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sábado, 3 de novembro de 2012

Dustin Dirks supera Cleiton Conceição na Alemanha

Cleiton Conceição (esq.) e Dustin Dirks (dir.) / (foto: divulgação)

O brasileiro Cleiton Conceição, 33, acaba de ser superado pelo prospecto alemão Dustin Dirks, 23, em luta de meio-pesados (79,4 kg) de pouca ação realizada no Gerry Weber Stadium na cidade de Halle, no estado de Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha em evento da Sauerland.

Apesar da vitória Dirks (26-0-0, 19 KO's) mostrou ainda ter deficiências, enquanto Conceição (18-5-2, 14 KO's), que não goza da mesma estrutura, saiu com um corte sobre o olho direito. O brasileiro acabou sendo dominado pelo alemão, porém não foi à nocaute, resultado que tem se tornado rotina para brasileiros no exterior.

As papeletas deram 117-107, 120-104 e 117-108, portanto o cinturão Inter-Continental da Associação Mundial de Boxe (AMB) fica com o anfitrião. Os jurados consideraram que Conceição usou demais de clinchs.

Tivesse uma carreira estruturada e eventos de maior porte no Brasil, Conceição poderia tentar algo pelo país e em algum tempo embates contra rivais latinos e um cinturão regional, um passado diferente do embate apresentado hoje no qual ambos foram vaiados pelo público. O ex-membro da seleção brasileira já teve carreira de vitórias nos EUA e desta vez foi conduzido para solo alemão pelo agente Mauro Katzenelson.


2012-11-03 Dustin Dirks vs Cleiton Conceicao por sweetboxing5

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cleiton Conceição fala sobre sua disputa de cinturão na Alemanha

Cleiton Conceição / (foto: arquivo pessoal)

Ex-membro da seleção nacional de boxe amador e com passagens de resultados positivos no boxe internacional Cleiton Conceição esteve inativo entre 2008 e 2011 e vem buscando alcançar o sucesso no boxe profissional. Sua próxima batalha será dia 3 de novembro na Alemanha diante do local Dustin Dirks pelo cinturão Intercontinental da Associação Mundial de Boxe (AMB) dos meio-pesados (79,4 kg).

Conceição (18-4-2, 14 KO's) já esteve no ringue com nomes como Lino Barros e de 11 batalhas no exterior venceu seis, perdeu três e empatou duas. A luta contra Dirks é sua maior chance e ele fala sobre ela e seus preparativos para o Córner do Leão.

Como está sua preparação para a luta?

Bem graças a Deus, estou treinando muito bem e aproveito a oportunidade para agradecer a minha esposa Karina por sua paciência, dedicação, companheirismo e aos meus companheiros de treino, Hamilton Ventura "Geladeira", Hilton Santos, Anderson Clayton "Pantera", Luiz Conceição, meu irmão, e meu mestre Sr. Antonio Topal que vem dedicando uma boa parte de seu tempo aos meus treinamentos e com isso venho percebendo uma grande evolução em meu boxe.

O que sabe de Dirks?

Sei que é um pegador invicto, e que já está na hora de perder sua primeira luta.

O fato dele lutar em casa influencia no andamento do combate?

Todos sabem que não é tarefa fácil arrancar uma vitoria fora de casa, mas já estou acostumado a isso afinal lutei muitas vezes fora de casa e mesmo assim consegui muitas vitorias, além disso penso que o publico é dele e a obrigação de espetáculo é dele e sendo assim estou leve para fazer a minha luta.

Acredita que esta é sua grande chance no boxe profissional?

Essa é a chance que tenho no momento e estou determinado a aproveita-la.

Boxeadores brasileiros têm vencido poucas lutas no exterior. Ao que se deve este quadro? Ele o desmotiva ou te anima de alguma forma?

Lutar no exterior e na condição de adversário do promovido pelos organizadores é o mesmo que entrar num terreno minado, então sabemos que não é fácil.

Mauro Katzenelson não tem obtido resultados positivos nas suas últimas empreitadas no boxe internacional, mas o sobrenome ainda abre portas. Como é trabalhar com ele?

Mauro Katzenelson é "casamenteiro", os promotores pedem um adversário para um determinado lutador e ele arruma o lutador com as características pedidas que aceite o valor oferecido.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Um mês sem Abraham Katzenelson, lenda do boxe brasileiro

Abraham Katzenelson / (foto: Felipe Denuzzo)

Dia 14 de setembro o empresário Abraham Katzenelson faleceu aos 95 anos de pneumonia na capital de São Paulo. O homem de negócios guiou Éder Jofre ao seu primeiro cinturão mundial, o dos galos em 1960, que também foi a primeira conquista desta escala de um brasileiro.

O lituano viveu na Argentina até 1952 quando veio para o Brasil. Nos últimos anos mantinha uma academia improvisada em uma "edícula  de seis mestro quadrados nos fundos de uma clínica em que são feitos exames médicos para se tirar carteira de motorista no bairro de Santa Cecília", conforme publicou o jornalista Eduardo Ohata da Folha de S. Paulo sobre o ancião manager.

No perfil "De terno, gravata e bengala, ex-manager busca novo Eder Jofre em São Paulo", Ohata contou em 2009 a história do senhor e da casa em que trabalhava a nobre arte. O imóvel ainda é mantido por seu filho Mauro Katzenelson que também atua como manager.

A casa já serviu de alojamento para os ex-desafiantes à cinturões mundiais Peter Venâncio e Giovanni Andrade, nos anos 1970 foi a firma de boxe Bel-Box, que tinha como um de seus sócios Abraham Katzenelson, também já foi pizzaria com decoração temática de pugilismo.

"Ele foi o maior promotor de boxe que o Brasil já teve. Colocou em 1961 15 mil pagantes no ginásio do Ibirapuera batendo o recorde de bilheteria dos esportes em São Paulo que só foi superado dois anos depois num jogo Corinthians x Palmeiras", conta Sidnei Dal Rovere que disputou o cinturão mundial dos super-penas por meio dos contatos do empresário.

Além de Jofre, Dal Rovere, Venâncio e Andrade outros lutadores brasileiros foram guiados por ele e até disputaram cinturões como José de Paula, Raimundo de Jesus e José Severino. Também trabalhou com ele o argentino Juan Diaz e o último boxeador em suas mãos foi o cearense Joaquim Carneiro.

Joaquim Carneiro (fundo) e Abraham Katzenelson (frente) / (foto: Leonardo Wen)