Casca / (Foto: Ismael Benvenuto)
Claudinei "Casca" Lacerda, 32, é um dos poucos representantes do boxe de Santa Catarina com destaque no profissionalismo. Em abril enfrentou o mexicano Humberto "Zorrita" Soto, perdeu por pontos, mas mostrou trabalho na terra do mexicano.
Nas últimas temporadas tem treinado com a equipe de Santana do Parnaíba, na qual convive com o amigo Patrick Teixeira. Em entrevista lembra do embate com Soto, a luta que o irlandês Andy Murray o superou nos pontos e o caso de agressão ao prefeito de Balneário Gaivota (SC) José Alberto Bonamigo.
Fale um pouco de seu início no boxe:
O início foi em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Quando vi o boxe onde fui treinar me apaixonei.
Qual a situação do boxe em Santa Catarina?
O boxe catarinense tá indo bem, nosso presidente da Fecaboxe (Federação Catarinense de Boxe), o "Barão", tá fazendo um grande trabalho. Tem o canhoto e eu representando o Estado, nossas escolas estão em Sombrio e Araranguá, tem as academias Casca Boxe em Sombrio e em Araranguá a Companhia do Exercício de Ricardo Bert que ainda mantém um projeto social.
Em 2010, você foi acusado de agredir com um cruzado de esquerda o prefeito de Sombrio José Alberto Bonamigo. Qual sua versão dos fatos?
Contra o prefeito foi uma defesa, ele me agrediu antes. Lembrando que o prefeito já agrediu pessoas em sua cidade. Hoje está tudo resolvido.
Também no mesmo ano você havia se sagrado campeão latino interino pela Organização Mundial de Boxe (OMB). O cinturão lhe abriu portas e/ou trouxe patrocínio?
O latino foi uma grande conquista, mas hoje no boxe há pouco apóio, mas vou lutar outra vez.
Como foi lutar com Andy Murray?
Contra Muarray tive pouco tempo de treino, lutaria outra vez com ele, é também um grande lutador.
Contra Humberto Soto meses atrás, mesmo sendo superado você desenvolveu um trabalho e superou as expectativas. Como é subir no ringue com ele?
Lutar diante de Soto foi maravilhoso, ele é um grande lutador e me abriu portas.
Você tem treinado sparring com Patrick Teixeira. O que pode falar de seu conterrâneo?
Patrick é como um filho, pois mora comigo. Tive o orgulho de levar ele ao boxe. Garoto humilde que fala pouco, mas diz muito com os punhos.
Como avalia o trabalho do seu empresário Fernando Meis e do match-maker Patrick "Xuxinha" Nascimento?
Adoro o trabalho dos dois, o Fernando me ajuda muito. Boxe é minha vida, e em breve lutarei outra vez. Há muitos rumores, mas não carrego mágoas comigo, apenas muita fé e que Deus guie todos nós.