A relação entre a imprensa e os pugilistas é muito tumultuosa, muitas vezes que me apresentei como jornalista fui olhado com desconfiança, como se estivesse com uma escuta plantada sob a camisa e durante conversas escutei muito: “ei, você não tá gravando né?”. Creio que lutadores devem tomar cuidado com entrevistas.
Acho normal essa aversão de lutadores com jornalistas, muitos membros da minha classe sofrem preconceitos e alguns realmente não veem pessoas como entrevistados, mas sim alvos, portanto é comum ver e ouvir que uma resposta foi distorcida ou o título da matéria foi feito para “derrubar” alguém. Boxeadores no geral são “alvos” mais fáceis, afinal na grande maioria não possuem estudo superior e são um tanto ingênuos.
Convivo com jornalistas e digo que apesar das frutas podres, existe gente boa no ramo. E para não se afastar dos bons profissionais sugiro aos pugilistas pedir que suas entrevistas sejam feitas pessoalmente, e nesse caso levar um gravador próprio para ter uma contra prova da conversa. Outra sugestão é responder ao questionário por e-mail, pois este serve como prova em qualquer tribunal.
Não apenas os atleta são vítimas dessas cobras, mas também políticos, celebridades e outras figuras públicas. Portanto, previna-se, mas não se afaste dos veículos de comunicação.