Felipe Cambeiro / (Foto: Arquivo Kaled Curi / Sidnei Dal Rovere)
Foram três quedas, o público no Auditório da extinta TV Rio, no Rio de Janeiro, é possível dizer que muitos dos ali presentes e nem alguns espectadores não imaginavam o que significava aquela vitória por pontos do espanhol naturalizado brasileiro sobre o argentino Carlos Monzon que fora dominado tão intensamente como nunca havia sido ou fora depois.
Monzon tivera mais duas derrotas em sua jornada, uma antes e outra depois daquela de 28 de junho de 1964, porém foi a força dominante de sua divisão, a dos médios, e é considerado por críticos um dos maiores nomes de todos os tempos. O "Escopeta" deixou uma trilha de nocautes pelos ringues que passou e cenas plásticas.
Quando bateu o argentino, Cambeiro já estava há sete temporadas nos ringues profissionais e trinta e oito vitórias, nove derrotas e quatro empates. O reencontro ocorreu em 1965, e Monzon devolveu-lhe o revés para então partir à conquista do título mundial.
Pode ser dito que o hispano-brasileiro ajudou a moldar o histórico campeão que se tornou Monzon ao superá-lo de forma tão impactante e ao mesmo tempo com isso gravou seu nome, Felipe Cambeiro, na história do esporte latino.
Colaborou: Sidnei Dal Rovere