Adailton (centro) e seus alunos / (Foto: Arquivo Pessoal)
Quando um ciclo se encerra outro se inicia, isto é muito visto na vida dos atletas. O ex-jogador de futebol Paulo Roberto Falcão costuma dizer que "o jogador de futebol morre duas vezes", a primeira é a aposentadoria e a outra a morte de fato. Com o boxeador não é muito diferente.
Ano passado Adailton "Precipício" de Jesus teve sua "primeira morte" ao ser vencido por Humberto Soto, era seu último voo e uma oportunidade que o mesmo sabia que o colocaria mais uma vez nos grandes palcos.
Agora, o cangaceiro dos ringues brasileiros, que com sua peixeira não ficava escolhendo adversários, ressurge como técnico. Passa seus conhecimentos não só das atividades nos ringues, mas também dos bastidores sendo que combateu no México, Panamá, Argentina e EUA.
Ainda está um pouco amargo, revoltado com algumas coisas que vê, mas busca se acalmar. A nova função lhe pede paciência e Adailton nisto rompe com o estereótipo do baiano. Quando perguntado sobre os alunos descreve cada um deles, fala com o olhar brilhoso de um pai quando lembra do filho. Adailton pode não ter alcançado o sucesso que sonhava, mas tem a chance de formar bons pugilistas e grandes seres humanos.