segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O escudo e o cruzado de Capitão América

Capa da primeira revista do Capitão América / (Foto: Timely Comics - Joe Simon)

Mês passado faleceu Joe Simon aos 98 anos, o pai do Capitão América

No dia 14 de dezembro de 2011, Steve Rogers se tornou definitivamente órfão, falecera um de seus co-autores, o desenhista americano Joe Simon aos 98 anos e que meses atrás permanecia trabalhando com ilustrações.

O outro pai, Jack Kirby (1917-1994) criou metade do Universo Marvel ao lado de Stan Lee, 89. Capitão América, o alter-ego do soldado Rogers, era do período que editora se chamava Timely Comics e surgiu nas bancas com sua roupa azul-branco-vermelha com motivos americanos como um símbolo do poder bélico da nação durante a Segunda Guerra Mundial.

Em março de 1941, antes dos E.U.A entrarem na Guerra, Capitão América surgia na capa de seu primeiro gibi desferindo um cruzado contra o líder nacional-socialista Adolf Hitler. Na maior parte das suas aventuras os inimigos eram seguidores de ideologias contrárias aos ideais da América como o nazismo, neo-nazismo, fascismo, comunismo e terrorismo interno. Em muitas edições as personagens são estereotipadas.

Capitão América (Steve Rogers) (esq.) e Homem de Ferro (Tony Stark) (dir.) em uma sessão de treino / (Marvel.com)

Em sua origem a força de vontade de um jovem raquítico em defender o país chamou atenção de militares e o submeteram ao soro Super-Soldado que lhe transformou no pico das habilidades físicas de um ser humano. Em seu treinamento de lutas duas artes tiveram enfase, o judô, kickboxing e o boxe.

Durante uma missão na Segunda Guerra foi congelado e então ressurge no período atual. Suas habilidades com o escudo e as lutas o ajudam a encarar adversários de força física superior como O Incrível Hulk ou mais recursos como Thanos. Também é tido como um dos maiores líderes de seu grupo e comanda os Vingadores.

Suas histórias o colocam mais próximo do Partido Democrata tanto que mantém relacionamentos mais amistosos com os Presidentes Barack Obama e Bill Clinton. A analogia política é forte tanto que quando morreu foi por um tiro assim como John F. Kennedy e Martin Luther King Jr., homens que tentaram mudar a política de seu país. O personagem Agente Americano, uma espécie de sósia, é mais à direita e serve de analogia ao Partido Republicano.

A criação de Simon e Kirby faz parte da cultura mundial e aparece em diversas mídias além dos quadrinhos como séries, desenhos animados, cinema e games.

Joe Simon / (Foto: Joyce Dopkeen - New York Times)

Nota do Córner: Éder Jofre é um fã do personagem e o desenhava quando criança.