sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tributo ao Milton Rosa:

Por Sidnei Dal Rovere,

O "Sugar" brasileiro, assim era conhecido quando lutava nos anos 50, sua habilidade técnica em cima dos ringues lembrava o "Sugar" Ray Robinson, boxeador americano que também lutava nesta época e é considerado o melhor boxeador de todos os tempos.


Milton Rosa começou a treinar boxe como peso pesado na academia Guarani com o técnico Benjamim Ruta. Dois meses depois estava no peso meio-pesado.


Em 1955 integrava a equipe brasileira de boxe e foi aos Jogos Pan-americanos do México, conquistando a medalha de bronze como peso médio.


No mesmo ano estreou como profissional, ainda com o técnico Benjamim Ruta, depois foi treinar com o boliviano Walter Návia Quiroga.

Estreou no profissional contra Maurício Kratka, depois o português Antonio Mattos, Fernando Valverde (o canhoto Bate-Estaca), o argentino Varella, o italiano Sixto Tisseli, Emilio Jackson, Oscar Monte, J. Romani e em sua última luta em 1956, venceu Nelson de Andrade peso médio extremamente técnico que treinava no Santa Marina com o técnico José Gaspar (conhecido como Paraná).


O invicto Milton Rosa começou o ano de 1957 derrotando J. Rondo por KO no 6º round, depois R. Leal por KO no 8º, Dante Nolasco por abandono no 10º, o temível Paulo Sacomã por KOT no 10º, lutou novamente com Nelson de Andrade e venceu por KO no 6º, voltou a lutar com Paulo Sacomã e desta vez venceu por pontos, também venceu os argentinos S. Caprani e B. Romero.


Em 1º de agosto de 1958 o ginásio do Ibirapuera ficou lotado para assistir dois ídolos do boxe brasileiro, Milton Rosa numa carreira ascendente contra o experiente Paulo de Jesus.


O árbitro do combate foi o Américo Curi, um dos juízes foi Newton Campos que até o final do 8º round dava uma pequena vantagem nos pontos para Milton Rosa; no 9º round depois de receber um bom golpe de Milton Rosa, Paulo de Jesus recua até as cordas e com um contragolpe muito forte acerta Milton Rosa.


Milton Rosa foi atendido no hospital Beneficência Portuguesa pelo médico Mário Augusto Isaías, a carreira do boxeador Milton Rosa foi encerrada, ele ficou em recuperação no quarto 311, e os cuidados da enfermeira Dejanira foram muito bons, Milton Rosa não lutou mais boxe, mas viveu um grande amor com Dejanira, casou-se com ela, tiveram cinco filhos e nove netos.


Nesta segunda-feira, 16/01/12 Milton Rosa deixou seu grande amor Dejanira, filhos, netos e uma legião de fãs, como o "Galo de Ouro" Éder Jofre e todos que assistiram as suas exibições nos ringues... descanse em paz campeão Milton Rosa.

Culto em memória de Milton Rosa


Clube Atletico Ypiranga - Rua do Manifesto, nº 475, São Paulo, SP 23/01/2012 ás 19:30hs