quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Ponho Deus na minha frente e vou sem medo"

Irineu Beato Costa Jr. / (Foto: Divulgação)

Quando surgiu no boxe, Irineu Beato Jr., 31, já chamava atenção pelo físico avantajado e forte pegada num estilo agressivo e controlador que lembra o do campeão mundial Sonny Liston. Assim como o lendário americano teve uma vivência no cárcere, mas saiu de lá para se banhar em ouro, entretanto, o futuro lhe aponta um final mais feliz.

Em entrevista ao Córner do Leão, "Negro Tei" (10-0-0, 9 KO's) fala do momento bom em sua vida de campeão latino interino dos pesados pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB), da vitória sobre Matias Vidondo - marcada pelo cansaço e pancadas de ambos - e dos treinos com o técnico Edson "Xuxa" Nascimento, em Santana do Parnaíba, no Centro de Treinamento do empresário Eduardo Mello Peixoto.

Fale como é ser um homem que já esteve preso e hoje é campeão internacional:

Normal, nada como um dia após o outro. Deus me revelou tudo isso no passado.

Nos piores momentos de sua vida você imaginava isso lhe acontecendo?

Nos piores não, só quando comecei a me dedicar seriamente com objetivos.

"Revanche pro Vidondo" 

Na sua luta com Vidondo o que lhe prejudicou mais o adversário, a altitude ou o condicionamento físico?
O condicionamento, eu estava forte e 'pesadão' com 120kg, mas força não é tudo precisamos de um conjunto.

Como foi ter o técnico Edson “Xuxa” no seu córner naquela noite?

Fundamental o Xuxa pega no pé não me deixa desistir, e me faz acreditar ainda mais em mim.

O cinturão latino regular do CMB é do iraniano Hassan Chitsaz com cartel e adversários inferiores aos seus além de estar abaixo de você no ranking. Cogita enfrentá-lo no futuro?

Estou treinando forte muito forte pra enfrentar qualquer um, ponho Deus na minha frente e vou sem medo.

Já surgiu algum desafiante ao seu título ou existe algum alvo em sua mira? Acredita que poderá defender a coroa em solo brasileiro?

Primeiro tenho que realizar as defesas, tomara que pelo menos uma aqui no Brasil, e claro a revanche pro Vidondo.

Colaborou: Patrick Nascimento