terça-feira, 8 de maio de 2012

Entrevista com Lely Luz Florez

Lely Luz Flórez / (Foto: Divulgação)

Lely Luz Flórez, 27, é a principal pugilista da Colômbia na categoria peso leve (61,2 kg) e uma das 15 melhores do mundo nessa faixa. Enfrentou algumas do esquadrão de elite como a alemã Ina Menzer, logo em seu quarto combate, a zambiana Esther Phiri, a francesa Myriam Lamare, a uruguaia Chris Namús e a argentina Monica Acosta.

Foi campeã interina pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) e é representada pelo empresário Eddie Montalvo, o mesmo da sérvio-brasileira Duda Yankovich. Seu passado no boxe tem vínculos com as Forças Armadas colombianas e até hoje é treinada pelo Primeiro Cabo Arnulfo Pernett.

Em entrevista ao Córner do Leão, Flórez (11-4-0, 6 KO's), conhecida como "La Roca" (A Rocha) fala de resultados polêmicos contra as pugilistas do primeiro escalão, de sua vontade de combater e do controverso resultado entre sua compatriota Enis Pacheco e a sérvio-brasileira Duda Yankovich.

Como foi seu início no boxe?

Comecei aos 13 anos de idade no Coliseo Miguel "Happy" Lora em Monteria, Córdoba na Colômbia, minha terra natal, desde pequena me interesso por boxe. No amador tive 57 combates com 46 vitórias por nocaute, 10 por pontos e perdi uma que foi minha primeira luta. Nos anos de 2001, 2002 e 2003 me sagrei tricampeã nacional representando as Forças Armadas e em 2005 fiz minha estreia como profissional, na terceira luta sai do meu país e bati a argentina Patricia "La Leona" Quirico por pontos em seu país.

Logo em sua quarta luta enfrentou a argentina Ina Menzer pelo título mundial WIBF em poder dela. Como foi este embate?

Em 2006, realizei este combate na Alemanha na categoria pluma (57 kg) com afinco e muitos me viram como a ganhadora, outros viram empate, sai envergonhada e dei um tempo na minha carreira para dar luz ao meu filho. Em 2008 retomei minha jornada e fiz vários combates no meu país.

Em 2009, superou a uruguaia Chris Namús e agora ela está melhor cotada que você. Pensa em voltar a lutar com ela?

Os avanços me deram em 2009 a oportunidade de lutar com Chris Namús e a venci por nocaute no primeiro assalto e me converti na primeira mulher da Colômbia com um cinturão mundial, o do Conselho Mundial de Boxe (CMB) (versão interina).

Em 2010, Monica "La Gata" Acosta a derrotou por decisão dividida. Existe a possibilidade de um segundo encontro?

Depois da luta com Namus, mais tarde em 2010 foi a unificação do título com Monica "La Gata" Acosta e como lhe disse anteriormente "La Gata" Acosta foi definida a melhor por decisão dividida, neste combate me senti a vencedora e Monica Acosta sabe que a derrotei e não quer reconhecer a derrota e outra, ela diz que eu falo para chamar atenção, mas não é assim, eu falo porque estou totalmente convencida que ganhei, meus punhos falam por mim e este combate nos pampas Argentinos foi polêmico e muitos argentinos me vêem como vencedora. Você me pergunta se haverá outra oportunidade de combater contra Acosta? Muitas vezes a desafiei e não houve resposta, meu manager Eddie Montalvo também já fez proposta de revanche ao seu empresário e nunca recebeu resposta e por este motivo não é realizada esta revanche, se ela responder não vejo problemas em lutar mais uma vez com ela, se ela realmente me superou por quê tem medo de uma revanche?

Depois lutou e perdeu para Esther Phiri e Myriam Lamare. Não tem medo de ser vista como uma escada de luxo? Quais são as dificuldades que tem para encontrar rivais de peso?

Em 2011, encarei a africana Esther Phiri na Zâmbia e também a superei, mas infelizmente o resultado foi outro e eu quero que alguém me mostre o video desta luta. O combate "Lely Luz Florez vs. Esther Phiri" está onde na internet?

No mesmo ano enfrentei a francesa Myriam Lamare, outro combate de decisão polêmica. Na entrevista você Sr. Gabriel me pergunta se tenho medo de ser vista como escada de luxo? Não tenho medo porque combati com as melhores do mundo e fora da Colômbia e os quatro combates que não possuem imagens disponíveis são de decisões muito polêmicas. Me sinto capas de competir com as melhores do mundo e por este motivo não me sinto uma escada de luxo e com respeito aos problemas que meu empresário Eddie Montalvo tem, temos de encontrar as melhores rivais. Meu empresário Montalvo me disse que mesmo com dificuldades propôs um segundo combate contra  Esther Phiri, Myriam Lamare e Monica Acosta, porém nunca recebeu respostas positivas.

Não creio que seja a melhor boxeadora do mundo tampouco a pior, mas me sinto campas de lutar com as melhores em minha categoria, a dos superleves (63,5 kg) e a dos leves (61,2 kg).

O que pensa do resultado do combate entre Duda Yankovich, que também é representada por Eddie Montalvo, contra Enis Pacheco que é colombiana como você?

Tenho contato com Montalvo da mesma forma que Duda e sobre o combate que Duda realizou com minha compatriota Enis Pacheco, o vídeo do combate fala por si, não tenho nada contra nem a favor em relação a Pacheco, sim ela é colombiana, mas sou realista e ela não tem culpa. É o mesmo que aconteceu comigo quando combati Monica Acosta, venci a luta, mas deram a decisão para ela. Nos melhores momentos do combate quem apareceu foi a Duda.