quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Robson Conceição fala da derrota e da expectativa para Rio 2016

Robson Conceição / (foto: Jefferson Bernardes - VIPCOMM - Divulgação Mais)

O peso pena (57 kg) baiano Robson Conceição perdeu na primeira fase de Londres 2012 diante do britânico Josh Taylor. O segundo round foi apontado pela crítica como sendo seu, porém os jurados deram ao europeu. Em Pequim perdeu na luta de estreia diante do chinês Lin Yang.

A diferença é que na China foi sem bagagem, e em Londres chegou respeitado. O atleta formado pelo técnico baiano Luiz Carlos Dórea tem apenas 23 anos, espera participar dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Em entrevista ao Córner fala de sua derrota, expectativas e a possibilidade de migrar para o profissionalismo no cenário brasileiro.

No último domingo você perdeu sua estreia nos Jogos de Londres para Josh Taylor. O que pode falar desta luta?

Eu posso dizer o que acho: que lutei bem, dei o meu máximo nesta luta, mas infelizmente o resultado não foi o esperado.

Sente que a arbitragem favoreceu o pugilista da casa no segundo assalto?

Com certeza favoreceu sim, pois ele era o lutador da casa, né...

Os pugilistas baianos queriam mais treinamentos com o técnico Luiz Carlos Dórea. Acredita que tivesse passado mais tempo com ele o resultado seria outro?

Poderia ser e poderia não ser, né? Pois tudo não depende só dele nem de mim. Seria melhor se eu estivesse treinando com ele como sempre foi. Bom... estaria mais firme e mais seguro, entretanto também se conta que lutei contra o dono da casa.

Em Pequim 2008 você não passou também pela primeira fase. O que avalia destes resultados?

Em Pequim eu era bem mais novo, não tinha quase experiência nenhuma, não lutei muito bem e também tive o mesmo azar de lutar contra o dono da casa (Lin Yang) como aqui em Londres.

Hoje sou mais experiente que antes e talvez se eu tivesse lutado com outro atleta que não fosse de casa o resultado poderia ser outro.

Você tem apenas 23 anos, nos Jogos do Rio em 2016 estará com 27 anos. Acredita que competirá lá?

Essa é mais uma meta minha, realizar mais esse sonho de poder disputar uma edição dos jogos olimpicos em casa e poder luta por um bom resultado. Estarei sempre nessa luta pelos meus objetivos, sou brasileiro e não desisto nunca.

O boxe profissional brasileiro é atraente para você?

O boxe profissional no Brasil está muito parado, não tem quase lutas nenhuma, enquanto o boxe olimpico está em evidência no país. Não penso em passar para profisional no Brasil, esse é mais um sonho meu: chegar a um titulo mundial no profissional, porém infelizmente no brasil não há apoio.