terça-feira, 4 de março de 2008

Casa dos lutadores


A necessidade de uma associação pelo bem estar do lutador

Gerry Cooney, desafiante ao cinturão de Larry Holmes que junto com ele protagonizou uma das lutas históricas do boxe criou a F.I.S.T, Fighter’s Initiative for Support and Training (Iniciativa dos lutadores para assistência e treino, em tradução livre) visando o bem-estar dos atletas após pendurarem as luvas. Idéia semelhante poderia ser implantada novamente no Brasil.

De acordo com o livro O Box ao Alcance de Todos escrito por Waldemar Zumbano em 1951 a entidade União Pugilistica do Brasil congregava técnicos, boxeadores e simpatizantes da nobre arte para promover apóio ao atleta. A União citada pelo tio de Éder Jofre foi uma pioneira em caráter mundial.

Desde que o boxe profissional se estabeleceu no país e também com o crescimento do vale-tudo são conhecidos muitos casos de lutadores que são explorados durante a carreira e acabam na pobreza após ela, enquanto promotores de eventos, empresários e outros profissionais ligados seguem com suas vidas.

É cabível ressaltar que uma agremiação de lutadores poderia ver melhor seus interesses e não deixá-los apenas na mão de terceiros, mesmo que esses digam “olha já fui lutador, sei como é”, pois exatamente no passado este indivíduo subiu num ringue, porém hoje seus interesses são outros, claro não é racional generalizar ainda existem bons empresários, técnicos e promotores.

A associação poderia auxiliar em casos como o de Valdemir Pereira, o Sertão que de campeão mundial passou a zelador de ginásio, também vale lembrar de Pedro Galasso que quase morreu no esquecimento lutando contra o mal de Alzheimer mesmo sendo primeiro campeão internacional de boxe produzido no Brasil.

Se os artistas possuem um abrigo para os aposentados não ficarem na miséria, por quê os lutadores não podem ter o mesmo? Todos os grupos profissionais possuem sindicatos, falta o dos lutadores.

Foto: Pedro Galasso / Antonio Cottet – Gazeta Press