terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Ainda existe a língua portuguesa?
Eventos de MMA cada vez mais usam a língua inglesa em seus nomes, mas pecam no nossa própria
Cada vez que recebo um release sofro com a grafia errada em português, mas a palavra “fight” não pode faltar no título, em alguns casos ela é “figth”. O termo release em si já é original do inglês e de acordo com o wikipedia: “uma liberação da notícia é uma parte de uma comunicação com a finalidade de anunciar algo reivindicado como tendo o valor da notícia”.
Pindamonhangaba Fight, Sítio do Pica-Pau Amarelo Fight, Boca do Lixo Fight, Rua Augusta Fight, Bahamas Fight... pra nomear o seu torneio basta colocar o nome do local seguido de “fight”. O irônico é que quando o VALE-TUDO entrou na moda nos anos 90 os eventos internacionais usavam a palavra VALE-TUDO no título do campeonato.
Defendo chamar a luta olímpica de wrestling, porque é mais fácil falar “Oi, sou um wrestler” ou “Olá, sou lutador de wrestling”, do que “Sou lutador de luta olímpica”, ou nomear a modalidade de “luta-livre” que as pessoas confundem com o esporte de Márcio Cromado e Chocolate ou com os shows dos Gigantes do Ringue.
Existe motivos para evitar estrangeirismos
Após esse texto, muitos vão achar que sou nacionalista, ou que é simplesmente frescura minha. Mas se formos ver, cada dia mais esquecemos a nossa própria cultura e valorizamos a dos outros. Moro no Brasil e não vejo necessidade de chamar o jíu-jitsu dos Gracies de Brazillian Jíu-Jitsu entre meus conterrâneos.
Crítico essa forma de linguagem sim, e sabem por que? Por que nem eu que estudo jornalismo escrevo o que deveria, e me acusam de rebuscar muito neste blog, mas te garanto que um dia vou provar que o lutador tem bagagem cultural pra textos mais rebuscados que não são chatos que vão além de resultados de lutas.