terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O legado de Cus D'Amato

Mike Tyson e Cus D'Amato / (Foto: Ag. Internacionais)

Mike Tyson viveu uma infância sofrida na qual enfrentou a violência urbana de Nova York e o cárcere do reformatório, filho de uma mãe promíscua e sem a presença uma figura paterna se encontrou no boxe para se tornar lenda no esporte.

O tímido e educado Floyd Patterson não seguia o estereótipo dos campeões da nobre arte não era agressivo tampouco falastrão como seus algozes Sonny Liston e Muhammad Ali, mas antes dele dominou o esporte soberano e foi o primeiro bicampeão da história tendo este feito realizado entre os pesos pesados.

Da pequena nação de Porto Rico veio um medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Melbourne em 1956, José Torres, que 9 anos depois provaria o gosto do ouro profissional entre os meio-pesados sob a tutela de um empresário e treinador americano. Torres depois escreveu biografias de sucesso de Muhammad Ali e Tyson.

O sucesso destes três que se tornaram referência na nobre arte foi pavimentada por Cus D'Amato nascido no dia 17 de janeiro de 1908. Para Mike Tyson, o velho treinador foi mais que um professor, foi o pai que a vida lhe negara.

D'Amato criou o estilo "peek-a-boo" no qual o pugilista deixa as mão altas em frente ao seu rosto, muito perceptível na postura de Tyson. Entre suas descobertas está o lendário Rocky Graziano, interpretado por Paul Newman nos cinemas, mas que foi para outros empresários com maiores "ligações" com os bastidores do boxe. Isto foi uma das razões que o fizeram lutar contra o lado sujo da nobre arte e suas politicagens.

Treinadores de boxe como Teddy Atlas, Kevin Rooney e Joe Fariello seguem o aprendizado que tiveram com ele. Se um homem é avaliado pelo legado que deixa, D'Amato presenteou o mundo com uma obra incontestável dentro e fora dos ringues.