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terça-feira, 26 de março de 2013

"Verdadeira fé em si mesmos"


O quadrinho do Surfista Prateado (Marvel Comics) reflete um pensamento que sempre utilizei aqui no Córner do Leão. "A Verdadeira Fé em Si Mesmo". Ao criar um blog foi possível pautar grandes veículos da mídia e mostrar que cada um pode ter sua voz e mesmo pequena ainda ela estará em algum lugar ecoando.

Ao criar um meio de comunicação o homem alcança uma certa independência e pode partilhar da sua verdade sem depender dos outros. Para mim a verdade tem muitos lados que depois somados formam apenas uma cristalina - mesmo que esta leve séculos para ser vista. Para existir estes muitos lados é preciso ter muita gente no debate.

O Córner do Leão está muito próximo de seu fim. Toda jornada tem seu desfecho. Quando Espártaco gritou em defesa dos gladiadores ele deixou um legado que perdura até hoje e não só nas arenas, mas pelos explorados e contra aqueles que se deixam explorar. Quando o Surfista Prateado questiona a capacidade dos humanos de agirem por si ele ainda reflete a luta de Espártaco e tantos outros.


domingo, 17 de março de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mudanças na periodicidade

Prezados leitores,

Por questões externas o blog Córner do Leão terá uma periodicidade menor. Momento semelhante ocorreu enquanto estava trabalhando no meu TCC em 2009 para me formar em Jornalismo e depois quando estive próximo da conclusão do Mestrado em Comunicação ano passado.

Porém desta vez é por tempo indeterminado. Afirmo que buscarei manter por longos anos contato com a editoria de esportes, principalmente os de combate sendo o wrestling onde fiz amizades verdadeiras e o boxe pelo qual tenho enorme admiração.

Aproveito para informar porque a comunidade no Facebook foi cancelada. Infelizmente o baixo nível das postagens e o assédio constante ao meu perfil demonstrou que alguns podem prejudicar muitos afastando qualquer olho externo para a modalidade. O meio do esporte crescer é cada um competente o bastante criar seu blog e expressar seu ponto de vista anulando a a forte dependência de veículos tradicionais tornando o ambiente mais democrático.

Devo dizer que algumas das histórias relatadas neste período de 2007 até aqui marcaram não só minhas postagens, mas minha própria vida como poder contar a rotina de Dona Zilda, lutadores crescendo e aprendendo a se movimentar nos bastidores, outros percebendo que mais vale ser bom professor e formar não só pugilistas, mas seres humanos do que por a saúde em risco nos ringues.

Éder Jofre, Muhammad Ali, Servílio de Oliveira, Mike Tyson, Sidney Dal Rovere, Sugar Ray Leonard, Miguel de Oliveira, clã Zumbano-Jofre e anônimos tiveram espaço aqui. Quando um esportista se apresenta com coragem no coração e sentimentos nobres, por mais frágil que seja neste momento é um Aquiles, são poucos minutos que ninguém ou mesmo uma sociedade podem tirar dele.

Também pude acompanhar o crescimento da luta feminina que viveu um momento belo e alcança cada vez voos mais impressionantes nos amadores. As conquistas em mundiais e olimpíadas mostram que há espaço para o trabalho ser desenvolvido.

O povo argentino também sempre me foi amistoso, e com isto vemos que certos estereótipos pregados nos meios de comunicação brasileiros são falácias. Um exemplo é Hector Javier Velazco que defende uma classe que tem muitos membros que não se importam em ter direitos, porém segue mesmo assim sendo uma mistura de Espártaco e Don Quixote prateado.

Outro argentino é Sergio "Maravilla" Martínez que não deixou suas parcas condições impedirem de crescer, as enfrentou com honra sendo a fome ou o cárcere. Hoje percebeu que tem um papel maior e está ajudando a reconstruir dois países em crise, Espanha e Argentina.

É um prazer receber as mensagens de carinho sejam pessoalmente ou redes sociais ou outros meios. Também são favoráveis as críticas visando o crescimento deste espaço como já publiquei na sessão de comentários ou abri para se expressarem neste blog.

Muito obrigado por deixarem eu entrar um pouco na casa de vocês por esta tela.

Até logo

"Never can say goodbye"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Matéria de Maravilla Martínez na Rolling Stone argentina

Sergio Martínez (centro) / (foto: Rolling Stone Argentina)

O boxe continua muito popular na Argentina, mas há tempos um pugilista não coloca quase que o país todo diante de televisores e rádios como fez Sergio "Maravilla" Martínez, 37, ao derrotar Julio César Chávez Jr., 26, em outubro passado.

A versão argentina da Rolling Stone fez a capa com o pugilista e publicou a matéria "Maravilla Martínez: luchador hot" na qual é traçado um perfil do bicampeão dos pesos médios.

Para ler a matéria no site da Rolling Stone argentina clique aqui.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jornalista arrecada fundos para livro-reportagem que conta história de Cuba

Rua de Cuba / (foto: Vanessa Oliveira)

Cuba já produziu grandes nomes do pugilismo amador e profissional como Teófilo Stevenson, Kid Chocolate, Guillermo Rigondeaux, José Nápoles e José Legrá. A ilha caribenha também tem muita influência na história mundial e em assuntos políticos.

A jornalista Vanessa Oliveira trabalha em um projeto para contar a história desta ilha que cativa amantes da nobre arte e precisa de fundos para realizar tal feito. Sua relação com Cuba iniciou antes da formação em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenize e rendeu um livro reportagem em 2008.

Agora mestranda do Instituto de Altos Estudos da América Latina da Sorbonne, em Paris, busca auxílio financeiro para contar a história deste pedaço de terra no qual viveram e vivem personagens marcantes como os atletas citados acima e também intelectuais e lideranças como Ernest Hemingway, Che Guevara, Yoani Sánchez e Fidel Castro.

Quantias à partir de R$ 10,00 podem ser doadas.

Para saber mais sobre o projeto acesse o site Projeto MiBuenaVista.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Menos é mais"

Divulgação

Opinião

"Menos é mais" ensina a consultora de moda, jornalista e empresária Gloria Kalil quando avalia estética e etiqueta seja nos programas televisivos ou quando atende ou em seus modos e visual. A mesma frase serve para o boxe, principalmente o brasileiro.

Figuras carnavalescas correm o risco de cair no ridículo. Há exceções como o saudoso Héctor "Macho" Camacho, mas o porto-riquenho possuía habilidade ímpar que o deixava ter tais adereços e comportamentos, o fazendo um verdadeiro showman.

Entretanto, o Brasil pugilístico atual ainda não compreendeu a mensagem da consultora de moda, então o que se vê são cartazes e sites berrantes que antes de transmitir a mensagem das lutas à serem realizadas evitam quaisquer chances de serem levados à sério por grandes empresários que poderiam investir no esporte ou público além dos fãs mais aficionados.

A imagem acima ilustra um exemplo que considero positivo. Sem cores berrantes e montagens amadoras no Paint do Windows. O belo e simples pôster remete aos do passado e informa ao mesmo tempo, o qual é seu principal objetivo.

Infelizmente no Brasil há um "fenômeno" na nobre arte atual que chamo de "nóis quê aparecê". Pugilistas e empresários mais interessados em "estar na mídia" do que realizar com eficácia suas principais obrigações e ainda gritam "você tem que nos arrumar patrocínio" postando fotos vulgares de seminu em seus perfis de redes sociais.

Quando alguém se propõe a algo que está acima de suas capacidades acaba sendo visto como pastiche, principalmente quando fracassa vergonhosamente. "Menos é mais".

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Arthur Veríssimo traça perfil de Touro Moreno na TRIP

Família Falcão e Arthur Veríssimo / (foto: Nelson Mello)


O repórter Arthur Veríssimo é conhecido pelos textos nos quais insere elementos de literatura na vertente chamada de Novo Jornalismo ou Jornalismo Literário, sendo ele visto por alguns como um repórter gonzo, alguém que se insere na matéria ao estilo de Hunter S. Thompson dos EUA.

Com seu jeito carismático traçou o perfil de uma figura que tem cativado o país com seus modos simples, o ex-pugilista Touro Moreno, pai dos medalhistas olímpicos Esquiva e Yamaguchi Falcão, prata e bronze respectivamente nos Jogos de Londres deste ano.

O texto também fala do clã e traz uma visão diferente da história contada por outros veículos, o que a deixa original. O jornalista "brincou" de boxe com o veterano e lembrou de alguns movimentos que aprendeu no passado com o ex-campeão mundial Miguel de Oliveira.

"Os machos alfa amam o sucesso e são viciados em adrenalina. Touro Moreno é um grande representante dessa espécie", assim Veríssimo define o lendário lutador na publicação do site e da revista Trip.

Para ler a história na íntegra clique aqui e vá para o site da TRIP

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O boxe no Terceiro Tempo



O veterano jornalista Milton Neves é referência no jornalismo esportivo, principalmente futebol, e um dos que batalham para manter a memória esportiva. Na última semana decidiu abrir espaço para o boxe e outras lutas em seu portal Terceiro Tempo.

Terça-feira (22/08) iniciei uma coluna no Terceiro Tempo na qual escreverei sobre pugilismo e outras artes de combate esportivo o que denota o interesse maior que essas modalidades ganham junto a sociedade. O esforço de muitos abriu mais um espaço para se falar de lutas, para ser sincero um grande e reconhecido espaço.

O texto de abertura é uma crônica sobre o argentino Carlos Monzón que irá para sessão "Que fim levou?", onde estão os atletas que fizeram história.

Para acessar e ler o texto sobre Monzón no Terceiro Tempo clique aqui

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Revista Alfa do mês de agosto tem matéria sobre Boxe Amador

Divulgação

A Revista Alfa deste mês traz em sua capa a chamada "Boxe Amador: sem luxo, sem TV, nem patrocínio: só porrada" e a matéria do jornalista Vicente Vilardaga é honesta com o quadro atual do pugilismo amador no país, sendo situada no tradicional ginásio Baby Barioni, na zona oeste da capital paulista.

"Isso aqui é uma antiolimpíada", abre o texto do repórter. As rodadas de pugilismo que sobrevivem há décadas já revelaram talentos como os ex-campeões mundiais Éder Jofre, Miguel de Oliveira e o ex-rei da América do Sul Maguila, porém há tempos não refletem o glamour que permeia o imaginário do esporte chamado de "a nobre arte" no Brasil.

O fotógrafo Luis Maximiano já cobriu conflitos armados em diversas partes do mundo, nesta matéria clica amadores anônimos em preto e branco, as imagens são impactantes e refletem a realidade destes homens. Pequenos heróis em suas jornadas que além de orgulho próprio não ganham muito mais que bordoadas e tapas nas costas.

O personagem principal acaba se tornando Newton Campos, jornalista e dirigente esportivo dono de uma biografia que se mistura com o pugilismo nacional e aos 87 anos segue em um combate pessoal para manter o pugilismo da forma que acredita ser possível.

Além do pugilismo a revista trata de moda, viagens, bebidas e mulheres, um guia da vida do homem moderno e seus prazeres e também afazeres. O boxe aparecer em suas páginas, mesmo em sua fragilidade demonstra que ainda exerce fascínio no imaginário masculino.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Fim está próximo

The End Is Nigh / (ilustração de Dave Gibbons na graphic novel Watchmen 1986)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Gabriel de Oliveira estará amanhã na Band Sports

Vitor Belfort (esq.) e Gabriel de Oliveira (dir.) / (Foto: divulgação)

O técnico de boxe Gabriel de Oliveira estará amanhã no programa Magazine da emissora esportiva de TV Band Sports, canal pago brasileiro filiado ao grupo Bandeirantes.

Gabriel de Oliveira foi técnico de boxe da seleção olímpica brasileira, atualmente tem mantido trabalho nos bastidores do boxe amador além de ter atuado como instrutor de pugilismo do lutador de MMA Vitor Belfort, ex-campeão do UFC e um dos principais nomes da modalidade.

A atração tem uma hora e meia de duração com início às 19 horas sob o comando do repórter Sérgio Patrick da Band Sports e Rádio Bandeirantes.


domingo, 6 de maio de 2012

Retificação sobre o atleta William "Thompson" Bezerra

William Bezerra / (Foto: Arquivo Pessoal)

Prezado leitor,


O atleta William "Thompson" Bezerra vem sendo injustamente chamado de "Lutador Fantasma" pelo meio pugilístico e por este que escreve. O atleta representado pelo empresário Mike Miranda hoje é classificado como lutador peso cruzador (90,7 kg) número 1 do fórum Boxrec que mantém os cartéis de pugilistas ao redor do mundo.

Também foi laureado como nº 2 do ranking Intercontinental da Federação Internacional de Boxe (FIB), nº8 do ranking Fedelatin da Associação Mundial de Boxe (AMB), nº 66 do World Ranking da Organização Internacional de Boxe (OIB), nº 4 do ranking latino da Organização Mundial de Boxe (OMB), nº 34 entre os cruzadores mundiais para o Boxrec e nº1 do Brasil no mesmo site.

Segundo Boxrec no último dia 29 em Araras, interior paulista, Bezerra venceu Fernando de Oliveira pelos cinturões sul-americano e brasileiro versão Associação Nacional de Boxe (ANB) por nocaute no 1º assalto. A ANB é presidida pelo empresário baiano Adimilson Vasconcelos da Cruz. No mesmo evento Mike Miranda se apresentou superando Vitor da Silva.

Bezerra mantém um cartel de 28 vitórias, 27 por nocaute e nenhuma derrota ou empate. O mesmo não possui imagens no youtube ou muitas fotos pela internet como medida de precaução implantado por sua equipe que além de Miranda conta com o filho do empresário Mike Miranda Jr.

Miranda Jr. já explicou ao Córner do Leão que os métodos são tomados para que seus futuros oponentes não fiquem observando seu estilo, algo que é visto em atletas internacionais, e Bezerra por meio de mensagem de Facebook defendeu o mesmo ponto de vista.

Conforme e-mail de Mike Miranda, Laudelino "Lino" Barros não enfrentou seu pugilista dia 29 por uma virose que o acometeu e Barros confirmou a mesma condição por telefone ao autor deste texto. Bezerra e sua equipe esperam o resultado do combate entre Barros e Julio Cesar "Gaspar" dos Santos a ser marcado para colocar Bezerra diante de Barros, portanto o desafio por sua parte continua mantido.


Atenciosamente


Gabriel Leão

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Entrevista de Sergio "Maravilla" Martinez ao programa Animales Sueltos



O boxeador Sergio "Maravilla" Martinez, 37, é considerado o melhor peso médio (72,6 kg) da atualidade mesmo não sendo detentor de cinturão mundial. Na entrevista acima da televisão argentina com mais de 40 minutos fala de sua vivência.

Via Info Combate

quinta-feira, 29 de março de 2012

Entrevista com Daniel Fucs

Daniel Fucs / (Foto: Globo.com)

Daniel Fucs é árbitro de boxe há mais de duas décadas, foi Diretor de Boxe Profissional e Vice-Presidente da CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe) e hoje ocupa o cargo de Supervisor Nacional de Boxe da mesma entidade além de manter assento no Conselho de Governadores do CMB (Conselho Mundial de Boxe), único brasileiro com esta função.

Hoje é figura pública sendo visto comentando lutas de pugilismo nos canais SporTV ou concedendo entrevistas em outros veículos e mantém o blog Combate no site da Globo.com. Em entrevista ao Córner do Leão fala da sua visão das condições atuais do boxe brasileiro.

Como faz para buscar a neutralidade nos comentários de boxe tendo outras funções no meio?

Não vejo empecilho na manutenção de outra atividade e sim maior responsabilidade. É preciso ter seriedade, satisfação no trabalho e honestidade. Credibilidade é algo que se conquista. Por outro lado, estou sempre estudando e mantendo contato com diversas pessoas em outras partes do mundo. Eu não suportaria ser conhecido como “chutador” ou precisar desmentir constantemente informações / mudar de opinião como vejo acontecer no meio. Ser parado na rua e indagado constantemente dos motivos pelos quais não comento outros esportes deixam-me a certeza que o caminho está correto.

Seja no blog ou na TV, as passagens como árbitro, diretor de boxe profissional e vice-presidente da CBBoxe influenciam de que forma?

Como árbitro, o conhecimento das regras internacionais e de pessoas relevantes ajuda muito. Por exemplo, em 99,9999 % das vezes percebo antecipadamente a atitude que o árbitro tomará em seguida, ou o que vai acontecer numa luta polêmica, antes do anúncio oficial.

Com relação aos cargos, existe um ciclo que não tem fim. Meus comentários explicitados de forma independente chamaram a atenção da Confederação, quando ainda era somente árbitro. Ao ocupar cargos cada vez mais importantes, a credibilidade na mídia e junto ao aficionado também foi se tornando mais sólida e o ciclo continua. Quando uma emissora concorrente solicita uma entrevista ou indicação de uma pessoa para realizar comentários de boxe, novamente comprovo que o caminho da decência foi o correto.

Nos últimos anos ocorreram algumas mortes em decorrência de lutas de boxe que chamaram atenção da mídia inclusive no Brasil. Isto de alguma forma afeta o desenvolvimento do esporte no território nacional e no mundo?

Toda morte ou lesão grave afeta qualquer esporte. Seja no boxe, no vale tudo, no futebol, no automobilismo, no ciclismo, no parapente e etc. O que me incomoda no boxe é o descaso que muitos fazem, considerando como um pedaço de carne morta aquele ser humano que está do seu lado fornecendo-lhe uma forma de rendimento. Dá-se pouca importância à vida. Um dirigente que permite uma luta sem a presença de ambulância ou com um boxeador que recentemente perdeu várias lutas por via rápida deveria estar respondendo a processo no ministério público. Quando vejo um agente – às vezes dublê de dirigente – encaminhar um boxeador, muitas vezes desconhecido, para o matadouro, com objetivo dele (agente) faturar alguns dólares fico pensando o quão triste deve ser a vida deste cidadão. Aliás, no boxe a nomenclatura agente foi disseminada por mim e agora é muito utilizada. Eu me recuso chamar de empresário alguém que se importa apenas com o dinheiro que vai receber e não com a carreira do atleta. A palavra agente me lembra alguns filmes antigos quando o enredo abordava a função do mesmo, cujo objetivo era conseguir dinheiro para o ator e para ele mesmo, independentemente de ser um bom ou mal papel. Quase tão ruim quanto o agente irresponsável é o boxeador que faz propaganda do mau agente, comprando uma briga que não é dele. Mas pior do que este é o pugilista ou ex-pugilista que consegue levar colegas para o exterior visando proporcionar escadas para atletas estrangeiros. E pior: algumas vezes recebendo mais dinheiro do que o próprio pugilista.

Essas mortes recentes levaram à alguma mudança de regras ou fiscalização no esporte? Em sua opinião deveria acontecer alterações?

Pouca coisa mudou. A entidade a que pertenço tem preocupações cada vez maiores, mas não posso responder por outras. Lembro-me de uma reunião com uma entidade independente que tentou se filiar à CBBoxe na época que eu era o vice-presidente. O então presidente da CBBoxe, Luiz Cláudio Boselli, respondeu que não haveria problema, desde que a regulamentação da Confederação fosse cumprida, incluindo os cuidados com os eventos. O tal presidente da entidade independente nos olhou de forma séria, parecia insatisfeito com a resposta, comentou que não gostaria de interferência e nunca mais nos procurou. Hoje em dia faz boxe da maneira dele, bem diferente da CBBoxe e com mais riscos.

O Ministério do Esporte, após uma morte há alguns anos, tentou fazer com que os combates no Brasil fossem autorizados pela Confederação como ocorria há algumas décadas. Mas isso não foi para frente. A legislação atual permite que cada um faça o que quiser. Enquanto ninguém for indiciado, julgado e preso a bagunça vai continuar.

Em seu artigo "Mais letras na sopa" de 15 de fevereiro, o senhor aponta a proliferação de entidades no esporte. Tal fenômeno é danoso ao boxe?

No início, a criação de novos organismos de controle mundial foi benéfica ao esporte. As cisões na WBA e a criação do WBC, IBF e WBO permitiram que grandes boxeadores tivessem oportunidades que talvez nunca lhes fossem concedidas. No Brasil tivemos o exemplo de Popó que após conquistar dois títulos com a WBO unificou a coroa peso leve com a própria WBA. Entretanto, a falta de compostura de dezenas de pessoas que pensaram em enriquecer facilmente acabou por fazer com que fossem criadas em todo o mundo “entidades” (com aspas mesmo) sem credibilidade e dignidade. Até no boxe feminino isto está acontecendo. Em todos os países haverá gente tentando obter alguma vantagem com isso. Lembro-me de um boxeador do norte do país que me ligou estranhando que ninguém falava que ele era campeão mundial de boxe. Ele tinha conseguido um patrocínio para disputar um título mundial no Brasil e não via seu nome na mídia nem dinheiro nos bolsos. Foi triste contar a verdade.

Quais foram os benefícios e malefícios da Lei Zico que se tornou Lei Pelé e permitiu a formação de agremiações além das confederações nacionais?

Bem, de certa maneira a resposta está explicitada mais acima. Sempre tive a impressão que a Lei Pelé, com aqueles itens como a criação do atleta semiprofissional visasse fundamentalmente o futebol. E a FIFA cortou as orelhas dos anarquistas. Se fossem criadas novas entidades o Brasil estaria fora das Copas do Mundo de Futebol. No boxe, como existem várias entidades internacionais nada foi feito no país para impedir. Ao mesmo tempo em que evitou alguns de se manterem imperadores do boxe nacional, permitiu a criação de algumas entidades – não todas – despudoradas que nada fazem para o fomento do boxe brasileiro.

Como o senhor avalia a atuação de brasileiros e seus empresários no exterior?

Pra início de conversa, a maioria não atua como empresários preocupados com a carreira do atleta e sim como agentes gananciosos. Tenho escrito bastante sobre isso no meu blog. Na verdade, há mais de 10 anos que me pronuncio sobre a questão. Tem muita gente me olhando enviesado por divulgar os resultados dos brasileiros no exterior. Com raríssimas exceções, não vejo nenhuma vantagem, a não ser para os bolsos de alguns, com a ida de boxeadores do Brasil, muitos desconhecidos do grande público. Raramente algum dos melhores brasileiros luta no exterior com um mínimo de igualdade técnica. Não é fácil ouvir o que escutei, na China, do presidente da federação mexicana. Quando alguém precisava de uma vitória fácil era só contratar um brasileiro. Minha indagação sobre o motivo que o levava a aceitar lutas de brasileiros sem autorização da Confederação acabou por gerar um pedido de desculpas do dirigente. Porém, o exemplo serve para mostrar como somos considerados no exterior.

No atual momento quem apontaria como destaque do boxe nacional e por quê?

Esta foi a única pergunta que precisei refletir mais de 20 segundos para responder. A resposta é difícil. Destaque para mim, não é aquele que se destaca no Brasil e sim o que tem condições de sobressair a curto ou no máximo num médio prazo fora do país. Gostaria de estar enganado, mas neste momento não vejo nenhum brasileiro no boxe profissional com estas condições, quando pensamos numa disputa de título mundial com chances de vitória em 2012. Para o ano em curso vejo mais condições no boxe olímpico brasileiro que no profissional. Pode ser que em 2013 seja possível, mas esta é uma questão para ser analisada no final do ano.

domingo, 25 de março de 2012

Bert Sugar falece aos 74 anos

Bert Sugar / (Foto: Todd Plitt - USA Today)

O lendário cronista de boxe Bert Sugar dos EUA faleceu hoje aos 74 anos em decorrência de um câncer no pulmão. Conforme a CBS de Nova York, o jornalista morreu acompanhado pela família no Northern Westchester Medical Center em Mount Kisco no estado de Nova York.

Figura carismática e facilmente reconhecida com seu chapéu fedora e charuto, Sugar deixa extensa obra sobre a nobre arte e sempre foi consultado por diversos jornalistas e profissionais de outras áreas.

Nascido em 7 de junho de 1937 em Washington D.C, capital dos EUA, Sugar se formou na Universidade de Maryland e concluiu a pós graduação e o MBA na Universidade de Michigan. Trabalhou por 10 anos com publicidade, mas se encontrou escrevendo sobre boxe.

Comprou a revista especializada Boxing Illustrated em 1969 e foi seu editor até 1973. De 1979 a 1983 foi editor e publisher da The Ring. Em 1988 voltou a editar a Boxing Illustrated e em 1998 fundou a Bert Sugar's Fight Game.

Foram mais de 80 livros, na maioria sobre boxe, em maio de 2009 escreveu um sobre os maiores nomes do baseball, esporte altamente popular em sua nação. Em janeiro de 2005 entrou para o International Boxing Hall of Fall.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Último Rounde, o blog do Sr. Newton Campos

 Banner do Último Rounde / (Divulgação)

Surfando pela internet encontrei o blog Último Rounde que pertence ao senhor Newton Campos, o mais antigo jornalista de boxe em atividade. O espaço na rede tem a última postagem de 2009, entretanto Campos tem atualizado o site da Federação Paulista de Boxe (FPB).

O Último Rounde traz conhecimentos históricos da nobre arte e um perfis de lutadores do passado, não apenas americanos, mas brasileiros também, um conhecimento que carece de maior divulgação.

Para acessar o conteúdo do Último Rounde clique aqui.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Daniel Fucs aponta a proliferação de cinturões

"Em várias partes do mundo é muito fácil criar uma 'instituição'. No Brasil, basta registra-la num cartório requerer um CNPJ e outras questões legais facilmente alcançáveis. Não se leva mais de dois meses.", esta frase do comentarista Daniel Fucs exemplifica a irrelevância que os cinturões de boxe vem tomando no período atual.


Fucs em seu blog Combate postou o texto Mais letras na sopa apontando a disseminação de "campeões" mundiais que vem tomando o boxe. Para ler o artigo na integra clique aqui.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Chisora sai na porrada com David Haye em coletiva de imprensa



Após perder o combate de ontem para o ucraniano campeão mundial dos pesados do Conselho Mundial de Boxe (CMB) Vitali Klitschko, 40, o britânico Dereck Chisora, 28, brigou na coletiva de imprensa pós-luta com o compatriota David Haye, 31.

Tudo começou com o empresário de Klitschko Bernd Boente declarando à Haye: "você já teve sua oferta e não aceitou, está fora. Você não pode se colocar novamente na luta, você nem tem cinturões". Chisora então desafiou Haye, mas Haye refutou o chamando de "perdedor".

Chisora o intimou a chamá-lo assim na sua cara e se aproximou de Haye iniciando a baderna. Após a ordem ser restaurada um furioso Chisora declarou muitas vezes que iria "atirar" em David Haye e afirmou que o mesmo o acertou com uma garrafa.

Adam Booth, empresário de Haye, saiu da confusão com o rosto machucado, e Chisora sugeriu que seu próprio cliente o acertara por engano. Enquanto isto, a equipe de Klitshko observou tudo com um sorriso leviano no rosto e Boente declarou: "após a péssima experiência com lutadores britânicos vamos procurar oponentes em outros países".

Fonte: FightNews

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fanáticos por MMA tem conteúdo do Córner do Leão

Fanáticos por MMA / (Logo)

Desde o começo do ano, um dos principais sites de MMA vem reproduzindo o conteúdo de boxe do Córner do Leão. O espaço organizado por Fabio Souza vai além da reprodução de resultados falando da vida pessoal dos atletas, negócios e outros debates sobre o tema.

Um destaque dou é a história do lutador de MMA Flávio Álvaro, de origem humilde trabalha no pequeno comércio que tem junto a mãe para ajudá-la no sustento e apesar de possuir 48 vitórias nos octógonos nacionais ainda não recebeu sua grande chance. O mesmo já teve sua história contada no programa A Liga e eu cobri alguma de suas lutas no meio da década passada.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Playboy de fevereiro traz perfil de Manny Pacquiao

Manny Pacquiao (Foto: Divulgação)

A Playboy brasileira de fevereiro traz um perfil do campeão mundial de boxe Manny Pacquiao, 33, feito pelo jornalista Fernando Valeika de Barros. A edição fala um pouco da vida de PacMan, seus desafios, mas também faz comparações com o MMA em específico o UFC.

Aponta que o filipino pode ser o último grande do esporte e que a tendência atual na nobre arte é o "pound to pound" fenômeno no qual pugilistas acertam um peso estipulado, até entre categorias e enfrentam rivais de pesos distintos. O que ocorre cada vez mais dada a decadência entre os pesados.

Ao trazer dados o repórter reforça a realidade. Pacquiao faturou US$ 52,5 milhões em um ano, mais do que o  piloto espanhol de F-1 Fernando Alonso e o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo. A matéria ainda traz citações do promotor de boxe Bob Arum e fala do crescimento de Dana White e dos irmãos Fertitta frente ao UFC.

No dia 12 de novembro Pacquiao venceu Juan Manuel Marquez diante de 16.368 no local e 1,4 milhões de espectadores pelo sistema de pay-per-view nos E.U.A e recebeu US$ 27 milhões. O campeão dos pesados do UFC Cigano no mesmo dia quando faturou seu trono foi assistido no local por 11.607 pessoas, mais 5,7 milhões na TV aberta americana e faturou US$ 220.000.

Para quem é fã de Pacquiao, boxe ou lutas em geral a edição é um bem que vale a pena adquirir. Ao meu ver, MMA e boxe são esportes diferentes que numa televisão disputam si, mas também competem contra telejornais, filmes, novelas e outros esportes e até outras mídias como a própria playboy que traz Jéssica Amaral, eleita dona do bumbum mais bonito pelos leitores.

Uma frase de Napoleão Bonaparte define algo para aqueles que se deixam tomar por paixões ao defender tanto o MMA quanto o boxe: "os grandes oradores que dominam as assembleias com o brilho de suas palavras são, em geral, os políticos mais medíocres; não se deve combatê-los com palavras, pois eles sempre terão outras, mais pomposas que as nossas; é preciso contrapor à sua eloquência um raciocínio estreito, lógico: a força deles está na falta de clareza; é preciso trazê-los à realidade dos fatos, já que o concreto os aniquila".

Capa da Playboy / (Foto: Divulgação)