O Vencedor / (Foto: Pôster)
Para o sociólogo francês que morou e lecionou no Brasil, Edgar Morín, as relações humanas são complexas e quando analisadas pelo viés do dualismo são empobrecidas. O filme O Vencedor (2010) que chega hoje aos cinemas brasileiros é mais sobre dramas familiares do que os feitos no ringue do pugilista peso leve Micky Ward.
O americano Ward, interpretado por Mark Wahlberg (Boggie Nights), esteve com o canadense Arturo Gatti numa série de “melhor de três” que é considerada uma das melhores trilogias do boxe na qual venceu o 1° combate, mas perdeu os seguintes. O filme não trata desse período em sua carreira, mas como um lutador supera o status de escada para ter algum respeito ao mesmo tempo que lida com uma família conturbada.
O irmão mais velho Dicky Eklund na atuação de Christian Bale (Batman – O Cavaleiro das Trevas), treina Micky, e é visto como herói local por ter derrubado o lendário Sugar Ray Leonard, em uma luta controversa, mas na fase que a história desenvolve é um dependente químico de aparência frágil, mas que Alice (Melissa Leo), mãe e empresária de ambos, paparica e não vê defeitos.
Outra personagem é a garçonete Charlene (Amy Adams), ex-atleta que não se conforma com a forma que a família trata Micky, portanto, é odiada pela sogra e outras mulheres do clã. Como pugilista Ward não conquistou o ouro das 4 grandes entidades no panorama mundial, mas seu filme tem indicação a sete prêmios do Oscar 2011.