No 1º round, Murata mostrou melhor jogo defensivo, porém o estilo de Esquiva é mais vistoso e assim como seu pai Touro Moreno e o irmão Yamaguchi, medalha de bronze nesta edição dos Jogos pelos meio-pesados (81 kg), buscou o embate aliado com seu boxe fluído.
A guarda do asiático não foi tão fechada no 2º giro e Murata sangrou pela boca dada a intensidade dos golpes de Esquiva que além de mais contundente manteve seu jeito plástico de combater. As papeletas apontaram 5 a 4 para o capixaba.
O "excesso" de clinches visto pelo árbitro foi dado no terceiro round, Murata também agarrou. Não fosse pela penalização que deu dois pontos ao japonês, Esquiva seria medalha de ouro, já que de fato pontuou mais. O assalto terminou em empate de 5 a 5.
Em entrevista a jornalista Ana Hissa da SporTV, Esquiva considerou que a punição não foi justa e que o rival por ter sido vice campeão no mundial de 2011 foi favorecido, o japonês o eliminou na mesma competição. Esquiva lutou com o coração, e sua medalha de prata ilumina uma nova fase para o boxe nacional. Ryōta Murata foi vaiado pelo público do Complexo Excel.
A medalha prateada de Esquiva e os bronzes de Adriana Araújo e Yamaguchi coroam o fim do jejum de 44 anos que durava desde a primeira medalha olímpica, o bronze do peso mosca Servílio de Oliveira nos Jogos do México em 1968.