sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Luto


Peço desculpas por não ter postado ontem, mas infelizmente perdi um amigo de maneira vil que só a violência urbana consegue tirar.

Sorria sempre Alê.

Texto do site Folha.com

28/02/2008 - 03h43
Funcionário da TV Cultura morre durante assalto em SP
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RACHEL AÑÓN
da Agência Folha

O editor de imagens Alexandre Martins, 26, funcionário da TV Cultura, foi morto em uma tentativa de assalto por volta das 21h de ontem (27) ao lado da emissora, no bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo.

A polícia informou que Martins foi abordado por três homens armados ao pegar seu carro --um Volkswagen Fox cinza-- estacionado na rua Carlos Spera, após sair do trabalho.

Ele foi obrigado pelos ladrões a entrar no carro e, ao ver um carro da Polícia Militar que passava pela rua, gritou pedindo ajuda. Os criminosos reagiram, atirando no peito da vítima.

Houve perseguição, mas apenas um suspeito --de 17 anos-- foi preso com um revólver 38. O veículo foi abandonado e outros dois homens estão foragidos.

Socorrido no Hospital Sorocabana, Martins não resistiu aos ferimentos e morreu.

Há seis anos na TV Cultura, Martins estava como editor de imagens do programa 'Pé na Rua'.

O caso foi registrado no 7º DP (Lapa).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Entrevista com Eduardo Pamplona



Pamplona é um dos principais lutadores de vale-tudo na América Latina e nessa entrevista revelou como anda sua recuperação de uma lesão no joelho que o afastou do Fury, a relação com Ryan Gracie, a estréia de seu irmão no esporte e sua nova academia.

Como você sofreu a lesão no joelho que o impediu de seguir no GP do Fury?

Bom era uma lesão antiga que vinha me atrapalhando fazia algum tempo, mas me machuquei durante um treino já bem próximo da luta, por isso tive que ficar fora.

Como está a recuperação?

Já estou totalmente recuperado.

Após uma lesão muitos atletas têm seu lado psicológico abalado. Esse problema afetou você dessa maneira?

Não, estou ótimo.

No seu retorno após a lesão, quem gostaria de enfrentar?

Não tenho nenhum atleta em especial.

Outro problema foi a morte de Ryan Gracie no dia 15 deste mês. Como era sua relação com ele? Já sabia de seu problema com narcóticos?

Eu tinha uma relação boa com ele, acho que ele estava passando por problemas nos últimos tempos, é isso que eu sei sobre o caso.

Após sua saída da equipe quem vem cuidando do seu jiu-jítsu?

Luciano Nucci, o Casquinha.

Após sua vitória sobre Jorge Macaco, o mesmo pediu revanche. Acredita que essa luta acontecerá?

Não sei, não me interesso por isso.

Quais são os pontos positivos e negativos dele como lutador?

Não sei, pois nós não treinamos juntos, isso é com o time dele.

Neste ano seu irmão, Rodrigo Pamplona entrou para o vale-tudo. Como é vê-lo em ação?

Porra! me surpreendeu, o ‘muleque’ é guerreiro pra caramba, tem futuro.

Fale sobre sua nova academia:

Bem legal, um espaço bom para lutas, musculação, ginástica, muito espaço para treinar, chama-se Positiva você precisa conhecer, estão todos convidados.

Por que decidiu mudar de categoria?

Novos desafios e vamos que vamos!

Foto: Eduardo Pamplona / World Fight

Pamplona x Pelé - Melhores Momentos



Edição de imagens: Leonardo "Amendoim" Monteiro"

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Otas conquista cinturão latino


Cruzador brasileiro é dono do cinturão interino da OMB

Pedro Otas (16-0-0, 15 KOs) decidiu mudar de categoria e deixou de ser um peso-pesado junto com a vontade de enfrentar George Arias pelo cinturão nacional, atualmente luta entre cruzadores e como o mesmo define “pulou” estágios ao conquistar o cinturão latino interino da OMB sem ter obtido antes um regional. O Embate se deu no Guarujá, litoral paulista contra o argentino Hector Ávila (16-8-1, 12 KOs) no dia 22.

Devido a uma lesão no polegar direito empregou jabs e diretos de esquerda e acabou confundindo o oponente com a postura canhota.

A preparação foi de apenas um mês sob a tutela do técnico Edson “Xuxa” e do Professor Sérgio Sheman químico especialista em bioquímica do exercício.

A primeira defesa será em aproximadamente seis meses e sobre planos futuros o boxeador revelou que busca “continuar vencendo até me tornar campeão mundial, depois vejo o que faço da vida”.

O atual campeão do título é Ali Ismailov (11-1-1, 8 KOs) do Azerbaijão que destronou Luciano “Todo-Duro” (53 - 10 - 0, 35 KOs) no ano passado.

Foto: Pedro Otas e Sr. Eduardo Melo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O povo baiano no ringue


Com ótimas lutas um preconceito está mudando

Há dez anos atrás era corriqueiro escutar em São Paulo alguém gritar: “Ô baiano!”, quando uma pessoa fazia um erro grosseiro, ou então “parece baiano” quando outra pessoa se vestia de maneira que fugia dos padrões de moda. Os conterrâneos de Jorge Amado sofrem de um estigma negativo que não lhes é justo.

Assim como as mãos e os pés dos escravos construíram o Brasil, as mãos e os pés dos baianos ajudaram a levantar a maior metrópole da América Latina. Essa imagem de trabalhador encontra reflexo no ringue com nomes como Minotouro, Minotauro, Waldemar Santana e Popó.

O ringue reflete aspectos psicológicos e sociais de um indivíduo e com esses guerreiros vitoriosos espero que certos preconceitos sejam quebrados. O esporte brasileiro deve muito ao baiano.

Momentos de Popó x Barrios

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Klistchko derrota Ibragimov


Em luta pela unificação dos cinturões o ucraniano vence, mas é vaiado

Com as papeletas apontando 119-110, 117-111 e 118-110 em favor de Wladimir Klistchko a vitória lhe foi dada sobre o russo Sultan Ibragimov na madrugada de domingo em Nova-York em meio a vaias, mesmo assim manteve o título da FIB e tirou do oponente o da OMB.

A superioridade do ucraniano era visível, mas optou por uma luta mais técnica aproveitando de jabs nos 5 primeiros rounds e não conseguindo derrubar o rival, as críticas vieram, pois o público percebeu a sua vantagem e esperava um nocaute.

Ibragimov mostrou uma postura passiva o que eu já esperava, pois se contra um velho Holyfield não mostrou muito serviço não seria contra o mais potente Klistchko que surpreenderia.

Agora é esperado que o vencedor vá atrás dos cinturões da AMB e CMB nas mãos de Ruslan Chagaev e Oleg Maskaev respectivamente.

Foto: Wladimir Klistchko x Sultan Ibragimov - Reuters

Melhores momentos de Klistchko - HBO

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Tyson pode virar filme


Jamie Foxx pode ser Iron Mike nos cinemas

A vida de Mike Tyson transgrediu o esporte e tornou-se alvo de tablóides e noticiários do mundo todo pelos seus nocautes e por suas polêmicas, agora o campeão mundial dos pesados pensa levá-la ao cinema. “Estou com um filme na pinta para ser produzido, provavelmente em dois anos a partir de agora. Eu e Jamie Foxx vamos trabalhar em conjunto. Ele vai fazer o meu papel no filme que conta a minha história. Já falamos sobre isso diversas vezes” afirmou o ex-boxeador.

A declaração do pupilo de Cus D’Amato foi feita em um reformatório no qual ele mostrou preocupação com os meninos do local ao afirmar que décadas atrás os crimes da juventude eram mais brandos tanto que lembrou de seu passado e sua mudança de comportamento quando seu ídolo Muhammad Ali falou com os internos onde cumpria pena. No mesmo discurso aproveitou a oportunidade para revelar que está livre das drogas.

Jamie Foxx já fez papel de córner de Muhammad Ali que foi interpretado por Will Smith em Ali de 2001. O astro possui no currículo o Oscar do filme Ray de 2004 e trabalhou em projetos mais comerciais como Miami Vice (2006) e O Reino do ano passado, além de possuir experiência em comédias onde começou sua carreira.

Tyson e a mídia

Mike Tyson sempre foi um produto mídiatico que com seu estilo Bad Boy agrada o público assim como Snoop Dogg e Diego Maradona, pois desde a década de 90 as pessoas estão cansadas dos mocinhos que nada fazem enquanto políticos roubam e a televisão mente. Após a Guerra do Vietnã os valores de heroísmo e familiares passaram a ser questionados, por isso Tyson fez mais sucesso que seu semelhante Sonny Liston fez nos anos 60. (O pugilista de Nova York tem Sonny como um de seus heróis).

Mas os veículos de comunicação adoram construir e também descontruir mitos, pois tão interessante quanto a ascensão é a queda. Após a condenação por estupro, os comunicadores aumentaram a fama de “Homem Mais Temido do Mundo”, e esse foi o início do falecimento do boxe de Tyson que teve seu momento mais amargo quando mordeu a orelha de Evander Holyfield. As drogas e as outras visitas ao cárcere são apenas os atos finais de uma vida teatral.

Um paralelo pode ser visto em Michael Jackson que também errou muito e tem suas atitudes amplificadas pelas lentes de fotógrafos e câmeras. Uma curiosidade é possuir o primeiro nome igual ao do “Homem Mais Temido do Mundo”.

Um filme sobre Tyson tem tudo para agradar e se bem conduzido e até conquistar o Oscar, o Urso de Ouro, Cannes e Sundance. O talento revelado por D’Amato, a amizade com o também popular 2 Pac, o cinturão dos pesados aos 20 anos, a prisão, a luta com Holyfield e para finalizar o vício em drogas compõem uma das mais ricas biografias de um ser humano.

Fonte: Globoesporte.com
Foto: Montagem de Jamie Foxx no corpo de Tyson / Globoesporte.com


Tyson em ação



Trailer Miami Vice

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O drama do Arlequim do Boxe


Max Baer / (Ag. Internacionais)


Apresentado no filme Luta Pela Esperança como um assassino impiedoso, Max Baer foi atormentado sua vida inteira pela morte de Frankie Campbell e levianamente acusado pela de Ernie Schaaf

Brincalhão no ringue, boa pinta, jovem, rico e amante de famosas atrizes como Mae West, Greta Garbo, Jean Harlow e Dorothy Dunbar, Max Baer tinha realizado os sonhos de muitos homens antes dos trinta anos, mas mesmo assim não conseguia dormir.

Em 25 de agosto de 1930 enfrentou em São Francisco Frankie Campbell, o qual após uma seqüência de socos faleceu no ringue, o maior preocupado com sua saúde foi o próprio adversário, Max Baer. Ambos pugilistas apenas seguiram as instruções do árbitro para “continuar lutando enquanto o oponente estivesse de pé”, “proteger-se o tempo todo” e que “faltas não intencionais não seriam reconhecidas”.

No 2º assalto, Campbell mandou o Arlequim do Boxe, um dos apelidos de Baer, para a lona e foi comemorar com seus fãs, o opositor rapidamente se levantou e pegou-o sem guarda encaixando uma potente direita na parte traseira da cabeça de Frankie devolvendo o knockdown.

Campbell voltou e venceu o 3º e 4º rounds, porém no 5º recebeu uma seqüência devastadora que apenas as cordas o mantinham de pé, e Baer seguindo as instruções da autoridade no ringue bateu completando o seu trabalho, o árbitro errou ao não interromper a luta ao perceber que o atleta perdera os sentidos, seus segundos também erraram ao não atirar a toalha.

Frankie seguiu para o hospital e Max o visitou, ao encontrar a futura viúva Ellie Campbell pediu desculpas e ela retornou: “Poderia ter sido você”. O neurologista Dr. Tilton E. Tillman diagnosticou que a causa do falecimento foram socos sucessivamente distribuídos para a mandíbula e não o do 2º round. O cérebro do pugilista estava morto, totalmente separado do crânio.

No dia seguinte o jornalista esportivo Bob Shand escreveu: “Ninguém se sente pior pela morte trágica no fim do combate do que Baer. O grande jovem está de coração partido e pronto para se aposentar”. Mesmo com a víuva e a mãe de Campbell não prestando queixa às autoridades o promotor público prestou queixas e Max recebeu uma suspensão de um ano no território da Califórnia, mal sabiam os acusadores que cairia nos vícios da bebida e tabaco além de só conseguir dormir uma hora por noite.

Max perdeu o prazer pelo boxe mesmo sendo um dos maiores nocauteadores do esporte que em decorrência dessa morte poupou muitos adversários. Um deles Ernie Schaff.

A morte de Schaaf cai sobre Baer

No primeiro encontro de Max Baer e Ernie Schaaf em 1930, o segundo saiu vitorioso, e se enfrentaram novamente dois anos após, em uma luta de início monótono a qual o árbitro comentou: “tornem-se mais aguerridos”. De acordo com os jornais da época, Baer atacou com suas fortes seqüências o que levou Ernie a ser nocauteado somente após o gongo final o salvando do resultado e dando a perda por pontos, mas ficou na lona por cinco minutos.

Após o combate Schaaf ficou como quinto do ranking e derrotou mais dois oponentes, foi considerado melhor que o italiano Primo Carnera, e consequentemente batalhou contra este rival em 10 de fevereiro de 1933. O gigante europeu dominou o combate com socos direcionados à cabeça de Eddie que foi vítima de um nocaute ao 13º assalto, o público vaiou pensando ser uma marmelada.

Alguns críticos até acreditaram nessa possibilidade, pois assim o então campeão Jack Sharkey teria em Carnera um oponente mais valioso, e o italiano já tinha algumas de suas vitórias questionadas. A morte de Schaaf três dias depois confirmou que não houve tramóia.

A autopsia revelou que o pugilista estava com meningite, uma inflamação em parte do cérebro e para agravar o quadro contraiu o vírus da gripe. Porém o escritor Grantland Rice acusou Baer de ser o responsável por ter nocauteado Schaaf cinco meses antes da luta com Carnera. Essa alegação foi reforçada no filme A Trágica Farsa (1956) com Humphrey Bogart, na qual Baer interpreta um pugilista que afirma ter matado outro e que o personagem principal, que tem semelhanças com Primo, não foi o responsável pela morte.

Cinderela Man acusa o homem errado

O filme A Luta pela Esperança (2005) com Russell Crowe mostra Max Baer como um vilão e não um homem com suas qualidades e seus defeitos, muito menos o exime de sua culpa pelo acidente com Frank Campbell, o qual acompanhou até sua morte.

A interpretação de Craig Bierko é limitada e compromete o legado do pugilista tornando-o em personagem de quadrinhos. No livro O Homem Cinderela de Jeremy Schaap (2005) Baer tem suas complexidades de sua personalidade mais exploradas. Para se fazer justiça seria honesto uma cinebiografia ou um livro relatando a ascensão e a decadência deste que é um dos mais interessantes nomes do boxe.

Fontes:
Homem-Cinderela de Jeremy Schaap
MaxBaer.org

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Menino Jean


O menino tem 5 anos e é dono de um corpo magro, mas saudável daqueles que participam de brincadeiras na rua, algo raro nessa época de Nintendos, Playstations e Msns que afastam os garotos de condomínios da malandragem do asfalto. O mesmo garoto se quiser poderá entrar em contato com essa malícia, porém para isso deve esquecer os ensinamentos do seu técnico e mentor.

O seu nome é Jean, versão francesa para João, o nome mais comum Brasil que é habitualmente da camada menos favorecida pela desigualdade social, a mesma a qual o jovem pertence. Para se livrar dessa realidade ele terá de lutar.

“Legal” é assim que ele define seus treinos com um professor que se preocupa como se fosse seu pai. No tatame se movimenta como um pequeno felino que brinca com seus irmãos para aprender a se defender.

Praticando o exercício que muitos homens consideram uma tortura ele evita ficar na mão das injustiças oferecidas pela capital paulista. O pequeno Hércules tem potencial para honrarias, pois iniciou sua preparação antes dos heróis de hoje e mesmo que não vença será um bom homem.

Sim é honesto, pois no esforço físico os homens talham a personalidade necessária para agüentar extensas horas de trabalho seja de terno e gravata ou de macacão sujo, independente do uniforme ele saberá que não recebe o que lhe é certo, mas pela palavra que aprendeu a ter com cinco anos honrará um aperto de mão.

Os adultos a sua volta esperam que o nome Jean cresça assim como seu corpo hoje magro e bronzeado e se torne em Golias ou até mesmo um Davi que derrube os gigantes europeus e americanos.

Jean, aluno de wrestling no Projeto para Crianças carentes da Fight Studio / SP

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Fidel sai do ringue


O que será do boxe dos filhos de Cuba?

Fidel Castro renunciou ontem o cargo de presidente de Cuba aos 81 anos de idade e 49 no poder. Durante o seu regime não houve democracia, mas a educação foi acessível para todos. O esporte foi bem difundido, mas a população não podia escolher a marca da pasta de dentes. Contrastes que deram ao país uma identidade que não se assemelha a nenhuma outra nação latina.

Para alguns um líder revolucionário e para outros um ditador, enfim uma figura importante que teve peso num dos esportes favoritos do homem: o boxe. Se a ilha fosse aberta será que os pugilistas teriam dominados os ringues profissionais ou seriam peões nas mãos de empresários inescrupulosos?

Será que o maior ídolo do boxe seria Teófilo Stevenson ao invés de Muhammad Ali? Será que conseguiriam converter o sucesso das medalhas de ouro em cinturões?

Raul Castro, irmão de Fidel e companheiro de luta armada na revolução junto com Che Guevara assumiu o governo e provavelmente não haverá abertura, mas mesmo com essa remota possibilidade é interessante observar o que será do boxe cubano.

Foto: Fidel Castro

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Uma questão de cor



Para Bob Arum a carreira de Pavlik demorou a crescer por ser branco

Nos E.U.A diferente do Brasil a raça pesa muito dentro de um ringue de boxe e se no passado as vítimas de preconceito eram negros e latinos, hoje são os caucasianos muitas vezes vistos como “A Grande Esperança Branca” ou até mesmo como um produto não comerciável.

Para o estadunidense o branco tem o esteriotipo de não ser um bom dançarino e bom atleta como são os negros e hispânicos, e isso retardou a carreira do jovem Kelly Pavlik que no sábado derrotou Jermain Taylor em uma revanche e mantém seu cartel invicto.

O empresário do boxeador, Bob Arum falou ao colunista da ESPN Michael Rosenthal “A tendência geral é (acreditar) que brancos não sabem lutar. É muito mais difícil para um garoto branco mostrar seu potencial, como acontece com Kelly Pavlik”.

Para eles há nos ringues um racismo invertido, vale lembrar da luta entre Larry Holmes e Gerry Cooney pelo cinturão que foi promovida por Don King que utilizou do fator racial para promovê-la e também o racismo em seu país que já é um problema grave.

Em contrapartida o vice-presidente da HBO Sports Kelly Davis rebate que Pavlik é um bom lutador, mas que para todos é difícil conseguir uma grande chance independente de cor.

A questão étnica parece ser da raiz cultural do estadunidense, como exemplos cito o combate entre Jack Johnson em James J. Jeffries em 1910 que com a vitória do primeiro terminou em diversos casos de crimes de ódio ou mesmo a biografia do cantor Michael Jackson que há 25 anos conquistou o público mundial com o álbum Thriller, mas hoje apresenta uma aparência muito distinta de sua original.

Infelizmente os esportes de combate na terra de Tio Sam em muitas vezes são promovidos como embates de raças e nações o que leva fãs a exaltações e denigre os espetáculos. Certo está Henrique Matteucci que em seu livro sobre Éder Jofre afirma que o boxe não deve se prestar a promover disputas raciais.

Foto: Pavlik x Taylor

Compacto dos melhores momentos de Kelly Pavlik

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Kimbo nocauteia Tank Abbott



Em luta de vale-tudo brigão da internet derrota veterano

No sábado dia 16, Kevin Ferguson, 34, mais conhecido como Kimbo Slice e suas lutas na internet derrotou o veterano David “Tank” Abbott de 42 anos em um encontro que colocou dois ‘brigadores’ na gaiola.

Kimbo, já foi segurança de atores pornôs e hoje é treinado pelo renomado Bas Rutten e no combate utilizou do boxe para nocautear o oponente com um potente golpe no queixo. A imagem foi de Tank estendido no chão sangrando em menos de um minuto de ação. A demonstração não foi arrojada como o boxe apresentado por Belfort ou Minotouro.

Agora cabe aos fãs e ao próprio Kimbo avaliar qual é seu valor dentro do esporte. Se ele tem possibilidades reais de enfrentar lutadores em ascensão ou em alta ou apenas veteranos os quais tiveram sua melhor época em outras décadas como foi contra campeão mundial de boxe Ray Mercer que foi proprietário da coroa em 1991.

Se seguir o segundo caminho não passará de uma atração como é James Thompson, que no futuro poderia ser seu adversário, agora creio que se ele buscar desafios mais altos poderá integrar o card dos eventos entre nomes medianos ou crescentes, mas não chegará a deter um cinturão importante.

Kimbo x Tank – Elite XC (2007)



Kimbo x Ray Mercer – Cage Fury Fighting Championships (2007)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Mais um pro-wrestler quer o vale-tudo


Bobby Lashley ex-WWE quer oportunidade no M.M.A

Por causa de seu físico e sua habilidade de campeão militar de wrestling Bobby Lashley chegou a WWE com a responsabilidade de se tornar uma espécie de substituto de Brock Lesnar, e assim como seu antecessor captou a atenção dos fãs, mas o atleta agora busca uma oportunidade no esporte que mais cresce na mídia, o vale-tudo.

Separado da organização de pro-wrestling desde janeiro, afirmou que a deixou por “forças além de seu controle”. Agora com 31 anos deverá iniciar os treinos de submission e trocação necessários para encarar os futuros desafios, sua base de quedas já é afiada.

No passado a própria WWE presidida por Vince McMahon já tinha interesse em fechar um acordo com o Pride e fazer um intercâmbio entre seus lutadores para que fizessem lutas de “freaks” contra nomes como James Thompson e Giant Silva (que já se apresentou na WWE), agora resta ao fã esperar se a incursão de Lashley será para valer ou se protagonizará embates “clássicos” contra “freaks”.

Bobby Lashley x Batista

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Entrevista Jr. Aguiar


“Escolhi o Mestre Pirojinoi, pois fiz um seminário com ele aqui no Brasil e gostei muito da técnica dele que é refinada, além dele ser uma grande estrela e uma pessoa muito simples e humilde.”

Jr. Aguiar saiu de Joinville e está na Tailândia junto com outros brasileiros para afiar seu muay thai sob a tutela do Mestre Pirojnoi. No brasil o lutador e técnico mantém uma das maiores equipes da região sul de nome homônimo.

Em entrevista o praticante da arte tailandesa fala não apenas sobre a viagem, mas também a situação do kung-fu no vale-tudo, os livros de artes marciais e o favorecimento de lutadores em eventos por parte de arbitragem e empresários.

Você é um fã de Bruce Lee. Depois dele quem você gosta de assistir em filmes de artes marciais?

Sim, sou fã de Bruce Lee, por ele ter sido um grande ator e um grande lutador e além dele gosto de ver o Jack Chan e o Tony Jaa porque eles nos divertem sem usar dublês o que os torna interessantes como entretenimento.

Bruce Lee também escreveu o livro Tão do Jet Kune Do. O que você acha deste livro?

Acho ótimo e recomendo para todo estudioso de artes marciais e professores por que nele há aspectos de treino muito modernos para época e também muito sobre filosofia aplicáveis a qualquer estilo de luta.

A produção de livros de artes marciais brasileiros lhe agrada? O que pode ser melhorado?

Mais ou menos, pois a maioria das editoras quer ganhar dinheiro e se aproveitam do desconhecimento dos leigos, mas estou percebendo um a melhora embora que pouca, pois o público vai ficando mais informado, portanto ficando mais exigente e os obriga a escrever
melhorar

No passado você treinou Kung-Fu. Essa arte o ajuda no muay thai?

Sim, porque o método de treino no meu estilo de kung fu era de contato, então só foi adaptar mais joelhadas e cotoveladas.

Em alguns meios ela é vista com certo deboche, não chega a ser levada a sério pelos resultados fracos de seus representantes em competições de vale-tudo. O que você pode dizer a respeito desse quadro?

Nas competições de vale tudo nunca valeu tudo mesmo, pois toda arte marcial sofreu adaptações para virar esporte então o kung fu fica muito limitado, pois possui vários golpes que podem deixar uma pessoa gravemente ferida ou até causara morte.

O que espera de sua viagem à Tailândia?

Pisar nas sandálias da humildade, pois todos meus títulos aqui não valem nada espero aprender muito não somente sobre a luta, mas muito sobre a cultura e filosofia da arte.

Com qual mestre vai treinar lá? Por que o escolheu?

Escolhi o Mestre Pirojinoi, pois fiz um seminário com ele aqui no Brasil e gostei muito da técnica dele que é refinada, além dele ser uma grande estrela e uma pessoa muito simples e humilde.

Qual é a importância do intercâmbio para um técnico?

Essencial, pois na nossa profissão e uma coisa cíclica. A gente nunca sabe tudo tanto que sempre temos que buscar melhorar.

Lá já estão os lutadores Alex Cobra e Cosmo Hoost. Você planeja encontrá-los?

Sim e por sinal já estou com eles. Estou no mesmo quarto que Alex, Sandro Castro de Thai Center e Yugo da Gibi Thai e estamos um ajudando o outro.

Como os estrangeiros enxergam o lutador de muay thai catarinense? Quais características o diferenciam?

Enxergam a nossa característica e de ir sempre pra frente e mostrar uma boa técnica e muita garra na hora que está tomando um sufoco.

Você é técnico e esposo de Juliana Aguiar. Como faz para lidar com essa relação?

E muito difícil porque ambas as coisa influenciam uma na outra, mas com o tempo estamos amadurecendo e eu nunca quero que meus alunos ou alguém diga que ela conquistou um privilégio por ser minha mulher, pois todos sabem que tudo que ela ganhou na luta foi por méritos dela e às vezes tenho que dizer ou fazer coisas que eu não gostaria de dizer ou fazer, porém é pro bem dela e da equipe.

Você já promoveu o Underground Combat assim como já lutou em muitos eventos. Por essa experiência acredita que um lutador de outra cidade pode ser desfavorecido pela arbitragem quando luta fora de casa?

Sim, já vi isso acontecer várias vezes não só com meus alunos, mas isso só acontece pela falta de profissionalismo das pessoas, pois a arbitragem tem que ser neutra e não privilegiar ninguém e no nosso evento não houve nenhuma reclamação de nenhuma equipe.

O que acha de eventos que colocam lutadores patrocinados pelo mesmo no ringue?

Acho difícil, pois o promotor ou o empresário quer vender o seu produto (o lutador) e às vezes ele não quer por hipótese alguma que ele perca uma luta, pois isso fica mau para os negócios, então às vezes uma outra pessoa que não tem nada a ver com isso acaba sendo prejudicada.

Foto: Jr. Aguiar/Divulgação

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Entrevista com Fábio "Bill" Goes


Quando se fala de um veterinário que pratica esportes, muitos acreditam em uma modalidade elitizada como tênis ou até mesmo uma partida de futebol com os amigos aos domingos, mas ninguém espera que esse mesmo homem dedicado à cuidar de animais entre numa gaiola para participar de lutas de vale-tudo sem luvas.

Fábio Góes, o Bill é um faixa-roxa de jiu-jítsu ex-membro de uma filial Gold Team de Bragança Paulista, interior de São Paulo que aceitou o desafio de subir na jaula do RioHeroes, mesmo sabendo da ausência de luvas, tempo e outras regras da maioria de campeonatos de M.M.A, em entrevista ao Córner do Leão fala sobre essa experiência e como conciliar vida universitária com os tatames.

Como você virou o “Bill”?

Quando era bem novo com um ou dois anos de idade, meu irmão que é um ano e meio mais velho não conseguia pronunciar meu nome por inteiro e só saia o final do nome Fábio, “Bio”, e assim ficou, mas depois já com uns 14 ou 15 anos de idade comecei a me destacar no esporte que praticava, o bicicross e para o apelido ficar com mais destaque mudei de “Bio” para “Bill” e assim ficou!

Como foi seu início nas artes marciais?

Olha há uns oito anos atrás eu praticava Judô e alguns treinos de jiu-jitsu, mas com o tempo comecei a pegar mais gosto pelo jogo de chão, o que me fez optar por treinar mais o jiu-jitsu e assim se passaram alguns anos de prática.

Você é um faixa-roxa e luta vale-tudo. Acha que a falta da preta te prejudica nos ringues e gaiolas?

Então, o lance de faixa nos ringues nem sempre dá muita diferença, claro é necessário que seja no mínimo faixa roxa pra que não fique em muita desvantagem, mas o vale tudo normalmente não se usa pano, então a pegada é diferente e para praticar o jiu-jitsu normalmente precisa efetuar quedas, e no ringue o que realmente está funcionando melhor para derrubar o oponente são as técnicas de wrestling unidas a variação do jiu-jitsu chamada submission, sendo assim sempre que posso antes de uma luta eu treino somente sem quimono. Mas continuo treinando jiu-jitsu sempre e daqui a pouco a preta chega, tá perto!

O que te motivou a procurar esse esporte?

Sempre gostei de assistir e os treinadores que tive foram muito importantes, eles me influenciaram a começar a treinar, e tive alguns amigos de treino que foram importantes, pois mostraram que era possível.

Você já participou do RioHeroes. Conte como foi essa experiência:

Por mais polêmico que este caso esteja na mídia, eu vejo minha participação como uma coisa positiva, nós atletas não temos ligação com a organização do evento e nem acesso a como tudo funciona, fazemos apenas nossa parte que é lutar. Mas mesmo assim aprendi bastante lá afinal foi uma experiência muito boa no que se diz em um teste para o psicológico, eu sempre quis saber até onde conseguiria chegar, e lá é um lugar onde a adrenalina vai à mil até por você saber dos riscos que tem. Pra mim foi realmente uma grande batalha, porque só fiquei sabendo que estava confirmado no evento uns 20 dias antes dele ocorrer e treinar com esse pouco tempo foi complicado, tinha algumas lesões de treinos, mas aceitei com coragem e fui. Durante a luta realmente senti falta de adaptação para o estilo livre quase sem regras, achei que a força prevaleceu e o adversário soube usar dos macetes do octogono, no inicio estava me sentindo a vontade apesar de sofrer algumas quedas, afinal minha praia era o jogo de chão mesmo, e foi minha primeira experiência em um octogono já que sempre treino em ringue, mas admito que ele conseguiu bloquear meus ataques, mérito dele, na próxima oportunidade com certeza treinarei muito mais, com tempo ao meu favor e também pretendo intensificar a musculação, pois apesar de estar em forma com definição boa eu estava bem abaixo do peso dos maiores de lá.

O evento tem sido denunciado na mídia. O que pode dizer sobre isso?

É realmente complicado, pois a gente não tinha ligação com o que rolava por trás do evento, tínhamos um contrato a cumprir apresentando nosso trabalho que era lutar, sabíamos que não estávamos cometendo crime, pois não lembro de ter na lei algum parágrafo que diga que impeça o atleta de se submeter a uma luta mais agressiva.

Se os eventos grandes o procurassem, você deixaria de lutar na promoção de Jorge Pereira?

É tudo uma questão de negócio, todos sabem que quem luta recebe por isso, então tudo depende de um acerto de ambas as partes, isso rola em cima de propostas, o Jorge Pereira foi um cara que conversei no dia do evento e ele se mostrou interessado na luta que eu faria, e agradeço por isso, pois afinal foi minha estréia em uma luta de vale-tudo acompanhada por um público maior, mesmo que pela Internet. Então tenho muito que fazer ainda, se comparado aos que já estão ai nas lutas à muito tempo sou apenas um iniciante.

Ouviu críticas ou elogios pela sua participação lá?

Dos amigos ouvi elogios por que realmente um cara tem que ter determinação e coragem para participar de um evento como aquele, agora de outros profissionais da área ouvi muitas criticas, pois eles realmente não aprovam o evento, e demonstram muito incomodo quando se fala do que acontece lá.

Qual é a postura de sua academia sobre o evento?

No momento não estou representando uma equipe, preciso decidir isso logo, mas quando lutei representava uma equipe grande, mas não diretamente com o mestre maior e sim com um dos seus faixa preta, qual era meu treinador direto.

Você é formado em veterinária. Como fez para conciliar estudos, trabalhos e treinos?

Precisei me organizar legal, pois estava estudando e nos momentos fora da faculdade eu treinava intensamente, o que faz com que a gente não tenha tempo para sair muito pra se divertir, apesar de que quando você treina em um lugar que te de prazer acaba sendo uma diversão além de esforço, mas era complicado aparecer na faculdade com olho roxo, nariz quebrado às vezes, afinal na rotina das lutas é normal, mas não no clima da medicina veterinária (risos)..., mas acabou dando tudo certo, agora que peguei férias dos treinos to tendo mais tempo pra resolver o lado da veterinária, até o meio do ano estarei registrado no CRMV e também trabalhando mais na área que me formei afinal é um dos meus grandes sonhos. Dá para conciliar com os treinos, atualmente atendo alguns casos até por que preciso disso afinal estou em busca da independência financeira, e nos treinos a gente vai se dedicando mais conforme o nível de competição vai subindo.

Os acadêmicos (professores e alunos) o diferenciavam por ser lutador?

A com certeza sempre escutei piadinhas sobre isso do tipo “Lá vem o bruto”, e também perguntas como: “Você não acha está muito grande pra ser veterinário?”, e os amigos de classe sempre brincam, mas de forma saudável. Eu até que estudava legal e me destacava como aluno nas aulas práticas e sempre gostei do que estudava, sempre tive muita amizade com os professores, tive até um professor que se chamava Felipe, ele adorava vale-tudo e a gente sempre conversava sobre isso. Os amigos de classe nas horas de trotes ou brincadeiras do tipo sempre me chamam, mas nunca fui agressivo com ninguém lá e nem participava de brincadeiras estúpidas de trotes, mas eles marcaram história na minha vida, lembro de todos detalhadamente.

Foto: Broa encara Bill no RioHeroes

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Entrevista com Alex Cobra


“Dentro da luta pra mim meu apelido significa velocidade de ataque e perseverança de não desistir nunca.”

Sábado dia 9 de fevereiro Alex Cobra derrotou o tailandês Ponchai em uma disputa de muay thai e se recuperou após uma derrota para um dos principais nomes da modalidade.

Em entrevista fala sobre os treinamentos na Tailândia, a convivência com Cosmo Hoost, charlatões no esporte e sobre sua participação nos ringues de vale-tudo.

Como surgiu o apelido Cobra?

Então surgiu na adolescência uns amigos me chamavam e eu saia na porrada com eles, aí vc sabe, tudo que você não gosta, pega... (risos).

Apelidos em alguns casos surgem como um reflexo da aparência e personalidade do dono. Em culturas antigas como a grega e a egípcia a cobra simboliza sagacidade e morte. Você se identifica com alguma dessas interpretações?

Então dentro da luta pra mim meu apelido significa velocidade de ataque e perseverança de não desistir nunca.

Alex como foi seu início nas artes marciais?

Eu tinha 17 pra 18 anos quando um amigo me levou pra assistir um treino, no outro dia já estava treinando. Me apaixonei pelo esporte que me trouxe ao profissionalismo e não pretendo parar mais, Muay Thai é minha vida.

Em São Paulo a procura por muay thai nas academias tem aumentado e em Santos acontece fenômeno parecido?

O Muay Thai cresce em todo o mundo e em santos não é diferente tem muitos adeptos graças ao trabalho bem feito da equipe Thai Center.

O que pode dizer sobre o crescimento dos mestres de muay thai? Existe alguma restrição quanto aos charlatões dentro da própria comunidade de lutadores?

Charlatão existe em todas as profissões, ainda mais nas que estão em ascensão, mas essas pessoas que não tem raiz não vingam e nunca vão conseguir nada nem respeito de ninguém.

Em eventos como o K-1 e o Demolition atletas de diferentes modalidades de luta em pé se cruzam. Treinar outra arte de trocação auxilia nesse tipo de disputa?

Então cada atleta e seu treinador tem suas estratégias, dependendo do evento e das regras acho válido.

Ainda sobre o Demolition você sofreu uma derrota em março do ano passado para Márfio Canoletti. Como você a justifica? Acredita em revanche?

Eu quero antes de mais nada deixar bem claro que não tenho e nunca tive nada contra o Márfio, pelo contrário admiro o trabalho dele, apenas fiz o meu trabalho e acho que bem feito pra estar dando tanta repercussão assim. Quanto à revanche eu não preciso pedir nada.

Em sua última luta você sofreu um nocaute no primeiro round para Orono Wor Petchpum que é considerado um dos melhores tailandeses da atualidade. Quais foram os problemas que o impossibilitaram de vencê-lo?

Sobre essa luta eu não tive muito tempo pra me adaptar com o estilo de jogo dos caras que usam muito o cotovelo, cheguei de viagem, no outro dia já comecei a treinar para a luta, peguei logo um cara muito experiente e ele não me deu chances, pois sentiu a pressão no início, mas isso só me deu mais forças pra continuar treinando porque só perde quem luta.

Como essa luta afetou seu lado psicológico? O que tem feito para se recuperar dentro e fora do ringue?

Fiquei triste de não ter conseguido mostrar meu trabalho, mas luta é assim mesmo um tem que perder. E aqui não da tempo em pensar em derrota, comecei a treinar 3 dias depois e logo já tinha luta prevista. Lutei no Lumpinee e nocautei no quarto round um tailandês (Ponchai) duro e alto fator que me atrapalhou um pouco, mas graças a Deus consegui a vitória no templo sagrado do muay thai.

No Real Fight 2 em 2006 você ingressou no vale-tudo derrotando Cacá da Macaco Gold Team na decisão unânime dos árbitros. Pensa fazer mais lutas dentro dessa modalidade?

Na verdade eu já tinha feito três lutas de VT e ganhei duas, pretendo sim, mas no momento meu foco é no Muay thai, quando voltar para o Brasil vamos decidir o que fazer.

No mesmo período você era membro da equipe Never Shake que hoje não existe mais. Como você vê o fim dela? Mantém contato com seus antigos colegas?

A equipe foi uma grande oportunidade de crescimento, pena que terminou tão rápido quanto aos amigos não tenho muito contato com alguns, apenas nos encontramos em eventos.

Atualmente você treina na Tailândia. O que isso tem lhe acrescentado como ser humano?

A Tailandia era um sonho, hoje uma realidade que estou vivendo com muita alegria, a convivência com os tailandeses é muito boa, são pessoas extremamente humildes e esforçadas com tradições muito diferentes das nossas, isso vai acrescentar muito no meu crescimento como ser humano.

Como é a convivência com Cosmo Hoost?

Nós já éramos companheiros de treinos, agora vizinhos (risos), somos da mesma família, portanto somos irmãos.

Foto: Alex Cobra / Divulgação

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Grande Sertão Pereiras


Era um rapaz magro, mas muito saudável da Bahia que deu Popó ao boxe e grandes Dorival Caymmi e Jorge Amado para as artes. O jovem cresceu e ficou conhecido como Sertão, era ríspido e árido assim como sua cidadezinha interiorana tão diferente da badalada Porto Seguro ou de Salvador que parece um cenário do Projac.

A nobre arte lhe deu fama e sucesso como até os mais medíocres sonham. Conquistou o trono mundial. Entretanto o sonho se acabou e esse conto de fadas falhou e não pelas maldades de uma rainha má ou de um empresário inescrupuloso, mas pela própria inconseqüência do príncipe.

Seu nome pertenceu à nobreza junto com Jofre, Oliveira e Freitas, mas foi rápido como uma estrela cadente. Hoje ele não desafia mais os ares para cerrar punhos contra campeões de outras pátrias. Para ele sobrou um ginásio triste e decante do qual é o guardião e até um reflexo do lugar.

O nordeste sempre vívido e colorido tornou-se cinzento e seu maior cangaceiro não pode mais erguer a peixeira. Os coronéis agora procuram um novo galo de rinha que os levem ao ouro, porém enquanto isso não acontece abusam dos covardes que se vestem de guerreiros em terras estrangeiras.

Foto: Valdemir Pereira, o Sertão, campeão peso pena pela FIB

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Novo canal de wrestling na web


Fã do esporte abre um portal de luta olímpica

Marcelo da Fonseca é um fã de wrestling e não contente com apenas apreciar o esporte decidiu colaborar criando um portal com vídeos de golpes e defesas para auxiliar praticantes, árbitros, técnicos e apresentar a luta aos leigos.

Fã do lendário olímpico Aleksandr Karelin, Fonseca vê como fator mais importante “é que todos envolvidos na luta olimpica estejam querendo aprender e evoluir” e lembra do pensamento do filosofo Sócrates “só sei que nada sei” mostrando que todos devem nunca pensar que já conhecem um assunto por completo.

Para ele é importante desassociar a imagem da luta olímpica com o telecatch que se faz presente no imaginário popular nacional e também enfatiza a necessidade de organizar desafios entre estados e contra países em locais públicos como shopping center, pois é uma forma de marketing.

“O mais importante é que o youtube exista, pois sem ele não existiria esse portal para unir todos os amantes da luta olímpica e lutas associadas” enfatiza o proprietário que utiliza a plataforma do site de vídeos para organizar seu espaço sem fins lucrativos.

Link:

www.youtube.com.br/group/tecnicasgolpesbr

Foto: Lars Nyberg

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mark Hunt no Pro-Wrestling



Lutador neozelandês assina com empresa japonesa

Mark Hunt se encaminha para o pro-wrestling e assina com a japonesa Hustle para participar de lutas de pro-wrestling que diferentes do vale-tudo são coreografadas e em muitos casos os participantes interpretam personagens.

Essa empresa é famosa por utilizar lutadores de M.M.A como Mark Coleman, Bob Sapp e Crocop em seus shows que trazem personagem caricaturais e histórias que abordam as lutas como em um seriado de tv.

Ainda não foi prevista a estréia do kickboxer em seu ring.

Mark Hunt no circuito de M.M.A

Apesar de ter ingressado no esporte na avançada idade de 29 anos quando perdeu para Hidehiko Yoshida e de sua deficiência no chão, seus chutes de kickboxing e suas vitórias sobre nomes como Mirko Crocop e Wanderlei Silva o colocam com respeito no circuito dos pesos-pesados.

Lutar telecatch no Japão não impede o praticante de participar de pelejas de vale-tudo, pois as organizações vêem o marketing de retorno de se ter um verdadeiro lutador. Porém se quiser uma revanche contra Barnett ou Fedor é necessário se dedicar integralmente ao M.M.A para obter sucesso.

É possível também que aos 33 anos o kickboxer escolheu ter uma vida mais sossegada e mais rica no quadrilátero da coreografia.

Mark Hunt / Pride Divulgação

Crocop no HUSTLE



E você, o que acha?

Nova data para Inter-estadual de Muay Thai

O campeonato Inter-estadual de muay thai organizado por Munil Adriano passa para os dias 21 e 22 de março.

Informações: Munil Adriano - muniladriano@hotmail.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Kurt Angle no M.M.A?


As possibilidades do "Herói Olímpico" no vale-tudo

Kurt Angle conquistou a medalha de ouro em Atlanta 1996 dos pesos-pesados na luta estilo livre (até 100 kg), após sua empreitada pelo esporte de Hércules decidiu seguir carreira no tele catch da WWE que não é muito levado a sério entre os praticantes de luta olímpica dos E.U.A e por lá ficou sete anos, atualmente luta na NWA (National Wrestling Alliance).

Ao término de uma apresentação de pro-wrestling em junho 2007 com Brock Lesnar, desafiou o gigante para uma luta de M.M.A, o ex-lutador de catch e atual contratado do UFC disse que Angle é “só conversa”. O experiente lutador Ken Shamrock que também já fez apresentações de catch não levou a sério as declarações do superstar da WWE.

A IFL já tentou assinar com Angle, porém este afirma que era um acordo em cima da hora que lhe daria apenas 2 meses para treinar e enfrentar Ken Shamrock além do preço não satisfatório que o oferecem.

Para promover a luta de Brock Lesnar e Frank Mir no UFC 81, a NWA –TNA exibiu um vídeo no qual o “Herói Olímpico” comenta sobre a possibilidade de sucesso do antigo colega de WWE e de ter sido seu sparring em treinos e termina afirmando que estaria na platéia. Em entrevistas passadas afirmou não ter fechado com Dana White, pois o cartola queria exclusividade.

A realidade do “Herói Olímpico” no UFC

Kurt Angle já passou por cinco cirurgias no pescoço tanto que lutou as finais de 1996 com problemas nele, hoje contabiliza 39 anos então a pergunta é se vale a pena investir num iniciante que está com quase 40 anos.

Mesmo que aprenda a trocação um bom atleta de vale-tudo deve ter uma sólida base em uma arte marcial, algo que Angle tem e ninguém pode negar tanto que sua medalha comprova, mas é ideal iniciar o treinamento de vale-tudo no término da adolescência e início da vida adulta.

Com o carisma, mas a falta de experiência, alguns fãs esperam que ele se torne um freak, enquanto os mais ardorosos acreditam na sua evolução dentro do octógono, mas é mais lucrativo e saudável para ele se manter ligado com os milhões de dólares do tele catch.

Foto: Kurt Angle / WWE Divulgação

Kurt Angle fala sobre a estréia de Lesnar no UFC

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Munil Adriano na Gold Team



Melhor lutador de Bragança Paulista entra para a equipe de Macaco

A entrada de Munil Adriano para a Macaco Gold Team surpreendeu o meio das lutas, o striker bragantino tem um jeito singelo que contrasta com o agressivo Macaco e com popular Flávio Álvaro. Mesmo com os contrastes Munil disse: “Sempre admirei o Macaco como pessoa. Ele é individual assim como eu.”, dentre as qualidades do novo parceiro ressaltou sua habilidade com marketing e seu “coração muito bom”.

A união vai mesclar a habilidade em pé de Munil com o jiu-jítsu de Patino. “Estou indo para a MGT para corrigir esse meu lado (submission), e digo sem modéstia que pego com facilidade, porque amo o que faço!”. Macaco confirma: O Chapolim promete uma “grande evolução” para seus próximos combates.

Macaco afirma: “O Munil é muito bom em pé e tem a deficiência no chão, então o que a gente vai fazer, a gente vai trabalhar junto”. Tanto que o atleta pretende realizar intercâmbios entre seus alunos da academia Munil Adriano Muay Thai/M.M.A e os de Jorge Patino e avisa “vesti a camisa mesmo e com muito orgulho.” Existe a possibilidade de sua academia integrar a Gold Team.

A aliança não termina nos treinos, o experiente lutador de vale-tudo passa a ser seu empresário o que deixa Munil livre para organizar seus eventos e continuar “formando campeões”.

Munil prepara campeonato Interestadual

Munil Adriano prepara um campeonato inter-estadual para o dia 23 de fevereiro com início às 9h e término previsto para às 19h com premiações para os 4 melhores lutadores contendo equipamentos de lutas. A pesagem será no dia anterior.

A arbitragem é contratada para garantir sua neutralidade e a organização é realizada pelo locutor Xicão Joly.

Os interessados podem se informar com o próprio Munil pelo e-mail muniladriano@hotmail.com.

Macaco & Munil / Arquivo Pessoal

Compacto com os melhores momentos de Munil Adriano

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Entrevista com Renato Roma


Um dos principais nomes do wrestling nacional, Renato Roma é penta-campeão brasileiro na categoria até 74kg, o que lhe garantiu respaldo na América do Sul. O wrestler se aposentou no dia 18 de janeiro deixando suas sapatilhas sobre o tapete olímpico.

Aluno de Edson Kudo, atual técnico da seleção brasileira estilo livre, Roma falou sobre a importância de seu mentor em sua vida, a utilidade de se treinar outras modalidades e do ensino superior na vida do atleta.

Você iniciou no judô, passou pelo jiu-jitsu e firmou-se na luta olímpica. Existe alguma outra modalidade que você tem interesse em praticar?

Eu adoro artes marciais, já pratiquei judô, jiu, capoeira, kung-fu e luta olímpica. Eu sempre estou aberto novos conhecimentos e a novos convites.

Os ensinamentos das outras artes marciais ajudam no tapete olímpico?

Sim, o atleta já vem para o tapete olímpico com a coordenação motora bem desenvolvida, experiência de luta, bom condicionamento físico e disciplina.

De todos os senseis e técnicos pelos quais passou qual mais marcou sua vida?

Com certeza eu devo a todos os meus mestres, em especial o Edson Kudo que me preparou tecnicamente. Ele é o maior estrategista de luta que eu conheci.

Você ensina wrestling em São Caetano, interior de São Paulo. O que Kudo te passou que o faz ser um bom técnico?

Eu procuro sempre observar o que ele faz de melhor e passo esse conhecimento adiante procurando sempre colocar meu estilo de luta em treinos dos meus alunos, para que esses alunos um dia se tornem professores e sigam a mesma linha de raciocínio meu.

Como é sua aula voltada para o wrestler e para o lutador de M.M.A?

Meus treinos são voltados apenas para luta olímpica e suas regras de acordo com a FILA. Já para o lutador de MMA a luta olímpica é muito eficiente para trabalhar velocidade de raciocínio, força física, resistência, coordenação motora, disciplina, tática de raciocínio de combate e determinação para aplicar uma técnica e obter êxito...

Você pensa em competir no vale-tudo?

Não, minha meta é passar esse conhecimento para meus alunos e lutadores interessados em conhecer a luta olímpica.

Qual foi o motivo de sua derrota nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007?

Eu não me considero nunca um derrotado, pois, os títulos que conquistei foi por minha determinação e meu esforço em desenvolver a melhor e mais apurada técnica em luta olímpica. O fato de chegar a um Pan e disputar uma medalha já foi a maior vitória da minha vida. Mas o que importa é o conhecimento que carrego hoje... Apesar de todos os mestres que eu tive, com certeza o maior de todos os mestres foi a VIDA, só a vida é capaz de nos ensinar a verdade.

Com a atuação no Pan surgiram outros patrocinadores e melhorias nas condições de treino?

Não, os patrocinados não observam a luta olímpica como um bom empreendimento; com relação as condições de treino, eu sempre procuro treinar com meus alunos e amigos e quem mais estiver disposto a ajudar um atleta a treinar, eu realizo meus treinos normalmente no tatame da A.D São Caetano e também treino em um espaço na loja de suplementos de um parceiro (Derô), a Max
Muscle em São Caetano.

Durante cinco anos consecutivos você foi campeão brasileiro. Como fez para conquistar esse lugar e manter-se nele?

Através de muita determinação, treinos extensivos, treinos intensivos, treinos explosivos, treinos técnicos e treinos táticos.

O que falta para disputar uma olimpíada?

Como todos os esportes do Brasil, falta mais empenho das federações em desenvolver projetos que beneficiam não somente os atletas, mas também seus técnicos.

No passado você teve de largar o curso de fisioterapia, pretende voltar? Qual a importância do ensino universitário para um wrestler?

Pretendo voltar a estudar não sei se fisioterapia ou talvez outro curso em outra área. Mas a importância do ensino universitário para qualquer atleta é fundamental, pois no futuro toda experiência e bagagem profissional é importante.

Como veio a decisão de se aposentar?

Simplesmente me aposentei.

Foto: Arquivo Pessoal

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Minotauro é campeão interino do UFC


Agora só falta finalizar o Capitão América

Na noite de ontem, Rodrigo Minotauro derrotou Tim Sylvia pelo cinturão interino dos peso-pesados do Ultimate Fighting Championship, após uma guilhotina no terceiro round.

Minotauro levou um knockdown no primeiro assalto e era visível a superioridade do atleta estadunidense na trocação, entretanto, após o sufoco o brasileiro faixa-preta de jiu-jítsu conseguiu colocar no chão e utilizar a arte que mais produziu campeões no vale-tudo.

O embate se deu em Las Vegas, Nevada que já foi palco de clássicos tanto do vale-tudo quanto do boxe, e agora faz parte da história do campeão do Pride. O título conquistado é interino e para se tornar campeão indisputável da organização Nogueira deve superar Randy Couture que antes do combate apontou seu conterrâneo e ex-campeão como favorito.

Contra Couture

O ídolo brasileiro expressou seu interesse em enfrentar Couture, mas se esse continuar brigado com Dana White a luta não ocorrerá. Em um possível combate entre ambos é esperado que seja feita tática semelhante já que nosso peso-pesado tem o melhor jiu-jítsu dentro do vale-tudo na atualidade.

Brock Lesnar até assustou Frank Mir

Uma das lutas mais esperadas da noite em razão da popularidade de Brock Lesnar foi seu combate contra Frank Mir. O pro-wrestler quedou o oponente duas vezes e desferiu socos por cima, mas foi vítima logo no primeiro assalto de uma chave de joelho.

Com esse resultado resta ver se Lesnar voltará e provará que pode ser um campeão ou se será um bom candidato e incomodo para os cachorros grandes ou se é melhor voltar para a WWE e coreografar lutas com Rey Mysterio e Undertaker.

Foto: Minotauro x Sylvia - UFC/Divulgação

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Minotauro é maior que Lesnar


Nos E.U.A o próximo evento do UFC tem seu marketing feito em cima de Lesnar e não em Minotauro x Sylvia

No UFC 81 – Breaking Point que acontece hoje em Las Vegas, Nevada o brasileiro Minotauro ex-campeão e eterno ídolo do Pride enfrentará o ex-campeão do UFC Tim Sylvia pela coroa dos pesados. Apesar de ser uma luta que vai entrar para a história do esporte por ser válida pelo cinturão a maior parte do marketing do evento foi feito em cima do pro-wrestler Brock Lesnar.

Lesnar que foi campeão da WWE enfrentará em sua estréia no octagono o experiente Frank Mir, porém mesmo sendo um novato atrai atenção pelo seu passado como ídolo nacional o que satisfaz o público americano que possui problemas em aceitar culturas diferentes. Nogueira é um forasteiro dono de um extinto título estrangeiro e seu adversário não é nenhum nome lendário como seria se enfrentasse Randy Couture.

No início da promoção do evento o pôster tinha Lesnar, entretanto com o anúncio da disputa do cedro dos pesados ambos contentores passaram a figurar nas fotos.

Avante Minotauro

Apesar do membro do Hall da Fama do UFC Randy Couture apontar o conterrâneo como favorito, acredito em Nogueira que em seu cartel tanto nas derrotas quanto nas vitórias tem lutadores de maior calibre que Sylvia. O jiu-jítsu do brasileiro é infinitamente mais apurado e isso deve determinar o jogo. Agora vamos esperar para que não seja feito nenhum protecionismo da organização para o estadunidense.

Minotauro x Bob Sapp



Foto: Minotauro.Net
Fonte: UFC.com