Jefferson Gonçalo / (Foto: Divulgação)
Para se apresentar fora do país as instituições sérias pedem
no mínimo exame físico completo para checar a aptidão física do boxeador, check
up neurológico e exames de sangue incluindo HIV e hepatite.
Jefferson Gonçalo deixou o boxe e a vida aos 39 anos, no dia
6 de outubro de 2010, há pouco mais de um ano. Seu intuito era levantar a
modalidade e com isso sacrificou o próprio corpo. Conforme médicos a causa foi
morte cerebral. De acordo com o site G1 na época, a agremiação que participou do seu último evento pede exames apenas no início da temporada.
Ao checar seu cartel é perceptível um calvário iniciado em
2009 com pugilistas donos de fortes golpes nos quais se destacam Saul Alvarez,
Ulises David Lopez, Hassan N’Dam N’Jikam, Hussein Bayram, Khoren Gevor e Diego
Gabriel Chaves. Segundo os médicos uma tomografia realizada logo após sua última luta apontou que Gonçalo já tinha uma lesão cerebral.
Dentro de nove dias fez duas apresentações, duas derrotas
por decisão unanime em dez rounds. Dia 16 de setembro de 2009 foi superado por
Ulises David Lopez e logo no dia 24 do mesmo mês perdeu pelo mesmo resultado
para Hassan N’Dam N’Jikam na França. No embate de 7 de agosto de 2010, o seu penúltimo, foi alvo de duros golpes do Argentino Diego Chaves durante 12 rounds.
Um ano atrás e basta visitar os “eventos” de boxe pelo país
para constatar pouco ou nada mudou. Pugilistas continuam lutando por merrecas
sendo que há aqueles que voam para o exterior para passear e não defender o
país. Os atletas continuam sem seguro e planos de saúde e parcas bolsas.
O caso Jefferson Gonçalo deveria ao menos levantar o debate
sobre as condições do pugilismo nacional.