quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que espera Pedro Otas

Pedro Otas / (Foto: QaaNaaq Sports Marketing)


Na última terça-feira, Pedro Otas protagonizou um dos principais combates da América Latina. Dois brasileiros respeitados no mercado internacional, mas que sabem escolher suas batalhas. A derrota de Otas diante de Jackson foi digna, pois o primeiro lutou com raça como um Heitor diante Aquiles na Guerra de Tróia. O boxeador desceu dos pesados para os cruzadores e então para os meio-pesados e nunca esteve tão definido, processo baseado em ciência.

Otas que agora contabiliza 23 vitórias, 19 nocautes e perdeu sua invencibilidade subiu com o técnico Cido do Club Guarany e agora é acompanhado pelos preparadores físicos André Hohl e Carlos Pisano do espaço Ludere. Fez sparrings com o campeão latino dos cruzadores da Organização Mundial de Boxe (OMB) Lino Barros além dos treinos no Centro Olímpico com Messias Gomes, seu primeiro técnico, e com Cido. Ainda em sua equipe consta Eduardo Passos que com o trabalho de divulgação da luta mobilizou repórteres de diversos meios de comunicação como Estadão, Terra, Jornal da Tarde e outros.

O revés não o diminui, pois foi para alguém de nível e credibilidade, portanto abre mais portas do que uma vitória sobre um desconhecido escada. O embate que foi entitulado “A luta do século” pelo melhor cronista de boxe do Brasil Wilson Baldini Jr. reviveu o Baby Barioni.

Com suas vitórias, mão pesada, a técnica e guarda que melhorou com os anos junto com a experiência de enfrentar um jovem tigre nos ringues, Otas que também é apelidado de “The Trojan”, inspirado no “Cavalo de Tróia” das histórias da Grécia antiga, mas que também remete ao poder destrutivo do vírus “Trojan Horse” que abala sistemas simboliza a capacidade do atleta de surpreender, tende a crescer no mercado.

Vale lembrar que Heitor foi um troiano muito temido entre os povos do mundo antigo, e Otas pode obter o mesmo valor se continuar focado em lutas sérias e manter o trabalho de resultado nos bastidores. Creio que não será difícil vê-lo num futuro próximo sendo sondado por agentes internacionais.