Charles Bronson
Sentenciado originalmente há 7 anos por roubo de uma agência de correio, está trancafiado por mais de 34 anos sendo 30 na solitária. A história de Charles Bronson, nome adotado por Michael Gordon Peterson, aguçou o interesse dos leitores e trago mais um pouco dela aqui no Córner do Leão.
Mesmo tendo uma sentença tão longa por conta de suas rebeliões, nunca matou um ser humano e não agrediu nenhuma criança e mulher, seus alvos sempre foram autoridades que ele considera abusivas e uma maioria composta por criminosos.
Seu atual temperamento calmo é fruto do trabalho efetuado nas aulas de arte e literatura, publicou 11 livros e tem obras plásticas premiadas sendo que teve uma exposição no metrô londrino, mas por constranger familiares de suas vítimas os quadros foram retirados.
Não tem permitida visita de familiares e amigos, inclusive sua mãe de 78 anos. Até hoje tem sua condicional negada apesar de não ter ao menos levantado sua voz por 10 anos. Em 2009, o diretor Nicolas Winding Refn trouxe sua história para os cinemas com o filme Bronson.
Na obra, o ator britânico Tom Hardy, futuro Mad Max, interpreta o presidiário num papel complexo que não julgo como vilão, herói ou anti-herói do estereotipo hollywoodiano. Autoridades inglesas creem que a renda do filme deva ser revertida para as vítimas do biografado.
Bronson fez escolhas e foi encarcerado por elas, mas tanto tempo na prisão faz pensar se esse sistema no caso dele é falho e se seu caso está sendo julgado corretamente. Também vale lembrar se ele conseguiria se readaptar a liberdade. Uma de suas biografias se chama: “I Fear no one. Violence only makes madder and stronger” (Não temo ninguém. Violência só me deixa mais louco e mais forte).
Abaixo cenas dele praticando boxe no cárcere e uma cena de boxe clandestino com uma estética estilizada lembrando um videoclipe que levou o trabalho a ser um “herdeiro” do filme Laranja Mecânica (1971) de Stanley Kubrick. Além da declaração do representante dos funcionários de presidios sobre a polêmica do filme.