Milton Rosa (esq.) e Adriano Carollo (dir.) / (Foto: CBBoxe)
Milton Rosa foi da fase de ouro do boxe nacional
Faleceu há dois dias o ex-pugilista e despachante mais antigo do Estado de São Paulo, Sr. Milton Rosa aos 78 anos vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), mais conhecido como derrame.
Rosa deixou no boxe um cartel de 22 vitórias, 11 nocautes e apenas uma derrota numa das lutas mais intensas e dramáticas do cenário nacional que mobilizou o país todo contra Paulo de Jesus.
No dia 1º de agosto de 1958, o então invicto Milton Rosa enfrentava Paulo de Jesus que vinha com 30 vitórias, 18 nocautes, duas derrotas e um empate. Estavam entre as principais estrelas do panorama brasileiro numa época que o boxe atraia multidões.
"Milton Rosa foi sem dúvida um virtuose, um duplo fenômeno em nosso pugilismo e talvez, no que diz respeito ao peso, um caso inédito em todo mundo", assim é definido o boxeador pelo Papa do jornalismo de boxe no Brasil, Henrique Matteucci no livro Luzes no Ringue (1988).
O desfecho do combate foi trágico e Rosa foi hospitalizado. Mas nem tudo foi prejuízo, uma enfermeira se apaixonou pelo gladiador mesmo ele estando desacordado, em coma. Cuidou dele com todo carinho. O nome de seu anjo é Dejanira e esteve com ele até seus últimos dias. Uma história de amor que ganhou as páginas dos principais veículos de comunicação do país.
Após sair do hospital deixou o boxe e se tornou despachante dono da Agência Milton Rosa vivia confortavelmente em São Paulo, soube trabalhar com suas economias diferente de seus colegas de luva. Levou uma vida feliz.
Terça-feira dia 24 de janeiro será realizada uma homenagem ao Sr. Milton Rosa pela Federação Paulista de Boxe (FPB).