Marcelo "Martelo" Nascimento / Hélcio Toth
Raphael Zumbano (28-4-1, 23 KO's) defende nesta sexta-feira dia 26 seu título latino interino da Organização Mundial de Boxe (OMB) do argentino Manuel Alberto Pucheta (32-4-0, 25 KO's). O campeão regular do cinturão espera pelo descendente da dinastia Zumbano-Jofre para definir o dono de fato da coroa.
Conhecido pela potência de seus golpes e por ter sido o único brasileiro a derrotar o argentino Gonzalo Omar Basile que vinha fazendo uma fila com lutadores do Brasil, Marcelo “Martelo” Nascimento (13-0-0, 11 KO's) aguarda Zumbano e vê seu colega como favorito ao combate desta semana.
“Tem o boxe clássico da escola dos Zumbano”, aponta Martelo sobre seu possível futuro adversário e demonstra muito respeito pelo colega e afirma que não gosta de falar muito sobre as lutas, mas sim que prefere “conversar com as mãos em cima do ringue”.
Em 2007, quando estreou nos ringues, Martelo bateu Raphael Zumbano em 4 rounds por pontos. Se ambos voltaram e a se encontrar será uma revanche e um ponto determinante na carreira dos dois gladiadores.
Do tatame ao boxe
O rapaz de jeito simples e interiorano afirma ter estudado muito o jogo de “Paton” Basile e percebeu falhas no sistema defensivo tanto que com apenas um cruzado acabou com o rival com exatos 34 segundos em frente a sua própria torcida. Martelo aponta que Basile não aguenta pressão forte na “guarda vulnerável”, porém se chegar intimidado o valentão vai querer crescer.
Sobre a experiência no país de lendas como Pascual Perez e Carlos Monzon, Martelo vê que foi melhor do que se apresentar no Brasil, o reconheceram nas ruas após sua apresentação e lá entrou em contato com uma cultura de boxe que envolve desde crianças a idosos.
Oriundo de Suzano no interior de São Paulo, Marcelo Nascimento de 30 anos entrou pro boxe com 24, mas não era novato no mundo das lutas. Com 11 começou a treinar caratê e foi até os 18, depois migrou para o kickboxing e ficou até conhecer a nobre arte.