segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Rosilete defende título em sua cidade

Rosilete / (Foto: Franklin de Freitas)


A paranaense Rosilete dos Santos, 35, campeã mundial peso galo (53,5 kg) da World Boxing Commision – agremiação de 2° escalão, mas de projeção para atletas –, defenderá seu título dia 19 de março em São José dos Pinhais no Paraná a data marca o aniversário da cidade. A adversária Alicia Susana Alegre, 38, vem do Uruguai.

Ambas lutaram em 2010, com Rosilete levando por decisão dividida no mesmo palco do próximo embate, e o resultado deixou a porta aberta para uma revanche. Hoje a ex-boia fria paranaense ocupa o 4° lugar no ranking do Conselho Mundial de Boxe e o 7° na Associação Mundial de Boxe.

Susana Alegre já enfrentou brasileiras tendo superado Adriana Zanella de Santa Catarina, porém perdeu por nocaute técnico para a paranaense Michelle Larissa Bonassoli.

Rosilete (22-5-0, 13 KO's) entra como favorita no embate e acaba arriscando mais do que Alegre (7-4-0, 7 KO's) ao passo que almeja uma oportunidade com a mexicana Ana Maria Torres, campeã pelo Conselho Mundial de Boxe dos penas.

Confira abaixo uma entrevista enviada pela assessoria de imprensa

Rosilete, qual seu pensamento em relação à luta?

Estou focada em minha adversária. Minha contagem é regressiva. Estou realizando treinos bastante intensos e evoluindo a cada dia, esperando o momento de subir ao ringue. Eu já conheço a Alicia. Já lutei com ela, mas é bom dizer que a Rosilete estará diferente para esse embate.

O que mudou desde o último encontro entre vocês duas?

Minha técnica de luta melhora a cada dia e a cada nova luta. O último encontro com Alicia foi em março de 2010 e, desde então, muita coisa aconteceu. Para a luta do dia 19, tenho algumas surpresas. Eu treino de cinco a seis horas por dia e isso conta muito. Não tanto pelo tempo, mas pela concentração nos treinos. Podem apostar que eu não perco o foco nos treinos nem por um minuto.

Será uma boa luta?

Tenho certeza que sim. Minha adversária é difícil de ser nocauteada. Será uma luta bem estudada por nós duas, mas eu farei de tudo para derrubá-la. Não será fácil, mas, se acontecer, ficarei muito satisfeita.

São José dos Pinhais tem um carinho enorme por você e pelo Macaris. Não é a primeira vez que vocês dois levam uma luta para a cidade. Você espera um bom púbico?

Primeiro eu quero dizer que quem tem carinho por São José dos Pinhais sou eu e o Macaris. Minha vida e a dele é o boxe, seja em competição ou na administração de nossa academia, e sem o apoio da Prefeitura de São José as dificuldades seriam muito maiores do que já são. No meu caso, eu ainda estou em atividade como atleta profissional e isso tem custo. Para me manter na carreira tenho que seguir vencendo e sem apoio não haveria condições. Fico feliz pela cidade de São José dos Pinhais ter nos adotado. Nas lutas, o público que vejo são famílias inteiras. Isso é maravilhoso, pois é sinal de que o boxe é aceito como esporte. Se a modalidade tivesse mais apoio, tenho certeza de que surgiriam sempre novos talentos.

Você tem receio de perder o cinturão?

Não. Farei de tudo para continuar campeã da Comissão Mundial de Boxe. Muito se fala por aí que meu título não pertence a Associação Mundial de Boxe nem ao Conselho Mundial de Boxe e por isso não vale tanto. As pessoas esquecem que sou a única mulher ranqueada nas três nomenclaturas. Sou a 4ª colocada no ranking do Conselho e a 7ª da Associação.

Há alguma rivalidade entre você e a Alicia? O clima é de revanche, já que você venceu a última luta de maneira apertada?

De minha parte o clima não é de revanche. Eu encaro o boxe com muito profissionalismo. Fora do ringue eu sou uma pessoa sorridente. Na hora da luta, aí sim, vou até o fim para tentar vencer.

Você tem planos para as próximas Olimpíadas?

Eu e o Macaris temos projetos para desenvolver em 2011, pensando nas Olimpíadas. Ainda é cedo para falar, mas posso dizer um evento tão importante para o boxe não vai passar em branco para nós. O boxe é um esporte olímpico e as Olimpíadas significam muito.