sexta-feira, 20 de julho de 2012

Entrevista com Robson Conceição

Robson Conceição (esq.) em Porto Rico 2012 Cheo Aponte / (foto: Cbboxe)


Robson Conceição já está em Sheffield no Centro de Treinamento ocupado para seleção brasileira se preparando para representar o país no boxe dentro dos Jogos Olímpicos de Londres que começam no dia 24.

O peso pena (60 kg) baiano presente na esquadra desde 2008 participou dos Jogos de Pequim na China em seu ano de entrada no time e se prepara para sua segunda atuação nas Olimpíadas. Em entrevista ao Córner do Leão fala do seu início na nobre arte, da esposa Erica Matos que também competirá pelo esporte de luvas em Londres e de suas expectativas.

Fale de seu início no boxe?

O boxe veio para mim de uma forma meio que diferente e comecei a prática-lo no fundo de quintal com um amigo que treinava em uma academia e quando chegava em casa passava o que aprendeu para mim porque eu não tinha condições de pagar as aulas e também queria treinar, eu só brigava na rua, era muito "brigão". Foi quando apareceu um projeto em meu bairro e jovens de 13 à 16 anos não pagavam, eu tinha 13 anos e pedi para minha avó me matricular, assim tudo começou. A minha mentalidade passou por mudanças e logo em seguida apareceu Popó (Acelino Freitas) campeão mundial, então aí decidi de uma vez ser atleta.

Como é sua relação com o técnico Luiz Dórea? Ele ainda é presente nos seus treinamentos?

Luiz Dórea... Não tenho nem palavras para descrever minha relação com ele, é uma das melhores possivéis. É como um pai para mim sempre que preciso dele está presente em tudo que for possivel e sempre que tenho uma oportunidade de ir a Bahia treino com ele.

Semanas atrás uma matéria do jornal Correio revelou que os lutadores baianos estavam insatisfeitos com a presidência da CBBoxe. O que pode falar do caso?

Realmente não estamos nada sartisfeito com isso. No momento só posso falar isso.

Após a chegada do patrocínio da Petrobrás as coisas melhoraram?

Rapaz, a Petrobrás hoje é tudo para mim, caiu do céu esse patrocínio. Nossas condiçoes hoje são outras, temos quase tudo que merecemos como médico, fisioterapeuta, nutricionista... Acho que se não existisse esse patrocínio nem integrado a seleção eu estaria mas hoje.

Quem são os melhores nomes da sua categoria em Londres?

Cuba e Ucrânia estão entre os melhores.

Qual é a sensação de ir para Londres com sua esposa Erika Matos também competindo pelo boxe?

É uma forma de apóio a mais, né? Pois já estamos longe de nossa família e nisso temos um ao outro para tentar suprir um pouco essa saudade e nos ajudarmos.