sábado, 21 de janeiro de 2012

Rigondeaux unifica cintos da AMB supergalo com nocaute

Rico Ramos (esq.) e Guillermo Rigondeaux (dir.) / (Foto: Tom Casino - Showtime)

O cubano Guillermo Rigondeaux, 31, enviou à lona no 6º assalto o americano Rico Ramos, 24, e unificou os cinturões interino e regular da Associação Mundial de Boxe (AMB) categoria supergalo (55,3 kg) em combate na madrugada de ontem para hoje em Las Vegas, nos E.U.A. Rigondeaux era dono do cinto interino e o rival do regular.

Rigondeaux (9-0-0, 7 KO's) estudou pouco o rival e já o mandou pro chão com um míssil cubano logo no primeiro assalto, Ramos (20-1-0, 11 KO's) se recuperou nas passagens seguintes, mas a vontade e fome de vencer grafadas no intenso olhar do caribenho eram maiores. Uma cabeçada acidental sangrou o supercílio direito do então campeão regular.

O cubano levou advertência por empurrar e socar a cabeça de Ramos na sequência no 5º assalto. Um combo de cinco golpes de esquerda finalizados no fígado demoliram as esperanças de Ramos e alimentaram  e concretizaram o sonho do menino que um dia passou fome na Ilha dos Irmãos Castro. O árbitro Joe Cortez terminou a contagem de 10 segundos com 1 minuto e 29 segundos de combate.

O Tony Montana de Luvas

Rigondeaux é bicampeão olímpico, e tido como o maior amador a calçar luvas, porém em 2007 no Pan do Rio de Janeiro quis deixar a ilha ao lado do excelente compatriota Erislandy Lara, mas autoridades brasileiras, venezuelanas e cubanas o devolveram ao mando dos irmãos Fidel e Raúl Castro.

Em 1983, o mundo conhecia Antonio Montana, refugiado da ilha que viveu o sonho americano com o ardor da vingança no filme Scarface. Interpretado por Al Pacino seu olhar é intenso como o de Rigondeaux e sua metralhadora que ele chama de "Little Friend" ceifa vidas como Rigondeaux nocauteia seus oponentes. O ouro de Rigondeaux é um alento aos cubanos que não podem voltar ao seu lar e um tapa na cara da ditadura castrista.

Clique aqui e lembre a polêmica partida de Rigondeaux e Lara.