Alesia Graf / (foto: DPA)
Graf (25-3-0, 10 KO's) teve elogiada passagem pelo amadorismo e entre 2008 à 2009 foi campeã supermosca da WIBF (Federação Internacional de Boxe Feminino) tendo superado numa defesa a brasileira Rosilete dos Santos. Em entrevista ao Córner do Leão, "A Tigresa" fala de sua vivência na modalidade e planos futuros.
Quando chegou à Alemanha seus planos eram estudar, mas acabou entrando para o boxe. Você ainda pretende ingressar na sala de aula do Ensino Superior no futuro?
Não quero voltar a estudar, meu foco é na minha companhia de promoção de eventos que fundei em 2011 na Austrália.
Você vem da Bielo-Rússia. Quais são as condições do boxe feminino lá hoje em dia? Você mantém contato com os lutadores locais?
Na Bielo-Rússia não há pugilismo feminino, apenas na Rússia. O boxe feminino não é tão famoso quanto o masculino ou o hockey. Porém espero que após os Jogos Olímpicos deste ano o boxe feminino cresça mais.
Em 2008, você conquistou a cinta supermosca WIBF ao superar Hagar Finer. O que pode dizer deste embate e o que ele significa para você?
Foi uma luta dura e sou orgulhosa por ter saído vitoriosa. Eu mostrei às pessoas que com técnica é possível superar um rival forte como Hagar Finer. O título foi muito importante para mim por conta de todo trabalho duro que fiz por um ano. Este cinturão é tudo! É como uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
Alicia Ashley, Ana Maria Torres e Susie Ramadan são as três únicas que conseguiram superá-la na pontuação - Graf nunca foi à nocaute - . Como estas derrotas afetaram sua vida e carreira?
Isto é passado. Perdi, mas agora foco no meu futuro. Parabéns à elas. São boas lutadoras e sei que preciso aprender mais, pois surgirão novas pugilistas e elas são muito fortes. Mas sou positivista e foco no futuro.
Contra qual das três mencionadas na pergunta anterior você gostaria de ter uma revanche?
Eu gostaria de ter uma revanche com todas porque sei onde errei e porque perdi os combates. E se eu fosse lutar novamente treinaria mais e corrigiria as falhas.
Na sua batalha com Rosilete dos Santos em 2008 você a venceu por nocaute técnico no 5º assalto. Hoje ela é campeã supermosca da WIBA (Associação Mundial de Boxe Feminino). Já cogitou enfrentá-la novamente?
Nunca pensei nela por já tê-la vencido, mas se ela quiser um novo encontro podemos fazê-lo. A parabenizo pelo cinturão da WIBA.
No último ano você migrou da Alemanha para o estado de Nova Gales do Sul na Austrália. O que a motivou a fazer esta mudança?
Estou em uma nova busca pessoal e quero ser um modelo para o boxe feminino na Austrália. A vida me trouxe mais duas disputas mundiais e também um sócio nos negócios com o qual fundei minha companhia e penso que fiz um bom trabalho. As pessoas me adoram na Austrália.
Você ainda lutará na Alemanha ou todas suas futuras lutas serão na Austrália como as duas últimas?
O próximo combate será em Stuttgart na Alemanha, cidade na qual vivi. Futuramente estou disponível para lutar por todo mundo, especialmente na Alemanha e Austrália. São meus países favorito e me sinto bem neles.
Alesia Graf / (foto: Bild)