segunda-feira, 14 de março de 2011

Entrevista com Alex de Oliveira

Alex de Oliveira / (Foto: Arquivo Pessoal)

Em 2009, uma coletiva de imprensa anunciou o contrato do boxeador Alex de Oliveira com o mega-empresário Art Pellulo que já trabalhou com Popó no passado. O brasileiro era apontado como maior esperança de títulos no esporte, porém em sua primeira apresentação sob novo representante sofreu uma derrota para um mexicano de cartel regular.

O site Round 13 o entrevistou para saber suas perspectivas no ramo e os motivos da derrota - quando um lutador perde infelizmente até os jornalistas somem -, espaço ao qual o pugilista e o boxe nacional são muito gratos. Agora no Córner do Leão Alex fala de futuro, revê a carreira e aponta que assim que obtiver o diploma de bacharel em Direito busca desenvolver melhorias a nobre arte.

Como foi ter sido anunciado como a esperança do boxe nacional e ser derrotado por Giovani Caro em sua estreia com o empresário Art Pellulo?


Para qualquer lutador a derrota nunca é bem vinda, ainda mais para quem almeja a coroa mundial. Eu vinha em uma boa sequência de lutas e vitórias, o que fez todos terem esperanças em mim como próximo campeão, ocorre que fui derrotado para eu mesmo com minha imprudência, negligência e impaciência no início da luta, sendo que este é o momento mais crítico do combate onde os dois lutadores estão fortes e existe aquela tensão inicial da luta . Não observei estes detalhes e a derrota veio de encontro a mim, foi péssimo demorei um pouco para me recuperar , mas como dizem nestes momentos é que se conhecem os verdadeiros campeões.


A imprensa brasileira ao apontar prospectos como grandes esperanças pode ser danosa ao pugilista e ao esporte?

Não vejo como danosa. Muito pelo contrário ajuda bastante, agora nós pugilistas temos que ter um acompanhamento para se trabalhar isto buscando não criar uma sensação de que já somos campeões, antes de se concretizar o feito.

Os erros contra Caro foram cometidos por você, pelo manager ou ambos? Quais foram esses erros?

Como havia dito, o erro lá no ringue foi meu, pelos motivos acima expostos, promotor e manager fazem seus trabalhos cabe ao lutador em fazer também sua parte no tablado.

Quando você perdeu, vimos uma entrevista no site Round 13. Além deles outros repórteres presentes naquela coletiva que você fechou contrato com Pellulo o procuraram? E as pessoas envolvidas com boxe como te trataram?

Tenho uma imensa amizade com o Denis (Nietto) e o Luigi (Fiorito) do Round 13, estou sempre em contato com eles principalmente o Denis ele está sempre me ligando para saber como estou, perguntando da faculdade eventualmente vem a minha casa, nossa relação não mudou.
As pessoas que estão envolvidas com boxe todas choraram comigo a derrota,assim como todas vibraram com minha vitória.

Em fevereiro fez seu retorno derrotando Robert da Luz. O que avalia do embate? Qual a estratégia para conquistar seu espaço no mercado internacional?

Foi uma ótima luta, eu estava um pouco fora de ritmo, entretanto, tive o domínio de toda luta me senti calmo, meus golpes estavam fortes e rápidos, apesar de não ser um adversário forte tive uma boa atuação. Fui muito elogiado pelos americanos após a luta.
Minha estratégia é formada por dedicação, disciplina, determinação, treinar duro, me preparar bem para ter boa atuação na luta, o resto é consequência.

Como está sua faculdade? Se formará quando? Qual é o tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)?

Graças a Deus esta tudo bem, estou no terceiro ano e o meu TCC ainda não pensei qual será o tema que abordarei.

Quais são as semelhanças e diferenças entre o boxe e o Direito?

A luta, mas cada um em sua área.

Pensa em advogar para os boxeadores terem melhores condições de trabalho no Brasil?

Olha, eu penso em estar no meio do boxe para melhorar as condições para nossa classe sim, não sei se somente advogando, mas estarei sempre ligado a esta modalidade, que tanto amo, de alguma forma. Este sempre será meu objetivo, quando eu parar penso em formas de poder incentivar e ajudar a difundir o boxe no Brasil.