Rosilette dos Santos / Foto: Lineu FilhoA paranaense Rosilette dos Santos (21-4-0, 13 KO's), 35, apareceu no meio desta semana na 6ª posição do ranking da categoria galo do Conselho Mundial de Boxe (CMB), e depois foi anunciada como 7ª da tabela da Associação Mundial de Boxe (AMB) no mesmo peso.
A ex-bóia fria que hoje ganha a vida nos ringues é campeã dos galos pela World Boxing Comission, instituição considerada de 2ª divisão no meio esportivo, e almeja um título das quatro grandes agremiações, sendo as duas citadas acima mais a Federação Internacional de Boxe (FIB) e a Organização Mundial de Boxe (OMB).
Pelo CMB a rainha é a tailandesa Usanakorn Kokietgym (5-1-0, 4 KO's), enquanto, a italiana Emanuele Pantani (10-0-0, 2 KO's) ocupa o trono do CMB. A brasileira caminha em uma estrada visando um encontro com a segunda para garantir seu espaço no panteão do boxe feminino mundial.
Rosilette vê suas posições nos rankings como “reconhecimento” de seu trabalho feito “com muita dedicação e vontade de vencer durante 10 anos”. A boxeadora é casada com seu treinador, o ex-pugilista Macaris do Livramento.
Sobre as recentes vitórias nas quais enfrentou lutadoras de cartel inferior, a paranaense explica que todo esportista faz isso, e cita exemplos no futebol como os jogos feitos pelos grandes clubes brasileiros contra times inferiores durante a temporada e o recesso da Copa. Também lembra que de combates que perdeu, mas não mostrou medo como quando encarou a argentina Carolina Gaite e a alemã Alesia Graf.
Seja contra Kokietgym ou contra Pantani, o horizonte de Rosilette começa a ficar mais claro. Caso conquiste um cinturão mundial de primeira grandeza será a primeira atleta nascida no Brasil a obter este feito – já que Duda Yankovich nasceu na sérvia, o que não a desmerece –, mas se não conquistar essa coroa, a atleta mostra assim como a família Zumbano-Jofre que o boxe serve de ferramenta para a ascensão social.
