domingo, 3 de abril de 2011

Há espaço para crescer no mercado de boxe

Michael Oliveira, Carlos Oliveira e Abel Adriel / (Foto: Divulgação)


A chegada do empresário Carlos Oliveira mostrou que há espaço para o boxe crescer em território nacional. O momento é oportuno, o Brasil junto com Rússia, Índia e China integra o grupo denominado BRICs que define as economias emergentes em um termo fe Jim O'Neill.

O'Neill é presidente da gestora de ativos da Goldman Sachs na Grã-Bretanha e em artigo publicado semana passada aponta que China e Brasil já estão entre as sete maiores economias do planeta. Até ano passado, Brasil era 8º economia, porém em 2010 o Produto Interno Bruto (PIB), termo que denomina a soma das riquezas geradas internamente, cresceu 7,5 % alcançando US$ 2,09 trilhões o que coloca o país como 7ª economia mundial.

O governo Collor apesar de ter sido nefasto abriu o país para a globalização, Itamar que assumiu após o impeachment do alagoano trazendo um mínimo ética trabalhou ao lado do então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso que criou o Plano Real e estabilizou a inflação.

FHC quando presidente foi eleito um dos principais intelectuais e líderes do mundo, com a gestão Lula na sequência o país começou a se mostrar como futura potencia, como previu o sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Octavio Ianni em seu livro Teorias da Globalização de 1996.

Outro ponto que mostra a força do Brasil no cenário mundial são as vitórias para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 no Rio de Janeiro, porém vale ressaltar que temos problemas de infraestrutura e trabalho de base com atletas.

Onde o boxe entra nisso tudo? Um evento como o organizado por Carlos Oliveira e transmitido pelo canal SporTV das Organizações Globo é um exemplo de como o pugilismo pode surfar nessa onda econômica.

O combate entre Michael Oliveira e Abel Adriel no dia 25 de março mostrou que ainda há força em eventos da nobre arte, desde que alcancem pilares da economia, política, sociedade, cultura e comunicação.

A participação do maestro João Martins, da bateria da Mancha Verde, do ex-pugilista e deputado Acelino “Popó” Freitas, do ator Malvino Salvador e dos jovens carentes de Heliópolis engrandeceram o evento. Mas para trazer um evento desse porte é necessário dinheiro, e o Brasil tem isso, basta saber trabalhar e como se trabalhar.

A Globo Comunicação e Participações S.A divulgou ao mercado internacional que faturou R$ 10,4 bilhões no ano passado, sendo que R$ 7,5 bilhões são oriundos de investimentos publicitários e R$ 1,9 bilhões de vendas de conteúdo, um crescimento de 24% em relação a temporada anterior. Carlos Oliveira é um player forte por estar ligado a este grupo e ter contrato de exclusividade de transmissão de suas reuniões de boxe.

Para ser uma potencia na nobre arte, o Brasil precisa deixar de depender de talentos isolados e preparar bases com iniciativa privada e pública, seja tanto para se ter espetáculos grandiosos quanto escolinhas para crianças e adolescentes além de salários dignos para atletas. Agora é a hora de se jogar nessa onda.