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terça-feira, 26 de março de 2013

"Verdadeira fé em si mesmos"


O quadrinho do Surfista Prateado (Marvel Comics) reflete um pensamento que sempre utilizei aqui no Córner do Leão. "A Verdadeira Fé em Si Mesmo". Ao criar um blog foi possível pautar grandes veículos da mídia e mostrar que cada um pode ter sua voz e mesmo pequena ainda ela estará em algum lugar ecoando.

Ao criar um meio de comunicação o homem alcança uma certa independência e pode partilhar da sua verdade sem depender dos outros. Para mim a verdade tem muitos lados que depois somados formam apenas uma cristalina - mesmo que esta leve séculos para ser vista. Para existir estes muitos lados é preciso ter muita gente no debate.

O Córner do Leão está muito próximo de seu fim. Toda jornada tem seu desfecho. Quando Espártaco gritou em defesa dos gladiadores ele deixou um legado que perdura até hoje e não só nas arenas, mas pelos explorados e contra aqueles que se deixam explorar. Quando o Surfista Prateado questiona a capacidade dos humanos de agirem por si ele ainda reflete a luta de Espártaco e tantos outros.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tempo de mudanças

Odisseu cega Polifemo

Artigo de Opinião

A Primavera Árabe depôs tiranos de seus tronos com mobilização popular. Iniciada em 2010, tem como uma de suas principais ferramentas as redes sociais, uma esfera no qual governantes não possuem tanto controle como nas mídias mais antigas.

A data de hoje marca a Independência Argentina quando sua nação impôs sua vontade de não se submeter mais ao jugo da coroa espanhola. No mesmo dia ocorreu a Revolução Constitucionalista de 1932 quando paulistas fizeram ouvir sua voz contra o governo de Getúlio Vargas naquilo que achavam errôneo.

Os tempos são outros, porém mudanças são necessárias inclusive nos esportes, dentre eles o boxe. Brasil, Argentina e outros países assistem mandos e desmandos na nobre arte. No Brasil alguns líderes parecem mais pequenos "coronéis" que tratam ginásios, academias e outros ambientes e como suas "fazendas" e seus "empregadinhos".

Para o filósofo britânico Thomas Hobbes (1588-1679) do século XVII, “o homem é o lobo do homem” e para as engrenagens de um Estado funcionar com fluidez e sem perturbações é requerido o domínio de um soberano, príncipe ou assembleia para manter a paz através do terror, pois na visão do pensador inglês os homens só obedecem as leis quando sentem medo. Esse “ser” foi batizado de Leviatã, uma terrível criatura da mitologia cristã que assombra os mares. Hobbes tem uma de suas influências no italiano Maquiavel, e a obra máxima do inglês é O Leviatã (1651).

Em alguns casos o Leviatã se torna necessário, porém quando a administração se torna falha outros processos são requeridos, como explica o próprio Maquiavel em O Príncipe (1532). Os governos atuais de Leviatãs se tornaram em filhos do ciclope Polifemo da Odisseia que teme a lança de Odisseu (Ulisses) perfurando seus olhos, e este herói na era moderna é incorporado pelo usuário de internet disposto a enfrentar o monstro.

Com o advento das redes sociais, a população ganha mais força no debate e nas manifestações, não é um fator por si somente determinante, afinal não é a espada em si que ganha o combate, mas sim a mão que a manuseia. Os boxeadores e os amantes da nobre arte compõem um grupo e encontram suas "armas" nos teclados e mouses.

As mudanças surgirão no momento que pugilistas passem a ter voz própria, perceberem que há coisas maiores do que o ringue e também deixarem de se ajoelhar diante de poderes fracos, decadentes e meramente simbólicos tornando-se donos de si e não esperando que um único alguém fale por eles, pois como sentencia o rapper Tupac Shakur (1971-1996): "eles cagam pra gente"  em They Don't Give a Fuck About Us canção lançada após seu falecimento.

A Destruição do Leviatã por Gustave Doré (1865)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

É o rumo certo?

Artigo de Opinião

O leitor e fã assíduo Marcelo de Arruda levantou uma questão importante no espaço do Córner do Leão no Facebook em relação ao apresentado por brasileiros no boxe internacional. Os empresários e pugilistas nacionais precisam pensar em combates mais equilibrados e não esperar apenas elogios grandiosos.

Existem as delimitações sociais e as bolsas do exterior são atraentes, porém a derrota de um reflete sobre todos os outros pugilistas locais ainda mais se ela vier muito rápida, o que pode se dar pela a diferença de capacidade de um atleta para outro.

No mês de maio o comentarista de boxe Daniel Fucs fez recapitulação das investidas de brasileiros no exterior em abril e de 8 pugilistas apenas 2 voltaram para casa com vitória, dentre eles um saiu desacreditado e visto como azarão dado a fama que o país tem no exterior, mas voltou com o ouro, enquanto outro já era visto com condições de vitórias por conta de seu currículo e da capacidade de seus agentes internacionais. Alguns dos demais que sofreram revezes já encontraram o gosto da perda consecutivamente em outras terras.

No Brasil, posto neste blog os cartéis dos combatentes, os mesmos visíveis pelo site Boxrec, e há encontros que a diferença do currículo se destaca. Veteranos enfrentando debutantes ou pugilistas com acumuladas derrotas que não conhecem uma vitória há anos. Cada indivíduo é único, porém para o leigo e o público de outros países a impressão é que nosso país é exportador de carne... humana.

Outra preocupação são os exames médicos. Muitos afirmam não ter condições financeiras de fazê-los, mas será que o custo de seguir no ringue vale uma possível sequela no futuro ou até mesmo a morte em decorrência de batalhas?

Para atletas que fazem lutas duras em curto espaço de tempo e sparrings mais fortes que muitos encontros "amistosos" uma visita anual ao médico apenas é suficiente?

Há pugilistas se aposentando em condições precárias e isto pode ser encontrado na história do esporte nacional com nomes como Ditão, Mr. Peter Johnson, João Mendonça e Luizão. O boxe é meio de vida e não de morte.

A exposição de idéias quando feita de forma respeitosa apenas colabora com o debate, alguns até mesmo são provocativos, porém não usam de palavras de baixo calão ou ofensas pessoais. Em minha opinião o investimento de patrocinadores nacionais e internacionais só vira quando alguns pensamentos forem reavaliados.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Palestra de Edson Foreman sobre fair play para estudantes do ensino fundamental










Hoje na Sociedade do Espetáculo na qual vivemos, heróis são aqueles que expõem suas vidas privadas em busca de holofotes e não aqueles que se doam ao próximo. Por esse ótima pugilistas que pensam apenas no ouro são vistos como exemplos e aqueles que buscam levar valores seja nas transmissões televisivas do mundo ou pra própria comunidade não ganham muito destaque.

Há uma inversão de valores, entretanto, mesmo assim membros da sociedade continuam preocupados em encontrar formas de melhorá-la. Um deles é o pugilista paranaense Edson Foreman que em 2010 protagonizou a luta da temporada com Lino Barros em um espetáculo orquestrado pelo empresário Thomas Cabrera na capital Paulista.

Em 2010, Foreman conversou com os alunos do Cólegio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder (C.E.P.A.M.M) em palestra organizada pelo C.E.P.A.M.M.- Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder. Prof. Carlo Vicente Ramirez. O tema do bate-papo: "fair play" (jogo limpo).

A participação de Foreman no debate escolar mostra uma necessidade do esporte como ferramenta de mobilização social. É construtivo levar seus ídolos sejam mundiais ou locais para fazer palestras e conversar com crianças, jovens e atletas de base. Campeão não é só aquele com uma cinta de couro e metal dourado cobrindo a cintura.