sábado, 31 de outubro de 2009

Documentário da ESPN respeita história do boxe nacional

O documentário “1919 – 90 anos de Boxe Profissional” produzido pela rede ESPN Brasil e transmitido há pouco retrata de forma fiel o cenário do esporte no Brasil e mostra seus dramas com sinceridade ao invés de apelar para um lado piegas.

A fotografia crua da obra representa a vida de pouco glamour daqueles que vivem entorno do esporte – o qual encontra no ex-catador de papelão Jailton Souza um símbolo – e as músicas selecionadas adicionam o clima ideal para as cenas sem cair nos dramalhões das matérias produzidas para programas populares das TVs Abertas.

O trabalho jornalístico foi denso. Quando o repórter chega à residência do ex-campeão sul-americano Juarez de Lima, e descobre que este já faleceu, o profissional realiza um trabalho de campo para descobrir a história desse grande boxeador e mostra que jornalismo bem feito precisa ter apuração na rua – infelizmente nem todos órgãos têm recursos para isso –. Outro ponto forte do trabalho dos jornalistas foi questionar a qualidade do último adversário do campeão sul-americano dos cruzados Lino Barros que enfrentou o argentino Sergio Martin Beaz (16-22-2, 5 KO’s).

A história do Galo de Ouro Éder Jofre não foi deixada de lado e a atração encerrou o mostrando na terceira idade e ainda treinando com uma agilidade maior que muitos jovens. Agora é torcer que esse material seja disponibilizado em DVD.

35 anos da Luta na Floresta

Foreman (esq.) e Ali - Zaire 1974

Não foi apenas uma luta de exibição de final de semana com uma disputa de cinturão para o qual a maioria não dá relevância, na verdade foi o embate do século que não colocou apenas dois homens disputando para ver quem era o maior boxeador da categoria máxima, mas envolveu questões políticas.

Ontem, a luta de Muhammad Ali e George Foreman no Zaire (atual Congo) em 1974 completou 35 anos. Na ocasião o mundo via um azarão de idade avançada para o esporte e desertor da Guerra do Vietnã desafiando o campeão do mundo que foi herói olímpico e respeitava os valores estadunidenses daquele período.

Com suas provocações antes e durante a luta Ali conseguiu desestabilizar a moral de Foreman que investiu contra o adversário e não usou nenhuma estratégia, enquanto, o Maior de Todos manteve sua guarda para suportar um dos homens que figura entre os mais poderosos pegadores da história do esporte.

Era esperado que Foreman o destruísse, pois antes o fez com seu rival Joe Frazier, legendário pugilista, mas que não tem a mesma astúcia de Muhammad Ali. A tática empregada no continente africano para derrotar Foreman que era maior, mais forte e mais pesado, foi receber seus golpes na guarda até este ficar cansado e ficou conhecida como “Rope a Dope” (Amarrar o Burro, em tradução livre). No fim Foreman foi nocauteado no 8° assalto.

O documentário Quando Éramos Reis (When We Were Kings, 1996) de Leon Gast vencedor do Oscar de Melhor Documentário (1997) e o livro A Luta de Norman Mailer contam a história por trás deste confronto que foi 1° organizado pelo polêmico e inteligente empresário Don King e ficou conhecido como Rumble In The Jungle (Luta na Floresta) além de relatar como um embate entre dois homens pode ser tão importante para a cronologia do esporte mundial.

ESPN Brasil apresenta documentário de Boxe

A ESPN Brasil, canal de TV à Cabo, apresenta o documentário “1919 – 90 anos de boxe profissional” que relata a trajetória de altos e baixos do esporte em território brasileiro. O programa fala desde seu início com o marinheiro Góes Neto enfrentando europeus no Rio de Janeiro até os principais nomes da atualidade.

O programa vai ao ar às 21h30. Para saber o número do canal consulte sua prestadora de serviços de TV à Cabo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pellullo quer Jackson e Alex

Art Pellullo vem à São Paulo para assinar contrato com dois prospectos do boxe brasileiro, o super-galo Alex de Oliveira e o meio-pesado Jackson “Demolidor” Júnior no dia 11 de novembro no Hotel Renaissance. O empresário responsável pela Banner Promotions foi influente no sucesso de Popó no exterior.

Alex de Oliveira tem 16 vitórias, sendo 12 nocautes, nenhuma derrota ou empate. A sua principal conquista foi o título interino da OMB que obteve ao tirar a invencibilidade de Carlinhos Furacão no ano de 2007.

O também invicto Demolidor que é pupilo de Servílio de Oliveira só não teve uma de suas vitórias por nocaute, nas outras cinco atropelou seus adversários. Em sua última disputa despachou rapidamente o antigo rival dos tempos de amador Marcus Oliveira, o “Ratinho”, um dos melhores super-médios da América Latina.

Rosilete dos Santos nocautea no Paraná

Rosilete dos Santos / Albari Rosa - Gazeta do Povo


Pugilista segue em busca de reconhecimento mundial


Rosilete dos Santos (17-4, 11 KO’s) nocauteou no 5° giro a argentina Lourdes Noemi Gonzalez (10-11-1, 5 KO’s) na cidade de Carambeí no Paraná no último domingo. Conforme o jornal Gazeta do Povo compareceram ao evento um número aproximado de 1,5 mil espectadores.

Ambas se estudaram no 1° e 2° round e depois partiram pro ataque. No 3° assalto Rosilette mandou a oponente à lona, o árbitro abriu contagem, mas ela conseguiu voltar. Na etapa seguinte após sofrer um bom golpe da argentina a paranaense decidiu encerrar a contenda com mais um nocaute para o seu cartel.

No ranking “Pound For Pound” (Independente de Peso) do site BoxRec Rosilete é a segunda melhor brasileira ocupando a 65° posição, atrás da sérvia naturalizada no país Duda Yankovich que aparece um posto acima. A ex-bóia fria detém a coroa dos galos versão Comissão Mundial de Boxe.

Rosilete volta a lutar em novembro, porém a adversária ainda não foi confirmada. No embate do fim de semana foi arrecadada aproximadamente uma tonelada de alimentos não perecíveis para serem doados para instituições de caridade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Carlinhos Furacão se adapta aos E.U.A

Carlinhos Furacão / Divulgação


Carlos Oliveira ganhou o apelido de “Furacão” graças a sua capacidade de nocautear adversários, afinal o percentual de nocautes chega a 73% em sua carreira. Agora esse fenômeno dos ringues nacionais chega aos E.U.A na cidade Hollywood, em Flórida.

Em sua nova base de operações se sente confortável como se estivesse em casa, porém notou a diferença nos treinos. Assim como deixou a Bahia em busca de melhores oportunidades em São Paulo, resolveu buscar seu sonho mundial no país de Muhammad Ali, porém ainda vem ao Brasil. Sobre as mudanças responde: “são fases na vida que tenho que passar”.

“Com fé em Deus” acredita que chances maiores estarão em sua trajetória e os responsáveis por essa mudança são Cidinha Oliveira, sua esposa, e o empresário Rafael de León, o qual define como um “amigo e companheiro” e que também agencia os pesados Carl Davis Drummond (Costa Rica), Elieser Castillo (Cuba) e o meio pesado Abdullah Dobey (E.U.A). Residente de São Vicente no litoral paulista, Furacão auxilia um centro esportivo para jovens carentes que tem como responsável Cidinha Oliveira e recupera essa parcela da população desde 2001. Em 2003, a companheira trouxe o pugilista para a baixada santista.

Servílio de Oliveira e Acelino Freitas, o Popó, já foram seus empresários e sobre o rompimento com eles Furacão relata, “o não cumprimento de suas obrigações contratuais fez com que eu rompesse o contrato”. Apesar de não estar na Hollywood dos grandes estúdios estadunidenses Carlinhos Furacão dá risada e brinca que sua vida daria um bom roteiro de filme.

Tyson não se arrepende de vida “selvagem”

Mike Tyson / Divulgação


O ex-campeão mundial dos pesados Mike Tyson não se sente arrependido de sua carreira “selvagem”.

Tyson acredita que seu lado psicológico controverso o ajudou a se tornar uma lenda do boxe. “Tudo que já fiz de bom e ruim me catapultou para me tornar um dos maiores lutadores que já viveu”, confessou o nova-iorquino para a BBC Radio 5.

O boxeador treinado por Cus D’Amato hoje tem 43 anos, já foi preso por estupro e posse de drogas, passou por um casamento conturbado com a atriz Robin Givens, mordeu a orelha de Evander Holyfield em uma luta e em 2003 declarou falência.

“Eu era feliz por ser considerado um bárbaro, pois em toda minha vida eu escutei sobre lutadores que eram vistos como selvagens, monstros e animais”, afirmou Tyson que descarta a possibilidade de um retorno aos ringues.

“Esses fatos os tornavam quase inumanos e eu amava essa personalidade por trás deles. É por isso que continuaram vivendo em minha cabeça e serviram de motivação para que eu me tornasse o cara que sou”.

domingo, 25 de outubro de 2009

Rodada do Fim de Semana

Cintron (esq.) e Juliano Ramos / Jose Perez - PR Best Boxing


Juliano Ramos perde em Porto Rico

Kermit “Assassino” Cintrón (32-2-1, 28 KO’s) derrotou o brasileiro Juliano Ramos (15-3, 12 KO’s) no Coliseu Roberto Clemente em San Juan, Porto Rico. Conforme o site Fight News Cintrón, ex-campeão mundial dos meio-médios estudou o rival no 1° e 2° assalto e o superou no 3° e 4°. O córner do sorocabano não o deixou retornar ao combate.


Adamek dá surra em Golota

Em uma das lutas mais badaladas da Polônia, o ex-campeão dos cruzadores FIB Tomasz Adamek (39-1m 27 KO’s) dominou o veterano e mais forte Andrew Golota (41-8-1, 33 KO’s) em combate válido pela categoria dos pesados que marcou a estreia do primeiro na divisão máxima ontem na cidade de Lodz.

Adamek deu uma surra no conterrâneo na frente da platéia do Atlas Arena ao circular o lento Golota e aplicar múltiplas combinações. No 5° round um combo poderoso de cruzado de direita seguido de um gancho de esquerda colocou Golota no chão e com mais golpes o árbitro optou por interromper o combate dando a vitória por nocaute técnico ao ex-cruzador.

Botha derrota cubano

O campeão dos pesados pela WBF François Botha (48-4-2, 28 KO’s) de 41 anos venceu de maneira pouco convincente o ex-membro da equipe nacional de boxe cubana Pedro Carrion (8-2, 6 KO’s) de 39 anos. O africano do sul parecia participar de uma sessão de sparring com o conterrâneo de Fidel e pouco empolgou a platéia na cidade alemã de Dessau.

Botha que no passado já lutou contra Michael Moorer, Lennox Lewis, Mike Tyson e Wladimir Klitschko, mas nunca conseguiu bater um nome grande do boxe cogitou o brasileiro Raphael Zumbano para atuar nessa luta, mas o paulistano não aceitou o desafio por ter sido chamado em cima da hora e não concordar com a bolsa.

Edison Miranda destruiu oponente na quinta-feira

O super-médio colombiano Edison Miranda (33-4, 29 KO’s) retornou quinta-feira após sua derrota para o estadunidense Andre Ward em maio deste ano e bateu o mexicano Francisco Sierra (20-3, 19 KO’s) no 1° round com um devastador direto de direita. O boxeador latino expressou interesse de entrar no torneio Super Six caso Jermain Taylor que foi hospitalizado no final de semana passado após um nocaute de King Arthur não puder prosseguir.

Enquanto isso, no Brasil

Em evento realizado na cidade de Casa Branca no interior paulista, o cruzador Laudelino Barros, o “Lino” (31-2, 28 KO’s) defendeu sua coroa latina versão OMB contra argentino Sergio Martin Beaz (16-22-2, 5 KO’s) e o bateu por nocaute técnico.

Adaílton de Jesus, o “Precipício” (22-4, 17 KO’s) enfrentou Rodolfo França na categoria dos leves e o bateu por nocaute. O pesado Raphael Zumbano (24-4-1, 19 KO’s) nocauteou com um gancho no fígado Wellington Gonçalves. Zumbano está cotado para enfrentar Daniel Frank este ano em um combate cheio de rivalidade.

Errata: No domingo o Córner publicou o nome errado do oponente de Raphael Zumbano. Aguardamos confirmação para não errar novamente. O nome do rival de Precipício também estava errado. Desculpem-nos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mais um Rocky

Rocky Balboa / Divulgação


“Eu sei, provavelmente vão tirar sarro de mim por fazer outro Rocky depois de ter passado da casa dos 60 anos e sei que vou receber muitas críticas, até minha mulher diz ‘não faça, você vai se envergonhar’”, mesmo com essa declaração o ator, produtor e diretor Sylvester Stallone quer continuar a saga do boxeador da Filadélfia que parou no 6° filme produzido há 3 anos.

Stallone revelou seu interesse ao canal Tele5 da Alemanha enquanto promovia seu novo longa, Os Mercenários (2009) com cenas no Brasil e participação de atores locais e nomes fortes do cinema de ação.

No longa anterior Rocky já enfrenta os problemas que surgem com a terceira idade, tanto no lado físico quanto psicológico. Sente a falta da falecida esposa Adrian e a ausência do filho Rocky Jr. O personagem que estreou em 1976 no primeiro longa da série é seu alter ego nas telas. “Posso fazer um sucesso se conseguir criar um filme sobre tornar-se velho. Não é sobre boxe, mas sobre mim mesmo”, afirma sobre a futura empreitada.

A pergunta que incomoda é: “até onde Rocky é apenas alter ego de Stallone?”. Com tantas sequências que apesar de bons não alcançaram a excelência do original o personagem parece ser uma muleta para o ator assim como seu sósia Rambo, veterano da Guerra do Vietnã com sua sanha assassina.

O filme provavelmente será um sucesso. Stallone sabe contar a história do azarão que conseguiu sua chance, venceu na vida e deixa também uma lição de moral. Sou fã do personagem e tenho todos os DVDs. Por outro lado é triste ver alguém que foi indicado ao Oscar de melhor ator enquanto ainda era um novato deixando de se doar à diversos tipos de personagens e rebobinando a mesma fita.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pawel Wolak x Açougue - 10/10/2009 - Madison Square Garden, New York, NY.

Para aqueles que não conseguiram assistir o combate do brasileiro Açougue contra o polonês naturalizado estadunidense Pawel Wolak no Madison Square Garden no dia 10 de outubro.







Agradeço ao internauta Roger de Niro que conseguiu disponibilizar a luta no Youtube.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Açougue quer revanche

Açougue (esquerda) x Pawel Wolak - 10/10/2009 / EFE - Vincent Villafane


"Ele (Wolak) foi sujo comigo".


No dia 10 de outubro Carlos Nascimento, o “Açougue” (24-2-0, 20 KO’s) conseguiu um feito inédito para o boxe nacional, foi o primeiro brasileiro a se apresentar no Madison Square Garden, a “meca” do pugilismo que já recebeu combates clássicos como a primeira luta entre Muhammad Ali e Joe Frazier em 1971. Entretanto, essa data não foi muito feliz para o rapaz que saiu de Santana de Parnaíba no interior paulista em busca de seu sonho mundial.

Em combate contra o polonês naturalizado estadunidense Pawel Wolak (25-1-0, 17 KO’s) saiu do ringue após um nocaute técnico no quinto assalto. Para Açougue “não foi uma derrota, pois Wolak deveria ser desclassificado”. O boxeador brasileiro afirma ter recebido uma cabeçada no primeiro round e que o rival foi favorecido por lutar em casa.

“Ele foi sujo comigo, mas eu em momento nenhum da minha carreira lutei desse jeito, meu boxe é limpo. Claro que machuco meus oponentes, mas dentro da regra”, defende a ética entre os combatentes.

Açougue que ao lado de Alex de Oliveira é visto como um dos melhores brasileiros da atualidade é conhecido pelo público estadunidense como “The Butcher” (O Açougueiro), diz que se sentiu valorizado quando o chamaram para o combate. Lembra ter sido bem recebido nos E.U.A e que o trabalho conjunto desenvolvido pelo treinador Xuxa, o empresário Seu Edu Melo, o promoter Sergio Batarelli e por ele ajudou a abrir a porta para outros brasileiros no Madison Square Garden.

Seu treinamento consistiu de um trabalho pesado feito em 3 meses em sua cidade natal e também na capital paulista onde teve o auxílio do invicto campeão brasileiro dos cruzadores CNB Pedro Otas.

No momento Açougue pensa em uma revanche contra o oponente, mas prefere encará-lo em Las Vegas em um de seus cassinos. “Agora vou manter a forma para voltar entre 6 e 8 meses”.

Samir perde na Austrália

O rio-grandense Samir dos Santos Barbosa (22-6-3, 17 KO’s) perdeu para o australiano Daniel Geale (22-1, 13 KO’s) na madrugada de hoje por decisão unânime, as três plaquetas apontaram 120-108. O combate foi realizado na madrugada de hoje no ginásio Silverdome na cidade de Tasmania, na Austrália.

Conforme o site Fight News o lutador local mostrou um boxe mais eficiente e visa agora uma revanche contra seu rival Anthony Mundine que lutou na mesma noite contra o argentino Alejandro Gustavo Falliga.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jermain Taylor deixa hospital

Jermain Taylor / HBO


Lutador ficou em observação após nocaute de King Arthur no Super Six


O ex-campeão indisputável dos médios Jermain Taylor deixou ontem o Hospital de Berlim após passar duas noites em observação em razão do nocaute sofrido na noite de sábado nas mãos de “King” Arthur Abraham em luta válida pelo torneio de super médios Super Six.

O estadunidense revelou ter recebido carinho dos fãs e parabenizou o rival: “agradeço todos meus fãs que se preocuparam com meu estado e quero avisar que passo bem. Também gostaria de parabenizar Arthur Abraham pela vitória e desejo-lhe sucesso no campeonato”.

Por hora o boxeador planeja aproveitar o período na Europa para relaxar ao lado de sua esposa Erica Taylor. No combate de sábado Jermain Taylor também conhecido como “Bad Intentions” (Má Intenções) abusou dos golpes baixos e foi advertido, porém isso não lhe ajudou tanto no último round quando foi vítima de um fulminante direto de direita.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adamek abandona título dos cruzadores FIB

Tomasz Adamek / Boxing Republic.com


Boxeador busca super luta contra o pesado Golota

O campeão dos cruzadores Tomasz Adamek da Polônia abandona o cinturão da Federação Internacional de Boxe visando um combate contra seu conterrâneo e peso-pesado Andrew Golota.

Em uma carta escrita ao Presidente da FIB Marian Muhammad, o cruzador lamenta ter que largar a coroa e agradece a organização pela oportunidade dada a ele. “Não estou deixando a família FIB. Lutarei em 24 de outubro contra Andrew Golota pelo cinturão Internacional dos Pesados da FIB em Lodz, na Polônia e assim que possível espero reconquistar meu cinturão da FIB”, declarou Adamek que foi escolhido pela Ring Magazine como campeão de sua divisão.

Tomasz Adamek (38-1, 26 KO’s) de 32 anos conquistou sua coroa ao bater o ex-militar estadunidense Steve Cunningham no país do rival por decisão dividida em novembro de 2008. Desde então defendeu a coroa em duas oportunidades ambas pela via rápida ao derrotar Johnathon Banks e Bobby Gunn.

O pesado Andrew Golota (41-7-1, 33 KO’s), 41, perdeu seu último combate para Ray Austin logo no primeiro round no qual sofreu um knock down e teve a luta interrompida pelo árbitro. Golota tem dificuldade para ganhar lutas de alto calibre, foi desclassificado em dois encontros com Riddick Bowe, acabou nocauteado no 1° assalto por Lennox Lewis, teve um No Contest contra Mike Tyson, empatou com Chris Byrd e em suas duas apresentações contra nomes expressivos perdeu para John Ruiz e Lamon Brewster. Adamek pelo retrospecto segue como favorito.

Andrew Golota / ESPN

domingo, 18 de outubro de 2009

Rodada do Fim de Semana

Jermain Taylor (esq.) e Arthur Abraham - 17/10/2009 / Matthias Kem - Getty Images



King Arthur nocauteia em estreia do Super Six

O torneio Super Six reune 6 dos melhores super-médios do mundo e os coloca em confronto direto para definir quem é o nome da categoria. Para participar o alemão Arthur Abraham (31-0, 25 KO’s), mais conhecido como King Arthur subiu de categoria e bateu logo na primeira luta o expressivo Jermain Taylor (28-4-1, 17 KO’s), ex-campeão dos médios por nocaute no último assalto em combate realizado na Alemanha.

O público em Berlim viu Taylor vulgo “Bad Intentions” (Más Intenções, em tradução livre) justificando seu apelido ao jogar golpes baixos contra o ídolo local, porém foi punido pela arbitragem. Entretanto, a sua maior penalização foi uma direita que acertou-lhe tão forte quanto a espada Excalibur dos contos de Rei Arthur e o mandou para o hospital. O alemão agora tem 3 pontos no sistema de classificação do campeonato.

Carl Froch rala, mas vence Dirrel

Andre Dirrell (dir.) X Carl Froch - 17/10/2009 / AP Photo Tom Hevezi


Na segunda luta do Super Six “The Cobra” Carl Froch (26-0, 20 KO’s) venceu por pontos o estadunidense Andre Dirrell (18-1, 13 KO’s) ao lutar em casa e com essa vitória avançou 3 pontos na competição, defendeu sua coroa de super-médios do Conselho Mundial de Boxe e tirou a invencibilidade do medalha de bronze dos Jogos de Atenas – 2004 na categoria dos médios.

A decisão dos juízes em Nothingham na Inglaterra foi divida com duas plaquetas apontando 115-112 à favor do britânico, a terceira plaqueta foi favorável à Dirrell com 114-113. Na próxima rodada Dirrell enfrenta Arthur Abraham, enquanto, Froch encara Mikkel Kessler, esta tem grande chance de ser a melhor luta do campeonato. Ainda participa da disputa Andre Ward campeão olímpico em 2004 pela categoria dos meio-pesados

Saldo positivo de brasileiros no exterior.

Josenilson dos Santos (13-0, 9 KO’s) e William Silva (11-0, 8 KO’s) fizeram boa estreia no país de Apollo Doutrinador, ambos brasileiros bateram seus oponentes pela via rápida logo no 1° assalto em Miami. Os nomes das vítimas são: Genier Pit (2-3-1) e Elvis Martinez (11-28-2).

O saldo de brasileiros só não foi completamente positivo, pois Jeferson Luis Gonçalo (13-5-3, 6 KO’s) foi batido por decisão unânime na Argentina por Ulises Lopez (25-2, 14 KO’s)

Nava vence em casa

A super-galo Jackie Nava (20-3-2, 10 KO’s) superou por decisão unânime em 8 rounds Lina Ramirez (10-13-1, 4 KO’s) ao lutar em casa no México. Nava que já foi campeã mundial em duas oportunidades apresentou golpes mais fortes e superou a rival no contra-ataque.

Jackie Nava (esq.) e Lina Ramirez 17/10/2009 / Rafael Soto - Zanfer

sábado, 17 de outubro de 2009

Tyson e Holyfield trocam elogios no programa de Oprah

Os ex-campeões dos pesados sentaram no mesmo sofá e conversaram em televisão estadunidense.

Holyfield, Oprah e Tyson / CBS - Divulgação


Há 12 anos Mike Tyson foi desclassificado do combate contra Evander Holyfield após morder a orelha do rival em luta válida pelo cinturão da Associação Mundial de Boxe. Ontem ambos sentaram no sofá da apresentadora Oprah Winfrey para falar sobre o assunto.

A troca de elogios entre ambos foi mútua. Tyson revelou que antes os pedidos de desculpas por sua parte não eram sinceros. Quando a principal apresentadora dos E.U.A perguntou ao “Homem de Ferro” o que ele gostaria de dizer ao antigo inimigo soltou uma coleção de elogios.

“Ele é um cara maravilhoso. Eu quero que você saiba que foi um prazer tê-lo conhecido”, revelou Iron Mike. Ao ser perguntado por Oprah se sentiu falta de parte da sua orelha, O “Real Deal” (Cara Autêntico, em tradução livre) retrucou: “Só um pouquinho”, fazendo jus ao seu apelido.

Holyfield revelou que já mordera outras pessoas. Na infância usava seus dentes para escapar de chaves-de-pescoço. “Você fala de mordida, eu já mordi quase todos de minha família”. O veterano pugilista ainda na ativa com 47 anos afirmou que um dos motivos que o fez aparecer na TV ao lado de Tyson foi mostrar à juventude tão violenta de hoje que sempre existe uma chance de reconciliação.

Fonte: Associated Press

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Oi, eu sou o Futuro Campeão Mundial

Leandro Siqueroli (esquerda) e Miguel de Oliveira - Arquivo Pessoal


“São Paulo é minha ultima tentativa, se não der certo pelo menos eu vou morrer sabendo que eu tentei e não consegui, mas não desisti”. Leandro Siqueroli assim como muitos imigrantes brasileiros e estrangeiros resolveu buscar o sonho paulista. O colosso cinzento que mistura prédios de arquitetura pós-moderna e excluídos sociais que se parecem com refugiados de guerras mostrou a ele uma sociedade de contrastes.

Quando chegou à cidade que é o centro econômico da América Latina se surpreendeu com a magnitude do sistema metroviário e durante dias observou o movimento dos vagões nas estações assim como Macabéia de Clarice Linspector. O ritmo acelerado dos paulistas espantou o jovem boxeador de Londrina e outras diferenças de seus acalorados conterrâneos foi a frieza e a melancolia presente nos rostos transitando como se fossem um enxame de formigas com pressa em busca de mais trabalho.

A vinda à cidade grande aos 18 anos foi uma aventura que faria muitos desistirem. Apesar de ter iniciado aos 14 anos no esporte e ter sido tri-campeão amador paranaense e campeão do centro oeste no novo estado o nome Leandro Siqueroli não quer dizer muito, na verdade quase nada já que não é um atleta badalado pela mídia. Na nova cidade passou fome e ficou desabrigado até encontrar uma família nova. No Paraná deixou sua mãe e uma de suas duas irmãs. Durante o período como amador a maior alegria que teve foi conhecer Popó quando lutou na Bahia.

Apesar do talento para o boxe as dificuldades encontradas em sua saga o fizeram contemplar o desejo de suicídio. “Algumas vezes eu vejo o boxe como uma maldição, e como em todas as maldições você nunca se livra dela é ela que sempre se livra de você. Não importa o que você faça, não importa pra onde você vá, se você é um lutador você sempre estará lutando”, e com esta filosofia que o acode e ao mesmo tempo o persegue conseguiu manter a cabeça e buscar condições mais dignas.

Uma de suas motivações para deixar o conforto do lar, foi a morte de seu pai que o fez rumar em busca do ouro das grandes arenas pelo mundo ao invés de chorar com o resto da família. As humilhações também o encorajam em ir em frente. Certa vez pagou do próprio bolso para lutar e deixou de acertar o aluguel, tinha de sair da residência pela telhado para o proprietário não vê-lo.

O amparo veio na forma de novos amigos. O peso-pesado Raphael Zumbano – que o conheceu ao confundi-lo com outro amigo no bate papo virtual do MSN Messenger –, membro de um dos principais clãs do esporte o aceitou e hoje é seu empresário, Ismael Bueno “abriu as portas da casa dele para que um desconhecido morasse lá”, outro dos amigos que cita é o meio-pesado Alex Cardoso do Espírito Santo que lhe serve de conselheiro com sua sabedoria.

Miguel de Oliveira, ex-campeão mundial e atualmente treinador de uma das mais caras academias do país o aceitou como seu pupilo. Outro Miguel de Oliveira marcou sua vida, foi seu primeiro treinador e pioneiro da nobre arte em Londrina, faleceu no dia 30 de setembro, o olhar de Siqueroli entristece quando lembra de seu “pai de luvas”. Mas sua boca também abre um sorriso quando lembra de momentos felizes ao lado do amigo, “ele é uma pessoa que vai deixar saudades tanto para mim quanto para o boxe nacional”.

Para conhecer o Oliveira paulista lembra que não foi fácil, a recepcionista da academia olhou com desdém para seu jeito caipira e o avisou que o professor não estava presente, Siqueroli preferiu esperar do outro lado da rua. Quando viu o senhor careca de pele bronzeada que aparenta ser mais novo que seus 60 e poucos anos em seu R.G atestam se aproximou e disse: “ sou lutador de boxe lá do Paraná e vim para São Paulo me tornar campeão mundial e como o senhor já foi campeão eu gostaria que me desse alguma dica do que tenho de fazer para chegar lá”.

No momento Oliveira ficou sem reação e pediu para o jovem de Londrina voltar mais tarde para um treino com os profissionais da academia e pelas mãos do técnico se tornou profissional, hoje tem 3 vitórias todas pela via rápida e uma derrota por decisão majoritária. Além do mestre e de Zumbano destaca a participação de Ratinho, Alex e Miro.

Quando está fora dos ringues ganha sua vida servindo mesas em um pub irlandês na Vila Olímpia, bairro freqüentado por jovens de classes A e B. A mesma empresa patrocina o seu amigo e irmão postiço Raphael Zumbano e mesmo trabalhando e treinando encontra fôlego para freqüentar o curso superior de gastronomia, o sono, o cansaço e a fome em alguns momentos prejudicam seu treino.

Assim como tantos outros pugilistas acredita na mitologia criada pelo astro hollywoodiano Sylvester Stallone através de Rocky Balboa e cita um herói da fábula: “algumas vezes sinto que minha vida é o boxe, e como o Apollo Creed disse no Rocky 4, um lutador é como um soldado, sem uma luta para lutar ou uma guerra para guerrear ele estará melhor morto. Ele resumiu a minha realidade e a realidade de muitos outros lutadores do mundo quando disse isso”.

Para o pugilista de 21 anos subir no ringue é fácil, mas o complicado é se manter lutando. Esse pensamento acompanha e o alimenta assim como seu sonho com o título mundial que beira a obsessão. Há 7 anos sonha com o cinturão e quando conhece alguém se apresenta como “futuro campeão mundial”. Na noite de hoje Leandro Siqueroli parte para mais um dos rincões paulistas em busca de mais uma luta, mais uma vitória e mais um passo em sua estrada para o reconhecimento mundial, enquanto isso, vive sem o glamour dos cassinos de Las Vegas ou a elegância do Madison Square Garden como a esmagadora maioria de lutadores. Só o tempo e sua habilidade podem dizer se ele será o “futuro campeão mundial”. Pelo menos já tem quem acredite nele e se um patrocinador investisse esse sonho seria mais viável.

domingo, 11 de outubro de 2009

Rodada do Fim de Semana

Açougue (esquerda) x Pawel Wolak - 10/10/2009 / EFE - Vincent Villafane


Açougue perde por nocaute técnico em Nova York

Infelizmente Carlos Nascimento, o “Açougue” (24-2, 20 KO’s) sofreu um nocaute técnico ontem em luta contra o polonês naturalizado estadunidense Pawel Wolak (25-1, 17 KO’s) em combate realizado no Madison Square Garden. Wolak mostrou-se mais agressivo na apresentação e após 5 assaltos com a vantagem venceu por TKO e o árbitro encerrou a peleja no intervalo para o 6° round.

Lopez vence decisão da coroa dos super-galos OMB

Juan Manuel Lopez (laranja) x Rogers Mtagwa (preto) 10/10/2009 / Chris Farina - Top Rank


Em sua quinta defesa da cinta da Organização Mundial de Boxe versão super-galos Juan Manuel Lopez (27-0, 24 KO’s) venceu o tanzaniano Rogers Mtagwa (26-13-2, 18 KO’s) em uma das mais acirradas disputas de 2009.

Apesar de conseguir um knockdown na 5ª etapa o porto-riquenho teve que recuar na 2ª parte do combate dada a coragem de seu adversário e ficou numa posição diferente das suas últimas 14 lutas que foram encerradas em nocautes ao seu favor. Nos 2 últimos rounds Lopez sobreviveu e administrou a vitória por pontos enquanto seu rival foi pra cima vendo que não tinha muito à perder. No final as papeletas apontaram 116-111, 115-111 e 114-113 para o campeão Juan Manuel Lopez.

Em entrevistas o “Tigre” da Tanzânia Rogers Mtagwa afirmou não concordar com a decisão do trio julgador, porém parabenizou o oponente e acredita merecer uma revanche. Lopez após a luta com o semblante marcado pelos golpes do desafiante afirmou que busca enfrentar os principais nomes de sua categoria. Entre os super-galos o melhor boxeador da atualidade é o panamenho Celestino Caballero, campeão FIB e AMB e o “Magnífico” Israel Vasquez.

Cubanos atropelam no Madison Square Garden

Yuriorkis Gamboa após bater Whyber Garcia - 10/10/2009 / Chris Farina Top Rank


Os conterrâneos de Fidel Castro venceram suas contendas por nocaute no evento de ontem. O pena Yuriorkis Gamboa defendeu pela 1ª vez sua coroa da Associação Mundial de Boxe e obteve êxito ao derrotar por nocaute no 4° assalto o panamenho Whyber Garcia (22-7, 15 KO’s). O pesado Odlanier Solis nocauteou no 2° round Monte Barrett que tinha sido definido como seu desafiante com apenas uma semana de antecedência. O oponente previsto anteriormente era Fres Oquendo.

Grilo perde por pontos na Itália

Enquanto Açougue perdeu sua luta nos E.U.A, mais um brasileiro teve destino parecido, porém na Itália. Lázaro “Grilo” de Jesus (9-3, 5 KO’s) foi superado por pontos pelo italiano Salvatore Carrozza (7-1) que lutava em casa. As plaquetas apontaram 97-93, 97-94 e 96-94.

Conforme o site Round 13, a imprensa italiana afirma que o combate teve número alto de clinches e o brasileiro por não ter uma guarda eficiente era golpeado pelo braço direito do lutador local. O embate ficou quente nos momentos finais quando o brasileiro buscou mais o combate e até venceu alguns rounds, mas não foi o suficiente para sair com mais uma vitória em seu cartel. A luta teve 10 assaltos.

Israel Vazquez nocautea em Los Angeles

Na mesma noite no estado governado por Arnold Schwarzenegger na cidade de Los Angeles, o super-galo conhecido como “Magnífico” Israel Vasquez (44-4, 32 KO’s) do México nocauteou o colombiano Angel Priolo (30-8, 20 KO’s) no 9° Rond. Em sua última disputa o mexicano derrotou Rafael Marquez em março do ano passado por decisão dividida.

Juan Carlos Salgado defende cinturão em 73 segundos

Juan Carlos Salgado (em pé) x Jorge Linares - 10/10/2009 / Kazuhiro Nogi / AFP - Getty Images

No país dos samurais, uma das apostas da Golden Boy Promotions de Oscar de La Hoya foi destruída em menos de 1 minuto. Jorge Linares (27-1, 18 KO’s) foi vítima do campeão mundial super-penas da Associação Mundial de Boxe Juan Carlos Salgado (21-0, 15 KO’s) em apenas 73 segundos de luta.


Juan Carlos Salgado (campeão) x Jorge Linares - Tóquio 10/10/2009 - Parte I




Juan Carlos Salgado (campeão) x Jorge Linares - Tóquio 10/10/2009 - Parte II



Nishioka retém título WBC dos super-galos

Lutando em Tóquio, o japonês Toshiaki Nishioka (35-4-3, 22 KO’s) manteve a coroa dos super-galos versão Conselho Mundial de Boxe. O combate foi interrompido pelo árbitro por causa da mandíbula de Ivan Hernandez (25-4-1, 15 KO’s) que foi quebrada pelo campeão no 3° round. Esta é o segundo massacre imposto pelo nipônico à um mexicano em seu cartel. Na luta anterior venceu por nocaute técnico Jhonny Gonzalez.

Toshiaki Nishioka / Divulgação


Ina Menzer e Susi Kentikian defendem cinturões

A “Rainha Assassina” Susi Kentikian defendeu seus cinturões AMB e WIBF e conquistou o título vago da OMB ao tirar a invencibilidade de Julia Sahin (20-1, 2 KO’s) em combate de 10 rounds realizado na Alemanha. Apesar de todo o coração de Sahin que luta originalmente na categoria dos super-galos, Kentikian parecia uma máquina de socos. As plaquetas apontaram 98-92, 96-94 e 97-93.

Ina Menzer (25-0, 9 KO’s) que já derrotou a brasileira Adriana Salles defendeu seus títulos dos penas versões WIBF e CMB contra a campeã super-galo Esther Schouten (24-6-1, 13 KO’s) por decisão majoritária. Este é o segundo encontro de ambas, o primeiro foi em novembro do ano passado e terminou em decisão unânime para Menzer.

sábado, 10 de outubro de 2009

Açougue luta hoje no Madison Square Garden

Açougue / Ivan Storti


Pugilista brasileiro se apresenta em local legendário do esporte em preliminar de Juan Manuel Lopez e Rogers Mtagwa.


Na noite de hoje o Madison Square Garden, famoso palco de embates de pugilismo, em Nova York receberá o campeão mundial da Organização Mundial de Boxe Juan Manuel Lopez (26-0, 24 KO’s) que aceita o desafio do tanzaniano Rogers Mtagwa (26-12-2, 18 KO’s). Em uma das preliminares estará Carlos Nascimento, o “Açougue” (24-1, 20 KO’s) encarando o polonês naturalizado estadunidense Pawel Wolak (24-1, 16 KO’s).

O açougueiro carioca tinha anteriormente como adversário Vanes Martirosyan, mas este foi substituído pelo polonês. O brasileiro é um dos melhores representantes de seu país no cenário internacional ao lado de Alex de Oliveira e tem chances reais de voltar com uma vitória para seu país.

A única derrota de Carlão se deu em 2007 na disputa do cinturão dos meio-leves da Organização Mundial de Boxe quando foi nocauteado no 11° assalto por Sergiy Dzinziruk em combate realizado em Hamburgo, Alemanha. Após esse episódio Açougue fez 7 lutas no México e foram 7 nocautes. Em seu último combate derrotou Juan Pablo Montes de Oca por decisão unânime nos E.U.A.

Pawel Wolak, polonês naturalizado estadunidense, tem o mesmo apelido de Jake LaMotta, “Touro Indomável”, mas muito pouco de sua habilidade nos ringues, tanto que apesar de ter apenas uma derrota esta foi para o participante do reality show The Contender Ishe Smith por decisão unânime em agosto do ano passado, a estrela de TV chega a ser no máximo um bom desafiante. Caso passe por esse desafio Açougue pode preparar o seu facão para novos desafios mundiais.

A Luta principal

O retrospecto de Lopez o coloca como franco favorito e agora faz sua 5° defesa da coroa dos super-galos OMB. Há mais de 3 anos Lopez não sabe o que é vencer por pontos, pois suas últimas 14 contendas terminaram pela via rápida e entre essas lutas aparecem nomes como Daniel Ponce de Leon, Olivier Lontchi, Gerry Penalosa e o brasileiro Giovanni Andrade.

Ao favor do “Tigre” da Tanzânia Rogers Mtagwa está o nocaute sobre o mexicano Tomas Villa que foi indicado à melhor luta de 2008. Entre seus pontos fortes estão sua resistência e sua garra. Caso Lopez vença a possibilidade de um combate entre ele e o campeão da FIB e AMB Celestino Caballero do Panamá se tornará visível no horizonte.

Cubanos invadem o ringue

Na mesma noite o cubano sensação Yuriorkis Gamboa (15-0, 13 KO’s) defenderá seu título da Associação Mundial de Boxe dos penas contra o panamenho Whyber Garcia (22-6, 15 KO’s). Essa é a primeira defesa do campeão que o ganhou o cedro ao superar Jose Rojas em abril deste ano.

A invasão cubana continua com a participação do pesado Odlanier “La Sombra” Solis (14-0, 10 KO’s) enfrentando o regular Monte Barrett (34-7, 20 KO’s) dos E.U.A. O estadunidense em seu último combate perdeu para o britânico David Haye que fazia sua estreia entre os pesados após dominar a categoria dos cruzadores. Barrett também já foi derrotado por Wladimir Klitschko, Hasim Rahman e Nikolay Valuev o que mostra sua incapacidade de vencer lutas grandes.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Samir encara Geale na Austrália

Samir / Arquivo Pessoal


Samir luta por cinturão Pan-Pacífico FIB


Através de seu empresário Hernan Santos Nicolini, o boxeador brasileiro Samir dos Santos Barbosa (22-5-3, 17 KO’s) vai enfrentar o australiano Daniel Geale (21-1, 13 KO’s) substituindo Roberto Reuque (30-3, 19 KO’s) da Argentina. O combate será feito no próximo dia 21 no país de Geale e o titulo Pan-Pacífico da Federação Internacional de Boxe estará em disputa.

Para o combate Samir se prepara há uma semana na Argentina com a finalidade de aumentar sua força e também trabalhar em sua concentração para o combate. Sobre a tática o pugilista rio-grandense explica: “no país dele nunca ganharei por pontos, portanto preciso nocautear e por isto trabalharei nos primeiros rounds e depois atacarei mais ofensivamente visando um combate”. Nas suas três apresentações fora do país, Samir foi derrotado.

O australiano Daniel Geale acabou derrotado por Anthony Mundine e perdeu seu cinturão mundial OIB (Organização Mundial de Boxe) para seu conterrâneo em sua última peleja. Para Samir esse fato influenciará no combate, pois com “certeza ele vem com sangue no olho para reverter a última luta e mostrar que esta pronto para outra e eu tenho que provar o contrário”.

O combate do dia 21 será uma grande oportunidade para Samir justificar seu perfil de grande talento do pugilismo nacional e ganhar respeito mundial. Em suas lutas anteriores fora do país vale destacar que foram em condições desiguais de treinos, suporte e patrocínio.

Meninas brasileiras conquistam 4 medalhas de ouro no Pan de Boxe

Brasil no Pan Feminino 2009 / CBBoxe


Brasil fica em 1° no quadro de medalhas


No Pan-Americano de Boxe Feminino do Equador na cidade de Guayaquil as atletas da seleção brasileira mostraram que realmente o significado do amarelo da bandeira é ouro, tanto que o 1° lugar do pódio recebeu 4 brasileiras. A equipe também foi campeã geral no quadro de medalhas, título inédito para o país.

Foram 4 ouros e 1 medalha de prata no último dia de competição. Erica Matos (46kg) superou a estadunidense Laura Facely por 15 a 2, Taynna Cardoso (57kg) bateu a porto-riquenha Ashli Lozada por 5 a 1, Adriana Araújo (60kg) brincou com a estadunidense Patrícia Sean e marcou 28 a 7 e Andréia Bandeira (69kg) venceu de 5 a 4 ao derrotar Andrea Wason dos E.U.A.

A medalha de prata foi para Thais Silva (48kg) após ser derrotada pela argentina Paola Benevides por 12 a 3 – Benevides foi eleita melhor boxeadora da competição –. Stella Soares (51kg), Clelia Marques (54kg), Stephanie Carvalho (64kg) e Roseli Feitosa (75kg) ficaram com o bronze após serem derrotadas ontem nas semifinais.

Na classificação geral do quadro de medalhas o Brasil aparece em 1° seguido pelo Canadá com 2 ouros, 3 pratas e 3 bronzes e na 3° posição entra os E.U.A com 2 ouros, 3 pratas e 3 bronzes. Nas últimas 6 edições do Pan a hegemonia era dividida entre os dois países da América do Norte.

Agora com as medalhas conquistadas e a inclusão da modalidade nos Jogos de Londres em 2012, as boxeadoras receberão verba da Confederação Brasileira de Boxe no início do ano que vem.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brasil classifica 5 boxeadoras para as finais do Pan de Boxe

Erica Matos no Pan-Americano Feminino / CBBoxe


O Brasil terá 5 das suas boxeadoras participando das finais no Pan-Americano de Boxe Feminino do Equador que é realizado na cidade de Guayaquil. Ontem Érica Matos (-46kg) bateu a mexicana Ana Lieira por 5 a 0, Thais Silva (-48kg) superou a estadunidense Marlon Esparza por 18 a 11, Taynna Cardoso (-57kg) passou por Jamila Jones de Trinidad e Tobago por 5 a 0, Adriana Araújo (60kg) que eliminou Alison Hunter do Canadá no 3° round e Andréia Bandeira (-69kg) com um nocaute técnico na 2ª etapa sobre Carmen Martinez do México.

Infelizmente, quatro brasileiras vão ter que se contentar com o bronze, pois não avançaram para as finais. Stella Soares (-51kg) foi batida por Mandy Bujold, Clelia Marques (-54kg) perdeu para Vicky Pelletier, Stephanie Carvalho (-64kg) foi superada por Stephany Walker e Roseli Feitosa não passou por Arianne Fortin. O resultado geral do Brasil é até o momento melhor do que o do ano anterior quando 4 atletas participaram das finais e o país ficou com 2 medalhas de ouro, 2 de prata e 4 de bronze.

"Tyson" no Festival do Rio

Tyson - Divulgação


“O que acontece quando o mundo é seu e você o perde?”, essa é uma pergunta freqüente que faço para pessoas que tiveram tudo que almejavam e numa mudança de rumo amargam uma grande queda como é o caso de Mike Tyson, campeão de boxe e ícone da cultura pop que tem sua trajetória contada no documentário “Tyson” a ser exibido hoje no Festival do Rio.

A película de James Toback cede o microfone para Iron Mike mostrar sua versão dos fatos que foram sempre espetacularizados pela mídia sempre elevando ou destruindo os heróis da mitologia pós-moderna assim como faz com Michael Jackson e Princesa Diana. Porém Tyson ainda vive e sua saga de glória e destruição ainda continua sendo escrita.

“Tyson”
Cine Glória

Dia:
08/10/2009 – quinta-feira
Horários: 16h e 20h
Endereço: Praça Luís de Camões ,s/nº - subsolo
Bairro: Glória
Telefone: (021) 2556-0781
Lugares:116


Trailer de Tyson

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Entrevista com Giovanni Andrade

Giovanni Andrade com Seu Baltazar


"O que eu gostaria é uma nova chance contra Guillermo"


A carreira de Giovanni Andrade nos ringues é como sua vida, uma montanha russa de altos e baixos. No dia 18 de setembro enfrentou o bi-campeão olímpico Guillermo Rigondeaux hoje no boxe profissional após fugir de Cuba – sua 1ª tentativa foi nos Jogos Pan-Americanos 2007 no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Córner do Leão, Andrade, dono de um cartel de 60 vitórias, sendo 49 pela via rápida, 12 derrotas das quais 8 foram por nocaute e nenhum empate totalizando 72 combates conforme o Boxrec, fala sobre sua trajetória e abre detalhes do combate contra o cubano.


Você teve uma passagem de mais baixos do que altos antes do pugilismo. Conte o que aconteceu em sua vida antes de conhecer a nobre arte.



Fugi do norte ainda muito jovem com a esperança de vir a São Paulo. Pensava em comprar algo para minha mãe e retornar para a Bahia, mas a verdade foi outra. Aqui eu tinha uma senhora que conhecia minha família e fui para sua casa no Bom Retiro, mas ela retornou para a Bahia e eu fiquei sem moradia. Sem ninguém aqui em São Paulo sofri muito cara, fui atropelado, fiquei no hospital jogado, fui espancado, apanhei da policia, escapei da morte por diversas vezes, até encontrar o senhor Baltazar que era treinador do Centro esportivo do Tatuapé, ele me ensinou tudo da vida. Como não tinha moradia, dormia no chão da academia, ele me dava comida, dinheiro, roupa e carinho de um pai. Ao seu lado ganhei o primeiro titulo amador no torneio estimulo Kid Jofre de 1989, ajudando o Tatuapé a conquistar o torneio da competição por equipe

Você se envolveu com as drogas?

Sou uma pessoa iluminada cara, os meus amigos me ofereciam, mas nunca tive interesse em drogas, os meus amigos que usavam em sua maioria estão mortos hoje.

Como entrou para o pugilismo?

Busquei praticar a nobre arte mais com a preocupação de me defender, vivia sozinho, sem família nessa selva de pedras e depois aprendi que o boxe era uma esporte de carreira no qual poderia encontrar uma saída e dar um rumo para minha vida.

Você tem ídolos no esporte?

Não tenho, somente admiro alguns deles. Ronaldo Nazário “O Fenômeno” é um grande guerreiro, não desiste nunca, passou por humilhações, sofreu lesões, e está aí para demonstrar força e determinação, e poderá brilhar em uma copa do mundo.

Fale sobre o seu projeto para ensinar o esporte para crianças de baixa renda?

Estou envolvido em 2 projetos de boxe. Atuo com a equipe da secretaria municipal de esportes, que o secretário Dr.Walter Feldman, após um pedido formatou um projeto para tentar salvar o nosso pugilismo, uma modalidade olímpica com chances de conquistar um grande números de medalhas na competição tanto que Cuba tem expressiva contagem de medalhas somente no Boxe. O pugilismo da secretaria conta com 8 unidades e acredito que em mais ou menos 1 ano teremos boxeadores campeões.
A 2ª iniciativa com a Força Jovem Brasil apresenta mais de 70 mil jovens. Nesse projeto acredito que já passamos das 100 modalidades e será um dos maiores do pais, porque estamos em todos os estados, eu sou o líder do estado paulista. Participamos agora da virada esportiva 2009, no Parque Ecológico do Tietê , temos o apoio do Governo Federal, governadores, e em São Paulo, temos parceria com a secretaria municipal de esportes.

O comportamento dessas crianças foi influenciado pelo esporte?


O esporte já demonstrou que é uma ferramenta de cunho social, o esporte socializa o indivíduo, aumenta a auto-estima. Você vê a alegria de um garotos de favelas ganhando uma medalha , os olhos deles brilham, temos vários atletas que tiveram suas vidas transformadas através do esporte e eu sou um deles, hoje tenho minha casa própria, tenho meu automóvel, sou universitário , conheço quase o mundo inteiro viajando para lutar e levar lutadores , que é o meu 2° ofício, levo brasileiros e argentinos para boxear mundo afora. Vários brasileiros moram hoje no exterior com minha ajuda, dentre eles esta Antonio Mesquita que mora em Las Vegas, o Árabe Brasileiro Mohamed Said.

Qual foi sua luta mais difícil até agora?


Contra Javier Alacran Torres, ele estava em todos os rankings mundiais, essa luta foi no Norte da Argentina na Cidade de San Salvador de Jujuy e nessa época eu já morava na Argentina. Venci esse combate por pontos, porém me restaram algumas costelas machucadas, e o sofrimento para vencer esse cavalo Argentino que tinha fregueses brasileiros compensou, pois ele havia vencido a Jose Hamilton Rodrigues quando estava no auge de sua carreira.

Em 1996 você enfrentou Johnny Tapia pelo cinturão WBO. Como foi esse combate?

Na verdade fui nessa luta verde de tudo, estava bem preparado, mas quando entrei no estádio do Los Angeles Lakers, minha pernas tremeram, a cobrança era muito grande para que eu vencesse. Durante o 2° round , recebi um golpe nos testículos que me fez ver estrelas, eu tinha direito a 5 minutos, porém quis voltar antes recebi outro golpe, um pouco mais acima, e fui para a lona, igual fez o americano quando venceu a Valdemir Perreira, o “Sertão”.
Perdi e voltei a disputar outro titulo mundial na Itália (World Boxing Union), contra Luigi Castiglone, perdi por pontos em 12 rounds e mais uma vez a coroa não veio.

Sua carreira iniciou em 1993 se estendendo por 16 anos e com mais de 70 combates, entretanto, o que causou a alternância de bons e maus momentos nela?


Falta de apoio! Ter quer treinar sozinho e trabalhar ao mesmo tempo dificultam, e na verdade patrocínio no Brasil era loteria, por isso esses resultados vinham, quando lutamos aqui no Brasil e era muito difícil enfrentarmos atletas de primeira linha. O “por quê” não lutar, a falta de pagar, porque os melhores não vinham por motivo de dinheiro, então trazíamos aqueles que queriam se arriscar por um dinheiro menor, muitas vezes até repetimos os mesmos adversários, no meu cartel, você pode ver, lutei com alguns em mais de uma oportunidade o que é normal em todo mundo.

Como foram seus preparativos para o combate contra Guillermo Rigondeaux?

1 semana foi o treino para esse combate, treine na Academia do Hotel em Miami, apenas preparei o físico e tentei tirar o meu peso, tinha 5 libras acima do peso, mas na verdade a luta estava anunciada em pena, por isso eu não fiquei preocupado com o peso, entretanto, no dia da pesagem anunciaram que era outro peso e tinha dar as 122 lbs, eu estava em 126, tive que perder 2 libras rápido , e cheguei a 124 lbs.

Em 2007 Rigondeaux foi deportado do país de volta para Cuba após tentar fugir durante os Jogos Pan-Americanos. Você acredita que isso teve alguma influência nessa luta?

Não! Guillermo voltou escapar de Cuba foi para Alemanha, mas a empresa ARENA de Hamburgo não quis ele por se velho para iniciar na carreira profissional. Nos E.U.A temos o bondoso promotor Luis de Cuba apostando em Guillermo Ringondeaux que fez muito pelo boxe de Cuba.

Conversei com Guillermo varias vezes, e ficou claro que não tinha nada a ver com sua deportação, eles aceitaram a luta pelo seguinte: A ESPN, tinha um espaço para Luis de Cuba, e ele teria que apresentar uma programação boa para que a TV comprasse, o empresário montou um evento com vários atletas medalhistas olímpicos para a programação ser atrativa e deu tudo certo para Luis.

Você se sentiu hostilizado pela platéia durante o combate?

Você não imagina, mas o povo cubano que mora em Miami gosta muito dos brasileiros e depois do combate muitos vieram tirar foto comigo, até já estou acostumado, inclusive muitos deles assistiram minha luta com Celestino Caballero, próximo ao local quando lutei 10 round e fiz a platéia ficar ao meu favor.

Em sua apresentação você se mostrou irreverente e provocou muito o outro atleta, o árbitro e a platéia. Qual foi o motivo das provocações?

Um americano veio falar comigo que as bolsas de aposta estavam dando Rigondeaux por nocaute no 1° round e que eu não agüentaria nada. Todos falavam que ele é bi campeão-olímpico, bi-campeão mundial e na verdade o provoquei talvez para mostrar que realmente ele não é tudo que esta sendo vendido, ele já estava perdendo as forças, tanto que perdeu a maioria dos golpes e escapei de quase todos os golpes, não nego, ele acertou aquela pancada no meu fígado, senti e não quis me arriscar. Todos estavam com medo, porque ele treinou na Califórnia, e apanhou muito do seu sparring mexicano, não tem cintura e não trabalha na curta (distância).

Tanto a imprensa estadunidense como a brasileira não acreditavam em sua vitória. Como se sentiu ao saber disso?

Isso é normal, estou acostumado com isso, o importante é minha felicidade, minha família abençoada. A imprensa é necessária para nós, quando eu ganhar vão colocar em suas páginas que vence. Ninguém escapa disso, a imprensa é justa no que escreve e comenta, e em muitos casos as verdades são 100%

Acredita que essa foi a maior chance que teve recentemente em sua carreira?

Não , porque a luta para mim não valia titulo, se eu vencesse , ganharia de um cara com 3 lutas e o que ele conquistou no amador, não soma nada no profissionalismo, e outra historia, lógico que os títulos dele assustam muitos lutadores, mas não funciona muito quando soa o gongo.

Quais são seus planos para o futuro?

Vou fazer algumas lutas aqui no Brasil, vou procurar treinar bem para os próximos combates, estava vindo um treinador de Las Vegas, Fernando Soto, que treina campeões lá e em Porto Rico. Este profissional vem me treinar e buscar atletas novos com possibilidade de fazer carreira nos Estados Unidos. O que eu gostaria é uma nova chance contra Guillermo, mas eu teria que ir para Las Vegas 1 mês antes.

Para você quem será o próximo brasileiro a se destacar no cenário mundial e no país?

Acho que o que tem uma boa chance é o Alex de Oliveira peso super galo, tem muita força física, e é briguento, acredito ser um excelente atleta.

Guillermo Rigondeaux esta cotado para disputar o cinturão. Você vê nele esse talento que afirmam que ele tem?

Não acredito que suportará um Celestino ou Juan Manoel Lopez que é muita dureza, ele não tem chance diante dessas feras.

Em sua opinião quem poderia derrotá-lo? Como?

Juan Manoel Lopez venceria por nocaute.


Combate Giovanni Andrade (branco) x Guillermo Rigondeaux (preto)



Brasileiras estreiam bem no Pan-Americano de Boxe

Stella Soares (vermelho) e Monica Suarique (azul) / CBBoxe


Stella Soares dá "goleada" de 20 a 1.


As garotas da seleção brasileira começaram bem no Pan-Americano de boxe do Equador na cidade de Guayaquil com apresentações que confirmam a qualidade das atletas. A equipe composta por 9 boxeadoras garantiu as vagas nas semifinais.

No 1° dia Roseli Amaral (até 75kg) detonou Chimere Taylor, de Trinidad e Tobago, pelo expressivo placar de 12 a 1; Thaís Silva (-48kg), Adriana Araújo (-60kg) e Stefani Carvalho (-64kg) mostraram poder de fogo e venceram sem dificuldades.

No dia posterior três brasileiras entraram no ringue. Erika Miranda bateu por 10 a 0 a canadense Melaine Grenon (-46kg), Clélia Marques (-54kg) superou a mexicana Verenice Rosales por 5 a 2 e a grande "goleada" da rodada foi por parte de Stella Soares (-51kg) que brincou com a colombiana Monica Suarique com um placar de 20 a 1.

2 lutadoras da esquadra brasileira já seguem para as semifinais sem precisar encarar o ringue, Andréia Bandeira (-69kg) e Taynna Cardoso (-57kg). Na edição da competição do ano passado o Brasil conquistou 2 medalhas de ouro, 2 de prata e 4 de bronze e a modalidade em agosto foi agregada aos Jogos Olímpicos e estreia em Londres-2012.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Hollywood espera por Furacão Oliveira

TEXTO PRODUZIDO POR ASSESSORIA DE IMPRENSA.

Carlinhos Furacão (dir) / Divulgação


As últimas atuações do brasileiro Carlos “Furacão” Oliveira (25-1-0, 19 KOs) chamaram a atenção de agentes americanos e, dentro de duas semanas, ele estará embarcando para os Estados Unidos. O destino é certo: Hollywood. O peso pena (57,1k), porém, não estará trocando as luvas pelo papel de algum personagem de cinema, mas ficará instalado na aconchegante cidade localizada na Flórida e não em sua homônima mais famosa de Los Angeles.



Oliveira acaba de assinar contrato de quatro temporadas com o manager Rafael de León que já dirige a carreira de outros astros – os experientes pesados Carl Davis Drummond (26-2-0, 20 KOs), da Costa Rica, e Elieser Castillo (30-6-2, 17 KOs), de Cuba, além do promissor meio-pesado Abdullah Dobey (3-0-0, 3 KOs), dos Estados Unidos.



“É a maior oportunidade de minha vida e não vou desperdiçá-la”, diz um confiante Carlos Oliveira. Os planos da nova equipe para o brasileiro são colocá-lo em condições de disputar o título Norte-americano (versão NABO) dentro de no máximo dois meses. A pressa se justifica porque De León aposta suas fichas no potencial do boxeador nacional.



Furacão vive a expectativa de figurar no próximo ranking mundial AMB, contudo, sabe que o novo caminho traçado para sua carreira o aproxima do sonho de disputar um título mundial até mesmo por outras entidades. “Estar trabalhando no mercado americano abre as portas para diversas possibilidades e meu novo agente já demonstrou o ótimo relacionamento que mantém com grandes promotores”, revela eufórico o brasileiro.

domingo, 4 de outubro de 2009

Resultados do fim de semana

Allan Green - Holden Promotions

Green supera Simms

O super-médio estadunidense Allan Green (29-1, 20 KO’s) superou nesse sábado seu conterrâneo Tarvis Simms (25-1-1, 11 KO’s) em combate realizado na cidade de Newkirk, nos E.U.A.

Green, um atleta em ascensão, conheceu sua primeira derrota para o “Pantera” colombiano Edison Miranda em 2007 e essa é sua 6ª vitória desde o revés volta a chamar atenção no esporte. No combate deste fim de semana as plaquetas acusaram 99-91, 98-92 e 97-93.

Audley Harrison vence torneio “Prizefighter”.

8 pugilistas se encararam desde as quartas-de-finais em combates eliminatórios de apenas 3 rounds, no torneio conhecido como “Prizefighter” na terra de James Bond, e desse grupo o inglês Audley Harrison (26-4, 19 KO’s) saiu campeão.

Audley Harrison em sua trajetória nocauteou no 2° assalto Scott Belshaw (10-3, 7 KO’s), logo em seguida foi a vez de Danny Hughes (7-1-1, 2 KO’s) conhecer a derrota por decisão unânime, o pugilista veio de uma vitória com apenas 45 segundos sobre Neil Perkins (4-1, 1 KO). Na final, Harrison venceu pela via rápida no 2° giro Coleman Barrett (10-1, 2 KO’s).

Danny Williams (41-8, 31) que derrotou Mike Tyson – já em fim de carreira – em 2004 foi eliminado logo no começo por Carl Baker (9-4, 6 KO’s), após 2 knock downs. O pugilista despachado no início da competição era cotado como um dos favoritos da competição.

David Tua retorna ao batente

David Tua - Divulgação

Após mais de 2 anos sem subir em um ringue o pesado David Tua (50-3-1, 43 KO’s) lutou em seu país natal, Nova Zelândia, e nocauteou Shane Cameron (23-2, 20 KO’s) na 2ª etapa. Tua que tem o apelido de “Exterminador”, já enfrentou John Ruiz, Oleg Maskaev, Lennox Lewis, Hasim Rahman, Michael Moorer, Fres Oquendo e Chris Byrd.

O pesado de 36 anos foi medalha de bronze nos Jogos de Barcelona em 1992 e em 2003 ficou com o 48° lugar na lista dos 100 maiores pegadores da revista Ring Magazine. Caso volte a apresentar o boxe que o fez ser considerado “o novo Tyson”, pode ser um adversário formidável para os irmãos Klitschko.

Senchenko retém coroa AMB dos meio-médios

Vyacheslav Senchenko (30-0, 20 KO’s) da Ucrânia defendeu pela 1ª vez o título mundial dos meio-médios versão AMB ao bater o nipônico Motoki Sasaki (32-8-1, 20 KO’s) por decisão unânime.

Sam Soliman (37-11, 16 KO’s), participante da 3ª temporada de “The Contender” bateu Les Piper (10-3-3, 2 KO’s) após um nocaute no 7° round. Agora o australiano mira o campeão dos médios pela Federação Internacional de Boxe, Sebastian Sylvester da Alemanha e topa até encará-lo em seu país.

sábado, 3 de outubro de 2009

Yes We Créu!!! Blanka pra mascote 2016!

Yes We Créu / Arte: Rodrigo Hashimoto


É isso aí, Os Jogos Olímpicos em 2016 terão como sede a Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro. O Córner do Leão sugere como mascote um dos brasileiros mais famosos no mundo, o lutador Blanka de Street Fighter II.



"Yes We Créu!"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mea Culpa

Não é por uma luta que podemos julgar um boxeador.



Eu Gabriel Leão peço desculpas ao profissional Giovanni Andrade, pois em um comentário meu lado patriota e de fã subiu minha cabeça. Não vou negar o que escrevi e dizer que gostei de sua apresentação no ringue contra o cubano Guillermo Rigondeaux e principalmente de suas atitudes no tablado.

Entretanto, todos que acompanham o pugilismo sabem que aceitar um desafio no qual você é visto como “azarão”, em um país estrangeiro no qual a torcida estará contra você não é feito para qualquer atleta, precisa ter muita coragem para subir neste ringue, assim como é necessário ter caráter para enfrentar as adversidades que as condições sociais impõem ao cidadão brasileiro de origem humilde.

Giovanni Andrade que já dividiu o ringue com desafiantes de primeiro escalão e disputou título mundial ensina não apenas a sua arte para garotos em projetos escolares, mas também lhes dá lições de vida. O Córner do Leão deseja toda a sorte para o atleta e profissional Giovanni Andrade.

Reportagem realizada pela TV Gazeta.

Entrevista com Fábio Negão

Fábio Negão (vermelho) / Arquivo Pessoal


Fábio Nascimento, mais conhecido como Fábio Negão, praticou várias modalidades de artes marciais, mas no jiu-jítsu encontrou seu campo e tornou-se um dos nomes fortes vindo da academia Lótus Club de São Paulo. Após um longo período nos tatames decidiu levar seu talento e sua esquadra para os ringues e octógonos do MMA (Mixed Martial Arts), uma versão mais regrada do Vale-Tudo.

Para aprimorar seus chutes e socos começou a treinar muay thai e boxe, e este ano passou a competir na nobre arte ganhando a Forja dos Campeões. Seu cartel no MMA apresenta 10 vitórias, sendo 4 por nocaute e 3 por finalização, 5 derrotas e nenhum empate. Já derrotou nomes reconhecidos como Mauro “Xuxa”, Gabriel “Gladiador”, Roan Carneiro e enfrentou o wrestler olímpico Matt Lindland dos E.U.A. Em entrevista ao Córner do Leão, Fábio Negão fala de seu ingresso no esporte de luvas e como aprimorou sua habilidade para os desafios das gaiolas.

Como foi seu início nas artes marciais?

Eu comecei à treinar kickboxe com 12 anos e depois ingressei no caratê, mais tarde após assistir algumas lutas do Royce Gracie no UFC (Ultimate Fighting Championship) me interessei pelo jiu-jítsu, procurei uma academia e estou até hoje.

Para você que vêm do jiu-jítsu quais são as dificuldades que encontra durante os treinos e lutas de boxe?

O pessoal de luta agarrada, tipo wrestling (luta-olímpica), jiu-jítsu e judô, por exemplo, é muito forte, mas também é muito duro e para o boxe precisa adquirir “leveza”, movimentos rápidos, agilidade e precisão nos golpes e para isso é necessário estar com o corpo relaxado, diferente do jiu-jítsu em que deve mantê-lo contraído quase que o tempo todo, mas com os treinos a gente vai se soltando.

Em sua opinião como se sai no MMA, um atleta que tem como sua primeira modalidade o boxe?

O boxe é muito bom para o MMA, muda sua visão de luta, te deixa mais rápido, atento, com reflexos melhores, mas hoje em dia para o MMA temos que treinar tudo e com certeza para alguém com escola no boxe o mais indicado seria ralar bastante no tatame, porque definitivamente todo mundo procura o ponto fraco do oponente e ninguém vai ficar trocando socos com um boxer.

Quais são seus pontos fortes no pugilismo?

Eu ainda estou na fase de aprendizado, mas gosto muito desse esporte. Ainda não me considero muito técnico, mas estou trabalhando para isso. O que acho que esta fazendo a diferença no boxe ao meu favor é a potência dos meus ataques e minha capacidade de assimilação de golpes.

Quais foram suas conquistas no boxe amador?

Esse ano comecei a competir e está sendo uma temporada boa, ganhei a Forja dos Campeões, com 4 lutas sendo que só uma chegou ao 2° round e também fui campeão paulista das duas federações de São Paulo e também nenhuma das lutas foram além do 2° assalto.

Qual foi o momento mais duro na modalidade?

Já passei por muitas situações difíceis, mas a calma que o jiu-jítsu me deu em tantos anos de competição me ajuda a não me afobar e me recuperar no combate, mas o momento mais complicado para mim foi na final do campeonato paulista, em que tomei dois cruzados fortes e cai com um minuto de luta tanto que o juiz quase encerrou o combate, mas me recuperei, ouvi meu técnico no intervalo e nocautei no 2° round.

Pensa em seguir como profissional?

Ainda não penso nisso, porque no momento meu primeiro esporte é o MMA e uso o boxe para melhorar minha ‘trocação’, mas nunca se sabe, quando meu técnico achar que tenho condições de encarar uma carreira profissional estarei lá, porém, por enquanto é só diversão e treinamento para o MMA.

No boxe quem são seus ídolos?

Eu estou no boxe há pouco tempo, mas admiro o Roy Jones JR, Manny Pacquiao, no boxe nacional admiro a galera que treina comigo, como Mario Soares, Josival e principalmente meu grande amigo e professor Messias do Centro Olímpico onde eu treino.

Fábio Negão (chutando) x Mauro "Xuxa" / Marcelo Alonso