maurício: Além da série Rocky, que teve um papel bastante importante para a divulgação do boxe na época do lançamento, outros tem histórias bem interessantes. Um dos melhores é "Homem Cinderela", um filme recente que traz a história de um pugilista da década de 20/30, que passou por dificuldades durante a crise de 1929, mas foi campeão mundial. Com o mesmo nome, o livro que se refere ao mesmo lutador - James J. Braddock – também é muito recomendado.

Como é ter o documentário exibido pela TV Cultura?

Carolina: É muito legal, ficamos muito agradecidos pela oportunidade e especialmente contentes por poder divulgar em maior escala o nosso trabalho, o de Nilson Garrido e de todos os componentes do Projeto Cora-Garrido.
Maurício: É uma chance ótima de fazer um algo mais com o que poderia ser apenas um trabalho de faculdade e ainda mostrar nosso tema para o Brasil todo.

Boxeduto Parte 1



Boxeduto Parte 2



Boxeduto Parte 3

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Chad Dawson é novo campeão meio-médio da FIB


Dawson domina Tarver

Ex-detentor do cinturão da Confederação Mundial de Boxe, “Bad” Chad Dawson (27-0, 17 KOs) conquistou o bi-campeonato na categoria dos meio-médios ao superar Antonio Tarver (27-5, 19 KOs) pela coroa da FIB, que por sua vez é um ex-campeão. A disputa ocorreu sábado 11 de outubro em Las Vegas, Nevada nos E.U.A.


A decisão foi unânime após domínio total do primeiro na peleja e as papeletas marcaram 118-109 e 117-110 duas vezes à seu favor. Dawson fez o Mason “The Line” Dixon do filme Rocky Balboa (2006) parecer perdido e utilizou bem o contra-golpe para derrubá-lo no 12} round.

Agora Dawson quer oportunidades contra Kelly Pavlik, Bernard Hopkins e Joe Calzaghe.

Foto: Reuters

Vitali Klitschko derrota Samuel Peter e se torna campeão


Pugilista entra para história com a conquista além de ter o irmão também campeão dos pesados simultaneamente

No sábado, em Berlim na Alemanha, o ucraniano Vitali Klitschko (36-2-0, 35 KOs) superou o nigeriano Samuel Peter (30-2-0, 23 KOs) e conquistou novamente o cinturão da WBC dos pesos-pesados, após afastamento por grave lesão há três anos. O oponente não voltou para o nono round após um duro castigo e também não conseguiu utilizar dos seus potentes golpes – os mais fortes na categoria – é sua segunda derrota para um membro da família Klitschko, a primeira foi para o irmão mais novo: Wladimir, atual dono das coroas da IBF (Federação Internacional de Boxe) e WBO (Organização Mundial de Boxe).

O ucraniano hoje com 37 anos começou lento e se defendendo do campeão, estudando o adversário e aguardando o momento para o golpe certeiro. O melhor momento do africano surgiu numa série de socos de direita do oponente na qual ele aproveitou para surpreendê-lo com uma forte esquerda, porém não teve o resultado esperado.

Com a vitória sobre o “Pesadelo Nigeriano”, Vitali e Wladimir se tornam os primeiros irmãos a deter cinturões na mesma categoria na história do boxe. O empresário de ambos, Don King nega qualquer possibilidade de uma luta entre os dois para unificar o título.

Don King quer Klitschko x Lewis II

O polêmico empresário de boxe Don King que representa os irmãos ucranianos quer tirar o respeitado campeão do início da década Lennox Lewis (41-2-1, 41KOs) da aposentadoria para uma revanche contra Vitali Klitschko, o qual derrotou em sua luta de encerramento da carreira em 2003 por nocaute técnico em razão de um corte no sexto giro. A quantia oferecida foi de 25 milhões de libras (próximo de R$ 100 milhões).

Lewis hoje com 43 anos ficou famoso por ter batido nomes como Mike Tyson e Evander Holyfield além de ter no seu cartel vitórias sobre Ray Mercer, David Tua, François Botha, Shannon Briggs, Frank Bruno e Tommy Morrison – o Tommy Gunn do filme Rocky V.

Outro alvo dos Klistchko é o gigante russo Nikolay Valuev recém coroado como campeão interino da World Boxing Association ao superar John Ruiz em agosto. Mas antes de Lewis ou Valuev a dupla tem compromissos obrigatórios. Vitali deve encarar o cubano Juan Carlos Gomez, e Wladimir encara o invicto Alexander Povetkin, enquanto o golias russo tem um encontro com o campeão oficial da WBA Ruslan Chagaev colocado de lado por uma contusão.

Quem são os Klistchko?

Nadezhda Ulyanovna é outra que veta os dois no mesmo quadrilátero. Quem é ela pra ter essa autoridade? A mãe deles, pois assim como tantas outras não gostaria de ver seus filhos trocando golpes.

Ulyanovna é professora e o pai foi militar da Força Aérea soviética, a disciplina e a rigidez herdada pelo casal os levou a conquistas relevantes no mundo acadêmico. Vitali detêm um PhD em Ciências do Esporte adquirido em 2000 e logo no ano seguinte o mais novo, Wladimir fez o mesmo. A vitória nos ringues veio quando o primogenito se tornou campeão mundial em 1999 pela WBO sobre Herbie Hide e o caçula em 2000 em cima de Chris Byrd, em uma espécie de revanche já que o estadunidense tirou a coroa de seu irmão.

Antes do pugilismo Vitali tentou o kickboxing, mas percebeu que seu forte eram mesmo os punhos apesar de ter arrematado seis títulos no esporte. No “esporte dos meninos pobres” como é conhecido nos E.U.A, o campeão foi medalhista de prata no mundial de 1995, porém não seguiu para os Jogos Olímpicos de Atlanta e 1996 por causa de uma lesão. Wladimir foi ouro nos super-pesados da competição. Com as vitórias seguiram para a Alemanha, meca atual do esporte.

Além do boxe eles já fizeram cenas como dublês e até pontas em filmes como Onze Homens e Um Segredo, são donos de uma grife patrocinada pela Hugo Boss além de possuírem cargos na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A dupla gosta de esportes como xadrez, kitesurfe e golfe e ainda dominam as línguas alemã, inglesa, ucraniano e russo.

Os doutores do boxe fogem do estereotipo do animal descerebrado assim como o jovem Pat Glendon do conto O Bruto Insondável de Jack London.

Foto: Herbert Knosowski/AP

Klistchko x Peter - 2008
Samuel Peter abandona

sábado, 11 de outubro de 2008

Entrevista com Pedro Otas


Em fevereiro desse ano Pedro Otas conquistou o cinturão Latino-Americano Interino da OMB (Organização Mundial de Boxe) ao derrotar o argentino Hector Alfredo Ávila (16-8-1) com essa conquista adicionou mais uma boa apresentação num cartel de 17 vitórias e 15 nocautes.

Sua vida nem sempre teve passagens alegres como a de todos os grandes nomes do boxe e em entrevista Otas revela quais causas o levaram a usar doping em sua preparação para os Jogos Pan-Americanos de 2003. O pugilista também fala de sua recente conquista e de planos para o futuro como cruzador em cima dos ringues.

Anteriormente você era um peso-pesado e agora atua na categoria dos cruzados. Como avalia essa mudança?

Após 2 anos sem competir retornei ao boxe em 2002 e já na categoria máxima. Na época ainda amador conquistei todos os torneios disputados no país inclusive os de seletiva para os Jogos Pan-Americanos (Santo Domingo 2003) e Olímpicos (Atenas 2004). Me tornei profissional em 2004 chegando a primeiro do ranking brasileiro dos pesados fazendo um total de 14 lutas invictas todas por nocaute. Sou dirigido por uma equipe competente na qual decidiram pela mudança de pesado para cruzador. Respeito a decisão do grupo.

Você sofreu uma intervenção cirúrgica em uma das mãos. O que ocorreu?

Infelizmente minha carreira até agora foi marcada por muitas lesões e talvez um dos principais motivos fora a má orientação que tive no meu início dela. Sempre sonhei com uma total recuperação e acredito que hoje isso seja realidade. Agradeço a equipe médica que tratou com muito carinho e profissionalismo o meu caso, em especial ao Dr. José Carlos Garcia no qual encontrei um grande amigo.

Você hoje é o numero 1 do ranking brasileiro pela C.N.B. (Conselho Nacional de Boxe) e o título desta entidade está vago, enquanto pela C.B.B. (Confederação Brasileira de Boxe) você também é o primeiro, entretanto, o campeão é Laudelino Barros. Quando pretende lutar por esses cinturões?

Vejo dois grandes adversários nesta categoria os quais gostaria muito de enfrentar pelo titulo nacional, um deles é o paranaense Edson Foreman o outro é Laudelino Barros. Tenho certeza que venço os dois e unifico o título das duas entidades.

Sabemos que houve por parte da sua equipe o interesse em colocá-lo frente a esses dois adversários. Porque essas lutas não aconteceram?

Sinceramente... Eu acredito que eles devem me achar feio demais (risos).

Quando pesado, muitos acreditavam que você fosse o único a tirar o cinturão de George Arias quebrando sua hegemonia de quase 10 anos frente ao boldrié brasileiro. O que faltou para que esta tão esperada disputa ocorresse?

Acho que para um confronto deste nível acontecer é preciso ter o acerto financeiro e que ambos atletas estejam confiantes sobre suas condições físicas e mentais. Sempre quis ter a chance de enfrentar Arias, lutador pelo qual sempre tive admiração e respeito. Fizemos contato, mas na época não houve interesse da parte de sua equipe. Já quando eles nos procuraram para acertar os detalhes da luta pelo título, minhas condições é que não eram favoráveis. Mas acredito que ainda teremos a chance de nos enfrentar em um grande evento televisionado para todo o Brasil.

Hoje você está entre os 15 maiores cruzadores de acordo com a Organização Mundial de Boxe. Quais são suas chances contra os outros catorze? Pensa em enfrentar algum deles?

Sim! Ocupo a 13ª colocação após conquistar o título Latino-Americano Interino pela W.B.O (Organização Mundial de Boxe). Como pretendo chegar à coroa mundial, tenho chances de vencer qualquer um, mas sei que preciso melhorar muito e no estágio que me encontro sei que é importantíssimo dar um passo de cada vez enfrentando o 12º depois o 11º e assim sucessivamente.

O que você achou do desempenho da seleção olímpica nos Jogos de Pequim? E o que falta para uma tão sonhada medalha?

A Confederação Brasileira recebe muita grana anualmente, mas eu que já fiz parte da seleção nacional treinando e morando no centro de treinamento sei que é realmente complicado as condições dos atletas por lá. Percebi dirigentes abrindo empresas, andando de carro importado... Esquisito, né?
Temos muitos talentos, mas pouca gente idônea no comando. É isso que falta pra muitas medalhas aparecerem.

Na sua experiência como amador foi encontrado em 2003 em seu corpo uma alteração na relação entre epistosterona-testosterona que caracteriza o uso de esteróides anabólicos. O que o levou a recorrer ao doping?

Infelizmente foi fato. Meu pai estava doente de câncer e acumulamos diversas dívidas devido ao tratamento, eu estava com uma ruptura no ombro e precisava me recuperar a tempo para a competição seguinte, o prêmio pago em dinheiro ajudaria a saudar parte da divida. Estava desesperado, então um veterano na área da musculação que trabalhava na academia em que eu dava aulas de boxe me indicou um tal coquetel que recuperaria a musculatura lesionada em poucas semanas me deixando apto para lutar. Não sabia que aquilo era ilegal, juro!

Fui julgado e condenado, mas é difícil pensar quando o risco atingiu meu pai e minha família. E por eles eu faria tudo.

Seu irmão Gustavo Otas está prestes a se profissionalizar. O que podemos esperar dele?

Meu irmão é um grande talento e já provou isso como amador conquistando grandes titulos em 4 categorias diferentes. Acredito que como profissional ele deva atuar entre os super-médios (76,6 kg) ou meio-pesado (79,750kg). Eu e minha equipe temos muita fé no sucesso dele!

Um grande abraço a todos!


Foto: Pedro Otas campeão Latino-Americano Interino OMB

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Seletiva Korea Fight 1

Seletiva Korea Fight 1

Competição promete levar vencedor de GP para a Coréia do Sul

A cidade de Seoul que já foi palco de Jogos Olímpicos na década de 80 e agora se prepara para receber o melhor brasileiro que se destacar na seletiva do Korea Fight a ser realizada dia 29 de novembro na Baixada Santista organizada pela Major Agents.

As disputas serão no formato Grand Prix nas categorias até 70 kg, até 80kg, até 90kg e acima de 90kg. As chaves contarão com 4 participantes. A agência sul coreana Major Agents pretende levar entre 8 à 16 atletas para o seu país selecionados em 8 eventos. Para entrarem no ringue os lutadores ganham R$ 250,00 com bonificação de R$ 500,00 para o vice e R$ 1.500,00 para o campeão.

Para participar o interessado deve mandar seu portifólio em DVD para a Confederação Brasileira de Lutas Submission CBLS aos cuidados de Roberto Trindade até sexta-feira dia 2 de outubro.

Contato:
João Roberto Trindade
Fone: (011) 7879-9625
Nextel: ID 84*109343
Avenida Padre Vicente Melilo, nº 615, apto 11
CEP 03026-010