Mostrando postagens com marcador miguel de oliveira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador miguel de oliveira. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de março de 2013

Miguel de Oliveira visita Forja dos Campeões

Miguel de Oliveira / (foto: Auri Jr.)

Texto de assessoria de imprensa

No último Sábado (2), a Liga Sorocabana de Boxe em parceria com a
Federação Paulista de Boxe realizou com sucesso a quarta rodada da 72ª
Forja de Campeões 2013, torneio realizado na Academia Runner Club de
Sorocaba que fica na Rua José Maria Barbosa, nº 79 Campolim.

Esse torneio esse destinado a novos atletas de 16 a 34 anos e que
nunca disputaram uma luta oficial e tem o desejo de iniciar carreira
no boxe.

A 72ª Forja de Campeões 2013 é uma realização da Liga Sorocabana de
Boxe e conta com o apoio da Academia Runner Club de Sorocaba, Rudel
Sports, Padaria Real, Zofi Camisetaria e Panathlon Club de Sorocaba.

O evento começou as 16:00 hrs com a pesagem dos atletas e exame médico
que ocorreu até as 18:00 hrs, logo depois houve o congresso técnico
onde foi discutidos os últimos detalhes do evento. As 18:30 hrs foram
apresentados os atletas participantes e, logo foi dado o início a
rodada, com uma programação de 12 combates.

No evento, tivemos a ilustre presença de um dos maiores nomes do Boxe
Brasileiro, o Ex Campeão Mundial dos Médios Ligeiros Miguel de
Oliveira. Miguel possui um cartel com 50 vitórias dentre 56 lutas ?
sendo 25 vitórias por nocaute.

Em 1970, Miguel tornou-se campeão brasileiro e 2 anos depois ? então
já "rankeado" na Associação Mundial de Boxe (AMB) e no Conselho
Mundial de Boxe (CMB) ? venceu o 1° colocado do ranking da AMB e com
isso conseguiu o direito de disputar o título mundial.

Em maio de 1975, no Principado de Mônaco, Miguel venceu o então
campeão europeu, o espanhol José Duran e alcançou o título mundial dos
médio-ligeiros do Conselho Mundial de Boxe.

Também esteve presente no evento o boxeador e hoje lutador do UFC
Fabio Maldonado. O sorocabano tem luta marcada no UFC que será
realizado em Santa Catarina dia 18 de Maio ainda sem adversário
definido.

Palavras de Newton Campos, Presidente da Federação: ?A quinta rodada
do Torneio Forja de Campeões? prestigiada por considerável plateia,
mais uma vez mostrou a grandeza do grande torneio. Ninguém tem dúvida
que a edição 2013, está caminhando para se configurar no melhor
torneio de estreantes de todos os tempos. Marcou presença sábado na
Runner, o árbitro Walmir Rego, de experiência internacional, cuja
intenção é colaborar com a Liga Sorocabana de Boxe.?

Resultados da Quinta Rodada da Forja de Campeões.

LEVE - 60 KG.
Amaro Rodrigues (Alfa) venceu Matheus M. Silva (CA. Campinas) por
pontos, 5 a 0.

SUPER-LEVE - 64 KG.
Fabio Smogi (Eq. Juan Diaz) venceu Giliard Lima (TopBoxe/Piracicaba)
por pontos, 5 a 0.

Rodrigo Augusto (Ac. Boxe/Caieiras) venceu Richard B. Lima (E.S. Nene
V. Matilde) por pontos, 3 a 2.

MEIO-MÉDIO - 69 KG.
Jean S. Freire (PM. Lins) venceu Roger de Jesus
(Osan/Fupes/Jab/Santos) por abandono no terceiro rounde.

Henrique S. Chagas (Ac. M.Oliveira/S.Manuel) venceu Jackson G.
Rodrigues (CTL/Smel/Mogi) por pontos, 5 a 0.

Bruno Paiva (Lusitano/Selam/Piracicaba) venceu Bruno Rocha (Ac.
Brasil/Santos) por pontos, 5 a 0.

Diego F. Silva (Ac. M.Oliveira/S.Manuel) venceu Rodolfo Mezza (Ac.
Boxe/Caieiras) por pontos, 4 a 1.

Otavio M. Junior (Smel/Catanduva) venceu William R. Cardoso (Alfa) por
pontos, 5 a 0.

MÉDIO - 75 KG.
Thiago Oliveira (Nacional AC/Jundiaí) venceu Anderson Ramalho (Impacto
Academia) por pontos, 5 a 0.

Rafael Rodrigues (Alfa) venceu Francisco P. Nascimento (Nacional
AC/Jundiaí) por pontos, 5 a 0.

SUPER-PESADO - +91 KG.
Silvio A. Santos (Ac. Omega/CT) venceu Fabio Costa (CA. Campinas) por
pontos, 5 a 0.

No próximo Sábado (09) será realizado a sexta rodada, com atletas das
grandes equipes de São Paulo participando como Centro Olímpico,
Palmeiras, Corinthians e também, será a estreia do atleta da Rudel
Sports/ Academia Runner Sorocaba. A Luta será Válida pela categoria
dos Meio Médios (até 69 kilos), o sorocabano Marlon Carvalho enfrenta
Rafael Oliveira da equipe Daniel Smith/Jundiai.

Além de Marlon, mais dois atletas da equipe Rudel Sports/ Academia
Runner Sorocaba estão escritos na Forja de Campeões, Mateus Camargo na
categoria Peso Galo até 56 Kilos e Michel Carvalho pela categoria Meio
Pesado até 81 Kilos.
O técnico da equipe Sorocabana Vladimir de Godoi acredita que todos os
três têm grandes chances de chegar as finais da Forja, pelo tempo que
os três já vêm treinando com a equipe e também a evolução física e
técnica que cada um vem mostrando nas últimas semanas.

Como técnico Vladimir conta com diversas conquistas em território
Brasileiro e até mesmo Internacional, mas nunca a Forja de Campeões, e
pela tradição e importância do Torneio, essa conquista é sua meta.
A Liga Sorocabana de Boxe busca apoiadores para viabilizar todas as 15
rodadas semanais da Forja em nossa cidade, pois, isso ajuda para o
crescimento da modalidade na região e também uma opção de lazer ao
povo sorocabano aos finais de semana.

Venha prestigiar esse que é o maior evento de Boxe Olímpico da América
Latina e contribuir ainda mais para evolução desta modalidade em nossa
cidade. Os ingressos antecipados custam R$ 5,00 e podem ser adquirida
na Loja da Rudel Sports que fica na Avenida General Osório, 905, Vila
Trujillo, Sorocaba, telefone (15) 3033-4504. Ou no local do evento a
R$ 10,00.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bruno do KLB, aluno de Miguel de Oliveira, estreia no MMA

Vídeo de Canal MMATV

Bruno Finato  Scornavacca, 28, membro do grupo musical KLB fará sua estreia no MMA dia 16 de dezembro. O atleta da Macaco Gold Team é treinado no boxe pelo ex-campeão mundial Miguel de Oliveira.

No Fair Fight Bruno enfrentará Diego Ramones. A sua entrada no octógono tem despertado atenção da mídia. O mesmo há pouco foi vítima de uma acidente automobilístico que adiou seu começo na nova carreira.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Rosilete defende dia 22 de junho cinto WIBA

Miguel de Oliveira (esq.) e Rosilete dos Santos (dir.) / (Foto: divulgação)

A paranaense Rosilete dos Santos, 36, defenderá sua coroa supermosca no dia 22 de junho diante da uruguaia Maria Jose Nuñez, 38, no Centro de Excelência do Basquetebol, na cidade de São José dos Pinhais no estado brasileiro do Paraná.

4ª colocada no ranking da categoria supermosca pelo BoxRec, 4ª no do Conselho Mundial de Boxe (CMB) e como galo ela aparece em 2ª na tabela da Federação Internacional de Boxe (FIB). Portanto, segue sendo como uma das melhores representantes do Brasil nas tabelas.

Santos (26-5-0, 14 KO's) vem de uma vitória  em março sobre a regular Carina Maria Britos da Argentina em combate que serviu de teste após sua defesa de cinturão frente a colombiana Paulina Cardona que a ameaçou durante os 10 rounds e fez realmente uma luta de cinturão em dezembro do ano passado.

O combate contra Nuñez (11-9-0, 9 KO's) se dá como um processo progressivo de acompanhamento pelo seu novo treinador, o ex-campeão mundial Miguel de Oliveira que assumiu a função no lugar de Macaris do Livramento, manager e esposo da campeã.

A escolha de Nuñez se deu dentro da verba disponibilizada pelos patrocinadores, o boxe nacional encontra dificuldades para fazer grandes eventos com atletas de ponta. A uruguaia em seu último combate perdeu por nocaute técnico para a argentina Carolina Duer, atual campeã supermosca da Organização Mundial de Boxe.

Em setembro de 2011, Rosilete faturou a coroa da WIBA, então vaga, ao bater a mesma Nuñez por decisão unânime em 10 rounds, então o combate será uma revanche.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Video da luta de Rosilete dos Santos e Carina Maria Britos (03/16/2012)









Na última sexta-feira Rosilete dos Santos, 35, fez o que seu marido e empresário chama de "luta treino" com a argentina Maria Carina Britos, 23, não valendo seus cinturões supermosca da WIBA (Associação Mundial de Boxe Feminino) e WPC (Comissão Mundial de Pugilismo) - entidade menor -.

A contenda serviu mais para o técnico Miguel de Oliveira observar os progressos de sua nova atleta, antes treinava com o próprio Macaris, e para a mesma se recuperar de uma lesão no ombro sofrida no último combate no qual defendeu o trono contra Paulina Cardona da Colômbia.

A luta foi transmitida ao vivo pela ÓTV, empresa de comunicação do Paraná com vínculos com as Organizações Globo e esta disponibilizada em seu site com comentários de Cristian Toledo e Madson Ramons junto com a narração de Marcelo Ortiz.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Luta de Rosilete hoje terá transmissão pela internet da ÓTV

Rosilete dos Santos / (Foto: Divulgação)

O combate de hoje entre a campeã supermosca WIBA Rosilete dos Santos, 36, do Brasil e a argentina Carina Maria Britos, 23, não válida pelo cinturão, terá transmissão por internet da ÓTV a partir das 21 horas. O evento será realizado em São José dos Pinhais no Paraná.

Rosilete (25-5-0, 14 KO's) volta de uma lesão no ombro sofrido em seu último combate contra a hábil colombiana Paulina Cardona. Britos (8-11-0, 4 KO's) é uma adversária de pouco perigo, portanto a luta acaba sendo um "jogo amistoso" para testar as mudanças proposta para Rosilete por seu novo treinador, Miguel de Oliveira.

Para acessar o site da ÓTV clique aqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

"...até ele (Patrick Teixeira) me enfrentar realmente em uma luta não terá um sono tranquilo"

Samir dos Santos / (Foto: Guga VW)

Na última terça-feira (06/03) os presentes no Conjunto Desportivo Baby Barioni assistiram Patrick Teixeira, 21, vencer com um avassalador nocaute técnico Samir Santos, 31, após quatro quedas e um round que durou aproximadamente quatro minutos, as regras são de três minutos.

Em entrevista respondida por e-mail ao Córner do Leão, Samir fala sobre o que ocorreu no ringue, uma possível revanche com Samir, o reencontro com o técnico Miguel de Oliveira e dispara contra seu desafeto Michael Oliveira e o deputado Acelino "Popó" Freitas.

Olhando com calma agora. Como você avalia seu combate com Patrick Teixeira?

Bom, me criei vendo lutas de boxe e foi o que fez eu me apaixonar por este esporte, vi grandes campeões que passaram por isto e como te falei descendo do ringue no dia da luta não vi a a luta... Houve um segundo de distração ou mesmo de bom momento do meu adversário onde soube colocar o melhor golpe para ter a definição de todo um combate, mas para te dizer o que aconteceu digo que fiquei frustrado da mesma forma em que vi grande nomes do boxe mundial passarem por isto e recentemente no MMA o grande ídolo Vitor Belfort foi surpreendido por um golpe inesperado de Anderson Silva que acabou com um trabalho inteiro e com certeza o que seria uma grande luta. Em todas estas situações sofri o mesmo tipo de frustração antes como espectador, mas naquele dia senti na pele.

Houve quatro quedas no primeiro round até o encerramento do embate. O número pode ser acertado entre os promotores, mas no exterior geralmente optam por 3 quedas. O que você diz sobre isto?
Sobre isto fomos avisados que seria desta forma com mais de três quedas nos rounds só dando o nocaute final ao final de uma contagem ou não podendo o lutador retornar, portanto estavamos cientes disto.

O jornalista Wilson Baldini, presente no evento, apontou que o round parece ter durado mais de 3 minutos e outros no local tiveram a mesma impressão. O que pode falar disto?

Bom, isto realmente pude ver e sentir em cima do ringue no decorrer do round, realmente estava um pouco zonzo, sem noção de distância por causa do golpe, mas noção de tempo é o que mais se tem nesta hora. Percebi que o round não acabava mais e que realmente se passaram bem mais que os três minutos do round e já houvi de algumas pessoas que estiveram presente que o round teria chegado perto dos quatro minutos e meio. O jornalista Wilson Baldini está acostumado e escreve sobre boxe há anos e tem a mesma noção de tempo de um round que um lutador, temos isto gravado por treinarmos à exaustão sobre o tempo de três minutos dos rounds e quando isto passa nem que for pouco é visivelmente notado ou pelo lutador ou por quem esta acostumado como é o caso de Wilson. E com certeza se fosse dado os tres minutos do round daria para voltar ao córner respirar e voltar para um segundo round com a casa organizada e aí sim poderiamos ter um combate com o resultado bem diferente.

"Michael é 'guri de apartamento',ele não desce para o campinho de terra para não se sujar" 

No Facebook seu técnico Paulo Lima declarou que houve uma conversa pessoal entre vocês e que devolveriam o "caroço enlatado" em uma revanche com direito a "devolver a promissória em mãos". Houve algo nos bastidores?
O que o Paulo disse assino embaixo, pois sou um lutador de enfrentar meus desafios e de sobre tudo subir no ringue para lutar, se por algum motivo, e veja bem deixar bem claro que não foi falta de técnica, a luta teve este desfecho,... Bom alguém vai sofrer o penâlti... Tenho um respeito não só a meu adversário Patrick e toda sua equipe assim como sempre tive aos meus adversários e não seria diferente, pois sou um profissional e sei diferenciar meu trabalho de rixas pessoais, mas o Patrick sabe e todos que lá estiveram e que me conhecem sabem que já fiz lutas duríssimas, e ano passado fiz 43 ronds de lutas duras dentro e fora do país e que esta luta com o Patrick não aconteceu, mesmo estando hoje no seu cartel, ele sabe que não me enfrentou numa luta e não provou que suportaria uma luta comigo até o fim. Por isto com certeza a revanche já é nosso pedido junto a equipe dele e ao seu empresário Edu Mello e que só depois dele lutar de verdade e sentir a patada do gaúcho poderá deitar a cabeça no travesseiro sem ficar incomodado pensando: "com este eu já lutei", até ele me enfrentar realmente em uma luta não terá um sono tranquilo.

Você é gaúcho e Patrick catarinense, dois estados com uma certa "rixa". Há rivalidades entre vocês dois?

De maneira alguma, mesmo porque tenho vários atletas amigos de Santa Catarina e quando resolvi que queria lutar sempre senti uma realização pessoal em minhas lutas. Sou bairrista, sou gaúcho de coração, mas o que faço no ringue é uma realização pessoal e não ponho bandeiras lá até porque tenho fãs e seguidores da minha carreira em todo Brasil e vários países que lutei.

Como foi a sensação de ter mais uma vez o técnico Miguel de Oliveira em seu córner?
Fico sem palavras para dizer a alegria que sinto toda vez que estou com o Miguel e que foi não só meu treinador mas como um pai para mim na temporada de 5 anos em que morei em São Paulo sob os treinamentos e ensinamentos dele e tê-lo mais uma vez junto a minha equipe no meu vestiário e no meu córner faz com que eu me torne um lutador realizado quanto a pessoas especiais que tenho ao meu lado.

Você vem desafiando Michael Oliveira nas redes sociais. Após esta derrota irá manter o desafio? Se vê em condições de desafiá-lo?

Como falei antes esta luta não credenciaria nem eu nem meu adversário a lutar com o Michael, se bem que posso arriscar a dizer que enfrentaria ele mesmo zonzo depois da minha luta, Michael é "guri de apartamento",ele não desce para o campinho de terra para não se sujar. Em outra entrevista antes da luta falei que vinha de uma temporada de 6 lutas duras sendo a última no mês de dezembro e que estava planejando voltar aos treinos a partir de fevereiro ou março para lutar em abril, não obstante aceitei a luta com Patrick e fui para a guerra, pois sou lutador de verdade, e não vejo a minha derrota como algo que me desqualifique para voltar a lutar seja com quem for pois sei do que sou feito

Agora ter que aceitar as últimas notícias de que o nosso "Menininho de Ouro" Michael que quer tanto "ajudar" o boxe brasileiro, vai lutar com o senhor ilustríssimo deputado federal Acelino Freitas, o "Popó", que foi eleito por brasileiros para representar o país, e fez fãs no Brasil e mundo inteiro e que a luta deles será no Uruguai... Deixa meu round com os 4 minutos e meio que tá tranquilo, mas isto eu já não aguento!


Vídeo de Samir Santos x Patrick Teixeira - cinturão AMB Fedecentro - (06/03):

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Esporte brasileiro perde Sr. Antonio Carollo, lenda do boxe latino

Antonio Carollo (esq.) / (Foto: Divulgação)

Por Sidnei Dal Rovere



Sr. Antonio Carrollo sempre foi muito atencioso, cuidava da preparação técnica, tática e física de todos os seus boxeadores, nunca parou de estudar, aprender e reciclar seus conhecimentos, depois de ser o técnico na conquista da medalha de bronze do Servilio de Oliveira nos Jogos Olímpicos de 1968, ser o técnico na conquista do Miguel de Oliveira do título mundial no boxe profissional em 1975, ainda foi buscar orientações do búlgaro Stravi Bacharov (que desenvolveu o boxe olímpico).

Após este período foi o técnico dos boxeadores amadores Acelino "Popó" Freitas e Valdemir "Sertão" Pereira que no boxe profissional conquistaram os títulos mundiais em suas categorias de peso. Sr. Carollo obteve 28 títulos por equipe, 23 pela ADCPirelli e 5 pelo São Paulo Futebol Clube. Todos os dias treinava corrida em volta do campo da ADCPirelli, depois ia bater no saco e no puching-ball na academia do clube, quando viajava como técnico da equipe brasileira de boxe, foi técnico em 5 Olimpíadas, sempre arrumava um tempinho para seus treinamentos, ontem, 17/02/12, foi praticar esporte como ele sempre fez, foi nadar e teve um mal súbito, partiu aos 88 anos, deixando de luto o boxe brasileiro.

O velorio será realizado amanhã (19/02) das 6 horas da manhã até as 14:00hs no cemiterio do Araça, localizado na Rua Dr. Arnaldo nº 666 e o seputalmento será realizado no cemiterio da Consolação aproximadamente das 14:30hs na Rua Consolação nº 1660.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mestre Antonio Ângelo Carollo

Antonio Carollo / (Foto: Divulgação)


Por Sidnei Dal Rovere

Começou no boxe em 1954, aos 17 anos de idade, tendo como técnico Waldemar Zumbano, foi campeão no campeonato Paulista dos Novos, mas sua carreira não foi longa, apenas 2 anos e logo após seu casamento, em 1945, Carollo pendurou definitivamente as luvas.

Depois de fazer um curso para formação de técnico em boxe, em 1957, foi ensinar a maestria dos punhos no Clube Aramaçã em Santo André.

Trazia seus lutadores de trem para lutarem em São Paulo, descia na Estação da Luz e então iam a pé rumo ao Clube Wilson Russo, na Consolação. Terminavam os combates e saiam correndo da Consolação até a Estação da Luz, para que pudessem pegar o último trem até Santo André. Saiu do Aramaçã e fez história na ADC Pirelli.

Três anos mais tarde a Pirelli começava a se destacar ao vencer o primeiro “Torneio dos Campeões”. As lutas eram realizadas no Circo Piolim e televisionadas pela antiga TV Tupi.

Na época participavam grandes clubes, Palmeiras, Corinthians, Portuguesa, São Paulo, Wilson Russo (que era a maior força do boxe), além de muitas firmas que mantinham um departamento de boxe, como a Matarazzo.

Já em 1963 grandes lutadores estiveram sob sua orientação: Rubens Alves de Oliveira, Pedro Dias, Rubens Vasconcelos e Edson Jorge que conquistaram medalhas nos Jogos Pan-americanos realizados em São Paulo.

Em 1968, a única medalha olímpica do boxe brasileiro foi conquistada pelo seu pupilo Servílio de Oliveira, sob sua orientação, nos Jogos Olímpicos do México.

Servílio como boxeador profissional também foi campeão brasileiro e sul-americano, chegou a ocupar a terceira posição do ranking mundial.

Miguel de Oliveira que treinou na Pirelli sob os cuidados do técnico Carollo, conquistou o título mundial de boxe do Conselho Mundial de Boxe em 1975 contra o espanhol José Duran.

Chiquinho de Jesus é outro destaque que também foi treinado por Carollo, tanto no boxe amador (é o boxeador amador brasileiro que conquistou o maior número de títulos regionais, nacionais e internacionais); como profissional, conquistou o título brasileiro e sul-americano (até os anos 80 para disputar e lutar pelo título sul americano era necessário ser o primeiro do ranking e vencer o campeão sul-americano); Chiquinho de Jesus ainda disputou o título mundial contra Julian Jackson.

No São Paulo Futebol Clube, treinou grandes boxeadores, entre eles, Popó. Acelino Freitas que foi medalha de prata do pan-americano da Argentina em 1995 e depois conquistou 3 títulos mundiais para o Brasil.

Valdemir “Sertão” Pereira que foi o quarto brasileiro a conquistar o título mundial de boxe também foi pupilo do Carollo na carreira de boxeador amador.
Dos 4 boxeadores brasileiros que conquistaram título mundial no boxe profissional, 3 passaram pelos ensinamentos do Carollo.

Podemos passar o dia todo e não conseguiremos listar todos os grandes boxeadores que tiveram a sorte de ser orientado pelo mestre Antonio Ângelo Carollo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Rosilete bate Paulina Cardona por cinturões WIBA e WPC




Combate foi o maior evento e principal título em solo brasileiro

A paranaense Rosilete dos Santos, 36, manteve o cinturão WIBA (Associação Internacional de Boxe Feminino) – 1º divisão no boxe feminino – e o título da WPC (Comissão Mundial de Pugilismo) – liga de acesso do esporte – versão supermosca (52,1 kg) diante da colombiana Paulina Cardona, 22, no ginásio Ney Braga da cidade de São José dos Pinhais no estado brasileiro do Paraná.

A luta foi equilibrada tendo Rosilete (25-5-0, 14 KO’s) encontrado em Cardona (19-10-4, 7 KO’s) uma adversária digna de disputa mundial tendo sido derrotada apenas para peixes grandes do tablado feminino.

A catimba, jogo de pernas, esquiva e agilidade de Cardona são seus pontos fortes, mas os golpes mais contundentes e precisos foram de Rosilete que mostrou evolução no ringue e ganhou técnica tendo atacando bem na região do abdomên, resultado do trabalho do treinador Miguel de Oliveira, ex-campeão mundial médio-ligeiro que foi o homenageado da noite.

Os jurados deram nas papeletas 100-90, 99-98, e 100-09 para Rosilete. “Ao menos esperava um empate, não foi um resultado justo”, afirma Cardona. Seu técnico Salome Herrera acreditava até numa decisão majoritária para a brasileira.

Rosilete apesar de titubear no início se reencontrou no 2º assalto no ringue. “Foi uma briga dura e foi justo o resultado” aponta Oliveira que vê em Cardona uma pugilista “muito técnica e experiente”. Rosilete é a principal pugilista nacional e segue como maior nome feminino nesta modalidade no país.

Rosilete descansará do combate de ontem, o mais relevante em questão de títulos na história recente do boxe nacional e que figura entre os principais femininos da temporada, e pretende regressar no próximo ano em São Paulo.

Com status de heroína em seu estado Rosilete apesar de campeã mundial por uma entidade de primeira divisão ainda é pouco conhecida fora do Sul do país e o movimento para São Paulo a beneficia.A vitória a qualifica para a história do esporte e não apenas a nacional.

O evento – gratuito – organizado por Macaris do Livramento contou com uma estrutura também não vista no país há temporadas tendo transmissão no site da ÓTV que pertence ao grupo Globo e tendo Rosilete aparecido em matérias da Globo local em quatro dias.

*O repórter esteve em São José dos Pinhais, Paraná cobrindo o embate por convite da organização do evento.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Documentário estudantil de 2009 mostra rotina de lutadoras brasileiras

Alunas de Rádio e TV da Anhembi Morumbi produziram o documentário Mulheres de Arena em 2009 sobre a rotina das pugilistas brasileiras.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Edvan, o causador


 Edvan Batista do Nascimento / (Foto: Arquivo Pessoal)

No meio dos futebolistas há a figura do “amigo de boleiro”, um chegado que funciona como faz-tudo do astro dos gramados ou até mesmo de jogadores de 2ª divisão. No boxe também é normal ver seus astros cercados por companheiros que são mais que assessores sendo o mais notório Drew Bundini Brown que foi treinador assistente e córner do grande Muhammad Ali de 1963 até sua última luta em 1981. Antes havia trabalhado com o também lendário Sugar Ray Robinson. Escreveu muitos dos poemas que Ali recitava antes dos combates e neles colocava a frase “voe como uma borboleta e pique como uma abelha, suas mãos não acertam o que seus olhos não veem”.

Nas academias eles são figuras constantes, até porque de certa forma trazem um novo clima aos treinos e quebram o estereótipo do Bad-boy que alguns insistem em interpretar. Nas sessões ministrados pelo ex-campeão mundial Miguel de Oliveira com seu assistente João Cardoso na academia Companhia Athletica no bairro do Brooklyn em São Paulo também há um personagem peculiar que serve de alívio cômico e conselheiro aos amigos, Edvan Batista do Nascimento.

Pele morena, cabelos crespos, uma barriga um tanto saliente, olhos grandes e firmes. Mesmo sem querer acaba chamando atenção no restaurante da academia conceituada tanto que é cumprimentado por quase todos com um simpatias e brincadeiras, e sendo recíproco parece o prefeito de lá. Na mesa também está Oliveira, seu professor que tem uma personalidade contida que demora a se soltar e até se contrasta com o estilo do aprendiz. ~

Pouco após Oliveira deixar a mesa, outro amigo chega e nos cumprimenta, olhos verdes claros quase azuis e fixos dá um aperto de mão forte para cada. Começam a falar de suas rotinas de trabalho, Edvan tem agenda corrida e na maior parte do tempo está de roupa social, já o amigo de traje esportivo é Álvaro José, jornalista com carreira reconhecida e muitas coberturas de Olímpiadas em grandes emissoras.

“Esse aqui é o que criou o ‘Princeso’”... Álvaro solta um riso contido que vira uma breve gargalhada: “esse negócio pegou na academia, quando me mostraram no site não acreditei. Até falei pro (Raphael) Zumbano notificar o jornalista, mas quando fui ver ele já estava pedindo votos. “Princeso Zumbano Love”. O comentarista esportivo ri mais um pouco e depois se despede partindo para outra mesa.

Na conversa falamos de sua atuação nas redes sociais. Após o já clássico brasileiro combate de Jackson Jr. e Pedro Otas, Edvan jogou lenha na fogueira falando que Alexsandro “Pit” Cardoso é melhor que ambos e que ele mesmo os derrotaria juntos no ringue. As equipes destinaram muitas mensagens indignadas ao fanfarrão e questionando suas habilidades no tablado.

Outro alvo de seu ácido virtual é o cidadão de Miami, Michael Oliveira. Questiona sua competência no ringue e não admira como expõe seus carros e bens em um país tão desigual.

“O Edvan é um personagem dele mesmo, é uma figura”, destaca Sérgio Cardoso, colega de treinos. “Este é um personagem dos bastidores do boxe”, conta Fernando Abramovay, outro parceiro de trocas de golpes que segura um saco com gelo contra o olho esquerdo.

“Já ouviu falar do troféu ‘Zumbaninho’?”. “Não, o que é isso?” – indago Edvan. A risada sai com naturalidade e seus olhos viram para o alto: “É a premiação que fiz em ‘homenagem’ ao nosso amigo para o pior da academia”. Outro rapaz de laranja ruboriza e solta com voz tímida: “logo mais passo esse título pra outro”. Já estamos no treino e Edvan todo de negro, calção, camiseta e tênis.

João Cardoso ri disfarçadamente e desvia o olhar, um pouco depois aponta que o amigo ajuda pessoas do meio pugilístico, mas que é tímido e não gosta de falar. Edvan desvia o assunto: “tá vendo aquele pesado ali? Tem que ser ele meu sparring, porque o resto não aguenta”, o empresário do ramo de construção aponta para um homem de 30 e poucos anos, quase 1,85m e mais de 100 kilos. É notável que sua felicidade vem da auto-estima.

O maior cruzador de todos os tempos e tetra-campeão dos pesados Evander Holyfield, é o maior ídolo de Edvan nos ringues. Tanto que o apelidaram ou ele se auto denomina “Edvander Holyfield”. Suas brincadeiras são mais fruto da citada elevada auto estima e fanfarronice do que arrogância, há uma linha tênue que separa os dois comportamentos, mas ela não é cruzada – na maior parte das vezes –.

Muhammad Ali teve na amizade de Bundini Brown um conforto para os dias tristes e ainda mais ânimo nos alegres. Zumbano Love encontrou o seu “Bundini Brown” em “Edvander” Batista do Nascimento.

 Bruno (KLB), Zumbano Love e Edvander / (Foto: Arquivo Pessoal)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Entrevista com João Cardoso


 João Cardoso de Oliveira / (Foto: Divulgação)
Nos anos 1990 a emissora Band teve um crescimento chamativo na cobertura de boxe tendo como estrela principal Adilson “Maguila” Rodrigues. Neste elenco também esteve João Cardoso que tinha suas lutas transmitidas em cadeia nacional e chegou à disputar o cinturão mundial dos galos da Organização Mundial de Boxe.

O ex-pugilista tem um cartel de 20 vitórias, 13 nocautes e 6 derrotas e em entrevista revela sua rotina de professor de boxe em uma academia de ponta na capital paulista assim como também fala do problema de saúde que o levou aos ringues e posteriormente o início no profissionalismo.

O que o levou a pratica de boxe e posteriormente a sua estreia como profissional?

Sempre tive problemas respiratórios na infância e de alguma forma sabia que a atividade física seria o caminho para minha melhora ao mesmo tempo ouvia falar muito de Éder Jofre e Miguel de Oliveira, campeões do mundo. Pratiquei caratê como defesa pessoal e por meio de um amigo iniciei no boxe com duas intenções, melhora da condição cardiorespiratória e autoconfiança. Fui muito bem recebido na academia BCN por Ralph Zumbano e Sidnei Ubeda e os atletas da época Mario Sérgio, Wilson, (Peter) Venâncio entre outros.
O ingresso no profissionalismo se deu aos meus 26 anos. Naquela época na Pirelli e estava em dúvida entre parar, sabia que minha condição de campeão amador era questão de tempo e na Pirelli só havia lugar para os melhores na condição de atleta adotado logo vi no boxe profissional a oportunidade e a chance de seguir tentando uma melhor condição financeira, afinal trabalhar sem ter na época uma profissão seria começar do zero.
Tendo sido peso galo, categoria na qual se consagrou Éder Jofre, você sentiu algum tipo de pressão ou comparação com o Galo de Ouro?

Nunca houve nenhuma pressão e a comparação seria injusta, pois lutamos em épocas diferentes e eu lutei com a guarda invertida pois sou canhoto.

Como foi o trajeto que o levou à disputar o cinturão supergalo da Associação Mundial de Boxe contra Luis Mendoza na Espanha em 1991?

Havia feito uma sequencia de lutas através da TV Bandeirantes e perdi a oportunidade de lutar o titulo mundial da Organização Mundial aqui no Brasil em 1989, tive problemas em encerrar o contrato que tinha com a Luqui propagandas que organizava as lutas no Show do Esporte, após o rompimento do contrato surgiu a oportunidade de ir aos Estados Unidos e lá que as coisas acontecem.

Depois de Mendoza seu cartel altera em vitórias e derrotas. O que justifica estes resultados?

Tendo disputado o campeonato mundial e retornado ao Brasil mantinha ainda a esperança de uma segunda chance. A grande dificuldade ainda hoje são a realizações de eventos pugilísticos. Tive a oportunidade de defender o campeonato brasileiro que estava em meu poder e desafiei o campeão sul americano da categoria o argentino Roberto Moran em Hernando, Córdoba na Argentina para conseguir uma segunda chance. (Cardoso perdeu o combate para Moran em 1993)

Tendo visto os pontos alto e o baixo da carreira de pugilista como avalia as duas posições?

O boxe Brasileiro carece de eventos de qualidade nós temos material humano o que não temos é um trabalho sério visando dar condições reais de disputas em igualdade de condições.

Em sua avaliação como observa o trabalho dos empresários e dirigentes de boxe do Brasil?

Penso que fazem muito pouco tendo em vista o investimento com o qual trabalham e talvez não haja recursos.

Fale um pouco da rotina de professor de boxe:

Às vezes sinto vontade de treinar atletas para competir, mas na Cia. Athletica só trabalhamos com esporte recreativo de acordo com a denominação de Miguel de Oliveira. Penso também que no Brasil há pessoas capacitadas para se fazer um bom trabalho visando reconhecimento mundial, porém os investimentos são escassos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Terry Lynn Cruz substitui Mary Ortega em disputa por cinturão supermosca de Rosilete dos Santos dia 10 de dezembro


Rosilete dos Santos / (Foto: Divulgação)


Rosilete dos Santos, 36, estava cotada para defender seu título supermosca (52,2 kg) da Women’s International Boxing Association (WIBA) diante de Mary Ortega, 31, em 3 de dezembro, conforme a assessoria de imprensa da brasileira, a americana não virá por motivos financeiros. Entretanto, a também americana Terri Lynn Cruz, 40, assume o desafio e a luta será feita dia 10 de dezembro.

A luta está sendo negociada para ser realizada na Arena do Atlético Paranaense, estádio que será utilizado na Copa do Mundo 2014. Ortega (31-6-2, 8 KO’s) pelo BoxRec é a 16ª do mundo, enquanto Cruz (17-7-2, 8 KO’s) é a 12ª do mundo e 1ª de seu país.

Rosilete (24-5-0, 14 KO’s) viaja este mês para São Paulo deixando sua residência em São José dos Pinhais (PR) em busca de melhores condições de treino durante 10 dias visando a luta que será a mais importante de sua carreira. Semanas atrás o treinador e ex-campeão mundial de pugilismo Miguel de Oliveira foi ao Paraná afiar as habilidades de Rosilete.

 Terri Lynn Cruz / (Foto: Divulgação)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Miguel de Oliveira chega em Curitiba para treinar Rosilete

 Miguel de Oliveira e Rosilete dos Santos / (Foto: Divulgação)

Chegou a Curitiba na manhã desta sexta-feira, 23, o novo treinador de Rosilete dos Santos, Miguel de Oliveira, ex-campeão mundial e treinador de lendas do boxe como Adilson Maguila Rodrigues

Oliveira irá preparar a campeã para a defesa do título mundial de boxe pela WIBA, contra a americana Mary Ortega. Treinador de Rosilete há dez anos, Macaris do Livramento pediu reforço técnico considerando a importância desta luta na carreira da boxeadora. 

“A defesa de um título é uma das lutas mais difíceis do atleta, é preciso um treino muito específico. Confio no Miguel e sei que ele irá ajudar a Rosilete a manter este cinturão”, afirmou Macaris.

Mal pôs os pés na capital paranaense e o novo treinador já deu início aos treinos. “Não vamos perder tempo, cada segundo é importante quando se fala em treinar um atleta para uma disputa como essa”, comenta Miguel de Oliveira. 

Fonte: Assessoria de Imprensa

domingo, 28 de agosto de 2011

Alunas da Anhembi Morumbi fazem documentário sobre Éder Jofre


Éder Jofre e Thais Finotto Visani / (Foto: Arquivo Pessoal)


O documentário “Éder Jofre: O Homem por trás da Lenda” vem sendo produzido como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) por alunas do curso de Jornalismo da Faculdade Anhembi-Morumbi e querem mostrar não apenas o talento do Galo de Ouro nos ringues, mas também suas relações em diversas esferas como política, família e sociedade.

As alunas Cristine Lore Cavalheiro, Mayara Sarilho, Carolina Geanni e Thais Finotto Visani se formam este ano e em seu documentário entrevistam não só Jofre, mas também o ex-campeão mundial médio-ligeiro Miguel de Oliveira, o medalhista olímpico Servílio de Oliveira, o jornalista Orlando Duare, o campeão olímpico e vereador Aurélio Miguel e o primo de Éder que carrega a dinastia Zumbano-Jofre nos ringues, Raphael Zumbano, o Zumbano Love.

A proposta mostra um resgate de valores sociais e históricos da nossa sociedade pela juventude e serve para enriquecer as narrativas brasileiras. É notável que história sobre boxeadores em sua maior parte são contadas por homens, portanto, é interessante observar o que será feita pela visão feminina.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O visitante platino

Enzo Romero e Manuel Pucheta / (Foto: Arquivo Pessoal)


Dia 26 de novembro de 2010, em uma academia de classe A na capital paulista, o boxeador pesado Manuel Pucheta e seu técnico Enzo Romero se preparam durante a noite de socos e clinchs em um vestiário para encarar o último membro a calçar luvas da dinastia Zumbano-Jofre.

Ao olhar para Romero é visível que não é brasileiro, usa o cabelo comprido com mullet que ainda é moda na Argentina, tanto que muitos de seus conterrâneos boleiros profissionais ostentam jubas leoninas assim como o ídolo-mor do esporte em suas terras, Diego Armando Maradona.

Pucheta é um tipo forte, não daqueles com o corpo rijo como uma estátua de Michelangelo, mas tem uma composição óssea e muscular que o faz parecer um tanque de guerra e seu estilo lembra mesmo o veículo militar avançado com potência e impiedosidade.

A sala de esportes não comporta uma luta da maneira ideal e as pessoas ficam muito próximas ao ringue, lembrando os telecatchs mexicanos com seus ardorosos fãs, entretanto ajuda a promover o boxe. Os traços de Raphael Zumbano lembram muito os de seus parentes, a diferença é ser uma versão mastondôndica deles com 1,96m comportando aproximadamente 100 kilos. A plateia vibra com sua entrada no ringue.

Na mesma noite seu professor e mestre foi homenageado pelos 35 anos de seu título mundial dos médio-ligeiros. A segunda conquista de tal nível do Brasil, a primeira veio com o primo de Zumbano, Éder Jofre. Definitivamente é a noite de Zumbano e inclusive seu amigo Ratinho faturou um nocaute na preliminar.

O apresentador Tony Auad faz a introdução dos lutadores e quando a morena ring-girl chamada Flor passa por ele solta uma de suas piadas de seu livrinho: “depois que a flor chegou meu nome passou a ser jardim”, as pessoas riem como o público de Zorra Total. Em outro momento se confunde com o nome do título em disputa, mas com um sorriso maroto de um Silvio Santos cabloco faz um improviso e retoma o controle.

A luta começa, Pucheta escolhe a agressividade, enquanto, Zumbano trilha o caminho da estratégia. O argentino avança como um tigre, e tem bons momentos, mas Zumbano utiliza suas armas a combinação de estatura e envergadura para mantê-lo afastado e marcar pontos.

Ambos latinos e morenos tem nesse embate uma chance de encarar o lendário pugilista americano Evander Holyfield e são acompanhados pelo presidente da World Boxing Federation Howard Goldberg. É como se um sonho de infância estivesse prestes de se tornar realidade, um pedido de natal que dependeu de machucar o colega.

Alguns membros da plateia vociferaram palavrões e outras críticas pesadas para o estrangeiro: “hijo de puta”, “maricón”, “gordo de merda”, e outras palavras crescem na sala, outra parte se limita a torcer por Zumbano que também é pressionado e escuta “não esquece de quem você é neto”.

Raphael não é Ralf, não é Éder, mas é campeão internacional da WBF que mesmo sendo uma instituição de menor influência mostra que o jovem conquistou seu espaço. Pucheta escuta “elogios” como “aprenda a boxear”, os leigos desconhecem que a escola argentina é uma potência mundial e o carro-chefe da América do Sul.

Vencer Pucheta dá credibilidade a Zumbano que conquista cada vez mais seu território no esporte, Ao deixar o ambiente lembro de uma frase do ex-presidente da Abifarma José Eduardo Bandeira de Mello que treinou justamente com Kid Jofre, pai de Éder: “Tomar um soco na cara ensina muito sobre respeito e no boxe aprendi isso”. Zumbano mesmo tendo dançado como um Justin Timberlake na luta, afinal o show faz parte do espetáculo, abraça Pucheta demonstrando respeito e inclusive depois deu carona a ele e Romero para o hotel.

Toda vez que Pucheta seguia para o córner olhava para mim, afinal, ele percebeu que fui um dos poucos que compreendeu que era um visitante e não um soldado inimigo, as palavras parecem tê-lo machucado mais que os golpes. Seus olhos naquele momento são de uma melancolia argentina e nesse dia aprendi mais sobre seu país do que nas aulas de História ou Sociologia.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lino bate Edson Foreman e mantém cinturão latino

Repórter Especial André Cardoso

Lino (esq.) x Edson Foreman (dir.) / Divulgação


Laudelino “Lino” Barros, 34, defendeu seu cinturão latino OMB dos cruzadores (96,7 kg) do paranaense Edson “Foreman” Antonio, 33, na madrugada de ontem em São Paulo em uma rodada de combates organizados na academia Runner Butantã. O evento contou com a presença de campeões reconhecidos da nobre arte como Éder Jofre, Miguel de Oliveira e Popó.

O 1° assalto foi marcado por uma troca de golpes curtos, e sobressaltaram os olhos dois cruzados de Edson Foreman que no 2° giro se mostrou frio com excelente colocação de golpes na curta distância além da precisão e velocidade com que chegava com facilidade na cabeça de Lino, o campeão só conseguiu acertar bons socos na cintura do desafiante próximo ao final do round.

No 3° round Lino sentiu golpes na cintura e até chegou a dar as costas para Foreman que é melhor na curta distância. A maioria dos torcedores estava com Barros que em seu roupão tinha o símbolo da academia.

4° assalto tem uma luta franca a curta distância, Foreman acusa receber o cruzado de Lino no final do estágio e começa a virada do lutador de Mato-Grosso. No 5°, o campeão toma iniciativa com golpes longos, enquanto, o paranaense busca contato próximo.

O 6° round tem Lino desviando, rodando e não parando nas cordas além de acertar os melhores golpes, enquanto, Foreman encaixa apenas um bom cruzado e insiste na curta distância. Já no 7° Lino não para na frente do adversário.

O ritmo da luta cai no 8° assalto, e Foreman se movimenta menos no quadrilátero. No 9° assalto Lino percebe a falta de mobilidade do rival e dispara ataques para liquidar a contenda, mas não há nenhum abalo da parte do desafiante.

10° é o round mais equilibrado. Foreman busca encurtar para ter vantagem em jogo, mas Lino reage. No 11°, Lino não para de mexer o tronco e se mostra de forma espetacular com contra-golpes e sequências. O seguinte e último assalto tem Lino mantendo a distância e investindo, enquanto Foreman decidiu não partir para o “tudo ou nada”.

Enfim, uma das melhores lutas do ano em solo brasileiro. O público e empresários puderam ver que ainda vale a pena investir no boxe nacional, mas para ter dois oponentes de alto nível devem ser pagas bolsas decentes, algo que não vinha acontecendo há anos.

Nas preliminares Adaílton “Precipício” de Jesus venceu por decisão unânime o resistente Carlos Antonio Bispo. A pugilista Simone Duarte perdeu por decisão médica uma luta de MMA para Carol Lemos Rodrigues.

No muay thai, Fábio Koichi perdeu por pontos para Ricardo Pacheco. No boxe olímpico Wines Souza bateu por pontos Hernanes Fernandes Modesto, Alessandro de Jesus virou a luta e venceu por pontos Tomas Freitas, e Daniel Sartini venceu também por pontos Bruno Nascimento.

Prestigiaram o evento os já citados Éder Jofre, Miguel de Oliveira e Acelino “Popó” Freitas e também pugilistas do passado e do presente como Alex de Oliveira e William “Baby Face” Silva. Quando os campeões subiram no ringue, Popó fez questão de abrir as cordas para Éder, mostrando reverência e reconhecimento.

A organização do evento foi feita por Thomas Henrique Cabrera e com isso mostra o potencial do boxe para atrair negócios e público. Se todo mês uma rodada como essa com lutas desse calibre fosse organizada, o boxe teria uma expectativa maior de atrair outros setores, inclusive televisão.