Entrevista de Oscar de La Hoya para Univision / (Fonte: Univision)
Nos últimos dias o
ídolo e lendário ex-boxeador americano Oscar de La Hoya assumiu
para a imprensa sua dependência de álcool e cocaína e também
afirmou ser realmente ele vestido em trajes de mulher ao lado de uma
stripper.
O que aconteceu com o
“Golden Boy” é mais digno de compreensão do que chacota. Órgãos
de jornalismo que publicam estas fotos visam apenas a audiência,
pois as imagens em si são incomodas.
Nos fóruns de
comentários, inclusive destes sites, é possível ver ataques
homofóbicos. A homofobia não atinge apenas aqueles de declarada
posição homossexual, mas também é usada para denegrir
heterossexuais.
Ao meu ver, o que
ocorreu no quarto corresponde apenas ao senhor De La Hoya, se ele
expôs tal situação é mais prudente manifestar sentimentos
positivos do que chacotas e preconceitos. Se não tiver nada de
produtivo para dizer peço que mantenha o silêncio. A ofensa não
denigre apenas o alvo, mas também quem a profere.
A exibição excessiva
de De La Hoya em certas condições nada mais é do que um fenômeno
chamado Espiral do Silêncio nos estudos de Ciência da
Comunicação no qual um assunto é deixado de lado ou tratado
excessivamente para tirar a atenção de temas mais pertinentes que
aflingem a sociedade.
O filósofo brasileiro Dimas Künsch tem a teoria da Compreensão na qual sugere que as narrativas devam evitar maniqueísmo separando o mundo entre "bem" e "mal" num dualismo poder, e buscar compreender no sentido de abraçar os personagens da narrativa e mostrar seus diversos lados e não apenas um ou dois. No momento De La Hoya precisa mais de compreensão do que pedras.