Muhammad Ali (esq.) e Bill Clinton (dir.) / (Foto: Ag. Internacionais)
"Ele fez milhões acreditarem. Ele é único", declarou Clinton à BBC. Clinton lembra de suas palavras fora do ringue e a recusa a entrar na guerra do Vietnã, porém vê como legado o modo como reconduziu o boxe ao palco principal nos anos 1960.
"As pessoas deixaram o boxe de lado. Era um negócio grande na América nos anos 1940 e 1950 e então deixaram de lado", afirmou Clintou ao comentarista esportivo da BBC Mike Costello.
"Então surge Muhammad Ali, antes Cassius Clay, parecendo um bailarino no ringue, lembrando o povo que isto é um esporte. Ele o fez ser excitante e significativo mais uma vez. Ele entretinha quando jovem sempre falando, mas era parte do seu show. O fez parte teatro, parte dança e poder", lembra Clinton.
Muhammad Ali arriscou sua carreira, e reputação, ao se recusar a combater na Guerra do Vietnã pelo exército americano e foi preso por isso. Os responsáveis pelo boxe lhe tiraram o cinturão mundial lhe tirando o que seria o primor de sua carreira.
"Poderia tê-lo destruído, mas não, porque as pessoas perceberam que ele estava agindo corretamente e pronto à pagar o preço de suas convicções. No geral ganhou mais admirados do que detratores", relatou Clinton.
O sucesso de Ali ajudou a quebrar barreiras raciais nos segregacionistas E.U.A e criar vias que levaram à eleição de Barack Obama em 2008 segundo Clinton. "Todos aqueles na luta pelos Direitos Civis durante aqueles anos e todo afro-americano que fez tudo para destruir antigos estereótipos ajudaram", disse Clinton.
"Não há nada inferior em Ali, ele é superior em mérito sem restrições para sua raça quando envolve algo que ama. Tudo isso teve uma importância. Sociedades mudam vagarosamente, como icebergs se movimentando no oceano. Às vezes grandes eventos simbólicos afetam mudanças de consciência num país todo. Ali reflete muito disto".
Fonte: BBC.uk