Gabriela Aranda (esq.) e Rosilete (dir.) / (Foto: Divulgação)
Rosilete dos Santos, 34, concluiu seu encontro com a argentina Gabriela Aranda, 21, em apenas 11 segundos na noite de sábado durante as comemorações do aniversário de 321 anos de sua cidade adotada São José dos Pinhais, no Paraná. A luta valeu como defesa do cinturão mundial dos galos (53,5 kg) da World Boxing Comission – agremiação de 2ª ordem –.
O embate com Aranda (5-2-0, 5 KO's) teve casa cheia no Ginásio Ney Braga que ainda recebeu oito lutas preliminares. Rosilete (23-5-0, 14 KO's) que é treinada pelo marido e ex-pugilista Macaris do Livramento é a 4º do ranking do Conselho Mundial de Boxe e 7º da tabela da Associação Mundial de Boxe.
“Eu não esperava uma luta tão rápida, mas me preparei muito. Treinei muito forte para vencer. Me senti a verdadeira menina de ouro nesta luta. E foi especial por fazer uma disputa de cinturão no aniversário de São José dos Pinhais. Vou continuar trabalhando porque outros desafios difíceis virão pela frente”, comemorou Rosilete.
Macaris ao ver a esposa vitoriosa, lembrou a imprensa da dificuldade que teve em sua carreira e agradeceu aos órgãos municipais por ajudar o pugilismo. Recentemente o casal entrou em contato com o secretário de esportes de Curitiba Marcelo Richa (PSDB-PR) e seu pai o governador paranaense Beto Richa (PSDB-PR) para desenvolver programas que levem o boxe a comunidades carentes.
Rosilete ambiciona um título das quatro grandes entidades que regem o pugilismo profissional (FIB, CMB, OMB e AMB), principalmente o da mexicana Ana Maria Torres, campeã peso mosca CMB. Porém, para isso terá de encarar adversárias de maior poder de fogo antes de se deparar com uma potencial mundial.
Um entrave é a falta de apoio por parte do setor privado. Os órgãos públicos podem ceder espaço de treinos e estrutura, mas o patrocínio para atletas profissionais em esportes que envolvem bolsas de aposta geralmente são oriundos de empresas privadas.
Por exemplo, para enfrentar uma pugilista de renome no cenário internacional Macaris e Rosilete precisam que alguém aceite pagar sua bolsa, e esse preço geralmente é caro aos padrões dos pugilistas brasileiros que praticamente pagam para lutar. Rosilete tem ferramentas, mas precisa de financiamento.
Rosilete / (Foto: Divulgação)