quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Entrevista com Everaldo Praxedes

Everaldo Praxedes / (foto: divulgação)

Everaldo Praxedes, 36, é um lutador que fala pouco, mas apresenta grande eficiência no ringue, principalmente em agressividade e defesa. Os ataques foram afiados no kung fu, enquanto a defesa foi preparada por Santo Arias, melhor técnico neste setor dentro da América do Sul.

Assim como o campeão George Arias treina mais os fundamentos defensivos e evita choques contra a cabeça o que prolongará sua carreira nos ringues, porém como o colega campeão sul-americano não luta com muita constância e sente a falta de oportunidades condizíveis com seu talento.

No dia 19 deste mês, Praxedes (10-0-1, 5 KO's) desafiará o argentino Ruben Eduardo Acosta (25-8-5, 8 KO's), lutador de 34 anos que já disputou o cinturão mundial, a meta é a coroa sul-americana. O embate será em Itatiba, interior paulista e seu território, e será o principal combate de sua carreira. Em entrevista ao córner o supermédio (76,2 kg) fala deste desafio, seu começo no pugilismo e metas.

Como foi seu início no boxe?

Iniciei no Clube Atlético Campinas em 1997 onde tinha 20 anos de idade. Claro que já fazia esporte desde meus 10 anos de idade e aos 21 anos de me tornei campeão mundial de Kung Fu lutando em Orlando, Flórida, nos EUA.

Você treina com Santo Arias. O método que ele lhe passa é o mesmo que transmite ao filho George Arias?
Sim, é o mesmo método. Prioridade na defesa mas sem perder a agressividade que é minha característica principal.

Ruben Eduardo Acosta será seu grande desafio, já esteve nos ringues em disputa de mundial com o alemão Robert Stieglitz. O que pensa e sabe dele?

Sim, será meu grande desafio por conta da experiência que ele tem, mas tenho assistido videos dele e o estudado bastante. Penso que tenho plena condições de ganhar esta luta porém tenho que tomar cuidado com sua velocidade pois ele gosta de pontuar.

Como tem se preparado para Acosta?

Tenho feito treinos três vezes ao dia que incluem a parte de boxe, treinos técnicos e táticos, musculação e corridas, ou seja, vou estar 100% pra essa luta com condições de vitória.

Aos 36 anos você tem um número considerado pequeno de lutas em seu cartel. Ao que se deve tal condição?

Como eu disse eu antes do boxe praticava o Kung Fu onde consegui o tão almejado título mundial. Então decidi treinar boxe para melhorar meus punhos para o Kung Fu, mas por fim decidi lutar boxe.

Aonde cogita chegar na nobre arte?

Meu novo objetivo é chegar a título mundial.

Quais alegrias o boxe lhe deu?

Hoje paralelamente sou professor de boxe e tenho um centro de treinamento em Itatiba, interior paulista. Tenho minha casa própria e meu carro, ou seja, olha quanta coisa o boxe me proporcionou. Então acho que pra simplificar, sou feliz!