quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Entrevista com Marcelo "Martelo" Nascimento

Marcelo Nascimento e seu filho Henrico / (Foto: Arquivo Pessoal)

Marcelo "Martelo" Nascimento, , é o principal nocauteador dos pesados do cenário nacional de boxe e precisou de apenas um golpe para nocautear o argentino Gonzalo "El Patón" Basile em 2010. Porém, recentemente sua carreira enfrenta uma fase delicada. Em suas duas lutas no exterior perdeu antes do gongo final.

Por outro lado tem grande alegria em sua vida ao estar próximo de completar 10 meses de seu filho. Em entrevista ao Córner do Leão, o ex-campeão latino pela Organização Mundial de Boxe (OMB) fala de suas lutas no exterior, a relação com o empresário Eduardo Mello Peixoto e o técnico Edson "Xuxa" Nascimento e as felicidades da paternidade.


Como foi seu período de recuperação após a derrota para Tyson Fury?

Tranquila, fiquei mal no começo por não ter tido um bom desempenho. Travei na luta, mas serviu de lição para refletir muito sobre meus erros e buscar corrigi-los.

Durante o combate ambos trocavam golpes intensamente até que ele lhe acertou e o derrubou. Qual foi seu erro lá em cima?

Meus erros foram vários, mas o fato de não me movimentar direito foi um dos fatores principais da minha derrota.

Após a luta com Fury você enfrentou dois estreantes no Baby Barioni para então encarar Manuel Charr. Acredita que poderia ter enfrentado oponentes mais duros com o intuito de se preparar antes de ir contra o alemão?


Sim, mas sabemos que a nossa realidade aqui no Brasil é outra. Temos apenas Seu Edu (Eduardo Melo) para nos ajudar e não posso ficar pressionando ele para trazer adversarios caros e os melhores são caros por isso apenas luto com qual quer um que quiser lutar comigo.

Quais foram as dificuldades que você sentiu diante de sua luta contra Manuel Charr?

Quando lutamos lá fora às vezes temos surpresas que nos atrapalham, por exemplo, Xuxa (Edson Nascimento) e eu saimos daqui na segunda-feira à noite e chegamos em cuxhaven na quarta-feira uma hora da tarde, neste periodo apenas cochilamos porque nos deixaram treze horas no aeroporto de Istambul (Turquia). Cochilamos nas cadeiras durante toda noite. Eu sai daqui com 105 kg e na pesagem eu pesei 101 kg. Essas eu acredito que são coisas que atrapalham um pouco o desempenho de qualquer atleta.

Como faz para equilibrar as funções de pai e boxeador?

Isso é fácil basta amar ser pai e amar lutar. Meu filho é o fruto de um grande amor que tenho pela minha esposa e ela me proporcionou essa vítoria na nossas vidas por isso meu amor por eles só cresce a cada dia que passa. Meu filho completa dez meses no dia cinco de janeiro.

Marcelo "Martelo" Nascimento x Gonzalo Omar "El Patón" Basile - 23/10/2010: