Valmir Rosário se despede do quadrilátero e deixa um cartel de 15 vitórias, 26 derrotas, 5 empates e 3 nocautes além de 20 anos dedicados a nobre arte. Natural da Bahia, o conterrâneo de Jorge Amado fez sua trajetória em São Paulo, fincando residência no litoral.
Conforme entrevista ao site da Liga Paulista de Boxe a decisão veio após a derrota por nocaute para o super-médio Marcus Oliveira, o “Ratinho” de 24 anos. Um direto no olho esquerdo foi o último golpe que recebeu e os médicos juntos com o árbitro decidiram encerrar a luta. “Nunca havia sido derrotado assim, as dores eram insuportáveis”, declarou Rosário sobre o combate do dia 27 de fevereiro.
O início de sua busca pelo sonho de ser um boxeador de projeção foi em 1984, fez aproximadamente 40 combates como amador, conquistou o título paulista e o Torneio Estímulo. Como profissional foi campeão brasileiro.
Conheceu países que uma vida comum não o levariam e disputou o título Internacional do Conselho Mundial de Boxe versão super meio – médios (69,8 kg), porém perdeu para o portenho Elbio Felipe Gonzalez em 1997. O brasileiro lembra na matéria da Liga que o público ficou do seu lado.
Agora o ex-pugilista se dedicará a sua esposa e aos filhos, cuidará de seu bar próximo a praia e continuará suas atividades como técnico de pugilismo. Rosário pode não ter sido um grande campeão, e tem mais derrotas em seu cartel que vitórias, mas é gratificante ver como um esporte considerado tão violento dá dignidade ao ser humano.