sábado, 31 de outubro de 2009

35 anos da Luta na Floresta

Foreman (esq.) e Ali - Zaire 1974

Não foi apenas uma luta de exibição de final de semana com uma disputa de cinturão para o qual a maioria não dá relevância, na verdade foi o embate do século que não colocou apenas dois homens disputando para ver quem era o maior boxeador da categoria máxima, mas envolveu questões políticas.

Ontem, a luta de Muhammad Ali e George Foreman no Zaire (atual Congo) em 1974 completou 35 anos. Na ocasião o mundo via um azarão de idade avançada para o esporte e desertor da Guerra do Vietnã desafiando o campeão do mundo que foi herói olímpico e respeitava os valores estadunidenses daquele período.

Com suas provocações antes e durante a luta Ali conseguiu desestabilizar a moral de Foreman que investiu contra o adversário e não usou nenhuma estratégia, enquanto, o Maior de Todos manteve sua guarda para suportar um dos homens que figura entre os mais poderosos pegadores da história do esporte.

Era esperado que Foreman o destruísse, pois antes o fez com seu rival Joe Frazier, legendário pugilista, mas que não tem a mesma astúcia de Muhammad Ali. A tática empregada no continente africano para derrotar Foreman que era maior, mais forte e mais pesado, foi receber seus golpes na guarda até este ficar cansado e ficou conhecida como “Rope a Dope” (Amarrar o Burro, em tradução livre). No fim Foreman foi nocauteado no 8° assalto.

O documentário Quando Éramos Reis (When We Were Kings, 1996) de Leon Gast vencedor do Oscar de Melhor Documentário (1997) e o livro A Luta de Norman Mailer contam a história por trás deste confronto que foi 1° organizado pelo polêmico e inteligente empresário Don King e ficou conhecido como Rumble In The Jungle (Luta na Floresta) além de relatar como um embate entre dois homens pode ser tão importante para a cronologia do esporte mundial.